Trabalho do IDR-Paraná tem impacto de R$ 6,47 bilhões na economia do Estado em um ano

Para cada real investido, mais de seis reais são devolvidos à sociedade pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater).

O retorno financeiro do trabalho da entidade ultrapassou R$ 6,47 bilhões em 2022, somando as ações com instituições parceiras. Esse é o resultado do Balanço Social 2022 do instituto, apresentado nesta terça-feira (15) ao governado Carlos Massa Ratinho Junior pelo Sistema Estadual de Agricultura, no evento de lançamento do Plano Safra do Paraná 2023-2024.

Entre os trabalhos executados pelo IDR-Paraná em pesquisa agropecuária, extensão rural e logística foram avaliados, neste ano, 49 ações e tecnologias que permitem a visualização do envolvimento do Instituto com o desenvolvimento rural. Para avaliar o impacto econômico foi utilizado o método do excedente econômico que compara a situação anterior (sem adoção da tecnologia) com a atual. Neste quesito foi avaliado a renda adicional através da diversificação da produtividade, redução de custos, agregação de valor e acesso a recursos pelos agricultores.

No caso do Mulheres do Café, por exemplo, que auxilia 275 produtoras, o aumento de produtividade foi de R$ 5 milhões, com R$ 3 milhões de valor agregado ao projeto. Em relação aos ganhos econômicos da cultivar Feijão IPR Sabiá, os resultados ultrapassam R$ 26 milhões, com plantas mais resistentes nas lavouras. O sistema de rotação de cultura, implementado em 178 mil ha na região do Basalto, soma o resultado mais expressivo, de R$ 442 milhões, ajudando produtores a dosarem as culturas de soja e milho.

Outro impacto relevante é no tópico redução de custo. Apenas com o programa de estímulo à energia solar a previsão de economia foi de R$ 252 milhões em 2022. O acesso a novos tratores impactou o setor em R$ 124 milhões.

Na perspectiva do impacto social foi considerado adaptação simplificada de indicadores do Sistema de Avaliação de Impacto Social de Inovações Tecnológicas Agropecuária (Ambietc Social) da Embrapa. Foi considerado um conjunto de 14 indicadores, agrupados aspectos como Emprego, Renda, Saúde, Gestão, Administração e Capital Social. O impacto nas agroindústrias e na cultura de café é avaliado como altamente positivo.

Já para avaliar o impacto ambiental foram utilizados indicadores do Sistema de Avaliação de Impacto Ambiental de Inovações Tecnológicas Agropecuárias, que consiste na adaptação de metodologia utilizada pela Embrapa. Ele teve por base um conjunto de 36 indicadores agrupados em cinco aspectos: Eficiência Tecnológica, Conservação Ambiental, Recuperação Ambiental, Bem-estar e Saúde Animal e Qualidade do Produto. Na sericicultura, área em que o Paraná é referência nacional, a avaliação é altamente positiva. Outras 24 ações são consideradas positivas.

BALANÇO SOCIAL – Esta é a primeira edição do documento, que pode ser consultado AQUI. Ele endossa a preocupação do Governo do Paraná com os impactos sociais, ambientais e econômicos da agricultura familiar e do cooperativismo de médio e grande porte, que são fundamentais para o crescimento do Estado.

Para o presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza, o documento é um importante instrumento de gestão que caminha na direção do cumprimento dos princípios da administração pública. “O IDR-Paraná surgiu com o objetivo de qualificar as entregas aos agricultores paranaenses e o Balanço Social simboliza a diversidade e a abrangência do Instituto. Ele demonstra relevantes avanços da produção agropecuária e no desenvolvimento rural do Paraná”, afirma.

Para realização do Balanço Social foi instituído um grupo gestor, responsável não só por elaborar esta primeira edição, como também por consolidar o trabalho na rotina do IDR-Paraná. Coordenado pela Gerência de Planejamento do Instituto, o grupo recolheu relatórios dos coordenadores de projetos e gerentes de diferentes áreas para chegar ao resultado.

Para Sérgio Guarienti, gerente estadual de Planejamento, o desafio proposto foi grande visto que o IDR-paraná atua em diversas áreas da agricultura paranaense. “Este primeiro documento é fruto do trabalho de vários servidores e, como é um processo em construção, as próximas edições devem conter informações com ainda mais qualidade. Devemos qualificar as informações e a prestação de contas à sociedade a cada ano”, afirma.

OUTROS PONTOS – De acordo com o documento, mais de 1.400 profissionais do IDR-PR desenvolvem 96 projetos de pesquisa. Apenas no ano passado foram 107,7 mil atendimentos nas propriedades rurais, 119,8 mil agricultores beneficiados, 265,9 mil projetos de extensão desenvolvidos e 1,7 mil agroindústrias assessoradas.

Um dos aspectos mais relevantes é o impacto na agricultura familiar, que representa 90,7% dos estabelecimentos rurais no Estado, conforme dados do IBGE Censo Agropecuário. Presente em 276,9 mil estabelecimentos, ocupa uma área de 5,7 milhões de ha, representando 38,76% da área total dos estabelecimentos agropecuários paranaenses, onde trabalham mais de 660 mil pessoas.

Outro aspecto social relevante é a inclusão de alimentos orgânicos na alimentação escolar, que chegou a 22 toneladas de frutas, hortaliças, pães, ovos, polpas de frutas e outros alimentos produzidos sem agrotóxico em 2022. Esse volume foi produzido por mais de 18 mil agricultores familiares, muitos deles assistidos pelo IDR-Paraná. A meta é, até 2030, fornecer 100% de alimentos orgânicos para os estudantes paranaenses.

Em 2022, o serviço do IDR-Paraná chegou a 5.413 mulheres, nas mais variadas atividades. São produtoras que, além do suporte técnico, tiveram o seu trabalho reconhecido e valorizado. Um dos destaques é o grupo Mulheres do Café do Norte Pioneiro do Paraná, que também chegou ao Vale do Ivaí.

O projeto Renda Agricultor Familiar é outro esforço que conta com apoio do IDR, desenvolvido em parceria com as Secretarias de Estado de Desenvolvimento Social e Família e Agricultura e Abastecimento e municípios. Os extensionistas constroem, juntamente com as famílias, um projeto de estruturação das unidades produtivas familiares, que pode abranger atividades em três áreas: saneamento básico; produção para autoconsumo e apoio a processos produtivos. Para subsidiar essas atividades, cada família recebe um auxílio financeiro de R$ 3 mil. O projeto já atendeu mais de seis mil famílias.

Outro trabalho fundamental é no controle de doenças, como o enfezamento e a estria bacteriana no milho, a ferrugem asiática na soja e o HLB nos citros. Com cuidados necessários, os impactos sobre o setor são reduzidos ou até mesmo evitados. O Manejo Integrado de Pragas (MIP), outro foco de atenção constante das equipes, ajuda a reduzir em até 50% as aplicações de inseticidas na soja.

O IDR-PR também lançou 10 cultivares em 2022, de aveia, milho, mandioca, maracujá e nabo e ajuda agricultores a acessarem programas estaduais, como Coopera Paraná, Trator Solidário e Banco do Agricultor Paranaense.

INSTITUTO – Criado em dezembro de 2019 o IDR-Paraná é a incorporação de quatro instituições renomadas na agropecuária paranaense e nasceu para fortalecer o sistema estadual da agricultura. Com o objetivo de tornar a agricultura paranaense cada vez mais competitiva e garantir a redução da desigualdade no meio rural. Ele uniu o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), o Centro Paranaense de Referência de Agroecologia (CPRA) e o Instituto Agropecuário do Paraná (Iapar).

 

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Lote 1 da nova concessão terá 156 km de duplicação na BR-277, entre Curitiba e Prudentópolis

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realiza no dia 25 deste mês o leilão do primeiro lote da nova concessão rodoviária do Paraná.

O destaque fica para a BR-277, ocupando 227,8 quilômetros do total de 473 quilômetros do Lote 1, com início no Parque Barigui em Curitiba, e indo até o entroncamento com a BR-373 próximo a Prudentópolis, local conhecido como Trevo do Relógio.

Essa é a segunda matéria da série da Agência Estadual de Notícias (AEN) que apresenta as principais obras do Lote 1. A primeira abordou as melhorias no Contorno Norte e no Contorno Sul de Curitiba. As reportagens serão publicadas até sexta-feira (18) e ainda vão abordar melhorias na Região Metropolitana de Curitiba e na ligação Ponta Grossa-Prudentópolis.

A rodovia federal terá 156,3 km de duplicação, com início no Trevo Sprea, em Balsa Nova, interseção em desnível no entroncamento com a BR-376, e segue até o Trevo do Relógio, passando por Palmeira e Irati. As obras devem iniciar já no terceiro ano do contrato, com duas frentes de trabalho, no km 164+700, trevo de acesso para Porto Amazonas, e no km 249, entroncamento com a Rua Ladslau Cgriczinski, acesso para Irati.

Serão executados também 151,26 quilômetros de faixas adicionais, com destaque para a ligação entre Campo Largo e o Contorno Leste de Curitiba, com novas faixas em ambos os sentidos da via, sendo uma de 14,20 km e a outra de 13,30 km.

Na variante da BR-277 em Balsa Nova, do entroncamento com a estrada de acesso à Cimento Itambé até São Luiz do Purunã, serão mais 8,4 km de faixa, e um outro trecho de 6,68 km até o Trevo da Sprea; no perímetro urbano de Curitiba serão outros 5,31 km, do Parque Barigui ao Contorno Leste; e em Campo Largo serão 5,6 km de faixa adicional no eixo principal e outros 2,16 km na no trecho de acesso à variante.

De novas vias marginais na BR-277 serão 14,06 km. São 3,11‬ km no perímetro urbano de Curitiba; 900 metros na altura do km 191, acesso para Papagaios Novos (distrito de Palmeira); e 2,3 km a partir do km 249, em Irati, entre outras.

VIADUTOS – Estão previstas quatro novas interseções em desnível do tipo trombeta, que conta com três ramos, sendo que um deles faz uma curva de 270º antes de se dividir. Será uma trombeta no acesso para a Colônia Witmarsum; uma no acesso para Porto Amazonas; uma no acesso para Prudentópolis; e a última no Trevo do Relógio.

Também serão executadas 27 interseções em desnível do tipo diamante, em que há uma saída e um acesso para a rodovia principal em ambos os sentidos, pela pista da direita. Os primeiros, já no terceiro ano do contrato, serão no km 166+800, logo após o trevo de Porto Amazonas; no km 172+300, entroncamento com a estrada de acesso para a Colônia Quero-Quero; no km 249+700 no perímetro urbano de Irati; no km 257+480; e outro no 262+200, ambos entre Irati e Prudentópolis.

Ainda será executado um viaduto no km 240+650, no trevo de acesso para Fernandes Pinheiro, e uma nova passarela em Curitiba, no km 4+730, próximo ao trevo do Contorno Leste. No caso do viaduto férreo que passa sobre a BR-277 próximo ao trevo de Porto Amazonas, a concessão prevê construção de uma nova estrutura, adequada à pista que será duplicada, com traçado variante da linha férrea.

E está prevista a regularização e adequação de 47 acessos ao longo do trecho concedido da BR-277, e cinco correções de traçado, sendo três delas na variante em Balsa Nova, e as outras duas em curvas próximas ao Trevo do Relógio, em Prudentópolis. Ainda no trecho da variante, está prevista uma área de escape no km 3+500.

Além de novas estruturas, também serão realizadas melhorias nos viadutos e trincheiras já existentes.

FAUNA – Visando reduzir o incidente com animais cruzando as pistas, estão previstas as implantações de passagens de fauna em seis trechos diferentes da BR-277. As estruturas ficarão entre o km 108 e km 111, ligação de Curitiba a Campo Largo; km 133 a km 138, em Campo Largo; km 154 ao km 155, próximo ao acesso à Colônia Witmarsum; do km 194 ao km 201 e do km 216 ao km 229, entre Palmeira e Irati; e do km 273 ao km 275, próximo ao acesso para Prudentópolis.

E para diminuir o impacto de acidente com veículos de carga líquida, serão construídas caixas de contenção de líquidos perigosos no cruzamento com 24 rios ao longo da BR-277.

LOTE – O edital prevê ainda obras e melhorias para as rodovias PR-423, PR-427 e BR-476 na Região Metropolitana de Curitiba, e para a BR-373, entre Ponta Grossa e o Trevo do Relógio. Devem ser investidos cerca de R$ 7,9 bilhões em obras da concessão de 473 quilômetros, ao longo dos primeiros anos de contrato.

Confira aqui os detalhes de todas as obras previstas no Lote 1 e aqui a localização das principais obras da BR-277.

 

 

 

 

 

 

`Por - AEN

 Boas Práticas: Sanepar é incluída na primeira carteira de Índice de Diversidade da B3

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) foi selecionada a fazer parte da primeira carteira do Índice de Diversidade (IDIVERSA) lançado pela B3 nesta terça-feira (15). Segundo a B3, o IDIVERSA tem por objetivo tornar os indicadores de diversidade visíveis e tangíveis para o mercado e gerar comparabilidade no desempenho das empresas, induzindo-as a adotarem as melhores práticas em relação à diversidade.

O IDIVERSA integra os índices de práticas Ambientais, Sociais e de Governança (ESG) da B3. “Esse índice fortalece o mercado e a sociedade civil. Ao gerar visibilidade para a representatividade no mercado de trabalho, estimulamos não só uma sociedade mais justa, mas também a diversidade como tese de investimento, incentivando outras companhias a seguirem o mesmo padrão de disclosure”, diz o comunicado.

A inserção da Sanepar nesta carteira é motivo de orgulho para a Companhia, que instituiu um comitê ESG há mais de um ano. “A busca pela excelência passa pelo respeito e pelas práticas de ESG. A Companhia desenvolve uma série de ações que respeitam a diversidade, a preservação do meio ambiente e promovem o desenvolvimento social”, afirma o diretor-presidente da Companhia, Claudio Stabile.

MEIO AMBIENTE – Uma das ações da Sanepar que contemplam a sustentabilidade é o repasse de lodo de esgoto gerado nas estações de tratamento a agricultores para o uso como adubo. Em 2022, foram atendidos 157 produtores, um aumento de 74% em relação aos 90 no ano anterior. O volume do lodo destinado à agricultura cresceu 40%, passando de 16 mil toneladas em 2021 para 23 mil toneladas em 2022.

O uso do lodo atende à Política Nacional de Resíduos Sólidos e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O programa foi reconhecido pela ONU, em 2016, como prática sustentável. Também foi destacado como boa prática de gestão pelo Instituto Trata Brasil e Fundação Getúlio Vargas, que premiou a Sanepar, em 2022, na categoria de Inovação & Tecnologia.

O Programa de Uso Agrícola do Lodo de Esgoto é aplicado pela Sanepar há duas décadas e já destinou cerca de 420 mil toneladas para agricultores em todas as regiões do Estado, sendo utilizado em mais de 3 mil hectares. Rico em matéria orgânica e nutrientes (principalmente nitrogênio, fósforo e enxofre), o lodo auxilia na correção do pH do solo e fornece cálcio e magnésio por receber aplicação de cal no processo de higienização.

Essas características melhoram as condições do solo e aumentam a produtividade das culturas. Além disso, é uma alternativa ambientalmente correta uma vez que o material deixa de ir para os aterros sanitários. A aplicação é permitida em todas as culturas agrícolas que não tenham contato direto com o material, como soja, milho, trigo, café, aveia, café, laranja, limão e florestais. Não podem receber o lodo hortaliças, pastagens, culturas inundadas e tubérculos.

SOCIAL – A Sanepar também atende 320 mil famílias no Paraná com o programa Água Solidária, que tem tarifas reduzidas dos serviços de água e esgoto. Podem se inscrever famílias que moram em imóveis de até 70 metros quadrados, que tenham renda per capita de até meio salário mínimo e consumo mensal de até 10 mil litros. Para aquelas com mais de quatro pessoas, é considerado o consumo de até 2,5 mil litros de água por residente no imóvel.

O programa melhora as condições de vida das pessoas que já têm acesso aos serviços de saneamento, com um benefício que ajuda no orçamento doméstico O cadastro poder ser feito nas Centrais de Relacionamento ou mesmo por e-mail com o envio dos documentos. Mais informações AQUI.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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