Governador apresenta projetos em infraestrutura e ações para prevenção a eventos climáticos

O governador Carlos Massa Ratinho Junior apresentou, nesta terça-feira (18), os projetos de infraestrutura em andamento no Paraná e as principais ações do Governo do Estado para a prevenção contra grandes eventos climáticos durante a conferência regional Infra Sul GRI 2024, realizada em Curitiba.

O evento reuniu empresários e investidores das áreas de infraestrutura, construção e mercado imobiliário para discutir investimentos que visam a adaptação climática.

De acordo com o governador, além ter o maior plano de concessões rodoviárias do Brasil, o Paraná também tem investido em pesquisa e em sistemas de alerta para desenvolver respostas à emergência climática, reforçando o planejamento de longo prazo desenvolvido pelo Estado em diversas frentes. “Nós somos guiados por um pensamento de futuro. Estamos capacitando o Paraná pensando nas próximas décadas. Isso passa pela nossa infraestrutura, mas também pela forma como encaramos o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável”, afirmou Ratinho Junior.

Entre as iniciativas apresentadas, estão a criação do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Emergência Climática, da Fundação Araucária, com mais de 50 pesquisadores das universidades estaduais dedicados à avaliação de cenários e possibilidades envolvendo sustentabilidade ambiental e eventos climáticos.

“Aliado a este trabalho de pesquisa, estamos investindo cerca de R$ 90 milhões em novos radares e centros meteorológicos espalhados pelo Paraná para termos cada vez mais informações e sistemas de alerta para a população”, explicou o governador.

URBANISMO – O painel também destacou o pioneirismo paranaense no desenvolvimento de soluções urbanísticas para que as cidades consigam resistir a grandes tempestades, por exemplo.

“Curitiba é um exemplo, com seus parques, que são projetados para receber grandes volumes de água, além da normalidade, quando os rios aumentam muito seus níveis. Nós estamos levando essa ideia para o restante do Paraná, com a revitalização de áreas e criação de maciços florestais”, disse Ratinho Junior.

O programa de implantação de parques urbanos já instalou 31 complexos ambientais urbanos e tem outros 34 parques em construção ou licitação em áreas sujeitas a ações erosivas ou em regiões de fundo de vale. Os investimentos são de quase R$ 80 milhões.

O governador também apresentou os programas de reflorestamento, com distribuição de mais de 9,5 milhões de mudas de árvores nativas, e de repeixamento de rios, com mais de 10 milhões de peixes nativos distribuídos em 16 bacias hidrográficas do Estado, promovendo o equilíbrio da fauna e da flora do Paraná.

INFRAESTRUTURA – De acordo com o governador, os projetos de longo prazo também passam por um planejamento em infraestrutura que trabalhe em harmonia com o desenvolvimento sustentável e que consiga integrar as diferentes regiões do Estado.

Os investimentos, segundo Ratinho Junior, refletem a boa interlocução com a iniciativa privada, por meio de um plano de grandes concessões, e do entendimento do papel do Estado em outros investimentos.

“Pensando no desenvolvimento do Estado como um todo, nós temos o maior programa de concessões rodoviárias do Brasil, com 3,3 mil quilômetros de rodovias e mais de R$ 50 bilhões em investimentos. Isso está integrado também com investimentos nos aeroportos de São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu e Londrina, com mais de R$ 1,6 bilhão em obras de reestruturação, além de investimentos privados no Porto de Paranaguá e nas ferrovias, a exemplo da nova Ferroeste”, destacou ele.

“Paralelo a isso, nós conduzimos grandes obras em estradas estaduais e contornos urbanos, tirando do papel investimentos que eram aguardados há décadas e que vão impactar no desenvolvimento regional nos próximos anos”, disse Ratinho Junior.

Apenas em relação aos contornos, o Governo do Paraná investe R$ 870 milhões em 100 km de novos contornos rodoviários.

PRESENÇAS - Também estiveram presentes na conferência o secretário de Planejamento, Guto Silva; e de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; e da Ferroeste, André Gonçalves; o vice-presidente regional da Aegea Saneamento, Leandro Marin; o diretor de Investimentos da Maersk Group, Leonardo Levy; e o diretor-presidente da EPR Litoral Pioneiro, Marcos Moreira.

 

 

 

 

 

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 Taxa de homicídios cai 31% em uma década no Paraná, maior redução do Sul do Brasil

O Paraná registrou queda de 31% na taxa proporcional de homicídios entre 2012 (32,3 por 100 mil habitantes) e 2022 (22,3 por 100 mil habitantes), sendo o estado do Sul do Brasil com a maior redução do índice na última década, à frente de Santa Catarina (27,8%) e Rio Grande do Sul (21,2%) e com uma queda mais acentuada do que a média nacional, que foi de 24,9%. É o que apontam os dados do Atlas da Violência 2024, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgados nesta terça-feira (18).

O resultado em termos proporcionais acompanha também uma queda de 25,5% no número absoluto do registro deste tipo de crime no Paraná em dez anos, mesmo com o aumento da população estadual no período. Em 2012, ocorreram 3.489 homicídios, contra 2.600 em 2022.

O desempenho do Paraná foi ainda mais expressivo no recorte entre os jovens de 15 a 29 anos, com redução de 67,1 para 41,7 na taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes nesta faixa de idade entre 2012 e 2022, o que significa uma queda de 37,9% em uma década. Também houve redução de 39,2% no número geral de homicídios de jovens – de 1.870 em 2012 para 1.137 em 2022.

O grupo formado por crianças de 5 a 14 anos foi outro segmento com diminuição significativa nos homicídios no Estado. A taxa a cada 100 mil habitantes caiu de 3,5 para 0,9 entre 2012 e 2022, uma queda de 74,3% em dez anos. Em números gerais, as ocorrências passaram de 58 para apenas 14 no intervalo de uma década, variando negativamente 75,9%.

Na avaliação do secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira, os dados são reflexo de diversas medidas para fortalecer a atuação dos policiais civis e militares do Paraná, como a aquisição de novas viaturas, embarcações, helicópteros, equipamentos de proteção e armamentos, bem como na reestruturação das carreiras estaduais.

“Nos últimos anos o Estado tem buscado dar melhores condições de trabalho para os agentes de segurança, o que passa pela compra de equipamentos mais modernos e de qualidade, mas também pelo treinamento e a valorização da carreira destes profissionais”, comentou. “Isso se reflete nos bons índices de segurança que têm sido registrados pela própria Secretaria de Segurança Pública e por outras instituições”.

MULHERES E NEGROS – A violência contra a mulher também caiu no Paraná nesse mesmo intervalo de tempo. Em 2012, houve 321 homicídios de mulheres, enquanto em 2022 foram 240 (-25,2%). No índice a cada 100 mil habitantes, a queda foi de 39,3%, passando de 5,8 para 4,1 nos dois anos analisados.

O Atlas da Violência também incluiu em seu relatório dados do Plano Juventude Negra Viva, lançado em 2024 pelo Ministério da Igualdade Racial e que tratam do risco relativo de homicídio de pessoas negras em relação a pessoas não negras. Neste levantamento, que busca identificar desigualdades raciais na violência, o Paraná aparece com um índice de 1,2, o segundo com menor atrás apenas de Roraima, que possui índice de 0,8, e bem abaixo da média nacional, que foi de 2,8.

SOBRE O ESTUDO – O Atlas da Violência é uma publicação anual que teve início em 2015 em um trabalho colaborativo entre o Ipea e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Desde a sua primeira edição, o estudo se tornou uma das principais referências para a análise e compreensão da violência no Brasil. O relatório é utilizado para entender as dinâmicas da violência e avaliar a eficácia das políticas de segurança pública.

Entre os principais indicadores que baseiam o levantamento estão as taxas de homicídios, feminicídios e violência contra grupos vulneráveis Também são analisados dados sobre violência sexual, mortalidade por armas de fogo e suicídios. Os indicadores são coletados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), vinculado ao Ministério da Saúde, e dos bancos de dados das polícias Civil e Militar dos estados com o objetivo de identificar tendências, padrões regionais e grupos mais afetados pela violência.

 

 

 

 

 

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 Saúde capacita equipes para monitoramento de vacinação contra poliomielite e sarampo

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promove a partir desta terça-feira (18) uma oficina sobre o Monitoramento das Estratégias de Vacinação (MEV), uma ação do Ministério da Saúde (MS).

O objetivo é qualificar as equipes de imunização da Vigilância Epidemiológica e Atenção Primária à Saúde para serem multiplicadores e desenvolverem ações de monitoramento das coberturas vacinais contra a poliomielite e o sarampo.

O evento, que acontece em Curitiba, segue até quarta-feira (20) e conta com a participação de 100 profissionais de imunização das 22 Regionais de Saúde e municípios-sede, além de representantes do Distrito Sanitário da Saúde Indígena (DSEI) e do Conselho Estadual de Secretário Municipais de Saúde (Cosems).

O MEV é uma ação direcionada à avaliação da situação e revisão vacinal contra poliomielite e sarampo das crianças menores de cinco anos de idade, por meio de visita casa a casa para verificação do cartão ou na caderneta de vacinação do público-alvo, possibilitando identificar áreas onde há concentração de não vacinados.

“Este encontro é importante pois permite mapear áreas com baixa cobertura vacinal e desenvolver estratégias que possibilitem aos municípios atingir as metas vacinais preconizadas, trazendo resultados positivos e protegendo a população contra essas doenças preveníveis pelas vacinas”, explicou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr.

No encontro serão abordados pontos como mapeamento do município e setorização, apresentação sobre as fontes de dados, identificação dos recursos necessários e logística para o início da ação. Também será debatida a definição da amostra populacional a ser avaliada, abordagem dos pais ou responsáveis, checagem do cartão ou caderneta de vacinação, simulação do trabalho de campo, entre outros.

Para a chefe da Divisão de Vigilância do Programa de Imunização, Virginia Dobkowski Franco dos Santos, o encontro é fundamental para avaliar as ações executadas nos 399 municípios paranaenses. “A partir dessa avaliação é possível identificar as possíveis falhas que ocasionam a baixa cobertura vacinal em diferentes territórios do Estado e desenvolver estratégias para ampliar a vacinação e atingir as metas de acordo com a necessidade de cada município, protegendo a população contra essas doenças”, enfatizou.

DADOS – De acordo com o Ministério da Saúde, a cobertura preconizada de vacinação para poliomielite e sarampo é de 95%, e a Rede Nacional de Dados em Saúde mostra que neste ano a cobertura contra a poliomielite no Paraná é de 88,83% para a vacina inativada (VIP) e 79,87% para a vacina oral (VOP).

Já a cobertura vacinal da primeira dose da tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba está em 85,56%; e da segunda dose em 63,97%. No ano passado a cobertura no Paraná ficou em 90,36% (VIP), 83,51% (VOP) e 95,80% para a 1ª dose de tríplice viral e 71,08% para a 2ª dose.

Segundo o Ministério, em 1994 a poliomielite foi considerada eliminada no Brasil. O último registro da doença no Paraná foi em 1986, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Contudo, casos da doença vêm surgindo nos últimos anos, e a falta de vacinação é o principal fator. Com relação ao sarampo, o último caso da doença no Estado ocorreu em 2020.

“Além de fortalecer e qualificar as equipes de imunização, é preciso conscientizar a população sobre a importância de retomar o hábito da vacinação. Temos o exemplo do sarampo que, após anos sem casos diagnosticados, voltou a circular em todo o país e não podemos deixar que isso ocorra com outras doenças graves, como a poliomielite”, disse Virginia.

 

 

 

 

 

 

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 Municípios têm até quarta-feira para aderir ao programa de construção de creches

Termina nesta quarta-feira (19) o prazo para que os 258 municípios elencados para receber as unidades das creches do Programa Infância Feliz, do Governo do Estado, façam suas adesões.

O repasse, de no máximo R$ 1,3 milhão, será realizado na modalidade Fundo a Fundo, o que exige que os municípios aceitem ou declinem da proposta. Até a manhã desta terça-feira, 100 municípios já haviam providenciado toda a documentação necessária.

As orientações, documentos, como proceder e demais informações, estão disponíveis no site da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família, na aba informes e editais. Os arquivos, check list e pré-projeto das obras são editáveis para facilitar o preenchimento e o envio pelo Sistema de Acompanhamento do Cofinanciamento Estadual Fundo a Fundo - SIFF. A documentação, depois de preenchida, deve também ser encaminhada ao email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Lançado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior na segunda-feira (10), o programa Infância Feliz prevê a construção de 300 creches em 258 municípios paranaenses para atender crianças de 0 a 3 anos. Com investimento de R$ 391,4 milhões, é o maior pacote da história voltado à infraestrutura de educação infantil do Paraná e o maior do País, com a previsão de atender entre 10.200 e 13.800 crianças.

Os recursos são fruto de uma parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Social e Família e a Casa Civil, com aporte do Tesouro Estadual, do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA) e da Assembleia Legislativa do Paraná. O dinheiro será depositado diretamente nos fundos municipais e as prefeituras serão responsáveis pela licitação.

“Estamos em uma força-tarefa para que os gestores públicos municipais consigam apresentar a documentação necessária o mais breve possível e tenham os recursos disponíveis para o início das obras”, destacou o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni. Entre os documentos, os municípios precisam apresentar a disponibilidade de um terreno de no mínimo 1.200 metros quadrados, para que a creche, de 456,86 metros quadrados, seja erguida. Além disso, é preciso que os Atestados de Regularidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Plano e Fundo do Município (ARCPF), estejam atualizados.

Segundo a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente, Juliana Sabbag, os conselhos municipais têm papel fundamental não só na implantação das creches, mas tambem atenção integral à Primeira Infância. “Os Conselhos Municipais são nossos braços nos municípios e por isso precisamos que estejam alinhados com as prefeituras. para que consigamos chegar naquelas crianças e suas famílias que mais precisam”, destacou.  

CRITÉRIOS – Os critérios de seleção dos municípios envolveram um indicador chamado Potencial de Creche por Município (PCM). Ele considera o fator educacional (proporção de matrículas em creches), fato demográfico (taxa de natalidade) e fator socioeconômico, que envolve proporção de crianças acompanhadas pelo CadÚnico e os dados do Índice Ipardes de Desempenho Municipal – Renda, Emprego e Produção Agropecuária (IPDM-R).

Os municípios com menor índice de Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) serão priorizados para ordem de execução das creches.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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