O Paraná é um dos maiores produtores nacionais de feijão, grão que tem presença obrigatória no prato dos brasileiros.
No Estado, a produção é principalmente de agricultores familiares e, por isso, o Governo do Estado tem investido no melhoramento genético para aumentar a rentabilidade e a produtividade das lavouras.
O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná - Iapar- Emater) mantém um dos principais programas de melhoramento genético do País, e mudou a realidade agrícola do Estado, gerando conhecimentos, produtos e tecnologias. Como resultados, além de ganho na produtividade, propicia a prática de uma agricultura mais sustentável, a redução da utilização de agrotóxicos e, consequentemente, a produção de alimentos mais baratos e seguros para a sociedade paranaense.
A iniciativa começou a ser estruturada ainda na fundação do antigo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), em 1972, com o objetivo de desenvolver cultivares para o mercado interno e externo, com bons atributos. São plantas que passaram por processos de melhoramento para que sejam inseridas características que não possuíam.
GENÉTICA - Desde que foi iniciado, o programa de melhoramento genético já colocou à disposição dos agricultores de todo o Brasil, e de alguns países da América do Sul e Europa, 223 cultivares. Destas, 41 são de feijão, e 11 estão atualmente com sementes disponíveis no mercado e cultivadas em todas as regiões produtoras no país. São elas: o IPR Tangará, IPR Campos Gerais, IPR Quero-quero, IPR Bem-te-vi e IPR Sabiá, todos do grupo comercial carioca. Há também no grupo comercial preto o IPR Uirapuru, IPR Tuiuiú, IPR Nhambu e IPR Urutau e, do grupo especial, o IPR Garça (branco).
Na safra 2022, 63% dos campos de multiplicação de sementes de feijão preto e 14% de carioca no Brasil eram cultivares IPR. “Observamos uma preferência do agricultor pelas cultivares desenvolvidas pelo IDR-PR, porque são variedades que promovem rentabilidade, contribuem para uma produção sustentável e têm resistência às principais doenças que ocorrem no Estado”, disse Vânia Moda Cirino, especialista em melhoramento genético de feijão e atualmente diretora de Pesquisa do Instituto.
SOCIAL - “A cultura do feijão é uma das prioridades do instituto, porque tem grande relevância econômica e social para o Estado. É predominantemente produzida por pequenos produtores, constituindo a principal fonte de renda desses agricultores familiares”, explicou a diretora.
O desenvolvimento de uma nova cultivar é um trabalho de longo prazo. Desde o planejamento dos cruzamentos, que visam à combinação dos genes para obter as características pretendidas para a planta até o lançamento das sementes para multiplicação, são 10 a 12 anos de estudos. O melhoramento genético agrega diversas características à planta, como ciclos de cultivo mais curtos, tolerância a diferentes condições de clima e de solo, arquitetura de planta que facilita a colheita mecânica e até mesmo a qualidade culinária do grão.
MAIOR PRODUTIVIDADE — Laercio Della Vecchia, produtor rural em Mangueirinha, no Sudoeste do Estado, plantou por muito tempo variedades de feijão como o rajado, além do esteio e preto puro, mas, depois optou pelo carioca, com o plantio do IPR Sabiá. “Ele tem se mostrado muito bom em campo. Já no primeiro ano, produziu 70 sacas por hectare e nosso custo foi de apenas R$ 4 mil por hectare. Neste ano, o valor da saca girou em torno de R$ 350 a R$ 400 reais”, disse o produtor.
Após o processo de melhoramento genético, os grãos passam a ter alto potencial de rendimento e adaptação ao solo, garantindo mais estabilidade de produção. As plantas crescem com porte ereto, o que as torna mais apropriadas para a colheita mecânica e também desenvolvem resistência maior às principais doenças.
“Quando você tem uma genética que te dá tolerância, não tem necessidade de fazer tantas aplicações de fungicidas. Nós produzimos um alimento mais saudável, nutritivo, que vai fazer toda a diferença para o consumidor final. Estou conseguindo tirar os meus feijões sem o uso de inseticida. Em produtividade é o melhor que eu conheço hoje”, ressaltou Laercio.
Para ele, a escolha pela variedade ofertada pelo IDR-PR trouxe uma série de benefícios. “Uma boa safra começa com sementes de qualidade. Tivemos redução de custo e aumento de produção. É um feijão muito fácil de conduzir em termos de doenças radiculares e aéreas, principalmente antracnose, e é muito fácil de ser colhido, já que tem pouca perda mecânica”, avaliou.
IMPACTO – De acordo com Vânia, todas essas particularidades impactam positivamente o setor, já que os grãos passam a ter características adequadas ao segmento comercial, com um tamanho maior e boa aparência, mais tolerantes ao escurecimento. “São excelentes para a comercialização por conta da coloração, forma do grão, e qualidade culinária. Não adianta ser uma variedade boa de campo e ruim de panela”, enfatizou.
Com isso, a população que consome o feijão passa a ter um alimento de melhor qualidade, com cozimento rápido e caldo consistente, de sabor agradável e com elevado porcentual de grãos inteiros após o preparo. “Os seres humanos são reflexos do que comem. Solo rico, alimento rico. Estamos entregando um alimento com mais ferro, cálcio, mais rico em minerais. Além do produtor colher bem, o consumidor ganha um alimento muito mais nutritivo”, destacou o produtor.
DESTAQUES — Uma das maiores conquistas do programa foi o desenvolvimento de cinco cultivares com resistência ao mosaico dourado, doença das mais prejudiciais a lavouras de feijão no Brasil, um constante desafio à pesquisa nacional. São quatro do tipo carioca — IPR Celeiro (2016), IPR Eldorado (lançada em 2006), IAPAR 72 (1994) e IAPAR 57 (1992) — e, ainda, IAPAR 65, do grupo preto, de 1993.
Na categoria de grãos do tipo carioca, a vitória mais recente do IDR-Paraná é a cultivar IPR Águia, que se destaca pela resistência ao escurecimento dos grãos. Em condições adequadas de armazenamento, grãos de IPR Águia levam cerca de nove meses para começar a escurecer, um atributo importante para os agricultores.
“Os consumidores não compram um feijão com pigmento escurecido porque o associam a um feijão velho que não cozinha. Além disso, os agricultores não dão pouso para feijão carioca, eles colhem e imediatamente comercializam para não perder valor. Essa cultivar possibilita que armazene o grão por um determinado período”, ressaltou Vânia.
GOURMET - O grupo de melhoramento genético de feijão do IDR-Paraná também busca avanços na categoria de feijões especiais (grãos do tipo gourmet). O IDR-Paraná vai lançar este ano a cultivar IPR-Cardeal, de grãos vermelhos, desenvolvida para o segmento de exportação, particularmente a indústria de enlatados e conservas. Informações sobre todas as cultivares do grão estão disponíveis AQUI.
Vania compartilha uma curiosidade: o fato de todas as cultivares de feijão produzidas pelo Iapar ganharem o nome de pássaros. “Os pássaros são nossos companheiros na lavoura quando estamos trabalhando. Nós associamos o nome da ave com alguma característica que se ressalta na cultivar”, disse.
COMO É FEITO – A obtenção de uma linhagem a ser cultivada passa primeiro pela avaliação e seleção dos genitores que carregam as características agronômicas, comerciais e culinárias desejáveis para o cultivo. Isso inclui resistência a determinadas doenças, o potencial de rendimento, adaptação ao clima e até a cor, tempo de cozimento e quantidade de nutrientes no grão.
Pelo método de melhoramento convencional usado pelo Iapar, os genes são cruzados e recombinados para obter um único genótipo com as características esperadas para aquela cultivar. O produto resultante desses cruzamentos, que passa por oito gerações da planta sendo colhida e replantada, é avaliado até atingir a estabilidade genética do material.
Após esse processo, que leva de três a quatro anos, o material selecionado é testado em diferentes ambientes do Estado, sendo plantado nas estações experimentais do Iapar e em áreas de produtores parceiros para avaliar sua adaptação a diferentes climas e solos.
O programa também conta com um protocolo para manejo integrado de pragas (MIP-Feijão), tecnologia para fixação biológica de nitrogênio e métodos para o manejo sustentável das principais doenças. Vânia explicou que esse procedimento foi aplicado em todas as áreas acompanhada pelo IDR-PR.
“Em boa parte das minhas áreas não houve necessidade de aplicar inseticida. O MIP diagnostica os bichos inimigos e a gente só interfere quando eles estiverem em maior proporção ou causando danos. Quando tem necessidade, aplica, quando não tem, não aplica”, detalhou a diretora de Pesquisa do IDR.
Segundo Vânia, todo esse processo é essencial e muito satisfatório, já que beneficia tanto o produtor como o consumidor. “É muito bom poder trabalhar com uma cultura em que você beneficia o produtor, principalmente o pequeno, trazendo uma tecnologia que gera renda para ele, e contribuir também com a sociedade, gerando um alimento de excelente qualidade nutricional. Estamos sempre em busca de boas características agrícolas, culinárias e nutricionais. Queremos um feijão com mais proteína, mais ferro, mais zinco, um alimento que possa realmente nutrir a população”, projetou a diretora de pesquisa.
Por - AEN
O prazo de vencimento da quarta parcela para os contribuintes com veículos de placas com finais 1 e 2 do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA 2023 vence nesta segunda-feira (17). A guia pode ser emitida no portal da Secretaria de Estado da Fazenda.
No aplicativo Serviços Rápidos da Receita Estadual e no site da pasta é possível pagar as parcelas sem desconto ou com a opção de uso cartão de crédito, que permite parcelar o valor em até 12 vezes, com juros.
O pagamento pode ser feito, também, por meio da Guia de Recolhimento com QRCode via PIX, o que garante mais facilidade para os contribuintes. Também é possível utilizar os canais eletrônicos de qualquer instituição bancária, não se restringindo às conveniadas com o Estado.
O sistema de pagamento é apenas virtual. O contribuinte não recebe nenhuma correspondência. As guias devem ser emitidas no site da Fazenda.
A alíquota é de 3,5% ou 1% do valor do veículo, dependendo do tipo. O IPVA é uma das principais fontes de arrecadação tributária do Paraná, ficando atrás apenas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). O Estado destina 50% do valor arrecadado com o imposto para o município onde foi emplacado o veículo.
A quitação do IPVA é um requisito obrigatório para emissão do certificado de licenciamento pelo Detran-PR. Ao contribuinte cabe avaliar as condições mais favoráveis e, caso opte pelo cartão de crédito, deve exigir o comprovante de pagamento dos débitos fiscais recolhidos.
IPVA VENCIDO – As parcelas já vencidas de 2023 podem ser quitadas no mesmo sistema com acréscimo de multa e juros (multa de 0,33% por dia e juros de mora com base na taxa Selic). Passados 30 dias, o percentual da multa é fixado em 10% do valor do imposto. Também é possível parcelar os débitos de IPVA de exercícios anteriores ao atual. As informações estão no site do IPVA.
Confira o calendário de vencimento do IPVA, conforme a placa do veículo:
1 e 2 – 17/04, 18/05
3 e 4 – 18/04, 19/05
5 e 6 – 19/04, 22/05
7 e 8 – 20/04, 23/05
9 e 0 – 24/04, 24/05
Por - AEN
As Agências do Trabalhador do Paraná e postos avançados começam a semana com a oferta de 12.552 vagas de emprego com carteira assinada no Paraná.
A maior parte é para auxiliar de linha de produção, com 2.869 oportunidades. Na sequência, aparecem as funções de operador de telemarketing, com 588 vagas, auxiliar de linha de produção, com 327, e magarefe, com 270.
A Região Metropolitana de Curitiba concentra o maior volume de postos de trabalho disponíveis (2.350). São ofertadas 300 vagas para operador de telemarketing receptivo, 288 para operador de telemarketing ativo e receptivo e 216 para auxiliar de linha de produção. Na Capital, a Agência do Trabalhador Central oferta 64 vagas para preenchimento urgente, com procura por trabalhadores para as funções de auxiliar de logística (31), mecânico de automóvel (15), confeiteiro (12), assistente administrativo (04), assistente de mídias sociais (01) e engenheiro mecânico pesquisador (01).
A região de Toledo aparece em seguida, com 1.854 oportunidades. São ofertadas 593 vagas para auxiliar de linha produção, 120 para abatedor de porcos, 18 para servente de pedreiro e 10 para safrista.
Nas demais regionais do Interior são destaques Cascavel (1.278), Apucarana (855), Londrina (850) e Umuarama (709). Em Cascavel, as funções que lideram as ofertas de vagas são auxiliar de linha de produção, com 291 vagas, magarefe, com 200, técnico em fibras óticas, com 60, e abatedor de aves, com 50 oportunidades.
Em Apucarana, os destaques são para trabalhador da cultura da cana-de-açúcar (215), auxiliar de linha de produção (97), costureiro (29) e vendedor interno (29).
Em Londrina, há oferta de emprego para as funções de auxiliar de linha de produção, com 276 oportunidades, alimentador de linha de produção, com 208, auxiliar de processo de produção de gorduras vegetais comestíveis, com 80, e vendedor pracista, com 18.
Na região de Umuarama são ofertadas 294 vagas para auxiliar de linha de produção, 30 para alimentador de linha de produção, 17 para costureiro e 10 para auxiliar de costura.
ATENDIMENTO – Os interessados em ocupar as vagas devem buscar orientações entrando em contato com a unidade da Agência do Trabalhador de seu município. Para evitar aglomeração, a sugestão é que o atendimento seja feito com horário marcado. O agendamento deve ser feito AQUI.
O Paraná está entre os estados mais bem posicionados no Conceito Preliminar de Curso (CPC) e no Índice Geral de Cursos (IGC), referentes a 2021.
Os dois indicadores fazem parte do ciclo de resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), calculados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
O Enade 2021 avaliou 30 tipos de cursos em diferentes áreas do conhecimento.
O CPC e o IGC são dois dos quatro indicadores que avaliam a qualidade da educação superior no Brasil. Em ambos, o ensino superior paranaense figura entre os mais bem avaliados. O resultado do IGC, por exemplo, classifica as instituições com notas de 1 a 5, a partir de uma média ponderada trienal de cursos de graduação e de pós-graduação, levando em conta outras avaliações e índices, além do Enade.
O Paraná está em quarto lugar entre os estados com o maior número de cursos no top 20% nacional do CPC, somando 149 graduações nesse estrato da avaliação, atrás apenas do Rio Grande do Sul (210 cursos), de Minas Gerais (217 cursos) e São Paulo (294 cursos), nessa ordem.
No top 20% do IGC, o Paraná ocupa a quinta posição, com 29 instituições entre as melhores classificadas. Nesse grupo estão Rio de Janeiro (34), Rio Grande do Sul (36), Minas Gerais (61) e São Paulo (80), respectivamente.
AVALIAÇÃO – O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, destaca a importância desses indicadores como instrumentos de avaliação da qualidade da educação superior.
“Esses índices demonstram o desempenho dos estudantes no Enade e avaliam o corpo docente, a infraestrutura, os recursos didático-pedagógicos e outros aspectos da educação superior”, afirma o gestor, destacando que as métricas subsidiam o reconhecimento e o recredenciamento de instituições de ensino.
Os indicadores também servem como requisitos para a implementação de programas federais, alguns desenvolvidos pelas universidades estaduais do Paraná, como o Universidade Aberta do Brasil (UAB), o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) e o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (Pibid).
SISTEMA ESTADUAL – As universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), Centro-Oeste (Unicentro) e do Norte do Paraná (UENP) estão na faixa 4 do IGC. Líderes no Estado, UEL, UEM e Unioeste figuram também entre as 30 instituições de ensino superior mais bem classificadas do Brasil, nessa faixa. A Universidade Estadual do Paraná (Unespar) está na faixa 3, atendendo plenamente aos critérios de qualidade do MEC.
Ao todo, foram avaliadas 2.012 instituições brasileiras de ensino superior para o Índice Geral de Cursos. No CPC, foram avaliados 629 cursos paranaenses de graduação, sendo 281 de instituições públicas. Nesse contexto, as universidades estaduais do Paraná somam 167 cursos, o que representa 26,55% do total de graduações avaliadas em todo o Estado, entre bacharelados, licenciaturas e tecnológicos.
Juntas, as estaduais somam 50 cursos no top 20% nacional do CPC, com destaque para Unicentro, UEM e Unespar, com 14, 12 e 11 cursos entre os melhores avaliados, respectivamente. No top 20% nacional do IGC estão em destaque UEL, UEM, Unioeste, Unicentro e UEPG.
CURSOS - No CPC, 113 cursos das instituições ligadas ao Governo do Paraná alcançaram desempenho nas faixas 4 e 5, que colocam os cursos e as universidades estaduais paranaenses como referência de qualidade e excelência no ensino. Os cursos de licenciatura em Música e bacharelado em Química da UEL e os cursos de bacharelado em Ciências Biológicas e em Ciências Sociais da UEM obtiveram nota 5, no CPC.
O curso de licenciatura em História da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), ofertado no campus avançado de Coronel Vivida, na região Sudoeste do Paraná, figura como o terceiro mais bem avaliado do Brasil, na faixa 4 do CPC. Já o curso de licenciatura em Matemática da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), no campus de Apucarana, no Vale do Ivaí, ocupa o quarto lugar nacional na faixa 3 (CPC contínuo), nota considerada satisfatória.
ÍNDICES – O Conceito Preliminar de Curso (CPC) é um indicador de qualidade dos cursos de graduação. No cálculo, são considerados: o Conceito Enade (desempenho dos alunos na prova do exame); o valor agregado pelo curso, medido pelo Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD); o corpo docente (informações do Censo Superior sobre o percentual de mestres, doutores e regime de trabalho); e a percepção dos estudantes sobre o processo de formação.
O cálculo do Índice Geral de Cursos (IGC) leva em conta: a média do CPC, considerando o último ciclo do Enade; média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na avaliação mais recente; e a distribuição dos estudantes entre as diferentes etapas de ensino superior (graduação ou pós-graduação stricto sensu).
Por - AEN
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), convidou pesquisadores especialistas para participar da revisão e ampliação da lista de espécies da fauna ameaçadas de extinçãos do Paraná.
A nova revisão da lista se dá no âmbito do Projeto Pró.-Espécies e está sendo realizada pelo Instituto Mater Natura, contratado pela WWF-Brasil. O convite aos pesquisadores foi feito por e-mail na semana passada e o trabalho começa nos próximos dias
A revisão da lista faz parte das ações prioritárias do Plano de Ação Territorial (PAT) Caminho das Tropas Paraná-São Paulo, que, em território paranaense está sob supervisão da Sedest e do Instituto Água e Terra (IAT).
Essa etapa consiste na contribuição e validação das informações pela rede de pesquisadores que atuam no Paraná para a confecção de mapas rigorosamente alinhados com a área de ocorrência das espécies e de fichas de avaliação por espécie, produtos que darão subsídio para o processo de discussão durante as Oficinas de Avaliação.
A bióloga da Sedest, Fernanda Braga, coordenadora das atividades do Pró-Espécies dentro do território paranaense, comenta a importância da ação para a conservação das espécies ameaçadas.
“O desafio é deixar um legado organizacional, preparando uma base de dados com informações biológicas e ecológicas das espécies, além da compilação de registros de ocorrência. Desta forma, conseguiremos confeccionar mapas mais precisos e acurados da área de ocorrência das espécies. Os mapas ficarão disponíveis para embasar revisões posteriores”, diz ela.
O processo de avaliação da fauna do Estado segue a metodologia, os critérios e as categorias da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) e a consulta ampla é uma etapa prévia à Oficina de Avaliação dos Táxons, que será realizada nos próximos meses.
PESQUISADORES - Os pesquisadores estão convidados a acessar a plataforma www.listavermelhafaunapr.com.br, realizar o cadastro e participar do projeto. Nesse site, há também um vídeo tutorial para esclarecer eventuais dúvidas.
Até dia 07 de maio de 2023, a consulta está aberta para os táxons (refere-se à classificação científica) de Amphibia, Coleoptera e Echinodermata. Os demais táxons que estão em processo de revisão terão seus cronogramas de consulta divulgados nos próximos dias. a unidade taxonómica associada à classificação cientifica de seres vivos. Reino, ordem, género e espécie são exemplos de taxa
SOBRE O PROJETO – A estratégia adotada para a execução do trabalho é a da avaliação por grupo taxonômico (com inclusão de todas as espécies), a adoção dos critérios e categorias da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), com o desenvolvimento de um processo continuado de avaliação e o envolvimento do maior número possível de pesquisadores em um processo transparente e participativo.
Segundo a metodologia adotada para trabalho, o processo de avaliação passa por três etapas: preparatória, de avaliação, e final, sendo cada uma dividida em atividades. A consulta ampla aos especialistas é uma das ações da etapa preparatória, realizada após a compilação inicial de dados que formarão as fichas de avaliação (ex. dados biológicos, ecológicos e registros de ocorrência) das espécies, e precede a etapa de avaliação.
Durante a revisão serão considerados sete grupos de fauna: Mammalia, Aves, Reptilia, Amphibia, Peixes, Apidae e Lepidoptera. Serão incluídos à Lista Vermelha da Fauna do Paraná, outros 10 grupos de fauna (considerados pela primeira vez): Ascidiacea, Cnidaria, Mollusca, Polychaeta, Oligochaeta, Crustacea, Echinodermata, Coleoptera, Hymenoptera e Libellulidae.
O Mater Natura - Instituto de Estudos Ambientais foi contratado pela WWF-Brasil por meio de um processo seletivo nacional de ampla concorrência, para fazer a atualização da Lista de Espécies da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná.
A inicitiva está inserida na “Estratégia Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção – GEF Pró-Espécies: Todos contra a extinção”, coordenada pelo governo federal por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility - GEF), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), que tem como agência executora o WWF-Brasil.
Por - AEN
A tecnologia tem um papel fundamental no monitoramento e também na simplificação de processos para assegurar a qualidade dos produtos agropecuários no Estado.
Algumas soluções desenvolvidas pela Celepar (Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná) são importantes no trabalho de defesa agropecuária, fundamental para manter o status sanitário do Paraná.
São ferramentas que ajudam produtores e gestores a simplificar, desburocratizar e facilitar os processos. E essas inovações foram importantes, por exemplo, para que o Paraná fosse reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação, em maio de 2021, conquista que demonstra o bom trabalho de sanidade agropecuária.
Um exemplo de tecnologia para o agronegócio é o Sistema do Produtor, em que os criadores podem fazer o cadastro de atualização de rebanhos exigido pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). A campanha de atualização de rebanhos, promovida anualmente, conta ainda com colaboração do aplicativo Paraná Agro, desenvolvido recentemente pela Celepar, onde também pode ser feito o cadastro.
Outra contribuição vem do Sistema de Defesa Sanitária Animal (SDSA), em atividade há mais de 20 anos. Um dos principais serviços utilizados é a geração da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório para o transporte de animais. Com a GTA, os fiscais da Adapar podem acompanhar a movimentação de rebanhos e prevenir a entrada de doenças no estado.
“A tecnologia é uma grande aliada na simplificação de processos, na gestão pública e também beneficia os produtores em nosso Estado. As soluções de referência são importantes para que o Paraná continue sendo destaque no setor agropecuário”, diz o CEO da Celepar, Gustavo Garbosa.
DIGITALIZAÇÃO - Segundo o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, a tecnologia é fundamental em todas as etapas da produção, transporte e comercialização de produtos vegetais e animais. “Com o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, precisávamos de algum sistema que nos desse conhecimento do tamanho e da mobilidade do rebanho. Optamos por um cadastro em vez de chips nas orelhas dos animais, que seria um gasto a mais para o produtor. Ainda mantemos a possibilidade de o cadastro ser feito de forma presencial, mas é cada vez mais importante contar com os meios eletrônicos e digitais, como o aplicativo Paraná Agro, que, entre outras funções, tem sido usado para esse trabalho”, diz.
Segundo diretor-presidente da Adapar, Otamir Martins, o investimento em tecnologia está de acordo com a visão de inovação da defesa agropecuária estadual, com melhorias nos processos internos, trabalho em parceria com outros órgãos e parcerias no desenvolvimento de um Laboratório de Inovação. “Tudo isso representa investimento na melhoria do serviço público, fortalecendo o reconhecimento do Paraná como um importante polo do agro”, diz.
MERCADO – A certificação internacional é fruto de mais de 50 anos de trabalho e parceria entre iniciativa privada, entidades representativas do agronegócio e governo estadual, tendo em vista os benefícios econômicos para todo o Estado. O Paraná é líder na avicultura e pescados – especialmente a tilápia -, é o segundo maior produtor brasileiro de suínos, leite e ovos, e está entre os dez maiores criadores de gado de corte, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O status ajudou a ampliar o mercado para as proteínas animais produzidas no estado, chamando a atenção de países que pagam mais pelo produto. Assim, deu segurança para que se ampliassem os investimentos das indústrias no setor. E a mudança dos olhos do mundo em relação à sanidade bovina também reflete na busca por outras proteínas animais.
Nos últimos anos, cerca de 30 empresas do setor pecuário anunciaram a instalação ou ampliação de unidades no Paraná. Os investimentos já anunciados ou previstos em mais de 20 municípios paranaenses ultrapassam R$ 6,6 bilhões. Outra notícia positiva relacionada ao status sanitário do Paraná foi a habilitação recente do Frigorífico Astra, em Cruzeiro do Oeste, na região Noroeste, um dos maiores do Paraná, para exportação de carne bovina para a Indonésia e a China.
DIÁLOGO – Em março, uma comitiva paranaense, liderada pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior, com secretários de Estado, empresários e representantes de entidades, visitou lideranças do Japão e da Coreia do Sul. Entre outras parcerias, o encontro foi fundamental para negociar a abertura do mercado para a carne paranaense. O Japão já é um dos maiores mercados importadores da produção estadual de frango, e tem potencial em comprar outras proteínas animais produzidas no Paraná.
Por - AEN