Em janeiro de 2019, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) detinha quase 12 mil presos sob sua custódia, o maior contingente do Brasil. A resolução dessa situação que causava distorções graves na estrutura da segurança pública era uma das principais demandas da sociedade naquele momento.
Com o tempo, a gestão que assumiu naquele mês intensificou a retirada dos presos das delegacias, chegando a 2024 com a situação totalmente equacionada, novos presídios entregues e o mais importante: policiais civis dedicados à sua função constitucional.
O principal resultado prático dessa ação é que o Paraná deixou a última posição no ranking nacional de solução de homicídios e alcançou a primeira posição em 2020, segundo pesquisa do Instituto Sou da Paz. A medida também permitiu que o número de operações contra o crime organizado aumentasse 144% já em 2019, indo de 94 em 2018 para 230 operações naquele ano. Na comparação com 2023, ano com 530 operações, o crescimento é ainda mais expressivo: 463%.
Com o fim da custódia de presos, os policiais civis passaram a se dedicar exclusivamente às atividades de polícia judiciária, especialmente às investigações e ações de repressão qualificada, o que aumentou os índices de solução de crimes complexos. A essa medida se somou outras iniciativas como contratação de novos policiais civis, reformulação da carreira e construção/reforma de novas delegacias.
“É um cenário antes e depois. No dia a dia vemos nossa instituição mais capacitada, moderna e com melhores condições de trabalho para nossos policiais civis, o que se reflete em um serviço de excelência prestado aos paranaenses”, destaca o delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach. "O governador Ratinho Junior transformou um problema histórico em uma oportunidade de modernização da nossa Polícia Civil. O Paraná hoje é referência nacional em investigação criminal, mesmo nos casos mais complexos, colocando um fim na impunidade".
Em 2018, antes do fim da custódia de presos pela PCPR, o Paraná apresentava o pior percentual de resolução de homicídios do Brasil, com 12%, segundo o relatório “Onde Mora a Impunidade”. No ano seguinte (2019), com a intensificação promovida pelo governo estadual, o percentual saltou para 49%, ultrapassando a média nacional de 35% de esclarecimento de homicídios, colocando o Estado na sétima posição. Em 2020, o percentual de crimes violentos letais elucidados aumentou para 78% e se manteve muito perto (76%) em 2021.
Esses indicadores foram classificados pela pesquisa como de alto desempenho, posicionando o Paraná no primeiro lugar do ranking nacional de resolução de homicídios, de forma consecutiva. No Rio Grande do Norte, que fecha o levantamento, o índice é de apenas 9%. A média nacional está em 35%.
Dados internos da PCPR mostram que a elucidação de homicídios segue crescendo, tendo atingido 84% em 2023. Os índices paranaenses superam consideravelmente a taxa de esclarecimento de homicídios de países como os Estados Unidos, que tem uma efetividade de 54%.
Isso também reflete em operações. As ações de repressão qualificada, focadas no combate ao crime organizado, necessitam de trabalho de inteligência e efetivo policial qualificado. Com o fim da custódia nas delegacias, delegados, agentes de polícia judiciária e papiloscopistas passaram a dedicar mais tempo a investigações de alta complexidade, executando ações de forma mais eficiente.
Os números de operações contra o crime organizado registraram aumento significativo com o direcionamento de recursos humanos, bem como a melhoria da estrutura, inclusive tecnológica, para as ações de polícia judiciária. A PCPR saiu da faixa de 90/100 operações qualificadas por ano para 530 ações em 2023 e até o fim de outubro deste ano a instituição já ultrapassou o total do ano passado, com 546 operações, marcando um crescimento de 480% em relação a 2018.
Os exemplos são semanais. Nesta semana, uma operação desmantelou uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro em Foz do Iguaçu. No total, foram bloqueados aproximadamente R$ 10 milhões em ativos, incluindo imóveis, veículos e valores em contas bancárias.
Na semana passada, a PCPR prendeu quatro pessoas durante uma operação de combate à exploração sexual infantojuvenil praticada virtualmente. A ação ocorreu simultaneamente em cinco municípios paranaenses: Curitiba e Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana da Capital; Guaratuba, no Litoral; Palmas, no Sul do Estado; e Nova Londrina, no Noroeste. Outra ação recente prendeu em flagrante três indivíduos envolvidos em um esquema de adulteração de farelo de soja.
POLÍCIA PENAL – O Governo do Estado intensificou a remoção de presos das carceragens em 2019, concluindo o processo em 2021 por meio de um decreto estadual, passando a plena gestão da totalidade das pessoas privadas de liberdade para a Polícia Penal, que também foi criada pelo governador Ratinho Junior. Ela assumiu as atividades de muralha, escolta e intervenção penitenciária, funções que anteriormente eram competências da Polícia Militar, e a gestão das carceragens, antes trabalho da Polícia Civil.
Para acomodar esse contingente de presos, houve reforço e melhorias na infraestrutura. Entre as obras estão a Penitenciária Estadual de Ribeirão do Pinhal, as Casas de Custódia de Umuarama e Laranjeiras do Sul, a ampliação da Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro – Unidade de Progressão (PIMP-UP), de Cascavel, e a ampliação da Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II). Apenas esses projetos somam 3.139 novas vagas.
Por - AEN
Na manhã dessa terça-feira (05), uma senhora acionou a Polícia Militar (PM) de Guarapuava/PR, informando que seu filho Bryan Calaudino Fabris, 03 anos, estava desaparecido havia cerca de duas horas.
Conforme o relato, a criança brincava sempre nas proximidades da casa e nunca se afastava. Posteriormente, os bombeiros também chegaram ao local. As equipes, com apoio de vizinhos e familiares, iniciaram buscas nas proximidades da residência para encontrar o menino.
Após aproximadamente uma hora e meia da chegada dos policiais, um morador local relatou ter encontrado a criança já sem vida, boiando em um tanque na propriedade ao lado, próximo da estrada do Guabiroba. Os bombeiros foram ao local e resgataram o corpo, fizeram o isolamento do local e acionaram os órgãos competentes para os procedimentos legais.
O Instituto Médico Legal (IML) de Guarapuava recolheu o corpo para identificação oficial. A Polícia Civil (PC) esteve presente no local juntamente com o Instituto de Criminalística, que agora aguarda os laudos deste órgão e do IML para verificar os próximos passos.
Por - RSN
O professor Marcelo Giovanetti Canteri, do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), é diretor do Centro de Inteligência Artificial no Agro (Ciagro), que reúne pesquisadores de várias instituições paranaenses focadas no desenvolvimento de tecnologias para o campo.
Atualmente, ele coordena um projeto em parceria com o Departamento de Computação (CCE) da instituição para a aplicação de IA na agricultura, especificamente no monitoramento e combate à ferrugem da soja, dentro do Alerta Ferrugem.
A ferrugem da soja (ou asiática, seu continente de origem) é uma doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e que ataca as folhas da planta. É a principal doença da soja e já causou significativas perdas de safra no passado.
Além da UEL, IDR-PR, Adapar, UTFPR, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Faep e Fundação ABC também estão unidas para monitorar mais de 200 coletores espalhados pelas plantações de soja. É uma área que começa em Assis (SP), passa por Londrina e Campo Mourão, chega a Cascavel, e vai para Pato Branco e Guarapuava.
Os coletores são “armadilhas” montadas sobre as plantas que, com o vento, capturam o fungo. E se antes era preciso que o pesquisador fosse na armadilha in loco para ver o resultado e depois analisar com a ajuda de um microscópio, com a IA ele pode monitorar a presença (ou não) dos esporos sem sair do laboratório, pois a tecnologia permite identificar automaticamente os esporos coletados. O IDR-PR implantou a rede de armadilhas
De acordo com o professor, a ferrugem é uma praga em seu sentido pleno. "Mesmo com todas as medidas de combate, como o vazio sanitário anual, a pesquisa em torno do controle biológico e o desenvolvimento de espécies de soja mais resistentes, ela volta todo ano e exige a aplicação de fungicidas", diz. Em média, anualmente, é preciso usar os produtos em uma área de 40 milhões de hectares.
O coordenador estadual do projeto de Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, Edivan Possamai, destaca que o Paraná, por meio do IDR-PR, foi pioneiro na organização de uma rede de coletores de esporos da ferrugem-asiática, especialmente nos últimos oito anos. São, em média, 160 coletores anualmente instalados e auxiliando os agricultores na tomada de decisão. "Com este trabalho, é possível reduzir em 35% as aplicações de fungicidas, com menos custos para o produtor e menos impacto ambiental", afirma.
O projeto objetiva reduzir os custos para os produtores a partir do monitoramento mais eficaz, porque outros fatores também interferem e sobre eles é possível agir. Três aspectos devem ser levados em conta: a planta, o clima e o próprio fungo. O Ciagro está automatizando a observação dos três fatores, antecipando a chegada de dados e assegurando decisões mais rápidas.
Os testes de monitoramento da safra 2023/2024 analisaram dois dos três aspectos: o clima e o patógeno (fungo). Para a próxima safra (24/25), entra o monitoramento do plantio. O professor Marcelo observa que, com o tempo, o fungo vem aumentando sua resistência aos fungicidas, daí a necessidade premente de desenvolver tecnologia de combate à praga. Novos fungicidas também são criados, mas o uso da IA pode indicar o melhor momento para usá-los, e até se compensa fazê-lo ou o quanto, dependendo das características de cada região.
Os dados climáticos são um componente importante da pesquisa. Antes levavam até duas semanas para serem determinados, e agora ficam disponíveis em dois dias. Isso faz funcionar melhor, por exemplo, o alerta virtualmente emitido pelo Consórcio Antiferrugem da Embrapa, que disponibiliza informações sobre a dispersão da ferrugem em todo o País.
Cada região tem seus índices pluviométricos e de umidade e é observada singularmente. Pato Branco e Guarapuava, por exemplo, são conhecidas pelo clima úmido e plantio tardio. E o tempo do plantio também conta: se for feito no tarde, o fungo chega com a planta menos desenvolvida, aumentando o risco de prejuízo, ou seja, aumentando a necessidade de aplicação de fungicida, o que significa mais gastos.
Apesar de ser um projeto de pesquisa, há ações de extensão, uma vez que envolve diretamente produtores rurais. A Embrapa e o IDR atuam neste aspecto. Fora isso, o projeto tem sido disseminado através de publicações, participações em eventos científicos e redes sociais. Já foram publicados trabalhos em periódicos da área de Agronomia e apresentados em eventos da Computação. O Ciagro já promoveu dois workshops sobre o uso de IA na agricultura e o terceiro será no final de novembro.
EVENTO – Em 27 de novembro, a Adapar vai promover um fórum técnico para definição dos períodos de Vazio Sanitário e do calendário de semeadura da soja para o Paraná na safra 2025/26. Esta proposição e discussão com os setores produtivos visa estabelecer as datas a serem encaminhadas ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para que a análise seja realizada em harmonia com as demais Unidades de Federação.
"Essas medidas legislativas são importantes para o Manejo da Ferrugem Asiática da Soja, pois, uma vez adotadas, são o princípio para a redução da pressão de inóculos da doença. Além disso, a janela de semeadura mais restrita pode proporcionar uma menor aplicação de fungicidas para o controle da ferrugem, que possibilita uma menor pressão nos ativos utilizados para o manejo da doença à campo", explica o chefe da divisão de Vigilância e Prevenção de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Araújo.
Por - AEN
Os prefeitos eleitos ou reeleitos no pleito de outubro de 2024 indicarão nomes para compor os Comitês Técnicos (CT) das três microrregiões de água e esgotamento sanitário do Paraná.
O assunto foi tratado em reuniões remotas da Secretaria de Microrregiões de Água e Esgotamento Sanitário (Maes), vinculada à Secretaria de Estado das Cidades (Secid), com os atuais integrantes dos comitês das microrregiões Centro Litoral, Centro Leste e Oeste.
As microrregiões foram criadas após a aprovação do Marco Legal do Saneamento e têm o objetivo apoiar os municípios de todos os portes, incluindo os menores, para que aconteça o mais rápido possível a regularização em relação à nova legislação.
“Com essa reunião foi dado início ao processo de composição dos Comitês Técnicos que operarão a partir de 2025", disse a secretária geral das microrregiões, Márcia de Amorim. “Os comitês são o primeiro estágio para a discussão de propostas dentro de cada microrregião. As estruturas atuais permanecem até a eleição dos novos integrantes”.
O analista de Desenvolvimento Municipal, Geraldo Luiz Farias, do Paranacidade, órgão também vinculado à Secid, destacou que uma das primeiras missões dos prefeitos que assumem em janeiro é fazer as indicações municipais. “É importante que essas indicações sejam feitas tão logo aconteçam as suas posses. Os prefeitos reeleitos podem fazer essas indicações desde já. Antecipar esse procedimento ajudam a dar velocidade ao processo decisório nas microrregiões”, disse.
O objetivo principal dos encontros foi apresentar, discutir e aprovar as minutas do regimento interno do comitê técnico e do comitê participativo, do termo de posse e compromisso do comitê técnico, o cronograma de procedimentos para atualização do CT e do calendário de reuniões para 2025. As propostas foram aprovadas sem alterações. Para que entrem em vigor, no entanto, precisam de aprovação nas Assembleias Gerais de cada Colegiado Microrregional, previstas para fevereiro do ano que vem.
FUNDO – O repasse de recursos do Fundo Municipal de Saneamento Básico e Ambiental (FMSBA) para os municípios foi outro tema tratado. Márcia de Amorim, lembrou aos integrantes dos Comitês Técnicos que as prefeituras, para receberem os recursos, precisam apresentar a documentação necessária no prazo devido e colocou a estrutura da Maes à disposição para esclarecimentos.
“Para que os repasses aconteçam, os municípios precisam cumprir com todas as exigências até maio. É preciso que os integrantes dos Comitês Técnicos alertem os seus municípios de suas regiões para os prazos. Ao mesmo tempo, aqueles que precisarem de esclarecimentos podem entrar em contato e contar com o nosso apoio técnico”, afirmou.
O FMSBA é formado, principalmente, por transferências feitas pelas empresas concessionárias dos serviços de água e saneamento. Outras fontes possíveis de recursos são impostos e taxas municipais, doações e operações de crédito.
MEIO RURAL – Ainda durante a reunião, os integrantes dos comitês tomaram conhecimento da realização de estudos, em andamento, que visam a elaboração de proposta para levar água potável para consumo humano para o meio rural.
Participam das discussões técnicos da Maes, Paranacidade, Sanepar, Instituto Água e Terra e Agência Reguladora do Paraná, Agepar, Secretarias da Agricultura e do Abastecimento e da Saúde, da Fundação Nacional da Saúde, Funasa e da Associação Nacional de Serviços Municipais de Saneamento.
MAES – A Secretaria Geral das Microrregiões de Água e Esgotamento Sanitário é a responsável no Estado pela gestão do processo que levará ao cumprimento das metas definidas no Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020). O objetivo é garantir, até 2033, que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% aos serviços de coleta e tratamento de esgotos.
Por - AEN
Encarar trilhas e escaladas vem se tornando uma atividade cada vez mais comum entre os paranaenses que buscam opções de lazer e exercícios físicos ao ar livre, em contato com a natureza.
Para que o passeio não se transforme em transtorno, no entanto, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) alerta que é preciso que os aventureiros estejam devidamente preparados para o desafio que escolheram - e para as muitas eventualidades que podem ocorrer nesse tipo de ambiente. Nessa semana, por exemplo, dois jovens ficaram mais de 40 horas perdidos na Serra do Mar em Campina Grande do Sul, precisando ser socorridos pelos CBMPR.
“Um bom planejamento ajuda a minimizar os riscos. Por isso, é indicado que antes de tudo a pessoa pesquise bem o local escolhido para conhecer. Que busque informações sobre o trajeto, o tipo e as dificuldades daquele terreno. Se possível, vale a pena conversar com quem já tenha percorrido aquele mesmo caminho”, explicou a chefe de comunicação do CBMPR, capitã Luisiana Guimarães Cavalca.
Para marinheiros de primeira viagem em passeios pela natureza, é aconselhável buscar informações sobre esse tipo de atividade com quem tem experiência ou até mesmo em sites especializados.
Outro ponto de atenção durante a preparação para o passeio é com as condições meteorológicas e o tempo de conclusão do percurso. Dependendo do local escolhido, como em regiões mais isoladas, com terreno mais íngreme ou com muita travessia de pequenos rios, a orientação é evitar o deslocamento em dias com previsão de chuva forte. Nesses casos, há riscos de deslizamento, e de aumento repentino de córregos, o que pode deixar o grupo ilhado, além da possibilidade de ocorrência de descargas elétricas.
Saber a distância a ser percorrida e a dificuldade do terreno são fundamentais para calcular o tempo necessário para a atividade. A orientação é ter tempo de sobra para finalizar a atividade antes de anoitecer, quando já se torna mais difícil encontrar os caminhos e aumentam os riscos de queda e de acidentes com animais peçonhentos.
O material a ser levado é o segundo ponto a ser considerado, ainda na fase de planejamento, e pode variar um pouco dependendo do local da trilha. É preciso estar com roupas e calçados adequados, que garantam conforto e mobilidade. O uso de chapéu ou boné é bastante recomendado, especialmente em áreas de mata menos densa, como proteção dos raios solares. Mesmo em dias quentes, não esqueça de uma peça de roupa para o frio, por precaução caso o tempo vire.
Na mochila, alguns itens são essenciais para um passeio seguro. Boa quantidade de comida - barras de cereais e água não podem faltar. Bateria extra para o celular, por meio de carregadores portáteis; lanternas, com pilhas extras também; apito de emergência; repelente; protetor solar; kit de primeiros socorros são outros equipamentos básicos. Fazer o download do mapa da região, para uso offline em aplicativos para o celular, é bastante aconselhável. Caso a ideia seja acampar na região, adicionam-se a isso as barracas e sacos de dormir.
EXECUÇÃO - A etapa seguinte já é a da execução da aventura. O ideal é avisar de antemão para pelo menos três pessoas qual é a rota definida e a programação completa da atividade, para que as equipes de busca saibam onde procurar, caso algo saia errado.
“Sempre que passar por um local que tenha um livro de registro, coloque ali seu nome e o horário, confirmando que passou por aquele ponto. Isso ajuda muito caso seja necessário iniciar uma busca”, destacou a capitã Luisiana. “Manter-se nas trilhas demarcadas e sinalizadas, não entrando em locais desconhecidos ou de mata fechada, é outra questão de suma importância para um passeio sem sobressaltos”.
A dica é seguir sempre o caminho planejado. Outro aspecto importante, principalmente em terrenos mais elevados e escorregadios, é cuidar onde pisa e não se aproximar da beirada de barrancos ou precipícios. As quedas podem ocasionar lesões graves, inviabilizando a locomoção, ou até mesmo levar o grupo a se perder do trajeto original.
“Muita gente aproveita a beleza do cenário para fazer selfies, tirar fotos. O problema é que em alguns casos, essas pessoas acabam exagerando na empolgação, se colocando em perigo para conseguir registros mais radicais ou inusitados. A orientação é não se arriscar por likes. É possível fazer ótimas imagens sem colocar a vida em risco”, alertou a capitã.
É importante lembrar que não se deve fazer fogueiras, pois elas podem sair de controle e iniciar incêndios florestais.
ACIDENTES E IMPREVISTOS – Como nem sempre as coisas saem como planejado, é preciso também saber o que fazer em caso de acidentes ou imprevistos. Se for necessário, mantenha a calma e peça socorro pelo telefone de emergências do Corpo de Bombeiros (193).
Ao se perder, evite ficar andando sem direção. Além de não encontrar o caminho de volta, seguir em movimento pode dificultar que as equipes de busca localizem sua posição. Se possível, fique em lugar com acesso a água. Use o apito de emergência para informar sua localização.
MEIO-AMBIENTE – Durante trilhas e passeios em unidades de conservação, é preciso cuidar da própria segurança, mas sem esquecer também da preservação do meio-ambiente.
O Instituto Água e Terra (IAT) tem 10 dicas para aproveitar a jornada em comunhão com a natureza:
NÃO JOGUE LIXO NAS TRILHAS – O lixo deixado em lugares indevidos nos parques causa prejuízos enormes para o equilíbrio da natureza. Por isso, é essencial que os visitantes não joguem nenhum tipo de resíduo nas trilhas, carregando o material até um ponto de descarte adequado. Isso também vale para o lixo orgânico, já que a fauna silvestre pode se alimentar desses restos e ser contaminada com doenças.
NÃO USE DRONES – Muito importante: o uso de drones é proibido nas Unidades de Conservação, já que eles estressam muito os animais, principalmente as aves, que associam os dispositivos a predadores. A única exceção é para ações de fiscalização e monitoramento ambiental desenvolvidas com a autorização prévia do IAT.
CUIDADO COM INCÊNDIOS – Em áreas com muita vegetação, como as de parques estaduais, acender uma fogueira pode gerar um incêndio de grandes proporções. Neste período de pouca chuva no Estado, o perigo é ainda maior, então nada de fogueiras. E se os visitantes devem estar atentos para qualquer sinal de fogo, e acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 em caso de emergência.
NÃO ALIMENTE A FAUNA SILVESTRE – Ao avistar um animal silvestre, mantenha distância. Oferecer alimento ou água pode prejudicar os hábitos desses animais.
ACAMPE APENAS EM LOCAIS INDICADOS – Se for acampar em uma Unidade de Conservação, faça apenas em locais demarcados pela equipe dos parques, como nos espaços de camping dos Parques Pico Marumbi e Pico Paraná.
USE SOMENTE AS TRILHAS DEMARCADAS – Da mesma forma, use apenas as trilhas demarcadas pelo IAT ao passear nos parques estaduais. Além de prejudicar a vegetação, caminhar por trajetos não regulamentados ou abrir novas trilhas pode trazer um perigo desnecessário ao visitante.
NÃO LEVE SEU PET PARA OS PARQUES – Mesmo que seja vacinado, levar um cachorro ou um gato para uma Unidade de Conservação pode prejudicar a fauna silvestre, já que muitos desses animais podem ser caçados pelos pets.
LEVE UM SHIT TUBE – Em Unidades de Conservação localizadas em regiões montanhosas, com trilhas mais extensas, o ecossistema não consegue absorver completamente os dejetos que são frequentemente deixados por visitantes. Por isso, os aventureiros devem sempre levar um Shit Tube, um recipiente com cal usado para armazenar fezes até o retorno à base do parque, onde os resíduos podem ser descartados corretamente.
DEIXE A CAIXINHA DE SOM EM CASA – Qualquer tipo de barulho alto estressa os animais silvestres. Tente aproveitar a companhia da natureza em silêncio.
CADA LOCAL É DIFERENTE – Junto a essas orientações gerais, é válido ressaltar que cada Unidade de Conservação possui uma série de regulamentações próprias. Consultar as informações dos locais no site do IAT antes da visita é essencial para garantir que o passeio ocorra sem problemas.
Por - AEN
A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) orienta a população a ficar atenta aos cuidados para prevenir doenças diarreicas agudas (DDA), que atacam estômago e intestino e são causadas por microrganismos como vírus, bactérias e parasitas.
Segundo levantamento feito pela pasta, de janeiro a outubro, o Paraná registrou 389.422 casos de diarreia na população em geral, sendo 56.839 em crianças de até cinco anos de idade. A atenção deve ser redobrada em crianças desta faixa etária.
Além dos casos, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), plataforma oficial do Ministério da Saúde, também registrou 104 surtos da doença no Paraná. Os números de 2024 são maiores que os do ano passado inteiro, quando foram registradas 357.046 notificações e 67 surtos.
Considera-se surto quando duas ou mais pessoas apresentam a doença ou sinais e sintomas semelhantes, após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem, normalmente em um mesmo local, como restaurante ou festa, podendo ser também na residência, bairro, creche e local de trabalho. Outra situação é quando o município tem um padrão de casos por semana e ocorre o aumento.
As DDAs pertencem a um grupo de doenças infecciosas gastrointestinais que causam as gastroenterites (inflamação do trato gastrointestinal) e podem até levar a óbito, em casos extremos. A transmissão ocorre por consumo de água e alimentos contaminados, contato com outras pessoas doentes, através de mãos e objetos, e também pelo contato com animais.
“Essas são causas evitáveis, que englobam boas práticas, o cuidado e a prevenção, com a vacinação, especialmente das crianças”, afirma a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes. “É importante ressaltar que a vacinação não apenas reduz a incidência de casos graves, mas também pode salvar vidas”.
Segundo Maria Goretti, as características das doenças mostram a importância da integração dos profissionais da saúde pública nas diversas áreas, como o trabalho de laboratório, Vigilância Ambiental, Epidemiológica e Sanitária.
A vacinação contra o rotavírus, um dos principais agentes virais causadores das DDAs é recomendada para bebês. A vacina, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), tem o objetivo de proteger as crianças de desidratação. O esquema de vacinação é de duas doses exclusivamente por via oral, sendo a primeira aos 2 meses e a segunda aos 4 meses de idade com intervalo mínimo de 30 dias entre elas. A cobertura vacinal para este imunizante no Estado é de 90,22%.
SINTOMAS – Os casos de diarreia são caracterizados por um mínimo de três episódios em um período de 24 horas, evoluindo para aumento do número de evacuações e diminuição da consistência das fezes. Os sintomas também podem incluir náuseas, vômitos, dores abdominais e febre.
Geralmente, esses casos são autolimitados e duram cerca de 14 dias. No entanto, crianças desnutridas, com baixo peso e com condições crônicas de saúde têm maior risco de desenvolver casos mais graves.
PESQUISAS – O Laboratório Central do Estado (Lacen), unidade de referência para a saúde pública no Paraná, realiza a coprocultura e pesquisa molecular de bactérias e vírus em amostras de fezes de pacientes que atendam a definição de caso diarreico e estejam envolvidos na investigação de surto no Estado.
Em amostras clínicas (de pacientes) são pesquisados 11 microorganismos que causam esse tipo de doença, como Salmonella spp e Escherichia coli enteropatogênica (EPEC). Além disso, existe a investigação para cinco víru: rotavírus, norovírus, adenovírus, sapovírus e astrovírus.
“Na investigação de surtos é importante também avaliar a presença de toxinas. As informações dos envolvidos no surto, como qual alimento, quanto tempo para início dos sintomas e quais são eles, nos direcionam ao microrganismo a ser pesquisado e em qual amostra”, explica o diretor técnico da área ambiental do Lacen, André Dedecek.
DEMANDA – Além do número de casos e de surtos, há neste ano aumento expressivo no volume de exames realizados pelo Lacen/PR. No ano passado inteiro foram analisadas 1.551 amostras. Neste ano, apenas de janeiro a setembro, já houve 2.868 análises. E é possível que os números aumentem ainda mais com a chegada do verão, devido à maior movimentação de pessoas, especialmente em cidades litorâneas e turísticas, e também porque o calor prejudica a conservação de alimentos.
“A coleta e o transporte adequados são essenciais para manter a viabilidade e veracidade da análise. No Paraná, existe um cuidado permanente nessa área, reforçando sempre os trabalhos de pesquisa e análise”, complementa a diretora técnica do Lacen, Lavinia Arend.
Um dos exemplos do cuidado com essas doenças foi a capacitação de servidores que trabalham com dados referentes às DDAs. Em outubro, o aprimoramento ficou concentrado na 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu, que abrange nove cidades da região Oeste. Profissionais das Vigilâncias em Saúde dos municípios se debruçaram sobre a definição de caso, ficha de notificação, série histórica do Paraná, além de abordar temas relacionados ao diagnóstico laboratorial, transmissão hídrica e alimentar.
Por - AEN








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