Estudo conduzido por técnicos do IDR indica melhores opções de laranja-pera para agricultura

Entre as opções de laranja-pera, as mais adequadas para implantação de novos pomares nas regiões produtoras do Paraná atualmente são IPR 159, IAC, Olímpia, Mel e Bianchi.

É o que aponta o artigo publicado em inglês no periódico científico European Journal of Agronomy pelo pesquisador Rui Pereira Leite Junior, do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná).

De acordo com ele, essas cultivares têm alto desempenho agronômico, elevada produtividade, frutos adequados tanto para o mercado de consumo in natura como para indústria de sucos e, ainda, baixa incidência de cancro cítrico, HLB e tristeza dos citros, doenças que preocupam produtores de todo o País.

A laranja-pera é a mais cultivada no Brasil. No Paraná, é utilizada em cerca de 45% dos plantios. Isso ocorre em virtude da qualidade dos frutos e do período de colheita, que vai de julho a outubro e supre a lacuna de variedades mais precoces e tardias.

O pomar que originou o estudo foi implantado em 2012, no centro de pesquisas mantido pela Cocamar Cooperativa Agroindustrial em Guairaçá (Noroeste do Estado). Foram avaliadas 16 cultivares, todas sobre porta-enxerto de limão-cravo.

Rui Leite explica que o limão-cravo é largamente utilizado como porta-enxerto porque confere às árvores precocidade de produção, produtividade e tolerância à seca e ao vírus da tristeza dos citros, doença endêmica que afeta as espécies sensíveis.

Durante dez anos de estudo, foram analisados o desenvolvimento das plantas, a produtividade, a qualidade do fruto e do suco e comportamento frente às principais doenças que afetam pomares. IPR 159, IAC, Olímpia, Mel e Bianchi foram eleitas as melhores cultivares.

CITRICULTURA – São cultivados no Paraná cerca de 29,2 mil hectares de cítricos, que, na safra 2022, renderam 842,4 mil toneladas de frutos e um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 826,8 milhões, de acordo com o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento.

O segmento envolve mais de 600 citricultores, com área média de 30 hectares, e está presente em cerca de 100 municípios do Paraná. O Estado é o terceiro maior produtor nacional, atrás de São Paulo e Minas Gerais. As regiões Norte e Noroeste do Estado se destaca na produção de laranjas, enquanto no Vale do Ribeira e Região Metropolitana de Curitiba predominam o cultivo de tangerinas.

A produção de laranjas das regiões Norte e Noroeste destina-se principalmente à obtenção de suco concentrado congelado (FCOJ, na sigla em inglês) e pronto para beber, processados em quatro unidades industriais de maior porte. Abastece, ainda, mais de uma dezena de empresas classificadoras com foco em frutas para o mercado in natura.

AUTORIA – Também trabalharam no estudo os pesquisadores Maria Aparecida da Cruz e Talita Vigo Longhi, do IDR-Paraná; Carmen Silvia Vieira Janeiro Neves, da Universidade Estadual de Londrina; Deived Uilian de Carvalho e Franklin Behlau, ligados ao Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura), de São Paulo; e Sérgio Alves de Carvalho, do Instituto Agronômico de Campinas.

 

 

 

 

 

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 Com nova lei, Estado prevê levar ensino integral para 400 escolas até 2025

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação, pretende praticamente dobrar o número de alunos da rede estadual de ensino abrangidos pela educação integral até 2025.

A previsão é aumentar o atendimento dos atuais 55 mil estudantes para 100 mil. O número de escolas com oferta de ensino integral vai passar de 253 para mais de 400 no mesmo período.

A previsão é de que já em 2024 mais 121 novas escolas sejam integradas ao programa, representando 46 mil novas matrículas efetivadas. Ou seja, o Estado deve encerrar o próximo ano com 374 escolas nessa modalidade. O investimento será de R$ 400 milhões por ano.

Enquanto no ensino regular os estudantes assistem a cinco aulas diárias, totalizando 25 horas semanais (ensino fundamental) e seis aulas diárias totalizando 30 horas semanais (ensino médio), no ensino integral são nove horas diárias e 45 horas semanais. A duração na modalidade é de 50 minutos, com uma hora de almoço e dois intervalos de 15 minutos: um pela manhã e outro à tarde. No total, os alunos fazem cinco refeições na escola.

O programa Paraná Integral ganha força também com a sanção da Lei Estadual 21.658/2023 , nesta quarta-feira (27). Ela institui as políticas públicas voltadas à educação em tempo integral em instituições de ensino da rede pública estadual. O programa disciplina a carga horário dos docentes, os conteúdos que precisam ser trabalhados e delimita o escopo da atuação, inclusive para a educação especial.

“O programa oferece acesso a aulas de esportes, artes, línguas e cursos profissionalizantes no contraturno das aulas regulares. Na prática, temos observado melhoras significativas de frequência nas escolas onde o programa funciona, além do melhor desempenho dos estudantes”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.

“A ideia central do ensino integral é proporcionar uma experiência educacional mais ampla, que visa desenvolver não apenas o conhecimento acadêmico, mas também as habilidades sociais, emocionais e práticas dos alunos. Os ganhos alcançam tanto os estudantes quanto os pais, que podem ir trabalhar tranquilamente sabendo que os seus filhos vão passar o dia todo na escola, inseridos numa gama diversificada de atividades, em segurança e sendo bem assistidos”, complementa.

EXPANSÃO – Nos últimos quatro anos, o número de escolas que oferecem ensino integral mais que triplicou no Paraná. Em 2019, o Estado contava com 73 unidades atendendo a modalidade. Em dois anos este número cresceu para 92 e, neste ano, 253 escolas oferecem ensino em tempo integral em 154 municípios. 

Além da ampliação do modelo pedagógico, pela primeira vez estão sendo ofertados cursos técnicos para a educação em tempo integral. A educação profissional agora está presente em 20 desses colégios, com seis cursos: administração, agronegócio, desenvolvimento de sistemas, formação de docentes, gastronomia e marketing.

 

 

 

 

 

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 Rede Sine do Paraná foi a que mais gerou empregos para jovens no País em oito meses

Com 49.486 jovens entre 18 e 29 anos empregados por intermédio das Agências do Trabalhador desde o início de 2023, o Paraná está na liderança no ranking nacional de empregabilidade nessa faixa etária pela Rede Sine.

O Ceará, segundo colocado, encerrou o período com 19.733 contratações, e São Paulo, que ficou em terceiro lugar, intermediou 17.161 vagas.

O desempenho das Agências do Trabalhador do Paraná representa 35,16% das 140.756 vagas intermediadas pelo Sine nacional de janeiro a agosto dentro deste recorte de trabalhadores. O Rio Grande do Sul fechou o período com 8.082 vagas e Santa Catarina registrou 2.804.

Somente em agosto, o Paraná colocou 7.190 trabalhadores com até 29 anos de idade em vagas de emprego através do Sine, desempenho que representa 34% de todos os 20.879 jovens empregados no mesmo mês. Os estados do Ceará e São Paulo empregaram respectivamente 3.403 e 2.567 pessoas na mesma faixa etária.

Os jovens representam 51% dos 96.500 contratos de trabalho intermediados pelas Agências do Trabalhador e postos avançados de atendimento desde o início do ano no Paraná. Somando todos os públicos, São Paulo aparece na sequência, com 43.646 vagas, seguido por Ceará (34.381), Rio Grande do Sul (19.693), Minas Gerais (19.169) e Bahia (17.549).

O secretário de Estado do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, atribui a excelente colocação do Paraná no ranking de empregabilidade de jovens via Sine ao conjunto de ações adotadas pelo Governo do Estado para promover emprego e também renda para a população das faixas etárias de 18 a 29 anos.

"Além da realização de mutirões de emprego, há diversos cursos voltados para a qualificação profissional para o público jovem, em especial para os que buscam o primeiro emprego e que desejam ingressar no mercado de trabalho em uma determinada área", destaca. "Temos hoje mais de 12 mil vagas em cursos gratuitos, todos capazes de preparar a juventude para a demanda de empregadores em todos os setores da economia".

Confira o ranking de empregabilidade de jovens (janeiro a agostoe apenas de agosto ). Aquiestá o ranking de todas as faixas etárias.

 

 

 

 

 

 

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 Com desconto para usuários frequentes, tarifas podem chegar a R$ 0,15 na nova concessão

Os motoristas que utilizam frequentemente as estradas do Paraná terão descontos progressivos nas tarifas de pedágio das novas concessões rodoviárias.

Isso quer dizer que todas as vezes que passarem em uma mesma praça em um mesmo mês pagarão tarifas mais baratas. A ideia é beneficiar moradores de cidades próximas a praças ou que utilizam muito um mesmo trecho. De acordo com os contratos de concessão, os descontos serão aplicados aos veículos leves que utilizarem tags eletrônicas para o pagamento automático das tarifas.

O benefício vale para todas as praças de pedágio previstas nos seis lotes do programa de concessões rodoviárias do Paraná, inclusive para o Lote 1 (Curitiba e RMC, Campos Gerais e Centro-Sul), que foi arrematado em agosto, e para o Lote 2 (Curitiba, Litoral, Campos Gerais, Norte e Norte Pioneiro), que vai a leilão nesta sexta-feira (29).

De acordo com o edital, todos os usuários que escolherem pagar as tarifas de maneira automática terão um desconto inicial de 5% em qualquer praça de pedágio do Paraná. Para isso, os veículos devem ter uma tag eletrônica instalada no parabrisa, que permite a cobrança automática dos valores. Esta tag, que é a mesma que motoristas usam para cobrança automática em shoppings e estacionamentos, por exemplo, também permite que o veículo passe pela praça sem que precise parar em uma cabine. Elas são instaladas por empresas privadas.

Os contratos preveem redução progressiva nas tarifas de acordo com o número de vezes que o usuário trafegar em um mesmo trecho com pedágio. O desconto será aplicado progressivamente da 1ª até a 30ª passagem do veículo pela praça dentro de um mesmo mês, e após isso a menor tarifa possível se repetirá até o fim do mês, dependendo do fluxo do motorista. 

Os descontos progridem conforme o motorista trafegue pelo mesmo trecho em um mesmo sentido da rodovia. Então, por exemplo, quem passa pela BR-277 no Litoral diariamente tem uma contagem de progressão de desconto na descida e outra contagem para a subida da Serra do Mar.

DESCONTO PRAÇA A PRAÇA – Outra novidade é que há um percentual de desconto progressivo diferente em cada praça, calculado a partir de critérios técnicos. Dentro dos dois primeiros lotes, nos pedágios de São Luiz do Purunã, Jacarezinho e Quatiguá, por exemplo, a redução do valor será de 12,4% a cada passagem do motorista pela praça, numa escadinha de descontos.

Na BR-277 em Irati, a redução será de 8% a cada passagem pela praça. Em Porto Amazonas, o desconto será de 7,85%, e em Imbituva, de 7,20%. Em São José dos Pinhais, no trecho de acesso ao Litoral do Estado, a redução a cada nova passagem pela praça usando a tag será de 6,05%. Em Sengés, Jaguariaíva, Lapa e Carambeí, o desconto progressivo vai variar de 1,7% a 4,8%, dependendo da praça.

LOTE 1 – O Lote 1 foi arrematado com um desconto de 18,25% na tarifa básica por quilômetro rodado de pedágio. Com isso, a projeção é que a tarifa unitária na praça de São Luiz do Purunã, por exemplo, seja de R$ 7,51, levando em conta o resultado do leilão. Neste caso, os motoristas que escolherem pagar a tarifa com a tag eletrônica já terão, de início, um desconto de 5% no valor, o que já reduz a tarifa para R$ 7,13.

Soma-se a isso o Desconto de Usuário Frequente (DUF), que da praça é de 12,4% por passagem, e os motoristas que passarem pelo pedágio diariamente ao longo de um mês chegarão ao 10º dia pagando R$ 2,17, ao 20º dia pagando R$ 0,58 e ao 30º dia pagando uma tarifa de R$ 0,15.

Com a progressão do desconto, um motorista que passar, em um mesmo sentido, 30 vezes pela praça de pedágio de São Luiz do Purunã em um mesmo mês usando a tag eletrônica vai pagar, ao todo, R$ 56,45, um valor 75% menor do que os R$ 225,30 que um motorista gastaria passando todos os dias na mesma praça e pagando o valor unitário da tarifa na cabine de cobrança.

LOTE 2 – Os valores finais das tarifas do Lote 2 serão definidos no leilão de sexta-feira (29). Mas, levando em conta a tarifa básica que vai ao certame, os descontos nas praças de pedágio de Jacarezinho podem fazer com que o preço pago pelo motorista que usar a rodovia com frequência saia de R$ 10,39 no início do mês e chegue a R$ 0,21 ao final do mês, após a 30ª passagem.

Uma pessoa que use a tag eletrônica e precise passar por uma das praças de Jacarezinho todos os dias, ida e volta, vai gastar R$ 156,28 pagando as tarifas nos dois sentidos. Se ela pagasse a tarifa básica cobrada na cabine, sem a tag e sem o Desconto de Usuário Frequente, ela gastaria R$ 623,56. Neste caso, o usuário frequente economizaria 75% do valor.

Na praça de pedágio de São José dos Pinhais, no trecho da BR-277 que liga Curitiba ao Litoral, a tarifa básica começa em R$ 19,55 e é reduzida progressivamente até R$ 3,04. Em Quatiguá, a redução vai de R$ 11,23 a R$ 0,23; em Sengés, de R$ 6,30 a R$ 3,64; em Carambeí, de R$ 9,83 a R$ 2,24; e em Jaguariaíva, de R$ 6,55 a R$ 3,79.

NOVA CONCESSÃO – A nova concessão rodoviária do Paraná une rodovias federais e estaduais em um modelo inédito no País. São 3,3 mil quilômetros de rodovias, divididos em seis lotes, com previsão de receber mais de R$ 50 bilhões apenas em investimentos (duplicações, viadutos, ciclovias). O edital também conta com as novidades mais modernas do mercado, como a DUF, câmeras com tecnologia OCR, que permitem reconhecimento de placas de veículos, em pontos estratégicos; iluminação em LED em trechos urbanos, viadutos e entroncamentos; sistema de pesagem automático em movimento (WIM) de caminhões; e sistema de monitoramento meteorológico próprio. 

Outras novidades são a disponibilização de internet nos pontos de atendimento ao usuário e áreas de descanso para caminhoneiros; sistema de comunicação WiFi em 100% da rodovia, para acesso ao canal de atendimento ao usuário; e previsão para implantação gradativa do sistema free flow, o que permitirá que em alguns anos o valor a ser pago por quem trafega pelas rodovias seja proporcional ao trecho percorrido.

O Lote 2 das novas concessões rodoviárias tem 604,16 km de extensão. Estão previstas obras de duplicação de 350 quilômetros de estradas, 138 quilômetros de faixas adicionais, 73 quilômetros de vias marginais e 72 quilômetros de ciclovias. Serão ainda 107 novos viadutos, 52 passarelas, 35 pontos de correção de traçado e oito passa-faunas. Serão investidos R$ 10,8 bilhões em obras e R$ 6,5 bilhões em conservação e serviço ao usuário durante os trinta anos de vigência da concessão, gerando cerca de 110 mil empregos.

O Lote 1, arrematado em agosto, contém 473 quilômetros de rodovias federais e estaduais entre Curitiba, Região Metropolitana, Centro-Sul e Campos Gerais do Paraná. O investimento em obras nos trechos é de R$ 7,9 bilhões.

Como o DUF é diferente entre as praças dos Lotes 1 e 2, é possível consultar os comparativos nas outras praças nessa tabela AQUI.

 

 

 

 

 

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