A Secretaria estadual da Saúde (Sesa) divulgou nesta terça-feira (26) o novo boletim semanal da dengue, com 174 novos casos da doença no Paraná e nenhum óbito.
Com esse número, o Estado chega em menos de dois meses a 1.087 confirmações, 9.278 notificações e 4.003 casos em investigação. O balanço é do atual período epidemiológico, que começou em 1º de agosto.
Dos 399 municípios, 131 tiveram casos confirmados e 284 registraram casos suspeitos no sistema. As Regionais de Saúde com mais diagnósticos confirmados de dengue até o momento são as de Maringá (227), Londrina (217), Paranaguá (136) e Foz do Iguaçu (136).
O mosquito Aedes aegypti também é responsável, além da dengue, pela transmissão da zika e chikungunya. Durante este período não houve confirmação de casos de zika. Já o panorama de chikungunya no Paraná é de 132 notificações, nove casos confirmados, sendo oito autóctones, sem óbitos.
AÇÕES DIRECIONADAS – A Sesa realiza nesta quarta-feira (27) capacitação para profissionais da vigilância epidemiológica, atenção à saúde, controle vetorial e comunicação. Também são convidados os gestores municipais da 1ª Regional de Paranaguá a fim de que sejam traçadas ações para o enfrentamento das arboviroses na região, por conta do recorrente número de casos.
Na 8ª Regional de Francisco Beltrão estiveram reunidos 47 profissionais dos municípios de Santo Antônio do Sudoeste, Barracão, Bom Jesus do Sul, Renascença, Marmeleiro, Pranchita, Flor da Serra do Sul, Salgado Filho, Manfrinópolis e Pinhal de São Bento para mais um encontro para a prevenção da doença.
O município de Castro, nos Campos Gerais, também foi sede de uma capacitação para os profissionais de saúde da 3ª Regional de Ponta Grossa. Na ocasião, foram apresentados os dados epidemiológicos da região. Apesar dos poucos casos confirmados de dengue nesta Regional no período anterior (46 casos autóctones e 58 casos importados), existe a preocupação para o diagnóstico e manejo clínico dos casos notificados.
Confira o último boletim e todas as informações sobre o novo período sazonal AQUI.
A linha de crédito emergencial Paraná Recupera, criada pela Fomento Paraná, já liberou R$ 52 milhões em 1.227 operações de empréstimos e financiamentos.
Esse crédito atende empreendedores e empresas de municípios afetados por temporais, alagamentos, granizo e outros eventos que provocam prejuízos ou interrompem atividades empresariais. O objetivo é contribuir com a retomada dessas atividades mais rapidamente.
A linha Paraná Recupera foi retomada em dezembro de 2022, com autorização do governador Carlos Massa Ratinho Junior, com base na lei estadual nº 20.164/20. Os recursos disponíveis envolvem operações de microcrédito, até R$ 20 mil, com até 36 meses para pagar, ou valores até R$ 500 mil, da linha Fomento Giro Fácil, que permite parcelamentos de até 60 meses. Em ambos os casos é possível obter um prazo de carência.
Os empreendedores podem obter crédito para capital de giro com condições diferenciadas, pagando uma taxa de juros fixa de 7,17% ao ano. O Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) subsidia a diferença de juros para reduzir o custo total do crédito.
Podem ser atendidos desde empreendedores informais e MEIs até empresas de micro e pequeno porte de municípios atingidos pelas intempéries e que tiveram o estado de emergência decretado e homologado pelo Governo do Estado.
Pelo menos seis municípios paranaenses estão com decretos de emergência homologados no momento (a vigência de cada decreto é de 180 dias) e os empreendedores locais podem aproveitar essas condições especiais para tomar crédito até o final do prazo. São eles: Foz do Iguaçu (até 26/9/23); Loanda (até 4/12/23); Morretes (até 15/1/24); Guaratuba (até 16/1/24); São Miguel do Iguaçu (até 16/1/24); e Antonina (até 21/01/24).
RENOVAÇÃO GERAL – O colégio particular COC Beraldo, em Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, foi um dos empreendimentos beneficiados com a linha Paraná Recupera no município, que foi atingido por fortes chuvas em novembro passado, prejudicando a escola.
O diretor da instituição, Elton Beraldo, analisou maneiras de repor os equipamentos perdidos, e depois de assistir a uma apresentação da Fomento Paraná na QBCamp – Associação Comercial e Empresarial de Quatro Barras e Campina Grande do Sul resolveu tentar um financiamento. “A gente não tinha dinheiro para repor os equipamentos perdidos, mas com a possiblidade do crédito da Fomento Paraná resolvemos fazer uma mudança definitiva na escola”, disse Beraldo.
Além de suprir a perda de equipamentos, o empreendedor aproveitou para elevar o nível de qualidade de ensino e usou os recursos para aprimorar 80% da estrutura tecnológica do colégio. As salas de aula agora contam com lousas interativas e mesmo que os alunos não possam comparecer podem ter acesso às aulas, que são gravadas e transmitidas simultaneamente. “É um crédito que compensa. É uma forma de ter recurso que o micro e pequeno empresário precisa, com juros pagáveis com valores bem menores do que você encontra em bancos”, afirmou Beraldo.
A diretora administrativa e financeira e responsável pela gestão de fundos da Fomento Paraná, Mayara Puchalski, afirma que nos últimos meses a instituição fez uma série de ações e eventos em conjunto com a Rede de Parceiros para divulgação do crédito para empresários nesses municípios que tiveram situação de emergência decretada e homologada, porque muitas vezes eles não ficam sabendo dessas condições.
“A Fomento Paraná retomou a linha Paraná Recupera em 2022 e vem trabalhando com os parceiros para divulgar as condições especiais que a linha tem e que, muitas vezes, são desconhecidas dos empreendedores locais”, afirmou Mayara. “O produto tem condições de prazo e taxas diferenciadas para que o empreendedor possa utilizar desses recursos para retomar suas atividades nos negócios que tenham sido atingidos por situações de emergência”.
COMO CONTRATAR – O acesso ao crédito da linha Paraná Recupera pode ser solicitado por meio da rede de agentes de crédito ou correspondentes dos municípios listados pela Defesa Civil, que atuam na Sala do Empreendedor, Agência do Trabalhador, Associações Comerciais e outras estruturas municipais. Os agentes são capacitados para orientar os empresários, encaminhar a documentação e acompanhar o andamento das propostas. O crédito também pode ser acessado por meio da plataforma online da Fomento, no portal www.fomento.pr.gov.br.
Por - AEN
Estar atento para atender com rapidez e eficácia as necessidades que os produtores agropecuários têm neste momento, mas ter também um olhar e se preparar para aquilo que o futuro exigirá dos profissionais responsáveis pela defesa agropecuária.
Esse foi o recado do primeiro dia do evento Adapar – Um Olhar para o Futuro, que reúne mais de 140 servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, em Londrina, na região Norte.
“É preciso olhar o ambiente atual da produção, projetar aquela que teremos no futuro e nos preparar para atender as necessidades de quem produz todo dia se a gente quiser continuar tendo no agro o principal negócio do nosso Estado e do País”, alertou o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
Ele desenhou um panorama do que representa a agropecuária paranaense perante o Brasil e o mundo. “Temos aqui um dos melhores solos do planeta, o latossolo roxo, que vai de Cambará a Foz do Iguaçu; no meio do mapa do Paraná está o Paralelo 24, que separa o nosso clima em sub-tropical, tropical e temperado, e isso aumenta a chance de ter mais produtos, maior diversificação”, disse ele. O Paraná é lidera produção nacional de diversos grãos, é o principal em proteína animal e em outros segmentos do agro.
As inovações e a modernidade, no entanto, estão mudando a forma de produzir, gerenciar e comercializar, o que traz novos desafios para a defesa sanitária, em função de mudanças nas tendências alimentares, na proteção animal, no uso de práticas sustentáveis e nos avanços tecnológicos. “As informações eram armazenadas em um computador quase que do tamanho de uma sala. Hoje o produtor coloca o seu aparelho celular na palma da mão e já sabe toda a movimentação de produção e informações necessárias para seu trabalho e conhecimento” ressaltou o presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.
Para ele, o setor público precisa ter a capacidade de antecipar tendências em todas as áreas e se preparar para tomar as atitudes mais condizentes. Uma delas, por exemplo, é em relação ao consumo alimentício. “Uma pesquisa do Ibope, em 2018, apontou que cerca de 30 milhões de brasileiros são vegetarianos, aumento de 75% em relação a 2012, quando 8% da população se declarou adepta do vegetarianismo” afirmou.
O presidente também alertou sobre as mudanças significativas na indústria agrícola. “São as maiores no período pós-segunda guerra mundial”, ponderou. Com a perspectiva da Organização da Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) de que a população mundial cresça das atuais 7,8 bilhões de pessoas para 9,8 bilhões em 2050, a produção de alimentos precisa se expandir em 70%.
“É imperativo que as partes interessadas levem em consideração as tendências em suas decisões estratégicas para garantir um futuro mais resiliente, afinal, vamos comer, produzir e comercializar alimentos de forma diferente”, disse Martins.
Segundo ele, isso já está acontecendo, com o aumento da produção orgânica, veganismo, proteínas elaboradas em laboratórios e não mais criadas ou produzidas no solo, reforço em produtos biológicos, produção automatizada e aumento no uso de aeronaves remotamente pilotadas. “São as novas tendências, por isso precisamos viver o dia de hoje com um olhar no futuro”, instigou.
POTENCIAL - As características do Paraná possibilitam, no cenário atual, a produção de pelo menos 350 culturas agrícolas com valor econômico, o que fez com que o Estado se firmasse como uma das maiores lideranças do agronegócio brasileiro. É o primeiro na produção de feijão, com 665 mil toneladas em 2022; de cevada, com 394,1 mil toneladas; e de fécula de mandioca, com 422 mil toneladas, o que representa dois terços do que se produz no País.
O Estado também é o principal produtor de proteínas animais, sobretudo com frangos, segmento em que abateu mais de 2 bilhões de cabeças no ano passado, e peixe, com cerca de 180 mil toneladas. Também é destaque na produção de suínos, com 11,5 milhões de cabeças abatidas, e em leite, setor que totalizou 4,4 bilhões de litros. O Paraná tem liderança em produção florestal com fins comerciais, colocando 46,6 milhões de metros cúbicos de tora no mercado. Nesse segmento, projeta-se a produção de erva-mate. As 764 mil toneladas do ano passado colocaram o Estado na liderança nacional.
O solo paranaense garantiu posição de destaque na produção de grãos de forma geral, com 46,6 milhões de toneladas em 2022, aumento substancial em relação às 32,9 milhões da safra 2009/10. A soja rendeu 22,5 milhões de toneladas, o milho, 17,7 milhões, e o trigo, 4,4 milhões de toneladas. O setor agro participa em 77,4% nas exportações paranaenses, representando US$ 13,4 bilhões dos US$ 17,4 bilhões que entraram entre 2021 e 2022.
ENCONTRO - O evento Adapar: Um Olhar para o Futuro termina nesta quinta-feira (28). Ele tem o objetivo de fomentar discussões acerca das novas tendências no cenário do agro paranaense e promover o alinhamento estratégico da Agência, Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná e Sistema Estadual de Agricultura, visando fortalecer a capacidade de proteger e sustentar a agropecuária paranaense, mantendo-a competitiva e adaptada aos desafios atuais e futuros.
Por - AEN
O Governo do Paraná lança uma campanha para incentivar a doação de órgãos nesta quarta-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos.
O vídeo foi feito pela Secretaria de Estado da Comunicação, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, e será veiculado às 10 horas nas redes sociais da administração estadual. A data é simbólica para conscientizar as famílias paranaenses sobre a importância da doação para salvar vidas.
A doação é realizada somente mediante autorização da família e, por isso, a pessoa deve avisar os familiares da vontade de se tornar doador. Coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e também tecidos, como córneas, pele, ossos, válvulas cardíacas e tendões podem ser doados. Um único doador pode salvar até oito vidas. Qualquer pessoa pode doar. A doação de rins ou parte do fígado pode ser feita em vida, para um familiar próximo. Quando esse tipo de doação for para uma pessoa não pertencente à família, é necessário uma autorização judicial.
De acordo com dados relatório semestral da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Paraná é o estado com maior número de doações efetivas de órgãos para transplantes em 2023. Foram registrados 243 doadores de janeiro a junho, o que garantiu a posição de liderança no ranking nacional, com a marca de 42,5 doadores por milhão de população (pmp), seguido por Santa Catarina, com 41,5 pmp, Rondônia, com 30,4 pmp, e Ceará, na marca das 27,5 pmp. A taxa de doações no Brasil ficou em 19 pmp.
Foram 243 transplantes de rim no primeiro semestre, o que representa 42,5 doadores por milhão (pmp), terceiro melhor resultado do País na média, atrás apenas de Distrito Federal (49 pmp) e Rio Grande do Sul (49,1 pmp). Em relação aos transplantes de fígado, foram 147 no Paraná (2ª colocação em números gerais), o que representa média de 25,7 pmp, atrás somente do Distrito Federal, que registrou 44,7 pmp. Entre janeiro e junho também foram realizados 19 transplantes de coração no Paraná, em procedimentos similares ao do apresentador Faustão.
Segundo um levantamento recente do Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), cerca de 3,5 mil pessoas esperam por um transplante no Paraná. A fila é maior para quem necessita de um rim – são 1.937 pacientes. Na sequência, estão 1.278 pacientes que aguardam por um transplante de córnea, além dos que esperam por transplantes de fígado (244), coração (29), rim/pâncreas (24) e pulmão (20).
Quem garante o bom funcionamento dessa rede de esperança é o Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), uma estrutura complexa capitaneada pela Central Estadual de Transplantes, que funciona como o cérebro da operação.
A espinha dorsal é composta ainda pelas Organizações de Busca por Órgãos, que são quatro no Paraná (Curitiba, Cascavel, Londrina e Maringá); pelos hospitais – 70 que ajudam a identificar possíveis doadores e 50 que atuam efetivamente na realização de transplantes; quatro bancos de tecidos, córneas, válvulas cardíacas, peles e ossos; além dos laboratórios de compatibilidade, que realizam os exames de compatibilidade entre doador e receptor. Ainda participam dessa força-tarefa, quando acionadas, as regionais de saúde e a Casa Militar.
Um dos trunfos do Paraná para se destacar nessa área está justamente na capacidade de ir mais longe e em menos tempo para ligar as duas pontas dessa atividade delicada: a captação e o efetivo transplante do órgão. Com quatro aeronaves – três aviões e um helicóptero – à disposição, o Estado tem flexibilidade, agilidade e alcance para missões de transporte de órgãos a longas distâncias.
Por - AEN
Com objetivo de sensibilizar os profissionais da urgência e emergência e Atenção Primária à Saúde (APS) sobre a importância da assistência à saúde e diagnóstico precoce nos casos suspeitos de hantavirose, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou em Curitiba nesta terça-feira (26), uma capacitação sobre a doença.
Participaram cerca de 50 técnicos de vigilância, médicos e enfermeiros dos 29 municípios da 2ª Regional de Saúde (RS) Metropolitana.
A hantavirose é transmitida por ratos do campo, com a inalação de partículas virais que ficam no ar vindas da urina e fezes desses roedores infectados. Com sintomas semelhantes a uma gripe forte, com febre, dor de cabeça, dores no corpo, tosse seca e falta de ar, a doença tem rápida evolução e deve ser notificada em até 24 horas, tanto para as secretarias municipais e estaduais de Saúde, quanto para o Ministério da Saúde, por meio do Sinan.
“É muito importante capacitar as equipes para que o trabalho ocorra de forma conjunta e articulada. A detecção precoce e tratamento oportuno dos casos suspeitos de hantavirose são primordiais para a prevenção de casos graves e a queda no número de óbitos ocorridos em decorrência da doença”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
De acordo com a responsável técnica pela hantavirose e leptospirose da Sesa, Silmara Aparecida Ferreira de Carvalho, manter o entorno da casa sempre limpo e sem lixo acumulado são medidas simples que podem afastar o risco de contrair a doença. “Deixar os alimentos dos animais domésticos em potes bem fechados e em locais mais elevados do nível do solo também ajudam a conter a aproximação dos roedores”, completou.
DADOS – Alguns municípios do Paraná são considerados endêmicos para a doença, a circulação possui maior prevalência nos municípios da 6ª RS de União da Vitória.
De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de 2011 a 2021 foram confirmados 111 casos e 44 óbitos por hantavirose no Estado, destes, 41 casos (37%) e 19 mortes (43%) ocorreram em cidades da 6ª RS.
“Está é uma região bastante suscetível porque possui uma grande concentração de áreas rurais com regiões de mata e anexo domiciliares como paiol, galpão, silos, depósitos, entre outros. Tudo isso propicia a circulação de roedores silvestres”, explicou Silmara.
No Paraná, foram confirmados dez casos e duas mortes em decorrência da infecção em 2022. Já neste ano, foram notificados 102 casos suspeitos, com quatro confirmações: Balsa Nova (2ª RS), Palmeira (3ª RS), Cruz Machado e Paulo Frontin, ambos na 6ª RS. Não houve óbitos em 2023.
Por - Agência Brasil
O Projeto de Alfabetização na Cela (PAC), implantado pela Polícia Penal do Paraná (PPPR) no segundo semestre de 2022, permitiu um grande avanço no programa de escolarização de pessoas privadas de liberdade (PPL) no Estado.
O PAC se destina a casos específicos, quando o apenado, por questão de segurança, não pode participar de aulas em salas regulares com outros detentos.
Nos primeiros seis meses de implantação, o PAC atendeu 2.436 PPLs com este perfil que cumpriam pena nos presídios do Estado. Neste ano, a ação passou a alcançar também os apenados custodiados em cadeias públicas. Com isso, o número de beneficiados saltou para 3.138 pessoas, sendo 2.316 com conteúdo de ensino fundamental e 822 cursando o ensino médio.
O PAC atende a fase I do programa de educação no sistema, abrangendo alfabetização e ciclos iniciais. A metodologia prevê aulas com um preso monitor, que tenha perfil para a docência, com grau superior de escolarização e bom relacionamento com os demais apenados. O monitor recebe todas as orientações e materiais para atuar individualmente ou com um pequeno grupo de presos.
O PPL monitor recebe uma remuneração, ganha horas para remição da pena e tem reuniões periódicas com o pedagogo da unidade prisional que realiza o acompanhamento, avaliação e encaminhamento para o processo de certificação junto ao Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBEJA). Os apenados que estudam em cela também têm direito à remição, conforme as regras da Lei de Execução Penal.
“O Paraná tem trabalhado firme para avançar em educação no Paraná. No sistema prisional não é diferente. Trabalhamos para dar oportunidade a todo o indivíduo que entre no sistema e não saiba ler e escrever, ou que seja alfabetizado mas queira avançar nos estudos”, afirma o diretor-geral da Polícia Penal, Osvaldo Messias Machado.
PROGRAMAS EDUCACIONAIS – Os programas educacionais nas prisões abrangem a alfabetização, o ensino fundamental e médio, cursos profissionalizantes e até mesmo graduações universitárias em algumas instituições. Dados de agosto de 2023 mostram que, somados todas as ações de educação ofertadas pela Polícia Penal do Paraná, 22.863 PPLs são beneficiados, o que representa 71% dos 34.677 presos no sistema.
A alfabetização e a Fase I do Ensino Fundamental são ministradas por meio dos nove Centros de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA), com professores concursados e habilitados. Esses professores contam com o apoio de material didático-pedagógico e de pedagogos que atuam em consonância com as políticas do Plano Estadual de Educação para Pessoas Privadas de Liberdade e Egressos do Sistema Prisional do Paraná (PEESP).
O chefe da Divisão de Educação e Capacitação da PPPR, Juliano Prestes, explica que as ações realizadas por este setor desempenham papel crucial nos processos de ressocialização e reintegração de pessoas privadas de liberdade à sociedade. “Através da educação busca-se proporcionar oportunidades de aprendizado e desenvolvimento pessoal que podem contribuir significativamente para a redução da reincidência criminal”, explica.
A diversidade no nível de escolarização, abrangendo desde a alfabetização até o ensino superior, objetiva atender as necessidades individuais dos detentos e oferecer uma chance de adquirir habilidades e conhecimentos que podem ser úteis após cumprirem a pena. “A nossa atuação nos estudos dos presos representa uma oportunidade importante para transformar vidas e reduzir a reincidência criminal. É um investimento na construção de um sistema de justiça mais eficaz”, destaca Juliano.
O CEEBJA atua em 32 estabelecimentos penais com Educação Básica de Jovens e Adultos há mais de 40 anos, quando foi feita a assinatura do Termo de Cooperação entre a Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria da Educação. Ao longo dos anos houve avanços, como concursos específicos para professores, pedagogos e agentes educacionais para os CEEBJAs, exigindo experiência em EJA e estatutário do quadro próprio do magistério.
Também há um currículo específico, que segue as Diretrizes Nacionais para a Educação para Jovens e Adultos em situação de privação de liberdade.
ENCCEJA – Neste ano, 10,1 mil pessoas privadas de liberdade vão participar do Encceja PPL, o que representa uma ampliação de 21% em relação à edição de 2022, que teve 8,4 mil inscritos. As provas serão realizadas nos dias 17 e 18 de outubro.
Por - AEN