Com 4.510 certificações, Paraná amplia vantagem como maior produtor de orgânicos do País

O Paraná segue na liderança da produção de orgânicos do Brasil, com 4.510 produtores rurais certificados, de acordo com dados atualizados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO).

O número supera o Rio Grande do Sul, segundo colocado com 3.273 certificações, e quase dobra a marca do Pará, terceiro, com 2.513 produtores registrados no cadastro nacional.

O resultado é impulsionado pelo Paraná Mais Orgânico (PMO), programa do Governo do Estado que auxilia agricultores familiares na mudança do sistema de produção convencional para o orgânico, com acompanhamento especializado, assistência técnica e capacitação em manejo agroecológico. O balanço operacional do PMO foi apresentado nesta quarta-feira (14) em Curitiba, na sede da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), pasta que coordena o programa.

Desde o início da sexta fase do Programa de Certificação de Produtos Orgânicos (PMO), em julho de 2023, já foram emitidas 787 certificações para produtores paranaenses. Somente no primeiro semestre de 2025, foram homologados 214 certificados, com outros 286 processos em fase final de análise e previsão de emissão até dezembro, quando será concluída a etapa atual.

Com essa projeção, o programa deve alcançar 1.073 certificações emitidas e beneficiar 1.230 produtores rurais até o fim de 2025, consolidando-se como uma política pública de impacto crescente no Estado.

Em paralelo, as auditorias realizadas após a adequação das propriedades ao sistema orgânico já somam 1.989 avaliações até o mês passado, distribuídas em 594 em 2023, 807 em 2024 e 588 entre janeiro e julho de 2025. A expectativa para o segundo semestre de 2025 é a realização de mais 612 auditorias, fortalecendo o controle de qualidade e a conformidade com as normas do sistema orgânico.

Durante a reunião de balanço das atividades realizadas na sexta fase, também foram apresentadas propostas de metas para o próximo ciclo, que abrangerá o período de 2026 a 2028. O planejamento prevê a emissão de 1.530 certificados e o atendimento a 2.280 produtores rurais, mantendo o ritmo de expansão do PMO e ampliando o alcance da certificação no Paraná. Esses objetivos refletem o compromisso do programa com o fortalecimento da agricultura orgânica e com a valorização do trabalho dos agricultores familiares.

BASE DE CONHECIMENTO – As sete universidades estaduais atuam como pilares do PMO na capacitação técnica e no acompanhamento dos produtores. Essa rede de conhecimento conta com a parceria do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), que promove assistência técnica e extensão rural, e com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), responsável pelos processos de avaliação e certificação. Juntas, essas instituições do Estado formam uma estrutura completa que vai da teoria à prática e da produção ao selo de qualidade orgânica.

Segundo o professor Ednaldo Michellon, que coordena o PMO na UEM, o programa representa um marco na integração entre conhecimento científico e produção sustentável.

“O programa transforma o conhecimento, fruto das ações de ensino, pesquisa e extensão, em resultados concretos para os produtores rurais, com metodologias validadas cientificamente que aumentam a produtividade, melhoram a qualidade dos alimentos e fortalecem a economia local, por meio de um modelo de produção ambientalmente responsável e socialmente inclusivo”, afirma o docente.

PRESENÇA REGIONAL – Os núcleos de certificação do Paraná Mais Orgânico estão em nove câmpus das instituições de ensino superior, nas seguintes cidades: Londrina e Bandeirantes, no Norte do Estado; Maringá e Umuarama, no Noroeste; Ponta Grossa, nos Campos Gerais; Marechal Cândido Rondon, no Oeste; Francisco Beltrão, no Sudoeste; Guarapuava, no Centro-Sul; e Paranaguá, no Litoral. Nesses locais atuam 54 bolsistas, entre estudantes de graduação e profissionais recém-formados, que realizam visitas técnicas, capacitações e monitoramento de propriedades em transição.

Para a gerente do Centro de Certificação do Tecpar, Maria Lucia Massuchetto, o selo orgânico é um diferencial competitivo que agrega valor à produção paranaense. “A certificação pelo Tecpar garante acesso a nichos de mercados diferenciados com processos simplificados e custos reduzidos para o produtor em transição, além de assegurar padrões de qualidade que abrem portas para a comercialização em âmbito nacional e contribuem para ampliar a oferta de produtos orgânicos destinados à merenda escolar”.

Os núcleos de certificação do IDR-PR estão nos municípios de Ivaiporã, no Vale do Ivaí, e de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Já a Divisão de Certificação do Tecpar está localizada em Curitiba. Nessas unidades atuam 27 bolsistas, complementando a estrutura de apoio aos produtores em todo o processo, desde a conversão para o sistema orgânico até a obtenção da certificação, com acompanhamento técnico especializado.

BASE AGROECOLÓGICA – O Paraná Mais Orgânico tem como fundamento os princípios agroecológicos, combinando produção limpa com equilíbrio ambiental. Essa abordagem possibilita aos agricultores familiares reduzir a dependência de insumos sintéticos e desenvolver relações sustentáveis entre produção e natureza, resultando em alimentos saudáveis e em preservação ambiental. O modelo tem contribuído para transformar os agricultores familiares em protagonistas dessa transição agroecológica bem-sucedida.

 

 

 

 

Por - AEN

 PCPR cumpre 45 mandados contra grupo que movimentou R$ 500 milhões com falsos consórcios

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas na manhã desta quarta-feira (13) para cumprir 45 ordens judiciais contra um grupo investigado pelo golpe do falso consórcio e que teria movimentado cerca de R$ 500 milhões em transações suspeitas.

A ação acontece simultaneamente nos estados do Amazonas, Pará, Alagoas, Ceará, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina. As cidades com mandados são Manaus (AM), Belém, Santarém e Ananindeua (PA), Maceió e Marechal Deodoro (AL), Itabaiana, Lagarto e Aracaju (SE), Salvador (BA), Fortaleza e Eusébio (CE) , Belo Horizonte (MG), São Paulo, Diadema e Campinas (SP) e Florianópolis (SC).

Entre os mandados judiciais cumpridos estão 12 de prisão e 33 de buscas domiciliares com o apoio das polícias civis daqueles estados. A operação, que está em sua terceira fase, visa desarticular o braço financeiro do esquema criminoso.

A ação é um desdobramento de uma investigação iniciada pela PCPR em janeiro de 2023. Na ocasião, em Curitiba, quatro pessoas foram presas em flagrante e outras 15 foram conduzidas à unidade policial para prestar esclarecimentos. Elas eram suspeitas de participação em um esquema que ofertava a venda facilitada de imóveis e veículos em redes sociais.

Neste esquema, as vítimas eram induzidas a assinar contratos e efetuar pagamentos sem a entrega dos bens. O crime ainda envolvia call centers clandestinos, nos quais colaboradores cooptavam as vítimas.

Após o contato, as vítimas eram convidadas a comparecer ao escritório para assinatura de contratos e realização de pagamentos a fim de adquirir um bem ou de financiar uma compra. “Em algumas situações, a assinatura e os repasses eram intermediados por funcionários treinados que atuavam sob rigorosa orientação, com metas de captação de novos clientes e comissionamentos que giravam em torno de 1% dos valores das operações”, explica o delegado Tiago Dantas, que conduz o inquérito.

A investigação da PCPR apurou que a atuação do grupo se dava por, pelo menos, cinco empresas de fachada, sistemas digitais e grupos de mensagens, se estendendo a diversos estados da federação, com ramificações confirmadas no Paraná, Amazonas, Ceará, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Após um período, encerrava as atividades no local, deixando as vítimas sem contato, dinheiro ou bens prometidos. 

Em março de 2024, a PCPR deflagrou a segunda fase da operação nos estados do Amazonas e Tocantins. Na ocasião, cinco pessoas foram presas e celulares, computador e documentos foram apreendidos, permitindo a identificação de um homem e uma mulher, que são os líderes da organização criminosa.

 

 

 

 

Por - AEN

 Equipes da Segurança seguem mobilizadas nas investigações da explosão em fábrica de Quatro Barras

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP) conta com mais de 50 profissionais mobilizados que seguirão atuando na área de uma explosão que ocorreu na manhã desta terça-feira (12) em uma fábrica de explosivos localizada em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. Em entrevista coletiva no início da noite foram confirmados nove óbitos. Sete pessoas sofreram ferimentos leves.

As equipes mobilizadas são da Polícia Civil (PCPR), Polícia Militar (PMPR), Corpo de Bombeiros Militar (CBMPR) e Polícia Científica (PCP/PR), que seguirão atuando nos trabalhos de investigação.

Na entrevista coletiva realizada no local, o secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira, explicou que os trabalhos serão retomados na manhã de quarta-feira (13) às 7h, com prioridade para a identificação das vítimas que estavam no local no momento da explosão.

As equipes  Polícia Científica do Paraná (PCP) destacou quatro equipes para trabalharem diretamente nesse processo de identificação, que, segundo informações da empresa, seriam nove funcionários. Paralelamente, será dada continuidade ao trabalho de investigação das causas do acidente com ação conjunta da Polícia Civil do Paraná (PCPR) e da Polícia Científica (PCP).

“Foi um dia de muito trabalho. O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) está no local desde as 6h20, poucos minutos depois de ser comunicada a explosão. Inicialmente foi feito todo o isolamento da área e o atendimento dos feridos, sempre com a ajuda da brigada da empresa. Tivemos também a ação fundamental do esquadrão Antibombas da Polícia Militar do Paraná, que criou um espaço seguro para que as buscas pudessem ser realizadas. Um trabalho que uniu todas as forças de segurança para rapidamente darem uma resposta às famílias das vítimas e a toda a sociedade”, explicou o Hudson Teixeira.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior falou sobre a tragédia. “Lamento profundamente os nove óbitos registrados na explosão em Quatro Barras, nesta terça-feira, confirmados no começo da noite. Eram trabalhadores e trabalhadoras que tinham histórias vinculadas ao Paraná. Minha solidariedade a todos os familiares e amigos. Esse é um dia triste na história do nosso Estado”.

No início na manhã, logo após o acidente, o governador determinou à Secretaria da Segurança Pública que todos os esforços fossem empenhados para atendimento à ocorrência, na localização e atendimento às vítimas e, também, para garantir a segurança no local.

O secretário destacou ainda que a empresa está colaborando diretamente nas buscas e na elucidação das causas da ocorrência. “A empresa está colaborando em todas as ações das forças de segurança, inclusive a brigada da empresa foi fundamental no processo de resfriamento da área afetada pela explosão. Infelizmente, já temos a notícia de que não há mais sobreviventes e agora o trabalho é de identificação das vítimas”, afirmou.

 

 

 

 

 

 

Por- AEN

 Estado investe R$ 3,2 milhões em novos computadores para melhorar a assistência em saúde

Mais de 900 equipamentos de informática estão sendo entregues a hospitais e unidades da Secretaria de Estado da Saúde, administradas pela Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Paraná (Funeas). O investimento do Governo do Estado, de mais de R$ 3,2 milhões, busca modernizar a infraestrutura tecnológica e agilizar o atendimento aos pacientes em diversas regiões.

Serão distribuídos 500 monitores, 300 computadores completos e outros 190 desktops, resultando em estações de trabalho mais modernas. A entrega, feita por etapas, deve ser finalizada em até 60 dias.

“Esse investimento representa muito mais do que a entrega de equipamentos. É um passo concreto para modernizar a rede estadual de saúde, garantindo que nossos profissionais tenham melhores condições de trabalho e que os pacientes sejam atendidos com mais agilidade e qualidade”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Nos hospitais, os equipamentos de informática são usados em tarefas como gerenciamento de registros de pacientes, agendamento de consultas, monitoramento de sinais vitais, auxílio em cirurgias, análises de exames e diagnósticos por imagem. Sistemas de informação hospitalar e ferramentas de análise de dados também dependem dessa estrutura, tornando os processos mais rápidos e seguros.

As entregas contemplam os hospitais Regionais do Litoral, do Sudoeste Walter Alberto Pecoits, Infantil Monastier, de Guaraqueçaba, do Norte Pioneiro, do Centro-Oeste, de Ivaiporã e de Telêmaco Borba.

Em Londrina, no Norte do Paraná, os hospitais Zona Norte e Zona Sul, também receberão os novos equipamentos, além dos hospitais Adauto Botelho, situado em Pinhais, e Dermatologia Sanitária, em Piraquara, ambos na Região Metropolitana de Curitiba.

O Centro de Produção e Pesquisas de Imunobiológicos (CPPI) e a Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP) também estão na lista.

“Com estas aquisições, poderemos somar aos equipamentos já existentes nas unidades para agilizar o atendimento, assegurando a qualidade e segurança da informação nos processos internos que acontecem diariamente”, complementou o diretor-presidente da Funeas, Geraldo Biesek.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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