Estudo aponta que chikungunya em circulação no Paraná tem origem outras regiões do Brasil

O Estado do Paraná, com o apoio da Organização Panamericana de Saúde (Opas), e em parceria com a Fiocruz de Minas Gerais e a Fundação Ezequiel Dias (Funed), concluiu o treinamento em sequenciamento genômico do vírus Chikungunya.

A atividade, que se estendeu até o fim do último mês, apontou que as sequências detectadas no Paraná vieram das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. 

As sequências foram agrupadas em dois clados (agrupamentos de organismos originados de um único ancestral comum), indicando que houve pelo menos duas introduções independentes do vírus no Estado neste ano.

Para a capacitação, foram analisadas amostras de pacientes com febre chikungunya que foram coletadas nas macrorregiões Oeste e Norte em 2023. Durante a pesquisa, a árvore filogenética do vírus foi reconstituída, permitindo aos pesquisadores obter dados e maior compreensão acerca da origem.

“Este estudo revela detalhes científicos importantes acerca deste vírus e, com sua conclusão, podemos aprender e entender melhor sua origem e comportamento. O Lacen possui um padrão de qualidade que é referência nacional e tem nos auxiliado profundamente na luta contra a expansão das arboviroses”, comentou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“Estes dados trazem mais informações para futuros estudos e também para mapear a presença do vírus no Estado. É uma ação importante que não somente contribui para um entendimento coletivo sobre o vírus mas também capacita nossos profissionais para ter mais aptidão em avaliá-lo”, destacou a diretora do Lacen, Irina Nastassja Riediger.

Segundo ela, outra vantagem é a possibilidade de fortalecer a rede de sentinelas no Paraná, unidades distribuídas pelas 22 Regionais de Saúde e que auxiliam a monitorar a circulação de arboviroses no Estado.

PARAGUAI – No início de fevereiro deste ano, a Sesa emitiu um alerta em todo o Estado devido ao aumento crescente acerca de casos confirmados da doença chikungunya no Paraguai, país que faz fronteira com municípios paranaenses. Embora o estudo não permita identificar a relação de transmissão do vírus entre o Paraná e o país vizinho, é possível confirmar que as amostras avaliadas do Paraguai também tiveram origem na região nordeste do Brasil.

DENGUE – O estudo também avaliou diagnósticos de dengue, sequenciando amostras provenientes de 22 municípios. Os dados obtidos confirmaram que não há nenhum genótipo novo em circulação, sendo intimamente ligadas à dengue no Paraguai e também em outros locais do Brasil.

DADOS – De acordo com o último boletim epidemiológico publicado, o Paraná possui 35.433 casos confirmados e 21 óbitos por dengue, além de 283 confirmações e dois óbitos por chikungunya, sendo um caso importado do Paraguai e um residente de Cascavel.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Mais de 220 mil pessoas podem transferir saldo do Paraná Pay para conta bancária

Com a mudança na regulamentação, em março deste ano, o Paraná Pay passou a disponibilizar a opção de resgate dos prêmios mensais para conta bancária vinculada ao Nota Paraná, programa da Secretaria estadual da Fazenda.

A alteração proporciona a 223 mil consumidores a possibilidade para a retirada do valor de R$ 100 ou mais. A transferência pode ser feita pelo site e aplicativo do programa.

Anteriormente, só era possível resgatar os créditos do Paraná Pay com a abertura de conta em carteiras digitais credenciadas no programa, com uso exclusivo dos prêmios em atividades ligadas ao turismo ou em postos de combustíveis e distribuidoras de gás.

Desde a alteração, mais de 7 mil contribuintes já transferiram os saldos disponíveis. O valor total convertido é de aproximadamente R$ 682 mil.

Ao todo, são mais de 2 milhões de contribuintes concorrendo a 8 mil prêmios de R$ 100,00, no total de R$ 800 mil todos os meses.

Para participar do Paraná Pay, é necessário fazer o cadastro no Programa Nota Paraná. Quem está cadastrado deverá concordar com os termos de créditos e prêmios que compõem o saldo.  

Os critérios para geração dos bilhetes são os mesmos dos sorteios do Nota Paraná, ou seja, a primeira compra no mês, de qualquer valor, gera um bilhete e são gerados outros a cada R$ 200,00 em compras.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Estado discute medidas para regionalizar o sistema socioeducativo do Paraná

O governador Carlos Massa Ratinho Junior se reuniu nesta terça-feira (2) com diretores de unidade de socioeducação do Paraná e com o secretário estadual da Justiça e Cidadania, Santin Roveda, para discutir medidas que regionalizem a gestão da área em todo o Estado, garantindo um fortalecimento das ações.

Durante o encontro, os diretores apresentaram ao governador o primeiro Escritório Regional Socioeducativo, dos quatro a serem implantados no Paraná. Esse primeiro é localizado em Londrina e vai atender o Norte e o Norte Pioneiro.

Desde o final de 2022, a socioeducação estadual foi dividida em quatro regionais no Paraná, a partir da Resolução n°. 407/2022, da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania. A iniciativa atende a Lei Federal n° 12.594/12, que prevê a criação de comissões permanentes para avaliação e acompanhamento do sistema.

Além da regional de Londrina, que terá abrangência em 66 municípios e equipe técnica para atender também atuar in loco, o Paraná terá três grandes regionais, uma delas abrangendo Norte e Noroeste, com base em Maringá, e as outras duas que já estão em andamento: a primeira, da região Oeste, com base em Cascavel, e a outra na Região Metropolitana de Curitiba, sediada na Capital. As quatro regionais vão abranger 28 unidades distribuídas de forma descentralizada em 16 municípios do Estado.

Segundo o governador, é preciso pensar em estratégias locais de maneira uniforme, para atender os municípios de uma forma mais efetiva. “Quando pensamos regionalmente, estamos mais próximos dos problemas mas também da solução. Sabemos que temos um desafio grande, mas dentro do que estiver ao alcance do Governo do Estado, vamos criar a estrutura necessária para que as regionais desempenhem o melhor papel para atender esses jovens”, declarou.

Para Roveda, adotar medidas regionais é uma forma de prestar um apoio maior às prefeituras e secretarias municipais, além de beneficiar outras áreas, proporcionando uma atuação conjunta. “A regionalização integra, aproxima e não deixa o socioeducativo isolado na sua cidade. Ela dá suporte aos prefeitos em outras áreas como a da família, ou com novas vagas de emprego. Isso dá sustentação para que o socioeducativo continue evoluindo. O Paraná sai na frente, dá um bom passo e demonstra que também na socioeducação temos a possibilidade de ser os melhores do Brasil”, disse.

Márcio Alencar, diretor da regional de Londrina explica que o objetivo é desempenhar não só um trabalho durante o período em que o jovem infrator fica privado de liberdade, mas sim ter uma atuação preventiva e de ressocialização “Hoje atendemos os meninos na privação de liberdade ou restrição, mas não atendemos após o momento que sai da unidade. A ideia é criar um programa de pós-medida, para atender os adolescentes junto aos municípios durante os 6 meses depois de saírem da privação de liberdade”, ressaltou.

APOIO – A iniciativa tem apoio do Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Justiça. Para a promotora de Justiça do Ministério Público, Danielle Tuoto, é um momento histórico para a socioeducação do Estado. “Estou há dez anos cuidando exclusivamente da execução de medidas socioeducativas e vemos a dificuldade dos municípios em cumprir leis desta área. A ideia da regional é exatamente o que precisamos”, afirmou.

“A Secretaria da Justiça e Cidadania tem que chegar em cada um dos municípios para que esses meninos sejam cidadãos. Temos condição de tornar o Paraná uma referência nacional”, disse. Ela ainda defende que é preciso muito mais para garantir que os jovens sejam ressocializados. “O jovem tem que ter escolaridade, ter saúde, empregabilidade, sair de um curso profissional para que vá para o meio aberto e possa exercer sua cidadania”, ressaltou.

O governador endossou a opinião da promotora e destaca que a educação pode prevenir que os jovens se tornem infratores. Ele citou uma série de medidas no Estado, como o programa Mais Merenda, o salto de 30 para 253 escolas em período integral, e a colocação em 1º lugar do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do ensino médio entre as redes estaduais de ensino de todo o País.

“A educação é base para evitar que o jovem vá pro sistema socioeducativo e acho que conseguimos vencer algumas etapas”, comemorou o governador. Ele também citou o aumento no número de escolas com ensino em tempo integral

REFERÊNCIA – Antes da criação das regionais, o Estado já contava com a Coordenação de Gestão do Sistema Socioeducativo, que tem como atribuição primordial a gestão e a qualificação do atendimento socioeducativo de internação, internação provisória e semiliberdade, de acordo com as normas e recomendações do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) e dos demais compromissos nacionais e internacionais de direitos humanos.

Além disso, o Paraná é referência nacional nesta área, com cada vez mais investimentos na reinserção social de adolescentes que cometeram atos infracionais. Entre os objetivos do processo de ressocialização estão o fortalecimento de vínculos familiares, o incentivo aos estudos, às práticas esportivas e culturais, e o estímulo à qualificação profissional.

Em 2021, o Paraná foi vencedor do Prêmio Prioridade Absoluta, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na categoria poder público, pelo projeto “Clube de Leitura – Práticas de leitura e ação reflexiva com adolescentes privados de liberdade”, desenvolvido no Centro de Socioeducação (Cense) Londrina II durante a pandemia. A metodologia de trabalho tem como base os “grupos reflexivos”, justamente no contexto do isolamento.

Além disso, o Estado também foi finalista no Prêmio Innovare, com os projetos “Gestão Socioeducativa e Práticas Restaurativas: a experiência dos círculos de cuidado”; “Caderno de Socioeducação: Socioeducação e Diversidade? Um Protocolo de Atendimento ao Público LGBT na Socioeducação”; e “Plano de Contingência de Prevenção ao Contágio pelo Novo Coronavírus (Covid-19) nas Unidades Socioeducativas do Estado do Paraná”.

Entre outras ações do Estado nesta área, há a promoção de cursos gratuitos para os adolescentes que cumprem medidas nas Unidades Socioeducativas, em parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), em áreas como marketing, empreendedorismo, matemática básica e desafios do mundo do trabalho.

PRESENÇAS – Também participaram da reunião a diretora-geral da Secretaria de Justiça e Cidadania, Rúbia Rossi; o delegado Francisco Caricati, diretor da pasta; a chefe da Coordenação da Gestão Socioeducativa (CGS/SEJU), Lídia Ribas; e os diretores dos Centros de Socioeducação dos municípios abrangidos pelas quatro regionais.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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