As geadas no Paraná podem comprometer algumas lavouras de trigo, conforme a fase das plantas e a intensidade do fenômeno em cada região.
Os detalhes estão no Boletim de Conjuntura Agropecuária produzido pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 9 a 15 de agosto.
O relatório do Deral com informações de 6 a 12 de agosto apontava que as geadas ocorridas até então, especialmente no sábado (10), tinham sido leves, não gerando prejuízos. Porém, na terça-feira (13), foram registradas geadas com temperaturas ainda mais baixas. Apesar de ser comum no Estado nesse período, o fenômeno foi intenso, especialmente para a região Sudoeste e os Campos Gerais.
Há mais de um milhão de hectares de trigo a campo, e a colheita foi iniciada nesta semana, chegando a 1% da área. Entre as áreas a campo, 22% estavam em desenvolvimento vegetativo e devem ser beneficiadas pelas temperaturas negativas, com controle de pragas e melhor perfilhamento. Essas áreas são maioria onde foram registradas temperaturas negativas.
Porém, 57% da área estadual de trigo estava entre espigamento e enchimento de grãos, fases suscetíveis a perdas em maior ou menor escala em função das geadas. Apesar do percentual alto no Paraná, lavouras nestas fases são exceção onde foram registradas as temperaturas mais baixas, devendo apenas uma parcela delas ser comprometida pelo congelamento, segundo o agrônomo Carlos Hugo Godinho.
Considerando as regiões mais afetadas, uma área de aproximadamente 200 mil hectares deve ser impactada, com danos que variam conforme o estágio da planta e a intensidade da geada. Para se ter uma primeira dimensão das perdas, é necessário esperar que as plantas mostrem os primeiros sintomas, o que deve começar a ocorrer nos próximos dias e será descrito pelo Deral no relatório de Condições de Tempo e Cultivo da próxima terça-feira (19).
MILHO - A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima a produção de 115,6 milhões de toneladas de milho no Brasil, representando uma queda na produção de 12% quando comparada à safra anterior, que somou quase 132 milhões de toneladas. O maior produtor nacional é o Mato Grosso, que detém participação de 42% do total. Já o segundo maior produtor é o Paraná, com 13%.
OLERÍCOLAS - O Boletim mostra ainda quais são as principais bases de dados sobre a produção de olerícolas no Brasil, quais itens consideram e com que frequência são atualizadas. O Paraná, segundo dados de 2022, responde por cerca de 11% da produção de olerícolas no Brasil, ocupando a quarta posição, segundo a pesquisa Produção Agrícola Municipal – PAM, do IBGE, que avalia oito espécies.
PROTEÍNAS ANIMAIS - Tradicional líder nacional na produção e exportação de frango, o Paraná comercializou para outros países 188,2 mil toneladas em julho, um aumento de 5,1% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Também em julho de 2024 o Paraná realizou os primeiros embarques de carne suína para as Filipinas, um mercado que importava grandes volumes exclusivamente de Santa Catarina, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O abate de fêmeas bovinas cresceu consideravelmente no primeiro trimestre de 2024 quando comparado ao mesmo período de 2023. Com os preços mais acomodados da arroba bovina desde meados do ano passado, o abate de vacas e novilhas, que atingiu 3,35 milhões de cabeças no primeiro trimestre, chegou a 4,29 milhões de animais no mesmo período de 2024 (IBGE), ajudando a estabilizar os preços em patamares mais baixos no período.
Por - AEN
Técnico de enfermagem foi preso por dopar paciente e roubar celular em hospital de Toledo, nesta quinta-feira(15).
Segundo a Polícia Civil, em 17/05/2024 foi registrado um Boletim de Ocorrência que relatou fato ocorrido no interior da unidade hospitalar, onde a vítima atuava como acompanhante de uma paciente internada. De acordo com o relato, logo após o almoço, a mulher foi até a cantina comprar água de coco e deixou o celular no quarto. Ao voltar, viu a paciente se debatendo e "virando os olhos", a paciente disse que surgiu um enfermeiro que lhe aplicou um "liquido branco". O medicamento ainda estava escorrendo pelo braço da mulher.
Ao procurar pelo celular para registrar o ocorrido, acompanhante não encontrou o aparelho. Em seguida, ela procurou responsáveis pelo hospital para verificar as câmeras e identificar quem havia entrado no quarto, quando foi constatado que se tratava de um funcionário do hospital, mas que não estava em sua área de atuação.
As imagens das câmeras de segurança do corredor mostram que o investigado entra e sai do quarto três vezes. A equipe policial localizou e entregou o aparelho a vítima.
A pessoa encontrada com o celular foi indiciada por receptação. Ela relatou que comprou o aparalho pelo Facebook com a esposa do investigado. Durante o interrogatório, na presença do advogado, o suspeito ficou em silêncio. A esposa esclareceu que apesar do anúncio da venda ter sido efetuado pela rede social dela, foi o esposo que efetuou o anúncio.
O técnico em enfermagem foi indiciado por roubo com violência Imprópria, a mulher foi indiciada por eeceptação qualificada e a compradora do aparelho foi indiciada por receptação.
Por - Catve
Suspeitos de terem assaltado caminhoneiro foram presos com celulares, cigarros eletrônicos e um dispositivo bloqueador de sinal, na tarde desta quinta-feira (15).
Equipes de inteligência da Polícia Militar localizaram os detidos no bairro São Cristóvão, que revelaram onde estava os itens roubados. As apreensões foram realizadas em uma casa na rua Pedro Baú, no bairro Turisparque. Durante a ação, foram apreendidos um Honda Civic e um Chevrolet Vectra, usados no assalto.
A dupla teria rendido um motorista, nesta manhã. O caminhão estava carregado com caixas de celulares. o caminhoneiro relatou que recebeu uma ligação dizendo que a carga precisaria ser deixada no posto e no momento que estacionou no estabelecimento, os criminosos o abordaram. O veículo de carga foi abandonado na marginal da BR 277, na altura do bairro XIV de Novembro.
Os homens, de 31 e 63 anos, foram encaminhados à 10ª Regional de Flagrantes.
Por - - Catve
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) realizou nesta quinta-feira (15), em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, uma operação para desmantelar um esquema fraudulento em licitações de produtos alimentícios fornecidos ao zoológico municipal.
A ação, que contou com a participação de 40 policiais civis e quatro peritos da Polícia Científica (PCP), resultou na apreensão de celulares, computadores e documentos.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em empresas distribuidoras de carnes, hortifrutigranjeiros e outros gêneros alimentícios, além das residências de seus representantes. "A operação reflete o comprometimento da PCPR em combater a corrupção no setor público que afeta diretamente a população", afirmou o delegado Lucas Magron.
As investigações, que começaram em outubro de 2020, foram desencadeadas após o Ministério Público determinar uma minuciosa apuração nas condições das licitações e das mercadorias fornecidas. As suspeitas recaíram sobre a possível combinação de propostas entre as empresas participantes dos certames, um conchavo que teria prejudicado a transparência do processo licitatório.
As investigações revelaram uma conspiração elaborada entre os envolvidos. “Após diligências investigativas, foi possível confirmar o conluio entre os investigados, com planilhas de valores pré-definidos para as propostas e até compartilhamento de senhas em plataformas de licitação”, destaca ele.
As investigações prosseguem a fim de apurar o possível envolvimento de servidores públicos nas fraudes.
Por- AEN
Com uma série de recordes nos índices de empregabilidade, o Paraná alcançou no segundo trimestre de 2024 a menor taxa de desemprego dos últimos 10 anos, na comparação com o mesmo período dos anos anteriores.
O índice ficou em 4,4%, o menor desde o segundo trimestre de 2014, quando a taxa de desocupação foi de 4,3%. No período, o Estado também atingiu os maiores números absolutos de pessoas ocupadas e de trabalhadores com carteira assinada no setor privado.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (15).
Além de ser a menor taxa em 10 anos para o período, o índice de desocupação paranaense de 4,4% entre abril e junho de 2024 também ficou abaixo da média nacional. De acordo com a pesquisa, o Brasil registrou 6,9% de trabalhadores desocupados nos mesmos meses.
“Gerar empregos é a melhor forma de garantir desenvolvimento. Por isso temos trabalhado para criar um bom ambiente de negócios no Estado e atrair investimentos. Isso se reflete nos índices de contratação e de aumento da renda que temos registrado no Paraná”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
O índice paranaense também é o sexto mais baixo do Brasil, atrás de Santa Catarina (3,2%), Rondônia (3,3%), Mato Grosso (3,3%), Mato Grosso do Sul (3,8%) e Tocantins (4,3%). Com taxas maiores de desempregados estão, por exemplo, Espírito Santo (4,5%), Goiás (5,2%), Minas Gerais (5,3%), São Paulo (6,4%), Rio de Janeiro (9,6%) e Bahia (11,1%).
“A taxa de desemprego do Paraná permanece como uma das menores do país. Isso reflete o impacto positivo das ações adotadas pelo Governo do Estado para alavancar a empregabilidade, colocando o Estado em destaque nacional no ranking de saldo de novos empregos e mantendo sempre as primeiras posições”, afirmou o secretário de Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes.
POPULAÇÃO OCUPADA – A pesquisa também aponta que o Paraná atingiu o maior número de trabalhadores ocupados na história. Das 6,28 milhões pessoas que compõe a força de trabalho, ou seja, que estão empregadas ou buscando emprego, 6 milhões estavam ocupadas no segundo trimestre de 2024. Segundo a amostra do IBGE, são cerca de 5 mil trabalhadores ocupados a mais do que havia sido registrado no primeiro trimestre do ano.
Considerando apenas os empregados no setor privado, os dados mostram ainda que o Paraná chegou ao maior número de trabalhadores contratados por empresas e também a maior marca de empregados com carteira assinada pelo setor. De acordo com a PNAD, são 3,36 milhões de pessoas contratadas por empresas privadas, sendo 2,74 milhões delas registradas com carteira assinada.
Com isso, o Estado tem a segunda maior proporção de empregados do setor privado registrados, com 81,6%. Em comparação com os outros estados, o Paraná tem o segundo maior percentual, atrás apenas de Santa Catarina (87%). Na sequência, com uma proporção menor do que o Paraná, estão São Paulo (80,5%), Rio Grande do Sul (80,3%) e Mato Grosso do Sul (80,3%). No Brasil todo, a média é de 73,6% de trabalhadores do setor privado registrados.
Confira
os dados sobre desocupação e carteiras assinadas no setor privado.
Por - AEN
O Governo do Estado está reforçando o combate ao greening na região Norte do Paraná.
Para isso conta com o engajamento da Integrada Cooperativa Agroindustrial, que está investindo em novos pomares na área de sua atuação. O greening ou HLB (Huanglongbing) é a praga mais importante na citricultura devido à severidade, rápida disseminação e dificuldades de controle.
Uma reunião do secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, com o presidente da Cooperativa, Jorge Hashimoto, nesta quarta-feira (14), na sede da Integrada, em Londrina, fortaleceu o compromisso.
“Essa é uma doença possível de controlar com a parceria entre o poder público, entidades representativas do setor, produtores e industriais”, disse Souza. “O Norte do Estado tem espaço para crescer na citricultura, o nosso desejo é impulsionar isso, mas precisamos unir as forças no combate ao greening e a Integrada figura como a grande parceira”.
O secretário reforçou a necessidade de os municípios também aderirem ao esforço de controle da doença em razão da importância econômica e social da cultura no Estado, visto que gera muitos empregos em toda a cadeia produtiva. “Precisamos entender que se não combatermos essa doença de forma correta todos perdem”, afirmou.
O presidente da Cooperativa referendou a parceria, que pode auxiliar os cooperados a defender suas lavouras. A Integrada possui uma indústria de sucos de laranja e está prestes a iniciar o plantio de laranjas em mais 550 hectares na região de Cornélio Procópio.
“Ficamos muito satisfeitos com esta reunião e somos os maiores interessados, pois temos uma indústria e mais de 100 produtores com pomares sofrendo com o greening”, disse. “Temos de fazer algo muito forte. Nós vamos travar essa batalha para vencer”.
COMBATE - Ainda não há cura conhecida para o greening. O trabalho preventivo é realizado com pulverizações corretas tanto em termos de manejo quanto na opção pelo produto mais eficaz.
“Nosso foco está em conscientização, fiscalização e reforço do trabalho no campo, visto que a atuação precisa ser coletiva, pois o inseto pode transitar por várias propriedades”, disse o chefe do Departamento de Sanidade Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Renato Rezende Blood Young.
Segundo ele, o trabalho que tem sido feito no Noroeste do Estado, também visando ao enfrentamento do greening, está tendo sucesso em razão da união articulada pelo Estado com a iniciativa privada e algumas administrações municipais.
O corte das árvores infectadas em ambiente urbano, em áreas no entorno dos pomares comerciais e dentro deles, uma das estratégias para preservar a produção, tem o apoio primordial do setor produtivo e industrial. “É um trabalho amigável e tranquilo na grande maioria das vezes”, acentuou.
AÇÕES - No Brasil, a bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus (CLas) é o principal agente causal. A doença afeta plantas de praticamente todas as espécies cítricas, além da murta, muito utilizada como planta ornamental, e é transmitida pelo psilídeo asiático dos citros Diaphorina citri.
Há mais de um ano a Adapar tem feito trabalho de controle, principalmente no Noroeste e Norte, regiões que concentram grande parte da produção de citros e onde está a maioria dos cerca de 160 municípios paranaenses em que a doença já foi detectada.
Como auxílio no controle, o Paraná está sob decreto de situação de emergência fitossanitária para a doença. O decreto possibilita maior mobilidade e ação mais rápida e efetiva, entre elas a eliminação imediata de qualquer planta que tenha o sintoma, incluindo a murta, espécie ornamental da qual o psilídeo também se alimenta.
Há necessidade ainda de controlar de forma eficiente o inseto vetor que, ao se alimentar da planta doente e ir para uma sadia, transmite a bactéria.
Outra recomendação é o uso de mudas adquiridas de fornecedores autorizados e nunca de vendedores ambulantes. As autoridades de fiscalização têm agido fortemente para banir esse tipo de comércio ilegal.
O controle do psilídeo pode ser feito igualmente pelo sistema biológico, com a Tamarixia radiata, uma vespa desenvolvida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná - Iapar-Emater (IDR-Paraná). Desde 2016 foram lançadas milhares no Estado em áreas marginais às propriedades comerciais.
No campo, as Tamarixia buscam os ninhos da Diaphorina citri para se reproduzir. Depositam seus ovos embaixo das ninfas (forma jovem), que servirão de alimento para as larvas. Cada vespinha pode eliminar até 500 psilídeos. Com isso promovem a redução no número dos vetores e da incidência da doença.
O uso desse componente biológico, que é uma alternativa complementar de combate ao greening, também implica em menor aplicação de inseticida.
O HLB provoca queda prematura dos frutos, que resulta em redução da produção e pode levar à morte precoce. Além disso, os frutos ficam menores, deformados, podendo apresentar sementes abortadas, açúcares reduzidos e acidez elevada, o que deprecia o seu sabor, diminuindo a qualidade e o valor comercial, tanto para consumo in natura como para processamento industrial.
Os principais sintomas da doença instalada são folhas com coloração amarela pálida, com áreas de cor verde, formando manchas irregulares (mosqueadas).
VBP – De acordo com o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab, a citricultura é o ramo mais representativo na fruticultura paranaense. D
ados preliminares do Valor Bruto de Produção (VBP) de 2023 apontam que os principais citros – laranjas, tangerinas e limões – foram cultivados em 29,3 mil hectares no Estado. A laranja é o destaque, com 20,8 mil hectares, seguida da tangerina (7,1 mil hectares) e limão (1,3 mil hectares).
Os citros tiveram produção de 860,6 mil toneladas em 2023 – 731,5 mil de laranjas, 94,3 mil de tangerinas e 34,6 mil toneladas de limões. Em rendimento monetário, a laranja foi responsável por R$ 751,8 milhões, as tangerinas tiveram VBP de R$ 177,2 milhões, enquanto os limões foram valorados em R$ 55,8 milhões.
PRESENÇAS - Também participaram da reunião o chefe do Núcleo Regional da Seab em Londrina, Antonio Carlos Barreto; o diretor técnico da Seab, Benno Doetzer; a coordenadora do programa de Fiscalização do Comércio de Fertilizantes e Afins, Sementes e Mudas na Adapar, Caroline Garbuio; o chefe do escritório regional da Adapar em Londrina, Marcelo Matsubara, e o de Cornélio Procópio, Valdir Lourenço; a fiscal da Adapar em Cornélio Procópio, Adriana Salvador; o superintendente de Insumos e Técnica da Integrada, Edson Arthur Oliveira; além de técnicos e diretores da Cooperativa.
Por- AEN