O Governo do Estado, por meio do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), abriu nesta quarta-feira (3) as ações do Maio Amarelo 2023, que chega à décima edição e tem como tema nacional “No trânsito, escolha a vida”. O movimento, lançado no Palácio Iguaçu, em Curitiba, busca salvar vidas por meio da conscientização.
Também foram entregues veículos para o órgão de trânsito estadual, anunciados investimentos para sinalização viária em 46 municípios e apresentado o Pacto Social por um Trânsito Seguro.
O vice-governador Darci Piana, que participou do evento, destacou que, apesar de maio ser um mês dedicado a causa do trânsito, os cuidados devem seguir durante todo o ano. “Não adianta realizar ações só durante este mês e depois esquecer os outros 11. Devemos estar sempre preocupados com aquilo que acontece no trânsito, cuidando desde as nossas crianças até os nossos idosos”, afirmou.
Ele também ressaltou o alto número de mortes no trânsito. “No Brasil, cerca de 40 mil pessoas morrem por ano. Temos que intensificar nossas ações, motivar as pessoas a se cuidarem e salvarem vidas”, completou.
Durante todo o mês, o Detran-PR promoverá atividades em locais públicos e privados, envolvendo órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada, buscando chamar a atenção para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.
Em 2023, o material da campanha foi produzido em uma parceria da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e deve ser utilizado nacionalmente, garantindo a uniformidade das ações em todo o País.
“Esse é um mês de reflexão, onde se renovam os compromissos ligados ao trânsito. Teremos muitas ações de educação nas escolas, nas empresas, com a sociedade civil no geral, pois são 10 anos de Maio Amarelo e queremos envolver toda a população para a redução da violência, das mortes no trânsito”, explicou o diretor-presidente do Detran-PR, Adriano Furtado.
“A ideia é que cada um faça a sua parte, um compromisso de política pública e pensando em conjunto em como cumprir as metas de redução dos acidentes no trânsito”, completou Furtado.
SINALIZAÇÃO VIÁRIA – Um trânsito mais seguro para pedestres, ciclistas e motoristas. Esse deve ser o resultado do investimento realizado pelo Governo do Estado, por meio do Detran-PR, com a assinatura da Ordem de Serviço para serviços de engenharia de sinalização viária em 46 municípios. O montante chega a R$ 11,89 milhões somente para o primeiro semestre deste ano. Devem ser realizadas a instalação de placas de trânsito (sinalização vertical) e pintura de vias (sinalização horizontal).
Serão beneficiadas as seguintes cidades: Andirá; Arapoti; Assis Chateaubriand; Bocaiúva do Sul; Braganey; Cafezal do Sul; Cambará; Carlópolis; Céu Azul; Colorado; Floresta; Florestópolis; Godoy Moreira; Goioerê; Guaratuba; Inajá; Iretama; Ivaté; Jaguapitã; Jardim Alegre; Lunardelli; Mandaguaçu; Marechal Cândido Rondon; Marialva; Marilena; Marumbi; Miraselva; Nossa Senhora das Graças; Nova Londrina; Paranacity; Piên; Piraquara; Planalto; Prado Ferreira; Primeiro de Maio; Quatro Pontes; Rio Bom; Santa Lúcia; Santa Mônica; Santo Inácio; São João do Caiuá; São Sebastião da Amoreira; Sarandi; Terra Rica; Vitorino; e Virmond.
Deste total, 22 municípios assinaram a Ordem de Serviço nesta quarta e os outros 24 já tiveram seus projetos licitados neste ano.
MUNICIPALIZAÇÃO – Durante o evento, o diretor-presidente do Detran/PR e vice-governador assinaram simbolicamente a proposta de intenção para os municípios que desejarem formalizar o convênio para municipalização do trânsito. As prefeituras de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, e Primeiro de Maio, no Norte do Estado, também aderiram à proposta durante a solenidade. Das 399 cidades paranaenses, 278 ainda não contam com trânsito municipalizado.
Criado em 1997, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê responsabilidades a serem assumidas por cada ente federativo, buscando promover um trânsito mais seguro e próximo da realidade de cada localidade. Na prática, com a municipalização, a prefeitura assume a responsabilidade pelo planejamento, projeto, operação e fiscalização, tanto no perímetro urbano quanto nas estradas municipais.
O município passa a desempenhar tarefas de sinalização, fiscalização, aplicação de penalidades e educação de trânsito. A medida também contribui para a produção de estatísticas condizentes com a realidade local, proporcionando a criação de medidas mais eficazes para reduzir o número de acidentes e mortes no trânsito.
Representando o secretário nacional de Trânsito, Adrualdo de Lima Catão, a diretora do Departamento de Segurança no Trânsito da Senatran, Maria Alice Nascimento, parabenizou o Detran-PR pelo auxílio dado aos municípios no processo de municipalização.
“Nós precisamos dar condições orçamentárias, estruturais e capacitações para que os nossos municípios possam atuar. Os governos estaduais e federal devem estar juntos com as cidades dando condições para que elas consigam realizar esse trabalho, a exemplo do que está sendo realizado aqui hoje no Paraná”, disse Maria Alice.
VEÍCULOS – Na solenidade, foram entregues as chaves de 10 automóveis zero km modelo Fiat/Toro e duas vans de carga modelo Ranault/Master para compor a frota do órgão de trânsito estadual. Os veículos integram o projeto de renovação da frota do Detran/PR e serão utilizados em serviços administrativos e nas ações de educação de trânsito.
PACTO – O representante do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) no Paraná, Mauro Gil Meger, apresentou o Pacto Social por um Trânsito Seguro, uma iniciativa liderada pelo Comitê Trânsito Seguro, que busca incentivar a participação da sociedade civil organizada nas ações voltadas para a redução do número de mortes e lesões no trânsito no Brasil.
“O pacto é uma iniciativa inédita no País que visa engajar todos os segmentos sociais em uma consciência coletiva de que cada ação voltada à segurança viária é fundamental para o desenvolvimento da empatia e melhoria das condições do trânsito”, afirmou.
O Comitê Trânsito Seguro foi criado em 2017 para unificar as ações educativas voltadas à segurança no trânsito. O grupo é formado pelo Detran-PR; Secretaria Municipal de Trânsito de Curitiba (Setran); Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba; Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran); Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv); Corpo de Bombeiros; Delegacia de Delitos de Trânsito da Polícia Civil (Dedetran); Polícia Rodoviária Federal (PRF); ONSV; e Sest/Senat.
A iniciativa está alinhada às metas do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), criado em 2018 com a meta de reduzir em 50% o número de mortes no trânsito até 2028, antecipando o que foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), de chegar a esse índice até 2030.
Segundo dados da Datasus (departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil), foram registradas 35.032 mortes relacionadas a acidentes de transportes em todo o Brasil em 2021 – o Paraná contabilizou 2.668 óbitos, 7,6% do total nacional.
MAIO AMARELO – Maio foi escolhido para concentrar as ações de atenção no trânsito. Foi neste mês, em 2011, que a ONU propôs a Década de Ação para Segurança no Trânsito, visando conscientizar a sociedade sobre os altos índices de acidentes em ruas, estradas e rodovias.
Desde então, cidades do mundo todo promovem campanhas para incentivar técnicas de direção defensiva, o respeito ao próximo e às normas de trânsito. No Brasil, as campanhas acontecem desde 2014, sendo esta a décima edição do movimento, que conta com o apoio de órgãos públicos, empresas privadas e da sociedade em geral.
O amarelo foi escolhido por simbolizar a atenção no trânsito e também por ser uma cor de advertência. Em 2020, a ONU definiu o período entre 2021 e 2030 como a Segunda Década de Ação pela Segurança no Trânsito, com a meta de reduzir em 50% as lesões e mortes no trânsito no mundo inteiro até 2030.
PRESENÇAS – Estiveram presentes no evento o subchefe da Casa Civil, Lúcio Mauro Tasso; o diretor-geral da Casa Civil, Luciano Borges; o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto; o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Manoel Vasco de Figueiredo Junior; os deputados estaduais Hussein Bakri, Alexandre Curi, Artagão Junior, Cloara Pinheiro, Luiz Claudio Romanelli, Tiago Amaral, Tercilio Turini e Soldado Adriano José; o diretor de Políticas Públicas da Sesp, coronel Fernando Klemps; o superintendente regional da PRF no Paraná, Fernando Oliveira; o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Marcelo Fachinello; a superintendente de Trânsito de Curitiba, Rosângela Battistella; além de prefeitos outras autoridades.
Por - AEN
O Estado do Paraná, com o apoio da Organização Panamericana de Saúde (Opas), e em parceria com a Fiocruz de Minas Gerais e a Fundação Ezequiel Dias (Funed), concluiu o treinamento em sequenciamento genômico do vírus Chikungunya.
A atividade, que se estendeu até o fim do último mês, apontou que as sequências detectadas no Paraná vieram das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.
As sequências foram agrupadas em dois clados (agrupamentos de organismos originados de um único ancestral comum), indicando que houve pelo menos duas introduções independentes do vírus no Estado neste ano.
Para a capacitação, foram analisadas amostras de pacientes com febre chikungunya que foram coletadas nas macrorregiões Oeste e Norte em 2023. Durante a pesquisa, a árvore filogenética do vírus foi reconstituída, permitindo aos pesquisadores obter dados e maior compreensão acerca da origem.
“Este estudo revela detalhes científicos importantes acerca deste vírus e, com sua conclusão, podemos aprender e entender melhor sua origem e comportamento. O Lacen possui um padrão de qualidade que é referência nacional e tem nos auxiliado profundamente na luta contra a expansão das arboviroses”, comentou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
“Estes dados trazem mais informações para futuros estudos e também para mapear a presença do vírus no Estado. É uma ação importante que não somente contribui para um entendimento coletivo sobre o vírus mas também capacita nossos profissionais para ter mais aptidão em avaliá-lo”, destacou a diretora do Lacen, Irina Nastassja Riediger.
Segundo ela, outra vantagem é a possibilidade de fortalecer a rede de sentinelas no Paraná, unidades distribuídas pelas 22 Regionais de Saúde e que auxiliam a monitorar a circulação de arboviroses no Estado.
PARAGUAI – No início de fevereiro deste ano, a Sesa emitiu um alerta em todo o Estado devido ao aumento crescente acerca de casos confirmados da doença chikungunya no Paraguai, país que faz fronteira com municípios paranaenses. Embora o estudo não permita identificar a relação de transmissão do vírus entre o Paraná e o país vizinho, é possível confirmar que as amostras avaliadas do Paraguai também tiveram origem na região nordeste do Brasil.
DENGUE – O estudo também avaliou diagnósticos de dengue, sequenciando amostras provenientes de 22 municípios. Os dados obtidos confirmaram que não há nenhum genótipo novo em circulação, sendo intimamente ligadas à dengue no Paraguai e também em outros locais do Brasil.
DADOS – De acordo com o último boletim epidemiológico publicado, o Paraná possui 35.433 casos confirmados e 21 óbitos por dengue, além de 283 confirmações e dois óbitos por chikungunya, sendo um caso importado do Paraguai e um residente de Cascavel.
Por - AEN
O Governo do Paraná, por meio da Secretaria estadual da Saúde, deve receber ainda neste mês de maio o novo inseticida para controle de Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika.
O Fludora Co-Max será enviado pelo Ministério da Saúde para ser utilizado na nebulização espacial – conhecida popularmente como fumacê. O novo princípio ativo foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A informação foi repassada à Secretaria estadual da Saúde pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, por meio do Ofício Circular nº 57/2023/SVSA/MS.
O novo inseticida é composto por Flupiradifurone e Transflutrina (Fludora Co-Max). É para uso em Ultra Baixo Volume (UBV), como é o caso do fumacê, também em equipamento costal motorizado (UBV costal). O produto, assim como o inseticida Cielo, utilizado atualmente, é recomendado em situações de emergência, como surtos e epidemias, pois tem como alvo apenas os mosquitos adultos.
Segundo o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, embora a estratégia de nebulização seja importante, ela só resolve uma parte do problema. "O restante são medidas de conscientização da população para combate aos depósitos do mosquito", afirma.
De acordo com o informativo, os dois produtos (Fludora Co-Max e o Ciele) são adquiridos por meio de compra internacional. A previsão da chegada de ambos ao Brasil é até a primeira quinzena de maio de 2023. A partir da chegada e da tramitação legal, o governo federal iniciará a distribuição para os estados.
DADOS – O novo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado nesta terça-feira (2), confirmou 6.889 novos casos e seis óbitos por dengue em relação ao informe da semana anterior. Agora o Paraná registra, ao todo, 35.433 casos confirmados e 21 óbitos contabilizados no atual ano epidemiológico, iniciado em agosto de 2022.
CHIKUNGUNYA – Em relação à chikungunya, o Estado possui 283 casos confirmados. São 52 a mais (22,5%) que no último informe. Sem o registro de novos óbitos, o Paraná permanece com duas mortes pela doença, sendo um caso importado do Paraguai e um de residente em Cascavel. A maioria das confirmações (64%) são autóctones e, destas, 175 (96%) de pacientes residentes na macrorregião Oeste, sendo que 131 (74,8%) do município de Foz do Iguaçu.
Por - AEN
Com a mudança na regulamentação, em março deste ano, o Paraná Pay passou a disponibilizar a opção de resgate dos prêmios mensais para conta bancária vinculada ao Nota Paraná, programa da Secretaria estadual da Fazenda.
A alteração proporciona a 223 mil consumidores a possibilidade para a retirada do valor de R$ 100 ou mais. A transferência pode ser feita pelo site e aplicativo do programa.
Anteriormente, só era possível resgatar os créditos do Paraná Pay com a abertura de conta em carteiras digitais credenciadas no programa, com uso exclusivo dos prêmios em atividades ligadas ao turismo ou em postos de combustíveis e distribuidoras de gás.
Desde a alteração, mais de 7 mil contribuintes já transferiram os saldos disponíveis. O valor total convertido é de aproximadamente R$ 682 mil.
Ao todo, são mais de 2 milhões de contribuintes concorrendo a 8 mil prêmios de R$ 100,00, no total de R$ 800 mil todos os meses.
Para participar do Paraná Pay, é necessário fazer o cadastro no Programa Nota Paraná. Quem está cadastrado deverá concordar com os termos de créditos e prêmios que compõem o saldo.
Os critérios para geração dos bilhetes são os mesmos dos sorteios do Nota Paraná, ou seja, a primeira compra no mês, de qualquer valor, gera um bilhete e são gerados outros a cada R$ 200,00 em compras.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) iniciou nesta semana o I Seminário de Qualificação da Atenção à Saúde do Adolescente, voltado para profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde e aos que trabalham nos Centros de Socioeducação ou diretamente com jovens privados de liberdade.
O encontro, com duração de três dias e feito em parceria com o Ministério da Saúde e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem como eixo principal o fortalecimento da assistência qualificada a este público em específico, no Sistema Único de Saúde (SUS).
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, considera importante desenvolver ações direcionadas aos adolescentes, já que estão suscetíveis a várias mudanças nessa transição da fase infantil para a adulta. “Essa é uma etapa da vida de grandes transformações biológicas, psíquicas e sociais, e existem vários fatores de risco à saúde envolvidos nesse processo. É necessário fortalecer estratégias entre esses usuários e equipes de saúde”, afirmou.
A porta de entrada do SUS é na Atenção Primária à Saúde (APS). É lá que os usuários encontram atenção integral, humana e resolutiva à saúde. Com o objetivo de ampliar as estratégias na APS, o seminário, que é realizado pela Divisão de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da Sesa, pretende qualificar os profissionais e gestores para o acolhimento dos adolescentes; ampliar ações de promoção, prevenção, atenção a agravos e reabilitação da saúde e proporcionar ferramentas para as equipes de saúde atuarem nas unidades de saúde.
Mais de 15 palestrantes abordarão o tema relacionado à saúde dos adolescentes, sob diferentes assuntos, desde a vacinação, saúde mental e sexual, prevenção do suicídio, gravidez na adolescência, além de rodas de conversas e trocas de experiências entre profissionais da saúde, da assistência social e da justiça.
Nesta quarta-feira (3), uma representante da ONU para o Fundo de População Das Nações Unidas (UNFPA) falará do “Direito da Gestante Adolescente e Paternidade Responsável: desafios para a saúde”. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes Privados de Liberdade (PNAISARI) também está em pauta durante os dias de evento, com apresentação de várias ações desenvolvidas no Estado.
O evento conta com o apoio e participação da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju) e do Ministério Público do Paraná. "O cuidado com os adolescentes do Sistema Socioeducativo do Paraná é fruto de um trabalho intersetorial do Governo do Estado, com os órgãos do Sistema de Justiça, em apoio aos municípios e às famílias. Trabalhamos junto com a saúde e a educação, desde a prevenção até a reinserção dos egressos da socioeducação, para assegurar que todos tenham acesso a cidadania", enfatizou o secretário de Justiça e Cidadania, Santin Roveda.
Para a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, a união de esforços resulta em uma maior compreensão para lidar com as pessoas desta faixa etária. “Como profissionais precisamos estar atentos, dar respostas efetivas. Essa reunião é de atualização para o aprimoramento das ações no Paraná. São vários palestrantes que participam, e por isso, a troca de experiências é muito grande, com corresponsabilidade e compromisso com a saúde dos nossos adolescentes”, afirmou.
PRESENÇAS – Participaram do seminário o superintendente do Ministério da Saúde no Paraná, Luiz Armando Erthal; o diretor executivo da Sesa, César Neves; o representante do Ministério Público do Paraná, Daniel Pedro Lourenço; e o coordenador do Curso de Medicina da UFPR, Edevar Daniel.
Por - AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior se reuniu nesta terça-feira (2) com diretores de unidade de socioeducação do Paraná e com o secretário estadual da Justiça e Cidadania, Santin Roveda, para discutir medidas que regionalizem a gestão da área em todo o Estado, garantindo um fortalecimento das ações.
Durante o encontro, os diretores apresentaram ao governador o primeiro Escritório Regional Socioeducativo, dos quatro a serem implantados no Paraná. Esse primeiro é localizado em Londrina e vai atender o Norte e o Norte Pioneiro.
Desde o final de 2022, a socioeducação estadual foi dividida em quatro regionais no Paraná, a partir da Resolução n°. 407/2022, da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania. A iniciativa atende a Lei Federal n° 12.594/12, que prevê a criação de comissões permanentes para avaliação e acompanhamento do sistema.
Além da regional de Londrina, que terá abrangência em 66 municípios e equipe técnica para atender também atuar in loco, o Paraná terá três grandes regionais, uma delas abrangendo Norte e Noroeste, com base em Maringá, e as outras duas que já estão em andamento: a primeira, da região Oeste, com base em Cascavel, e a outra na Região Metropolitana de Curitiba, sediada na Capital. As quatro regionais vão abranger 28 unidades distribuídas de forma descentralizada em 16 municípios do Estado.
Segundo o governador, é preciso pensar em estratégias locais de maneira uniforme, para atender os municípios de uma forma mais efetiva. “Quando pensamos regionalmente, estamos mais próximos dos problemas mas também da solução. Sabemos que temos um desafio grande, mas dentro do que estiver ao alcance do Governo do Estado, vamos criar a estrutura necessária para que as regionais desempenhem o melhor papel para atender esses jovens”, declarou.
Para Roveda, adotar medidas regionais é uma forma de prestar um apoio maior às prefeituras e secretarias municipais, além de beneficiar outras áreas, proporcionando uma atuação conjunta. “A regionalização integra, aproxima e não deixa o socioeducativo isolado na sua cidade. Ela dá suporte aos prefeitos em outras áreas como a da família, ou com novas vagas de emprego. Isso dá sustentação para que o socioeducativo continue evoluindo. O Paraná sai na frente, dá um bom passo e demonstra que também na socioeducação temos a possibilidade de ser os melhores do Brasil”, disse.
Márcio Alencar, diretor da regional de Londrina explica que o objetivo é desempenhar não só um trabalho durante o período em que o jovem infrator fica privado de liberdade, mas sim ter uma atuação preventiva e de ressocialização “Hoje atendemos os meninos na privação de liberdade ou restrição, mas não atendemos após o momento que sai da unidade. A ideia é criar um programa de pós-medida, para atender os adolescentes junto aos municípios durante os 6 meses depois de saírem da privação de liberdade”, ressaltou.
APOIO – A iniciativa tem apoio do Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Justiça. Para a promotora de Justiça do Ministério Público, Danielle Tuoto, é um momento histórico para a socioeducação do Estado. “Estou há dez anos cuidando exclusivamente da execução de medidas socioeducativas e vemos a dificuldade dos municípios em cumprir leis desta área. A ideia da regional é exatamente o que precisamos”, afirmou.
“A Secretaria da Justiça e Cidadania tem que chegar em cada um dos municípios para que esses meninos sejam cidadãos. Temos condição de tornar o Paraná uma referência nacional”, disse. Ela ainda defende que é preciso muito mais para garantir que os jovens sejam ressocializados. “O jovem tem que ter escolaridade, ter saúde, empregabilidade, sair de um curso profissional para que vá para o meio aberto e possa exercer sua cidadania”, ressaltou.
O governador endossou a opinião da promotora e destaca que a educação pode prevenir que os jovens se tornem infratores. Ele citou uma série de medidas no Estado, como o programa Mais Merenda, o salto de 30 para 253 escolas em período integral, e a colocação em 1º lugar do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do ensino médio entre as redes estaduais de ensino de todo o País.
“A educação é base para evitar que o jovem vá pro sistema socioeducativo e acho que conseguimos vencer algumas etapas”, comemorou o governador. Ele também citou o aumento no número de escolas com ensino em tempo integral.
REFERÊNCIA – Antes da criação das regionais, o Estado já contava com a Coordenação de Gestão do Sistema Socioeducativo, que tem como atribuição primordial a gestão e a qualificação do atendimento socioeducativo de internação, internação provisória e semiliberdade, de acordo com as normas e recomendações do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) e dos demais compromissos nacionais e internacionais de direitos humanos.
Além disso, o Paraná é referência nacional nesta área, com cada vez mais investimentos na reinserção social de adolescentes que cometeram atos infracionais. Entre os objetivos do processo de ressocialização estão o fortalecimento de vínculos familiares, o incentivo aos estudos, às práticas esportivas e culturais, e o estímulo à qualificação profissional.
Em 2021, o Paraná foi vencedor do Prêmio Prioridade Absoluta, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na categoria poder público, pelo projeto “Clube de Leitura – Práticas de leitura e ação reflexiva com adolescentes privados de liberdade”, desenvolvido no Centro de Socioeducação (Cense) Londrina II durante a pandemia. A metodologia de trabalho tem como base os “grupos reflexivos”, justamente no contexto do isolamento.
Além disso, o Estado também foi finalista no Prêmio Innovare, com os projetos “Gestão Socioeducativa e Práticas Restaurativas: a experiência dos círculos de cuidado”; “Caderno de Socioeducação: Socioeducação e Diversidade? Um Protocolo de Atendimento ao Público LGBT na Socioeducação”; e “Plano de Contingência de Prevenção ao Contágio pelo Novo Coronavírus (Covid-19) nas Unidades Socioeducativas do Estado do Paraná”.
Entre outras ações do Estado nesta área, há a promoção de cursos gratuitos para os adolescentes que cumprem medidas nas Unidades Socioeducativas, em parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), em áreas como marketing, empreendedorismo, matemática básica e desafios do mundo do trabalho.
PRESENÇAS – Também participaram da reunião a diretora-geral da Secretaria de Justiça e Cidadania, Rúbia Rossi; o delegado Francisco Caricati, diretor da pasta; a chefe da Coordenação da Gestão Socioeducativa (CGS/SEJU), Lídia Ribas; e os diretores dos Centros de Socioeducação dos municípios abrangidos pelas quatro regionais.
Por - AEN