Estado e entidades discutem ações para monitoramento da nova vespa-da-madeira

O Grupo de Trabalho de Defesa Florestal (GT- Deflo) reuniu-se nesta quarta-feira (29), na sede da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), em Curitiba, para elaborar estratégias no monitoramento e prevenção do ataque da nova vespa-da-madeira (Sirex obesus), registrada em 2023 em plantações de pinus no Sudeste do País.

Até o momento, apenas os estados de São Paulo e Minas Gerais têm registros da praga, que tem causado muitos danos em plantios de pinus resinados. Por isso, o grupo está trabalhando na elaboração de um plano de ação para orientar produtores, compradores de madeira, empresas e entidades que atuam no setor e estabelecer estratégias para monitorar a dispersão da vespa para os plantios de pinus da região Sul.

Coordenado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, o GT - Deflo reúne instituições do governo, institutos de pesquisa, universidades e associações do setor florestal. Inclui especialistas da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná - Iapar-Emater (IDR-Paraná), da Embrapa Florestas, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), e Ocepar.

Para este encontro também foram convidadas a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) e Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor). Também serão desenvolvidas ações em conjunto com a Associação dos Resinadores do Brasil (Aresb) e o Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais (Funcema).

“Vamos coordenar ações como a comunicação direcionada em diferentes estados, para orientar o setor sobre como monitorar e combater a praga, além de pesquisas, cursos, mapeamento das áreas mais adequadas para instalação de armadilhas, entre outras estratégias. Tudo isso acontecerá com apoio do Sistema Estadual de Agricultura”, explica o diretor do Departamento de Florestas Plantadas (Deflop) da Seab, Breno Menezes de Campos.

O coordenador do programa de Prevenção e Controle de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Martins Araújo, falou sobre a necessidade do mapeamento das áreas prioritárias, que fazem divisa com o estado de São Paulo, e a intensificação das orientações no transporte agropecuário. “Vamos identificar os horários e dias de maior fluxo nos postos de fiscalização e os fiscais de defesa agropecuária poderão divulgar orientações sobre a praga”, disse. 

O Paraná é destaque nacional em produtos florestais. Esse setor representa aproximadamente 5% do Valor Bruto da Produção Agropecuária do Estado, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral).

O QUE É – A Embrapa Florestas tem monitorado a nova vespa-da-madeira desde o ano passado, em conjunto com pesquisadores de outras instituições. Também já foi realizada uma assembleia do Funcema (Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais) em abril deste ano para tratar do assunto.

A pesquisadora e entomologista da Embrapa, Susete do Rocio Chiarello Penteado, explica que a espécie Sirex obesus é diferente da Sirex noctilio, popularmente conhecidas como vespa-da-madeira, oriunda da Ásia, Europa e Norte da África, que circula no Brasil desde a década de 1980. A Sirex obesus foi identificada no país pela primeira vez em 2023, e é oriunda da América do Norte.

Embora não cause problemas na sua região de origem, no Brasil a nova vespa tem atacado espécies de pinus tropicais, e principalmente em áreas de resinagem, causando a morte das árvores. Há áreas no país com aproximadamente 60% de ataque. “Quando recebemos o inseto na Embrapa, pela coloração da asa, já pudemos constatar que era uma outra espécie, do mesmo gênero da vespa-da-madeira que já ocorria nos plantios de pinus, mas que parece ter uma biologia e comportamento diferentes”. 

De acordo com ela, os pesquisadores já estão desenvolvendo estudos para verificar se a nova espécie pode ser combatida com o uso do Nematec, que é produzido pela Embrapa Florestas e formulado com o nematoide Deladenus siricidicola, principal inimigo natural da vespa-da-madeira.

 

 

 

 

 

 

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 Com 87,8 mil vagas no quadrimestre, Paraná é o 3º maior empregador do Brasil

O Paraná se mantém como o maior empregador do Sul e o terceiro maior do País, com 87.838 vagas com carteira assinada abertas no primeiro quadrimestre do ano.

Quarto estado em número de habitantes no País, já é o terceiro mês seguindo em que o Paraná fica no pódio do mercado de trabalho brasileiro, atrás apenas São Paulo (287.968) e Minas Gerais (113.971), que são mais populosos.

“Mais uma vez o Paraná se destaca na geração de empregos, se consolidando como um dos mercados que mais crescem no Brasil”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Isso é reflexo do bom momento pelo qual passa o Estado, que teve o maior crescimento da atividade econômica do País no ano passado e com o PIB paranaense crescendo o dobro da média nacional”.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostram ainda que, na região Sul, Santa Catarina teve um saldo de 79.869 postos de trabalho e o Rio Grande do Sul chegou a 69.594 novas vagas nos primeiros quatro meses do ano. Com exceção de Alagoas, que teve saldo negativo -13.182 vagas, todos os estados brasileiros tiveram alta no mercado de trabalho no período, com o País acumulando 958.425 novas vagas.

O saldo acumulado no quadrimestre é resultado da diferença entre as 716.086 admissões e os 628.248 desligamentos no período. O Estado teve um bom desempenho em todos os meses do ano, com 19.020 vagas abertas em janeiro, 32.735 em fevereiro, 18.051 em março e as 18.032 vagas abertas em abril, de acordo com os dados com ajuste do Caged.

“O Paraná se mantém em excelente colocação no ranking de empregos, tanto no cenário nacional quanto na região Sul. Isso deve aos esforços do Governo do Estado em ampliar ações focadas na empregabilidade em todos os setores da economia”, afirmou o secretário estadual Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes. “Os resultados do primeiro quadrimestre e também de abril abrem uma perspectiva muito positiva para os próximos meses, de que certamente teremos, até o final do ano, um avanço muito significativo do número de pessoas empregadas no Paraná”.

ABRIL – O Paraná ultrapassou o Rio de Janeiro e passou também para a terceira posição nacional em abril, com 18.032 postos gerados no mês, mais uma vez atrás apenas de São Paulo (76.299) Minas Gerais (25.868) e à frente dos demais estados do Sul, com o Rio Grande do Sul abrindo 13.512 novas vagas e Santa Catarina, 13.457. Em todo o Brasil, foram criados 240.033 novos postos de trabalho no mês.

O resultado representa um crescimento de 33,5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando foram abertas 13.506 novas vagas no Estado. Com isso, o estoque de empregos no Paraná soma 3.179.239 trabalhadores com carteira assinada.

SETORES – Todos os setores da economia fecharam o quadrimestre em alta na geração de empregos, com destaque para o de serviços, que respondeu por mais da metade das vagas abertas no período, com 46.895 novos postos de trabalho. Na sequência estão a indústria (21.594), a construção (9.269), o comércio (8.265) e a agropecuária (1.817).

Os bons resultados se repetem em abril, com o setor de serviços responsável por gerar 8.765 vagas, a indústria, 4.595, o comércio, 3.008, a construção, 1.536, e a agropecuária, 137 novas vagas.

 

 

 

 

 

 

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 Estado capacita profissionais sobre o telediagnóstico de doenças de pele e no coração

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da 20ª Regional de Saúde de Toledo e a equipe técnica do Núcleo de Telessaúde do Paraná, realizou nesta terça-feira (28) uma capacitação sobre os processos de implantação e aperfeiçoamento de fluxos relacionados ao telediagnóstico em dermatologia, que iniciou na região em fevereiro e o início da implantação do telediagnóstico em eletrocardiograma, com previsão de implantação em julho de 2024.   

O evento que ocorreu no auditório da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC) e reuniu cerca de 140 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem das Unidades de Atenção Primária à Saúde dos 18 municípios que compõem a 20ª Região de Saúde. Telediagnóstico é o diagnóstico à distância, no qual os exames são transmitidos por meio da internet para um médico especialista emitir um laudo. O objetivo é dar uma resposta mais rápida aos pacientes.

“A Sesa tem investido nas parcerias bem-sucedidas e levará aos municípios possibilidades de implantação de novas ações de telessaúde e irá apoiar os profissionais no manejo de casos melhorando a experiência dos usuários do SUS”, disse o Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Para a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, os profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) tem um papel fundamental na resolutividade dos casos de lesões de pele. “A implantação dessa estratégia possibilita a identificação oportuna de lesões já na porta de entrada do paciente ao serviço de saúde, com isso é possível obter uma detecção precoce de casos de doenças mais preocupantes, como o câncer e a hanseníase”, explicou.

A médica dermatologista Fabíola Welter Ribeiro, que atende os usuários da região no ambulatório do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar), apresentou aos profissionais de saúde as ações desenvolvidas pela atenção especializada ambulatorial com foco em queixas de pele na região e também a potencialidade da proposta do telediagnóstico em dermatologia para a APS.

“O usuário é o principal protagonista de tudo que estamos discutindo hoje, é por ele que estamos propondo essa estratégia, para que ele possa ter suas demandas atendidas da melhor forma e em tempo oportuno”, enfatizou a dermatologista.

“É um grande desafio incorporar as Tecnologias de Informação e Comunicação nas práticas da APS, o telediagnóstico em dermatologia e eletrocardiograma são iniciativas muito importantes para região. Esse é só o ponta pé inicial para outras ações a serem desenvolvidas no âmbito da Saúde Digital”, disse o diretor da 20ª Regional de Saúde, Fernando Pedrotti.

TELESSAÚDE – O Telessaúde é uma das estratégias existentes dentro do escopo da Saúde Digital, que utiliza recursos das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação para desenvolver serviços que promovam a integralidade e a continuidade da assistência e do cuidado em saúde entre todos os níveis de atenção no âmbito do Sistema Único de Saúde. Ações de telessaúde podem ocorrer por meio de teleconsultoria síncrona e/ou assíncrona, teletriagem, teleconsulta, teleinterconsulta, telediagnóstico, telemonitoramento, teleorientação e teleducação.

O principal objetivo é promover a articulação entre a Atenção Primária à Saúde (APS) e Atenção Especializada (ambulatorial e hospitalar), para melhoria dos serviços de saúde e fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Ele contribui para a resolubilidade da APS, promove a redução das filas de espera, dos custos, do tempo para atendimentos e diagnósticos especializados, diminui os deslocamentos de grandes distâncias geográficas, melhora a satisfação do usuário e a otimização dos recursos dentro do SUS. No Paraná, o Núcleo Estadual de Telessaúde foi instituído pela Sesa, por meio da Resolução 1048/2021, e desde então articula e disponibiliza ações de Telessaúde.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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