O desempenho dos alunos da rede pública de ensino do Paraná está cada vez mais próximo dos alunos das escolas particulares, de acordo com os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgados na semana passada pelo Ministério da Educação.
Entre 2017 e 2023, a distância entre as notas das duas redes caíram praticamente pela metade tanto na comparação entre os alunos do ensino médio, como entre os estudantes dos anos finais do ensino fundamental.
A melhora nos índices da educação pública do Estado foi fundamental para que o Paraná atingisse o primeiro lugar nos rankings do Ideb. A avaliação considera o índice de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Entre os alunos do ensino médio, a diferença caiu de 2,2 pontos em 2017, quando a rede privada fez 5,9 pontos e a estadual 3,7 pontos, para 1,2 ponto em 2023, com os alunos de escolas privadas fazendo os mesmos 5,9 pontos e os estudantes da rede estadual chegando a 4,7 pontos.
Neste período, o desempenho geral da educação paranaense no ensino médio, considerando os alunos de escolas públicas e privadas, saiu da 9ª colocação em 2017, com 4,9 pontos, para a 1ª posição em 2023, com 5,5 pontos.
Nos anos finais do ensino fundamental, a diferença caiu de 2,1 pontos em 2017 para 1 ponto em 2023. Antes, os alunos da rede privada tinham chegado a 6,7 pontos e os estudantes da rede estadual fizeram 4,6 pontos. Na avaliação mais recente, de 2023, o índice das escolas particulares foi de 6,4 pontos e das escolas estaduais chegou a 5,4 pontos.
No ranking nacional, considerando a média de todas as redes de ensino, essa aproximação ajudou o Paraná a sair da 8ª posição geral dos anos finais do ensino fundamental, com 4,9 pontos, para a 1ª colocação, com 5,5 pontos.
O Paraná, inclusive, é o segundo estado com maior proporção de alunos das séries finais do ensino fundamental matriculados em instituições de ensino estaduais, com 84,9% das matrículas. Somente Roraima tem, proporcionalmente, mais alunos na rede estadual, com 88,9%. Na média nacional, 39,5% das matrículas desta faixa estão em escolas estaduais, enquanto 44% estão em escolas municipais.
Nas séries iniciais do ensino fundamental, em que a educação pública é de responsabilidade dos municípios, a diferença se manteve em 1,1 ponto. Neste caso, as notas dos alunos das escolas particulares e das escolas públicas registraram os mesmos crescimentos. Em 2017, a nota dos estudantes das escolas privadas foi de 7,4 pontos e dos alunos da rede pública foi de 6,3 pontos. Em 2023, o índice das escolas privadas chegou a 7,1 pontos e das escolas públicas foi a 6,5 pontos.
INVESTIMENTOS – O crescimento no ranking do Ideb é resultado, entre outros fatores, das políticas do Governo do Paraná, sob coordenação da Secretaria de Estado da Educação (Seed), focadas na aprendizagem e nos resultados que começaram a ser implementadas em 2019. Entre elas, estão novas metodologias de avaliação, a melhoria contínua da estrutura dos colégios e a modernização do currículo escolar com acréscimo de disciplinas ligadas a novas tecnologias e uso de novas ferramentas em sala de aula.
Como forma de monitorar o desempenho dos alunos, o Estado passou a aplicar a Prova Paraná. A avaliação gera diagnósticos trimestrais e que ajudam a Seed, os Núcleos Regionais e as direções dos colégios no monitoramento e na tomada de decisões.
O Estado também adotou plataformas digitais para complementar as ações em sala de aula, com aplicativos interativos para prática de redação e aprendizado de inglês, e ferramentas de Inteligência Artificial (IA) para o aprimoramento no ensino de matemática.
Os alunos da rede estadual do Paraná ainda têm acesso ao maior programa de intercâmbio do Brasil, o Ganhando o Mundo. Somente em 2024, mil alunos foram selecionados para passar um semestre letivo estudando na Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia com as despesas pagas.
ÍNDICE – Criado em 2007 pelo MEC, o Ideb é o principal indicador de qualidade da Educação do Brasil, sendo divulgado a cada dois anos pelo Inep. O índice é calculado a partir da multiplicação entre os indicadores de desempenho e rendimento, no intervalo de 0 a 10.
Em 2021, o Inep estabeleceu novas diretrizes para o Saeb que previam aplicação digital da avaliação, ampliação das séries abrangidas a partir do 2º ano do ensino fundamental e avaliação das quatro áreas do conhecimento da Base Nacional Comum Curricular: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Até a edição mais recente do Saeb, no entanto, apenas as áreas de conhecimento avaliadas foram alteradas.
Por - AEN
Em julho deste ano foram movimentadas 2.227.392 toneladas para importação nos portos paranaenses, 49% a mais do que o total alcançado no mesmo período em 2023 (1.494.748 toneladas). Os fertilizantes apresentaram o maior volume, passando de 623.831 toneladas no ano passado para 918.321 toneladas em 2024 (47%).
“O preço atrativo da commodity e o mercado agro aquecido permitiram estes números elevados de movimentação, consolidando o Paraná como a principal porta de entrada de fertilizantes no Brasil”, explicou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Contêineres corresponderam ao segundo maior volume, em importação, passando de 332.042 TEUs (medida para 20 pés de comprimento de contêiner), para 444.546 TEUs (+34%). Eletroeletrônicos, produtos químicos e automotivos lideraram a demanda.
Os derivados de petróleo estão em terceiro lugar no ranking de volume de importação no mês. De 273.173 toneladas em 2023, a commodity passou para 465.085 toneladas em 2024, apresentando um crescimento de 70%.
“Os números expressivos de importação em julho são resultado de uma tendência que notamos ao longo do ano”, comentou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira.
A importação registrada de janeiro a julho deste subiu de 12.249.836 toneladas, em 2023, para 14.746.500 toneladas em 2024, alta de 20%.
“A perpectiva é que os números de importação de fertilizantes sigam elevados, considerando a promessa de uma boa performance da próxima safra no país, o que exige uma demanda ainda maior do produtor pelo produto”, pontuou o diretor de Operações.
RECORDE SEMESTRAL - De janeiro a junho de 2024, os portos do Paraná alcançaram a marca de 33.780.236 toneladas movimentadas, um recorde histórico de movimentação num primeiro semestre, 9% a mais em comparação ao mesmo período em 2023 (30.898.006 toneladas). A importação foi a que mais cresceu, com uma movimentação de 12.519.108 toneladas, 16% superior que em 2023 (10.755.875 toneladas).
Por - AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior recepcionou nesta segunda-feira (19), no Palácio Iguaçu, uma comitiva do Centro de Desenvolvimento de Computação Avançada (C-DAC), instituição indiana que é referência em pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia.
Eles estão no Paraná para conhecer as estruturas para implantação de uma rede de supercomputadores nas universidades estaduais, fruto da parceria entre o Governo do Estado e o C-DAC firmada em abril deste ano, quando o governador esteve em missão na Índia.
O memorando de entendimento assinado na ocasião prevê a transferência de tecnologia indiana para que a montagem dos computadores de alto desempenho (HPC) seja feita no próprio Estado. Com alta capacidade de processamento de dados, essas máquinas permitem avançar nas pesquisas em áreas como bioinformática, agricultura de precisão, genômica e inteligência artificial.
Com isso, o Paraná será pioneiro no Brasil na concepção de uma rede de HPC distribuída e também na produção própria dos supercomputadores, reduzindo a dependência estrangeira nessa área. “Tecnologias como esta ajudam a consolidar o Paraná como um Estado inovador e com vocação para a área de tecnologia. A construção dos supercomputadores vai agregar muito na pesquisa das nossas universidades”, disse Ratinho Junior. “A Índia é uma potência em ciência e pesquisa, e para nós é motivo de orgulho construir essa parceria”, prosseguiu o governador.
A previsão é de implantar, em um primeiro momento, dois supercomputadores no Paraná, um na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), nos Campos Gerais, e outro na sede do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) em Londrina, no Norte do Estado, voltado principalmente nos processos de inteligência artificial.
Além disso, todas as sete universidades estaduais deverão ser dotadas com redes de alta conectividade para também terem capacidade de receber a tecnologia. “O Paraná tem um sistema robusto de ciência e tecnologia, que será plenamente atendida por essa estratégia de criarmos uma rede de conectividade de alta velocidade, com computadores de alta performance que permitem um trabalho de pesquisa, de prestação de serviços ao setor produtivo e empresarial e o treinamento de profissionais”, explicou o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.
“Estamos falando da transferência de tecnologia, aproveitando a expertise da Índia nessa área, para que possamos fabricar e montar os supercomputadores no Paraná e colocá-los em rede para poder atender os ativos tecnológicos no Estado”, ressaltou Bona. “Trabalhamos com a perspectiva de ter duas máquinas de maior capacidade e outros supercomputadores em cada uma de nossas universidades, de modo que essa conectividade fique à disposição a todo esse sistema”.
AGENDA – Para conhecer melhor a infraestrutura tecnológica do Estado, a agenda dos diretores do C-DAC no Brasil inclui visitas a Ponta Grossa, Londrina, cidade que além de receber a tecnologia, também conta com uma filial da empresa indiana TCS, líder global em serviços de tecnologia que anunciou expansão dos negócios na cidade; Pato Branco, sede da empresa Hi-Mix, que será responsável pela montagem dos supercomputadores no Estado; além de um encontro com embaixador da Índia em Brasília.
Ligado ao Ministério da Eletrônica e Tecnologia da Informação da Índia, o C-DAC conta com mais de 4 mil profissionais envolvidos e uma estrutura de governança financeira sólida e já treinou mais de 20 mil pessoas ao redor do mundo no uso da tecnologia dos supercomputadores. A visita ao Estado vai ajudar na organização e dimensionamento das máquinas e data centers que devem ser implantados no Paraná.
Pesquisador sênior da Fundação Araucária, Jorge Edson Ribeiro foi um dos responsáveis por iniciar a conversa com o centro indiano, que já rendeu a aquisição de um primeiro supercomputador que foi instalado em 2021 na UEPG, para servir como uma prova de conceito do projeto. “Agora, teremos mais duas máquinas principais no Estado, uma delas direcionada mais ao setor acadêmico e outra que servirá também ao setor privado, com arquitetura própria para inteligência artificial”, disse.
“Estamos no processo de dimensionamento desses supercomputadores. Ainda vamos precificar, dimensionar os custos de manutenção para vermos com qual máquina vamos iniciar o projeto, para daí apresentar o anteprojeto e partir para os mecanismos de financiamento”, ressaltou Ribeiro. “Em seguida, iniciaremos o plano de construção das máquinas e a próximo fase seria a montagem para colocá-las em operação”.
Os supercomputadores têm uma tecnologia de computação com alto poder de processamento de dados. “Ela serve, por exemplo, para áreas que são pobremente assistidas por computação, como genômica, biologia molecular, agricultura de precisão, inteligência artificial, todas as áreas que precisam de manipulação de um alto volume de dados”, disse. “São processamentos muito difíceis de serem feitos. Programas que demoram um ou dois anos para rodar, em uma máquina dessa passam para uma semana ou até um ou dois dias, conforme a capacidade da máquina e a natureza do projeto”.
PRESENÇAS – Acompanharam a agendao o vice-governador Darci Piana; os secretários estaduais do Planejamento, Guto Silva; e da Inovação, Modernização e Transformação Digital, Alex Canziani; os diretores-presidentes da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig; do Tecpar, Jorge Kloss; e da Invest Paraná, Eduardo Bekin; entre outras autoridades. Pelo C-DAC, estiveram na agenda o diretor-geral, Magesh Ethirajan; o diretor Executivo, Aditya Kumar Sinha; o diretor-sênior da Rede de Computação de Alto Desempenho (HPC), Sanjay Annasaheb Wandhekar; o diretor associado de Bioinfomática, Uddavesh Bashkar Sonavane; o diretor-associado de HPC, Prashant Prabhakar Dinde; e o cônsul-geral da Índia em São Paulo, Shivamurthy Preetham.
Por - AEN
O Paraná manteve a liderança no ranking nacional de realização de consultas pré-natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no primeiro semestre deste ano, segundo o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do governo federal. Os dados mostram que 87,4% das gestantes paranaenses passaram por sete consultas ou mais.
Na sequência, estão Santa Catarina (83,2%), São Paulo (82,9%), Rio Grande do Sul (82,7%), Ceará (82,1%) e Minas Gerais (81,9%). No Paraná, o Plano Estadual de Saúde prevê o monitoramento do número de consultas de pré-natal de maneira permanente, com o objetivo de garantir atenção e cuidado à saúde das gestantes.
Bruna Fernanda Pinheiro, de 27 anos, deu à luz o pequeno Noah no Hospital do Trabalhador, em Curitiba, neste mês de agosto. Ela fez 13 consultas e, com uma gestação de alto risco, destacou a importância deste acompanhamento pré-natal.
“Eu tive uma gestação de alto risco, fiz acompanhamento tanto na unidade de saúde quanto no hospital. Nas consultas era abordado sobre o coração do nenê, o peso, a gestação de alto risco devido à diabete gestacional, o aleitamento materno, como seria o parto e o pós-parto. Esse pré-natal foi muito importante para minha gestação e para a saúde do meu bebê porque, graças ao acompanhamento que eu tive, ocorreu tudo bem com ele e comigo, sem maiores riscos”, destacou Bruna.
Lidiane de Oliveira Fernandes, de 18 anos, também deu à luz este mês no Hospital do Trabalhador. A jovem é mãe da pequena Liz Gabriely e teve 10 consultas de pré-natal durante a gestação. “Nas consultas sempre me perguntavam se eu tinha tido algum tipo de sangramento, perda de líquido, se eu estava tomando os medicamentos para proteção e crescimento do bebê e, também, sobre aleitamento materno. Cada consulta é importante para saber se o bebê está crescendo bem”, afirmou.
MATERNO INFANTIL – A Linha de Cuidado Materno Infantil é composta por um conjunto de ações para assegurar às gestantes o acesso, o acolhimento e a resolutividade, por meio de um modelo de atenção voltado ao pré-natal, parto e nascimento seguros. As ações garantem à criança o crescimento e o desenvolvimento saudáveis nos seus dois primeiros anos de vida.
A Linha de Cuidado também prevê estrutura de sistema logístico, que inclui transporte sanitário e regulação de leitos para as usuárias. As estratégias estão dispostas na Linha Guia Materno Infantil, que está na 8ª edição, e orienta sobre a organização das ações e serviços em saúde, com a finalidade de melhorar a assistência materno infantil.
Atualizada em março de 2022, a Linha Guia foi construída de forma ascendente e participativa, em consonância com o Planejamento Regional integrado (PRI) e a Planificação da Atenção à Saúde.
O secretário de Estado da Saúde, César Neves, ressaltou o trabalho realizado pelas equipes de saúde da mulher no Paraná. “Esse destaque que o Estado tem recebido é mérito das equipes que reforçam a Política Integral à Saúde da Mulher Paranaense, garantindo atendimento humanizado e qualificado em todas as fases da vida”, disse.
Os indicadores apresentados pelo Paraná são resultado da implantação de princípios da Linha de Cuidado: captação precoce da gestante (até 12 semanas de gestação); estratificação de risco da gestação; acompanhamento no pré-natal, com no mínimo sete consultas e garantia de exames e atendimento na Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) para as gestantes de risco intermediário e alto risco; vinculação da gestante ao hospital de referência e atenção ao parto, conforme risco gestacional; atenção ao puerpério e atendimento ao recém-nascido; planejamento sexual e reprodutivo, e promoção à saúde.
REPASSES – Em 2022 a Sesa adquiriu e distribuiu 20 computadores, com impressoras e nobreak, para qualificação do processo de trabalho nos Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do Estado. Também foram comprados e distribuídos equipamentos de ultrassom para assistência aos casos de medicina fetal, como conjunto de fetoscópio e torre de vídeo para a Atenção Hospitalar de Gestantes de Alto Risco, num investimento de R$ 5,5 milhões.
No último ano, 23 municípios receberam recursos que variam de R$ 150 mil a R$ 300 mil para aquisição de aparelhos de ultrassons destinados à Atenção Primária à Saúde (APS). O Estado também destinou incentivos financeiros para compras de diversos equipamentos não apenas para a APS, mas também para os demais níveis de Atenção à Saúde, como forma de auxiliar na consolidação e expansão da Rede de Atenção à Saúde (RAS) do Paraná.
No Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do SUS Paraná (HOSPSUS), houve um incremento de 100% para custeio de partos por meio da Estratégia de Qualificação do Parto (EQP), aumentando o repasse para parto de risco habitual (de R$ 200,00 para R$ 400,00 por parto), partos de risco intermediário (de R$ 320,00 para R$ 640,00 por parto) e partos de alto risco (de R$ 100 mil/mês para R$ 130 mil/mês para cada hospital).
Anualmente, os repasses somavam cerca de R$ 7,6 milhões para estes serviços. Agora, ultrapassam R$ 13,2 milhões ao ano, acréscimo 73,6%.
Como a qualificação profissional e a melhora na qualidade do atendimento à população são objetivos permanentes para a Sesa, o Estado também investiu na educação em saúde, ofertando bolsas de pós-graduação de enfermagem obstétrica, por meio da Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP). Em 2024, 43 alunos concluíram o curso de especialização e outros 50 iniciaram a especialização no primeiro semestre de 2024. As bolsas receberam cerca de R$ 793,4 mil em investimentos pela Sesa.
OUTRAS AÇÕES – Há ainda mais ações de destaque. O monitoramento do Near Miss Materno – caracterizado por quadros graves ou gravíssimos de morbidades relacionadas à gestação, parto ou puerpério – está inserido nessa Linha de Cuidado e tem como objetivo coletar e disseminar dados gerados rotineiramente pelos notificadores dos três níveis de atenção.
Já a Atenção Hospitalar (AH), Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) e Atenção Primária à Saúde (APS) destinam-se a apoiar o processo de investigação e dar subsídios à análise das informações da Linha de Cuidado Materno Infantil nas Regionais de Saúde e municípios dos casos identificados.
Há, ainda, a Estratégia de Qualificação do Parto (EQP), que apoia técnica e financeiramente os hospitais e maternidades onde ocorrem os nascimentos no Paraná. Os recursos são destinados a incentivar a participação dos estabelecimentos de saúde nesta estratégia e possibilitam que esses serviços sejam fortalecidos em recursos humanos e técnicos, com objetivo de garantir o acesso e a qualidade do atendimento.
Por - AEN
O prazo para que os municípios e setores empresariais do Paraná encaminhem à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) informações sobre o gerenciamento de resíduos sólidos foi prorrogado.
Agora, os municípios terão até 31 de agosto para preencherem os questionários de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), e de Gestão de Associações e Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis, que visam coletar informações sobre a gestão municipal de resíduos.
Para a mesma data, os setores empresariais (fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos e embalagens) deverão encaminhar o Plano de Logística Reversa (PLR) referente ao ano de 2024. O PLR de 2025 também deverá ser encaminhado até o dia 31 de outubro.
O preenchimento dos questionários pelos municípios faz parte das obrigações regulamentadas pela Lei Estadual 20.607/2021, implementadas pelo Governo do Estado através da Sedest. "Esses dados são muito importantes para o Estado, pois permitem a previsão de projetos, ações e direcionamentos de recursos. Por isso, é importantíssimo e imprescindível que os municípios preencham esses questionários", destaca a coordenadora de Saneamento Ambiental e Economia Circular da Sedest, Isabella Tioqueta.
A coordenadora também ressalta que o envio do PLR pelas empresas contribui para a realização de novos planejamentos na área e no acompanhamento da expansão das metas geográficas e de recolhimento.
"Por meio desses planos nós vamos saber onde existem pontos de recebimento, os Ecopontos, de produtos e embalagens passíveis de logística reversa, onde as pessoas podem levar pilhas, baterias, lâmpadas, pneus e assim por diante. Todas essas informações também colaboram com a Sedest no planejamento estratégico, na formulação de políticas públicas, e na atualização do Plano Estadual de Resíduos Sólidos", acrescenta Isabella.
A apresentação do PLR e o preenchimento dos formulários RSU e de gestão de associações e cooperativas são obrigatórios. Caso empresas e municípios deixem de cumprir as obrigações dentro do prazo, podem ser aplicadas algumas penalidades, como a não liberação do licenciamento ambiental para empresas e a não recepção de recursos estaduais para os municípios.
PROCEDIMENTO – Os municípios podem preencher AQUI o questionário da Gestão Municipal de RSU, e neste link o questionário de Gestão de Associações de Catadores.
Já os setores empresariais podem encaminhar o PLR de 2024 e 2025 pelo sistema estadual de protocolo, através do site do Eprotocolo. O modelo de Plano de Logística Reversa pode ser obtido pelo site da Sedest.
AÇÕES – O gerenciamento inadequado dos resíduos gerados provoca diversos problemas no meio ambiente, tais como a poluição do solo, do ar, das águas superficiais e subterrâneas, além de causar danos à saúde humana com a transmissão de doenças infecciosas transportadas por vetores.
Por isso, para promover a gestão correta dos resíduos sólidos urbanos e a operacionalização da logística reversa, a Sedest executa, por meio da Lei 20.607/21, o Plano Estadual de Resíduos Sólidos com o apoio do Instituto Água e Terra (IAT) e de prefeituras e entidades representativas.
Entre as ações desenvolvidas pelo Plano, destacam-se o Programa de Tecnologia e Inovação, que incentiva a adoção de soluções tecnológicas consorciadas entre municípios para tratamento e disposição adequada dos resíduos, e o Programa de Regionalização, que fomenta o sistema de consórcios por meio dos quais os o custos para a disposição de resíduos é dividido entre diferentes municípios.
Em caso de dúvidas, é possível entrar em contato com a Sedest via WhatsApp pelo número (41) 99248-2170, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones fixos (41) 3304-7700/7767/7794.
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A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) promove nos dias 21 e 22 de agosto, em Curitiba, o I Encontro de Médicos Veterinários SIM/Susaf/PR, que reunirá profissionais responsáveis pelos Serviços de Inspeção Municipais (SIM) e consórcios integrantes do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf/PR). O evento acontece na Sala de Convenções da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).
O objetivo é promover a interação e a troca de experiências entre os fiscais de defesa agropecuária da Adapar que atuam na inspeção de produtos de origem animal e os Serviços de Inspeção Municipais que aderiram ao Susaf/PR.
O Susaf/PR é uma iniciativa do governo estadual que permite que agroindústrias que possuem apenas o registro no SIM comercializem seus produtos em todo o Paraná. Para isso, é necessário que o município tenha um sistema bem estruturado e que atenda as exigências higiênico-sanitárias legais e critérios da Adapar.
Segundo a chefe do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vegetal da Adapar (DPAV), Mariza Koloda, o evento também busca mostrar canais de informações, divulgar ações entre os serviços, estimular a indicação de estabelecimentos ao Susaf/PR e apresentar os médicos veterinários aos parceiros e entidades representativas do setor.
“É uma ótima oportunidade para agregar um pouco dos conhecimentos que o Estado tem em seus 30 anos de Inspeção de Produtos de Origem Animal — SIP/POA e de instituições afins, e para os gestores dos serviços municipais promoverem o networking com parceiros relevantes do setor”, afirma.
A programação inclui palestras com temas sobre os serviços de inspeção, a aplicação da legislação e a qualidade sanitária para os municípios do consórcio. A iniciativa é vista pela DPAV como uma importante oportunidade para consolidar o trabalho dos médicos veterinários nos municípios e reforçar a segurança alimentar dos produtos de origem animal no Paraná.
SISTEMA – O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf/PR), criado por lei em 2013 e regulamentado em 2020, destina-se especialmente à agroindústria familiar e de pequeno porte. Para obter o selo Susaf/PR, é exigido que as agroindústrias estejam registradas no Sistema de Inspeção Municipal (SIM).
Este selo pode ser concedido a municípios ou consórcios intermunicipais que apresentem como atribuição o serviço de inspeção e que ele seja estruturado, garantindo a qualidade dos produtos. Dados do DPAV demonstram que até o momento 153 municípios já aderiram ao sistema. A meta do Estado é chegar a 200 municípios integrados ao consórcio até 2026.
Por - AEN