IAT intensifica operações aéreas para agilizar fiscalização ambiental no Paraná

O Governo do Estado conta com a integração das equipes do Instituto Água e Terra (IAT) e do Batalhão da Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) para dar agilidade aos processos de licenciamento, fiscalização, monitoramento e vistorias em áreas de proteção ambiental do Paraná.

A terceira operação do ano foi finalizada em Maringá, na sexta-feira (31), após sobrevoos pelos municípios de Cornélio Procópio, Jacarezinho e Londrina.

Um exemplo de que, com o suporte estrutural, em apenas um dia a equipe consegue sobrevoar diversos pontos de notificação do Estado. Segundo o chefe da Divisão de Licenciamento Estratégico (DLE) do IAT, Jean Carlos Helferich, em 2022 foram realizadas cerca de 216 horas de voos, para cobrir demandas de licenciamento ambiental. As operações são realizadas com cronogramas organizados para otimizar a saída de acordo com a localidade.

“É possível resolver em um período de sobrevoo situações de licenciamento em que as vistorias levariam de 7 a 15 dias, ou até semanas”, explicou.

Desde outubro de 2020, por meio de um convênio entre o IAT e o BPMOA, as equipes orquestram sobrevoos com helicóptero Falcão 09. Assim, o órgão fiscalizador e a PM conseguem atender aos 21 escritórios regionais do órgão ambiental espalhados pelo Paraná. As coordenadas são definidas pelos chefes de cada regional, com consulta pelo MapBiomas. O sistema disponibiliza o mapeamento da cobertura e uso do solo, com monitoramento da superfície de água e cicatrizes de fogo, com dados atualizados mensalmente.

Outro benefício direto da utilização da aeronave é o acompanhamento em tempo real das condições ambientais das Unidades de Conservação (UCs), gerenciadas pelo IAT. Ajuda também no patrulhamento de áreas com compensação ambiental, que requerem verificação e monitoramento constantes em virtude de serem parte da contrapartida para licenciamentos ambientais. “Muitas vezes são áreas extensas de recomposição florestal, que necessitam deste monitoramento, por isso a agilidade aérea é muito importante”, destacou Helferich.

CRIMES AMBIENTAIS – Durante as operações, as equipes aproveitam para fiscalizar e monitorar áreas de interesse ou denúncias contra as leis ambientais. A fiscalização é atendida com sobrevoos, com a identificação de desmatamentos em desacordo com licenciamento e até sem licenciamento. Com base nisso é feito o trabalho de verificação e depois lavradas as multas.

“Se for observado alguma clandestinidade com gravidade considerável, a equipe do BPMOA coordena a prisão em flagrante com a equipe da PM de solo, passando coordenadas do crime cometido”, explicou o primeiro-tenente Maikon Venâncio Correa, oficial de Comunicação Social e comandante de Aeronaves BPMOA.

O tenente lembra que, após o sobrevoo, o trabalho continua por meio de comparações entre imagens atuais e de satélite. “Assim executamos o trabalho primordial, que é a preservação ambiental, cuidado com a natureza e rios. Garantimos também maior fluidez a toda estrutura de fiscalização e licenciamento do Estado do Paraná”.

Levantamento que será feito a partir de agora sobre os dados coletados nesta terceira operação aérea. Com a pesquisa em mãos, IAT e Polícia Militar passam da fiscalização para a autuação, sempre com foco na preservação do meio ambiente.

DENÚNCIAS – Em caso de denúncias de crime ambiental, é necessário acionar a Ouvidoria do IAT ou os escritórios regionais (mais próximos ao seu município). Estão disponíveis ao público os telefones (41) 3213-3466 e (41) 3213-3873 ou 0800-643-0304 e, ainda, à Polícia Ambiental (41) 3299-1350.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

Mulher mantém bebê morto em caixa durante três dias e é presa no PR

Uma mulher de 25 anos foi presa em flagrante pela Polícia Civil do Paraná na segunda-feira (3/4) no município de Loanda (PR), pelo crime de ocultação de cadáver.

De acordo com informações da polícia, a mulher teria dado à luz na madrugada do último sábado (1º), e o bebê foi mantido morto em uma caixa durante três dias. Ainda não se sabe se a criança nasceu morta. 

O caso foi descoberto quando a acusada deu entrada em um hospital da cidade paranaense com dores abdominais e com o corpo do bebê em um saco plástico. “Há relatos que ela teria deixado o bebê morto em uma caixa e saído no sábado à noite para jantar e no domingo para almoçar com familiares. Ela disse que sabia estar grávida desde o sexto mês da gestação. Vamos aguardar o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para saber se a criança chegou a respirar ou nasceu morta. Assim saberemos se trata-se de um crime de infanticídio ou aborto”, explica Renato Fernandes, delegado responsável pelo caso.

Ainda não se sabe o motivo da morte da criança, no entanto, a mãe do recém-nascido teria contatado o possível pai do bebê e pediu a ele que não revelasse sobre a gestação, pois havia a possibilidade de outro homem ser o pai. “Os pais dela só souberam da gravidez ontem [3 de abril], quando esse suposto pai entrou em contato dizendo que a mãe mantinha o corpo do bebê dentro dessa caixa. Eles ficaram em estado de desespero”, relata o delegado.

A mulher teve a prisão decretada, mas pagou fiança e foi liberada. O caso continuará sendo investigado e ela pode responder pelos crimes de ocultação de cadáver e infanticídio e poderá pegar até 9 anos de prisão.

 

 

 

 

 

 

 

Por - Correio Braziliense

 Oficina vai orientar produtores de erva-mate do Paraná na busca por novos mercados

União da Vitória recebe na próxima terça-feira (11) a 2ª Oficina do VRS Mate para produtores do Centro-Sul do Estado.

A oficina integra o programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS) da Invest Paraná – agência de captação de negócios do Governo do Estado vinculada à secretaria estadual da Indústria, Comércio e Serviços (Seic) -, que tem objetivo de profissionalizar a cadeia de produtos típicos paranaenses, com busca por novos mercados, inclusive no Exterior.

São 200 vagas abertas para a participação dos produtores de erva-mate, cujas inscrições devem ser feitas pelo site do VRS, no banner do evento. O programa é desenvolvido pela Invest Paraná em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL).

O objetivo é apoiar os produtores na conquista de novos mercados. Três empresários do setor ervateiro darão palestras dos seguintes tópicos: Boas Práticas Agrícolas e Rastreabilidade, por Nei Antônio Kukia (presidente do Conselho Gestor do Mate - Cogemate); Segurança Alimentar Certificada, por Naldo Vaz (vice-presidente do Cogemate); e Erva-Mate com Indicação Geográfica, por Eva Blaszcyk, representante do IG-Mathe.

Representante da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Gabriel Isaacsson, do governo federal, vai falar sobre como os produtores devem se preparar para vender a outros países. Por fim, Sotirios Ghinisa, da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira abordará o potencial da erva-mate no mercado dos países do Oriente Médio.

“O Paraná é o maior produtor de erva-mate do Brasil e nos últimos anos a produção vem ganhando valor agregado. Essa oficina do programa VRS é importante para que nossos produtores se qualifiquem para buscar novos mercados. O mate paranaense tem potencial para expandir não só no mercado nacional, mas também para o Exterior”, enfatiza o secretário da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros.

O mate é a maior cadeia produtiva atendida pelo VRS, com 14 municípios da Região Centro-Sul. O programa também está em outras regiões com produtos locais, como no Litoral com banana, palmito, açaí juçara, frutas sazonais e turismo; e no entorno da futura Represa do Miringuava, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, com a produção agrícola local. O VRS também está em fase de implantação no Vale do Ribeira, área que é grande produtora de tangerina e com grande potencial turístico.

“A oficina terá dinâmicas para que a cadeia produtiva desenvolva o mercado de erva-mate. Serão mostrados dados econômicos sobre o potencial do mate de expandir o mercado no Brasil e no Exterior, como no caso dos países árabes”, afirma o gerente de Desenvolvimento Econômico da Invest Paraná, Bruno Banzato.

Um dos palestrantes da oficina, Naldo Vaz destaca a importância de toda a cadeia produtiva se profissionalizar. “De uns anos para cá está tendo muita iniciativa do Governo do Estado em organizar a cadeia. E o VRS é justamente o programa que agrega valor não só na matéria-prima, mas também no produto beneficiado, o que faz com que todos evoluam”, afirma Vaz. “É importante ter uma iniciativa como o VRS para organizar a cadeia produtiva do mate para que se chegue ao nível da cadeia do café, por exemplo, que é um setor produtivo muito organizado”, compara o especialista.

MATE SOMBREADO - Desde 2014 o mate paranaense vem ganhando valor de mercado a partir de ações de incentivo ao cultivo da erva sombreada, plantada debaixo de florestas nativas, em especial de araucárias, no Sul do Estado. O diferencial do mate sombreado em relação à produção a pleno sol é no sabor mais palatável.

Cultivada à sombra de árvores, a planta produz menos cafeína, o que reduz a amargura do mate. Além disso, plantada desta forma a erva-mate produz mais teobromina, substância que dá um gosto mais amaciado ao chimarrão e ao chá.

“A erva-mate sombreada pegou muito bem no mercado. Todo o processo de cultivo desse mate sombreado foi desenvolvido pela Emater a partir de 2014. Em 2012 ninguém queria produzir nesse sistema porque a arroba da erva custava R$ 4,50 e o custo de produção era de R$ 5, ou seja, prejuízo de R$ 0,50. Hoje a arroba da erva-mate sombreada está cotada em R$ 26, acima, inclusive, da soja”, explica o gerente do IDR-PR, Amauri Ferreira Pinto.

O cultivo de mate sombreado garante renda para 37 mil famílias, sendo que 90% são pequenos empreendedores. Além disso, gera sustentabilidade, com a preservação da mata nativa da região.

O gerente do IDR-PR, porém, enfatiza que o cultivo da erva-mate sombreada exige capacitação. Por isso a importância da oficina do VRS em União da Vitória. “O que vai melhorar ainda mais o preço do mate é a conquista de novos mercados. E na oficina vamos falar de qualidade, da importância de serem criados novos produtos de mate como, por exemplo, linhas de bebidas energéticas, ou mesmo novas opções de chás”, ressalta Ferreira Pinto.

MERCADO ÁRABE - Um mercado com potencial de exportar a produção paranaense é o dos países do Oriente Médio. Um representante da Câmara Árabe-Brasileira vai falar do potencial de exportação para três países cujo consumo vem da década de 1960 e segue crescendo: Líbano, Síria e Jordânia.

Nesses países o consumo é pela bebida numa espécie de chimarrão, bem como em chás. Desde os anos 1960 a população do Líbano, Síria e Jordânia tem o hábito de consumir mate. Porém, o Brasil pouco exporta para essa região, cujo principal fornecedor é a Argentina.

“Poucos brasileiros sabem, mas os árabes consomem muito mate. Por isso é um mercado potencial para o Brasil, em especial o Paraná, já que são poucos fornecedores para esses países”, informa a analista sênior de Relações Internacionais da Câmara Árabe-Brasileira, Elaine Prates.

Ela explica que, além de detalhar o potencial de exportação da erva-mate paranaense para os países árabes, a câmara também vai divulgar a qualidade da produção do Estado no Oriente Médio. “A oficina do VRS é uma ótima oportunidade de divulgar a qualidade do mate brasileiro. Vamos levar as informações daqui para esses países, já que no Paraná a erva-mate tem qualidade e escala de produção”, aponta Elaine.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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