Toledo, Castro, Cascavel, Arapoti, Nova Aurora, Guarapuava, Tibagi, São Mateus do Sul e Cerro Azul. Estas nove cidades paranaenses estão na dianteira da agropecuária do Brasil, liderando, em 2022, a produção nacional de pelo menos 12 produtos que vêm do campo.
O levantamento foi feito pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base na Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), que saiu nesta quinta-feira (21), e na Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), divulgada na última sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As pesquisas reúnem todas as informações nacionais sobre o tema.
“A grande vocação do Paraná é produzir alimento para o mundo, e isso é confirmado com os levantamentos nacionais que colocam nossos municípios em destaque”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Dessa forma, nos consolidamos como um dos principais produtores de alimentos do Brasil e do mundo, em quantidade e variedade. Estamos à frente da produção de proteína animal e também nos destacamos na colheita de grão e outros produtos agrícolas”.
O Estado mantém a liderança na produção animal, mas a estiagem que comprometeu a safra de 2021/2022 acabou impactando na produção agrícola. “Mesmo com o ano de 2022 sendo difícil para a agricultura paranaense, devido à severa estiagem, os municípios do Estado lideram o ranking nacional da receita gerada por diversos produtos primários, o que ressalta a capacidade de enfrentamento de dificuldades pelos agricultores do Paraná”, afirmou Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes.
O Valor Bruto da Produção Agropecuária calculado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), que tem metodologia um pouco diferente, já tinha apontado realidade similar, com 34 municípios no clube do bilhão. "A pecuária cresceu e já representa mais da metade da matriz financeira do agro. Além disso, a produção florestal evoluiu e, apesar da crise hídrica daquele ano, a agricultura continua forte, competitiva e impactando a vida de milhões de paranaenses", acrescentou Norberto Ortigara, secretário de Agricultura e Abastecimento.
PECUÁRIA – Com um rebanho de 909,8 mil porcos, Toledo, na região Oeste, liderou a produção suína brasileira no ano passado. Segundo a PPM, o rebanho de suínos cresceu 4,3% no País, chegando ao recorde de 44,4 milhões de animais. Mais da metade desse plantel fica na região Sul, sendo que o Paraná, que é o segundo maior produtor nacional, tinha mais 7 milhões de cabeças.
Também na região Oeste, Cascavel ficou em primeiro lugar na criação de galináceos (aves), somando mais de 21 milhões de animais. Cianorte, no Noroeste, foi o quarto maior produtor nacional, com 13,8 milhões de unidades.
No Brasil, o efetivo de galináceos subiu 3,8%, atingindo o recorde de 1,6 bilhão de animais, com destaque para o Paraná, com 470,3 milhões (29,7%). O Brasil é o maior exportador mundial de frangos, e a região Sul, liderada pelo Paraná, concentra a maior parte do abate de aves do Brasil. Em 2022, o Brasil teve incrementos no abate e nas exportações, esta última influenciada pelos casos de gripe aviária nos principais países produtores de frangos, visto que o Brasil é livre da doença.
A produção de pescados é liderada por duas cidades do Oeste paranaense. Nova Aurora produziu 24,4 mil toneladas de peixe em 2022, enquanto Palotina contribuiu com 15 mil toneladas. Em ascensão no País, a produção nacional de peixes atingiu novo recorde de 617,3 mil toneladas e valor de produção de R$ 5,7 bilhões. O Paraná, maior produtor de peixes, respondeu por 27,1% da produção nacional e por 75,7% da Região Sul.
O Paraná também faz dobradinha na produção de leite, com dois municípios dos Campos Gerais à frente. Castro produziu 426,6 milhões de litros de leite em 2022 e é seguido por Carambeí, com 255,6 milhões de litros. No cenário nacional, o Estado é o segundo maior produtor, com 11 bilhões de litros tirados, atrás apenas de Minas Gerais, que chegou a 22,9 bilhões de litros. Em todo o Brasil, a produção de leite somou 80 bilhões de litros.
Outras duas cidades estão no pódio da produção de mel de abelha. Arapoti, no Norte Pioneiro, está em primeiro lugar, com 991,7 toneladas produzidas no ano passado. Em segundo está Ortigueira, nos Campos Gerais, com 825 toneladas. Apesar de estar atrás do Rio Grande do Sul em volume, o Paraná lidera o ranking nacional em relação valor da produção do mel de abelha, que somou R$ 139 milhões.
Apesar de o IBGE não contabilizar a produção por município de casulo de seda, este é outro produto de origem animal no qual o Paraná é o maior produtor. Das 1,8 mil toneladas produzidas no País, 1,5 mil toneladas vieram do Estado, chegando a um valor de produção de R$ 40,6 milhões.
AGRICULTURA – Assim como na pecuária, os municípios paranaenses também se destacam na agricultura e fazem com que o Estado lidere a produção nacional de cevada, feijão, mandioca e erva-mate, além de culturas como o triticale e o centeio, como mostra o novo levantamento da Produção Agrícola Municipal (PAM), do IBGE.
Município com o maior Valor Bruto de Produção (VBP) da agricultura estadual, Guarapuava, na região Central, liderou o cultivo de três culturas no País: cevada, centeio e triticale, os chamados cereais de inverno. Foram 204,8 mil toneladas de cevada colhidas na cidade em 2022, quase dois terços da produção estadual, de 360,3 mil toneladas. O volume do Estado representa 69% de toda a produção nacional, que chegou a quase 522 mil toneladas.
Três quartos da produção paranaense de triticale veio de Guarapuava, que produziu 73,2 mil toneladas do cereal no ano passado. O Paraná, por sua vez, atende por 76% do que é produzido no Brasil – foram 97,7 mil toneladas no Estado e 127,7 mil toneladas no País. Em relação ao centeio, a cidade colheu 3,1 mil toneladas, enquanto no Estado a produção foi de 8,7 mil toneladas e, no Brasil, 11,2 mil toneladas.
Já o cultivo de trigo no País é liderado por Tibagi, nos Campos Gerais, que colheu 138,4 mil toneladas do grão em 2022, atingindo um VBP de R$ 216,4 milhões. O Paraná é o segundo maior produtor nacional, de trigo e colheu 3,6 milhões de toneladas, sendo que o valor da produção foi de R$ 5,6 bilhões.
São Mateus do Sul, no Centro-Sul do Estado, se destaca na produção de erva-mate, produto em que o Paraná também mantém a dianteira nacional. Foram 67,7 mil toneladas da planta produzidas em São Mateus e 316,6 mil em todo o Paraná. O Estado responde por mais da metade da produção brasileira, que chegou a 618,6 mil toneladas em 2022.
Por fim, Cerro Azul, na Região Metropolitana de Curitiba, é o maior produtor nacional de tangerina e colheu 124,6 mil toneladas da fruta no ano passado, chegando a um VBP de R$ 134 milhões. A produção na cidade representa 81% do volume colhido em todo o Estado, que foi de 153,7 mil toneladas. No Brasil, o cultivo de tangerina alcançou ultrapassou 1 milhão de toneladas.
ESTADO NO TOPO – O Paraná também lidera ou é protagonista em outras culturas. O plantio do feijão no Estado representa 71% do cultivado no País e atingiu um valor de produção de R$ 2,9 bilhões. Foram 733,3 mil toneladas colhidas no ano passado, o triplo da produção do Mato Grosso – o segundo maior produtor da leguminosa colheu pouco mais de 272 mil toneladas. Prudentópolis é o segundo maior produtor nacional do grão, com mais de 32 mil toneladas colhidas no ano passado.
A produção de mandioca somou 2,9 milhões de toneladas no Estado, somando R$ 2,3 bilhões em valor de produção. A maior parte do cultivo é na região Noroeste, que respondeu 1,8 milhão de toneladas colhidas, tendo Umuarama como destaque, com a colheita de 868,4 mil toneladas. Culturas menos expressivas na agricultura nacional, o tricale e o centeio somaram 97,7 mil e 8,6 mil toneladas colhidas no Estado, respectivamente.
Impactado pela estiagem que comprometeu a safra de grãos de 2021/2022, o Valor Bruto da Produção (VBP) das lavouras temporárias e permanentes no Estado somou R$ 84,1 bilhões no ano passado. É o quarto melhor resultado na agricultura nacional, atrás do Mato Grosso (R$ 174,8 bilhões), São Paulo (R$ 103 bilhões) e Minas Gerais (R$ 84,6 bilhões). No Brasil, o valor da produção das culturas agrícolas atingiu o recorde de R$ 830,1 bilhões em 2022, com alta de 11,8% em relação ao ano anterior.
Três municípios paranaenses aparecem entre os 100 maiores produtores nacionais: Guarapuava, na 62ª posição, com VBP de R$ 1,96 bilhão; Tibagi, em 67º lugar e VBP de R$ 1,84 bilhão; e Cascavel, na 93ª posição e VBP de R$ 1,31 bilhão. A pesquisa abrange apenas a agricultura, sem contar as produções pecuária e florestal.
As três principais culturas paranaenses – soja, milho e trigo – alcançaram um VBP de R$ 39,9 bilhões, R$ 20,4 bilhões e R$ 5,5 bilhões, respectivamente, no ano passado. As respectivas áreas plantadas chegaram a 5,6 milhões, 3 milhões e 1,2 milhão de hectares.
O Estado é o segundo maior produtor nacional de milho, com quase 15,6 milhões de toneladas colhidas no ano passado, sendo superado apenas pelo Mato Grosso (38,3 milhões de toneladas). Também ocupa a segunda posição nas lavouras de trigo, com a produção de 3,6 milhões de toneladas, atrás do Rio Grande do Sul (5,3 milhões); e de batata, colhendo 778,3 mil toneladas, contra 1,3 milhão de toneladas de Minas Gerais.
Já na soja, que é a lavoura mais cultivada do Estado, o Paraná alcançou a terceira maior produção nacional. Foram 13,7 milhões de toneladas colhidas. A produção nacional é liderada pelo Mato Grosso, que colheu 38 milhões de toneladas, e por Goiás, com 15,2 milhões de toneladas. Juntos, os três estados responderam por 55% de toda a produção brasileira do grão.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde participou nesta quinta-feira (21) de um encontro com líderes religiosos na Assembleia Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro. O evento teve como foco a conscientização sobre a vacinação em meio à população paranaense.
De acordo com o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal considerada ideal para vacinas como BCG, Covid-19 e Rotavírus é de, no mínimo, 90% do público-alvo, enquanto para os demais imunizantes do calendário vacinal, a meta é de 95%.
Dados preliminares do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) revelam que a vacina da Hepatite B, administrada logo após o nascimento, encerrou o ano de 2022 com uma cobertura de 77,96%. A vacina BCG, contra a tuberculose, registrou uma cobertura de 87,54% no mesmo ano, enquanto a Tríplice Viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola, administrada aos 12 e 15 meses de idade, encerrou 2022 com 89,59% de cobertura.
O secretário estadual Beto Preto entregou exemplares das novas Cadernetas da Saúde do Idoso, da Gestante e da Criança, documentos com orientações para ajudar no diagnóstico de condições de saúde. Ele também reforçou a importância da vacinação e a necessidade de ampliar as estratégias de imunização e do combate à dengue. Uma delas é pela orientação de lideranças comunitárias.
"Temos realizado um grande esforço para ampliar a cobertura vacinal no Estado, mas essa é uma batalha diária e que passa pelo convencimento da população. A pandemia foi reveladora em mostrar a importância dos imunizantes e é preciso aproximar as pessoas ainda mais da proteção", ressaltou.
Um dos principais tópicos da discussão foi a necessidade de ampliação da cobertura da dose bivalente contra Covid-19 no Estado, que hoje possui adesão de apenas 15% da população. "Estes números baixos acontecem devido a uma combinação de fatores que incluem, por exemplo, a disseminação de notícias falsas. Por isso, o trabalho em conjunto com a CNBB desempenha um papel vital para aproximarmos o diálogo com as pessoas e ampliar a prevenção de doenças, o que será valioso para o próximo Dia D da Vacinação, no dia 21 de outubro", ressaltou.
DENGUE – O combate à dengue também foi uma das prioridades da conversa. O último boletim epidemiológico, publicado na terça-feira (19), registrou 149 novos casos no Estado. Desde o início do período sazonal, em 30 de julho deste ano, foram 913 confirmações, sem óbitos.
"O diálogo e a conscientização sempre serão as principais ferramentas para direcionar as ações dos nossos cidadãos em relação à dengue. É preciso unir esforços para alcançar o maior número de pessoas, difundir as medidas de limpeza das casas e os cuidados básicos com água parada", concluiu o secretário.
Por - AEN
A floricultura, que tem seu período mais representativo na primavera, estação que se inicia neste sábado (23), alcançou Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de R$ 224 milhões em 2022, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). Nesse segmento, os gramados e as plantas perenes dominaram, com participação de 76,8%.
“As flores propriamente ditas têm nas orquídeas, nos crisântemos e nas roseiras o esteio da produção e participação de 13% no montante da atividade”, disse o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Deral, ao analisar o segmento no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 15 a 21 de setembro.
Em relação às orquídeas, foram produzidas 370,8 mil unidades, proporcionando VBP de R$ 16 milhões. A predominância está no núcleo regional de Toledo, com 243,7 mil plantas e valor de R$ 10,5 milhões. Ali têm destaque os municípios de Marechal Cândido Rondon, Maripá e Guaíra.
Os crisântemos – em maços e em vasos – são mais comuns nos núcleos regionais de Maringá e Apucarana. O município de Uniflor é o principal irradiador da atividade com produção de 320 mil vasos, 41 mil maços e VBP de R$ 3,4 milhões. No total, essa espécie movimentou R$ 8,4 milhões com produção de 903,6 mil unidades – 813,8 mil vasos e 89,8 mil maços.
As rosas, por sua vez, estão mais concentradas na região de Maringá. Ali foram produzidas 57,7% das 285,9 mil dúzias colhidas no Estado. No entanto, o maior produtor individual é o município de Araruna, na região de Campo Mourão. Foram cortadas 110 mil dúzias de rosas, com receita bruta de R$ 1,5 milhão.
SOJA E MILHO – As condições favoráveis do clima ajudaram no avanço do plantio de soja. Até esta semana foram plantados mais de 352 mil hectares de um total previsto de 5,8 milhões de hectares. Os trabalhos estão mais avançados na região de Toledo, no Oeste do Estado.
O milho também deu um salto chegando a 58% dos 317 mil hectares estimados para a primeira safra. A colheita da segunda safra está chegando ao fim. O relatório do Deral aponta que já se atingiu 96% da área de 2,37 milhões de hectares.
FEIJÃO E TRIGO – O feijão também se beneficiou do clima e o plantio atingiu cerca de 34% dos 112 mil hectares estimados para esta temporada. No entanto, a perspectiva de ocorrência de altas temperaturas nos próximos dias começa a preocupar alguns produtores, pois pode prejudicar plantas em desenvolvimento vegetativo.
Os preços do trigo continuam pressionados pela entrada da safra brasileira. No Paraná os valores chegaram a patamares inferiores a R$ 50,00, ficando 43% menor que os preços mínimos estabelecidos pelo governo federal (R$ 87,77). Apesar de cada produtor ter um custo específico para suas lavouras, a diferença significativa indica que poucos conseguirão lucro se não houver alguma alteração.
PEIXES E FRANGO – O Paraná permanece como líder nacional em produção de peixes e demais espécies aquáticas, segundo levantamento do IBGE. O VBP da aquicultura totalizou R$ 6,9 bilhões e o Paraná representa 15% desse total – R$ 1,05 bilhão. A espécie mais cultivada é a tilápia.
O IBGE também apontou que o abate de frangos no Brasil teve alta de 4,7% no segundo trimestre de 2023 (1,557 bilhão de cabeças) em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram abatidos 1,486 bilhão de cabeças. O Paraná tem 34,1% do abate nacional de frangos em número de cabeças e 37% no volume de carne produzida.
PERU E MEL – Nos oito primeiros meses de 2023 as exportações nacionais de carne de peru atingiram 47.523 toneladas, resultando em ingresso de US$ 144,3 milhões. Nesse mesmo período em 2022 o volume foi de 36.269 toneladas e entrada de US$ 121,7 milhões.
O documento do Deral registra ainda que nesse período as empresas nacionais exportaram 19 mil toneladas de mel, com faturamento de US$ 60,8 milhões. Nos oito primeiros meses de 2022 tinham sido 27.365 toneladas e entrada de US$ 102 milhões em receitas.
Por - AENH
A Polícia Militar do Paraná (PMPR) encontrou 3,2 toneladas de maconha escondidas em meio a uma carga de soja nesta quinta-feira (21), em Cascavel.
A corporação foi acionada para atender uma ocorrência com uma carreta de soja que tombou na BR-467, próximo ao Trevo Cataratas, e encontrou as substâncias ilícitas no carregamento.
Na cabine da carreta foram encontradas as notas fiscais da carga de soja, que seria levada para o Rio Grande do Sul, possivelmente o mesmo destino do entorpecente. Segundo relatos das testemunhas, o motorista fugiu do local após o acidente, embarcando em outro veículo.
“A carreta carregada com soja trafegava pela BR-467, deslocava-se de Toledo para Cascavel, quando tombou na marginal da rodovia. Em meio à carga, foram localizados diversos tabletes de maconha, totalizando mais de 3 toneladas. Estamos buscando o veículo que buscou o motorista”, afirmou a tenente Tayana Priscila Cezar, do 6º Batalhão da Polícia Militar.
O Corpo de Bombeiros foi chamado e com uma miniescavadeira ajudou a retirar a maconha, que foi entregue à Delegacia da Polícia Civil, que passa a investigar o caso.
Por - AEN
Do açoita-cavalo ao vassourão-preto, passando pela tradicional e imponente araucária. O Paraná contabiliza uma infinidade de espécies de árvores espalhadas por uma área de 199.554 km².
Esse vasto catálogo divido em cinco regiões fitogeográficas foi encorpado por mais de 8,5 milhões de mudas distribuídas pelo Instituto Água e Terra (IAT) desde 2019 – 70 mil delas apenas nesta semana, em comemoração ao Dia da Árvore, celebrado nesta quinta-feira (21).
Nas regiões Sudoeste, Oeste, Noroeste e Norte, por exemplo, predomina a Floresta Estacional Semidecidual, com espécies como bracatinga, cambará e guajuvira, entre outras. A Floresta Ombrófila Mista, com seus araças, ipês e perobas, se espalha no Sudoeste, Sul, Centro e Região Metropolitana de Curitiba. O Litoral é preenchido pela Floresta Ombrófila Densa, com caixetas, cedros, manacás e palmitos.
Há, ainda, os Campos, que se concentram nos Campos Gerais, mas também na região de Guarapuava e na capital paranaense., com um mar de araucárias, cataias e copaíbas. Por fim, o Estado conta com alguns poucos resquícios de Cerrado em cidades como Campo Mourão, Peabiru e Jaguariaíva. Angicos e canjaranas predominam nesses locais.
“O Paraná tem uma vegetação muito rica e não podemos deixar que acabe. O intuito, e um dos pilares do Instituto Água e Terra, é preservar e recuperar essas áreas, além de conscientizar as pessoas de que não se deve destruir um dos nossos bens mais preciosos”, afirma a bióloga do IAT, Roberta Scheidt Gibertoni.
Além da natureza, essa riqueza natural é estimulada a partir de 19 Viveiros Florestais e dois laboratórios de sementes mantidos pelo IAT no Paraná. Nesses locais são produzidas mais de 100 espécies florestais nativas, sendo 25 delas consideradas ameaçadas de extinção, que são estrategicamente plantadas em suas próprias terras para manter o ciclo sustentável da Mata Atlântica.
Os viveiros estão localizados em São José dos Pinhais, Engenheiro Beltrão, Salgado Filho, Cascavel, Cornélio Procópio, Guarapuava, Fernandes Pinheiro, Ivaiporã, Jacarezinho, Morretes, Ibiporã, Mandaguari, Pato Branco, Tibagi, Pitanga, Paranavaí, Toledo, Umuarama e Paulo Frontin. Já os laboratórios estão instalados em São José dos Pinhais e Engenheiro Beltrão.
INDICADORES VERDES – Essa oferta de mudas, aliada a um programa permanente de educação ambiental, dentro do programa Paraná Mais Verde, melhorou significativamente os indicadores ambientais do Paraná. A superfície de vegetação preservada dentro das Unidades de Conservação (UCs) espalhadas pelo Estado alcançou 26.250,42 km². São áreas protegidas por legislação, formadas por ecossistemas livres que não podem sofrer interferência humana ou àquelas com o uso sustentável de parte dos seus recursos naturais, como os parques abertos à visitação pública.
O espaço conservado equivale a 3,6 mil campos de futebol. É como se quase a metade do território de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, abrigasse uma imensa Unidade de Conservação.
De acordo com levantamento do IAT, com base em dados do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), a área de proteção é dividida em UCs estaduais de Uso Sustentável, com 10.470,74 km²; UCs estaduais de Proteção Integral (756,44 km²), Áreas Especiais de Uso Regulamentado (Aresur), com 152,25 km², e Áreas Especiais e Interesse Turístico (AEIT), com 670,35 km², todas com administração do Governo do Estado.
O cenário se completa com as Reservas Particulares do Patrimônio Natural, as chamadas RPPNs, que somam atualmente 553,83 km²; terras indígenas, com 846,87 km²; e Unidades Federais, de 8.840,39 km², sendo o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, a mais simbólica; e Unidades Municipais (3.959,55 km²), como o Parque Barigui, em Curitiba.
“O Paraná tem exercido um papel fundamental para ações de sustentabilidade e boas práticas nas propriedades paranaenses, sejam elas públicas ou privadas. Temos esse grande cenário verde e estamos lutando para mantê-lo. É uma política de Estado apoiar as RPPNs ou as demais Unidades de Conservação. Assim, fazemos com que o patrimônio natural do Paraná fique congelado nessas áreas para que não haja possibilidade de se mexer com a biodiversidade”, afirma o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.
DESMATAMENTO – Na outra ponta, o Governo do Estado aperta o cerco contra os crimes ambientais. Segundo o Relatório Anual do Desmatamento no Brasi,l divulgado em junho pela plataforma colaborativa MapBiomas, o Paraná reduziu em 42% o desmatamento entre 2021 e 2022, o segundo melhor índice do País.
Em julho, por sua vez, a Fundação SOS Mata Atlântica anunciou que o Paraná foi o estado que mais reduziu o desmatamento ilegal da Mata Atlântica no País nos primeiros cinco meses de 2023. A área de vegetação suprimida passou de 1,8 mil hectares para 860 hectares no comparativo com o mesmo período do ano passado, uma queda de 54%.
Por - AEn
A Secretaria da Segurança Pública e o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) assinaram nesta quarta-feira (20) um termo de cooperação técnica para troca de pesquisas e desenvolvimento de projetos envolvendo dados.
O Ipardes terá acesso à base de dados da Sesp para imersão nas estatísticas de violência e vai ajudar a mapear dados para embasar políticas públicas de prevenção, redução e repressão da criminalidade. A Secretaria da Segurança Pública já tem um Centro de Análise, Planejamento e Estatística (Cape), que publica relatórios de mortes, apreensão de drogas e dados gerais (crimes contra o patrimônio, furtos, roubos, etc). Além disso, mantém um BI que reúne estatísticas de todas as regiões do Paraná.
“O Ipardes vai nos ajudar a apresentar bons projetos e mostrar soluções para diminuir a criminalidade”, disse o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira.
“O desenvolvimento de novos meios objetivando a melhoria da gestão pública é fundamental. Na questão da segurança pública, principalmente no que tange a preservação da ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio, essa política de intercâmbio de informações permitirá que as instituições tenham ferramentas capazes de analisar diagnósticos em diversos níveis”, explicou o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.
TURISMO – Nesta semana o Ipades também firmou uma parceria com a Secretaria de Estado do Turismo (Setu) para criar uma metodologia exclusiva para mensurar e avaliar economicamente a atividade turística no Estado e nos municípios ao longo do tempo, chamada Índice de Desempenho da Atividade Turística no Paraná (IDAT-PR). O índice terá sua primeira edição publicada no final de 2023, e será atualizado anualmente para que os gestores do Estado e dos municípios possam acompanhar a performance de seus indicadores.