Multas, proibições e restrições: penalidades administrativas para crimes ambientais são severas

Processo administrativo, multas por meio de Autos de Infração Ambiental (AIA), restrição de diferentes direitos como a proibição da venda do imóvel, da contratação de financiamentos bancários ou com a administração pública, além da perda de incentivos e benefícios fiscais e até o confisco de premiações do Nota Paraná.

Essas são parte das sanções administrativas previstas em lei para quem agride o ecossistema, reforçando que o crime ambiental não compensa no Estado.

No Paraná a vigilância é intensa, com apoio da tecnologia, com o deferimento de R$ 387,5 milhões em multas apenas entre 2019 e 2023. Esse rigor permitiu ao Estado, entre outras iniciativas, reduzir em mais de 70% o desmatamento ilegal da Mata Atlântica no ano passado. O Instituto Água e Terra (IAT) é o órgão responsável pelo licenciamento, autorização, monitoramento e fiscalização do meio ambiente.

A legislação que orienta a atuação é a Lei Federal 9.605/1998 e o Decreto Federal 6.514/2008. Elas apontam as infrações e as consequências. Depois de flagrada uma irregularidade, que pode envolver captura de animais silvestres ou impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas, por exemplo, tudo começa com o processo administrativo do órgão ambiental. Ele prevê amplo direito ao contraditório, mas pode culminar com uma sanção administrativa. A partir dele são estruturadas as ações para garantir a reparação dos bens ou impedir a impunidade.

“Independentemente do crime ambiental, a partir da decisão administrativa as consequências se sucedem. Ao não pagar uma multa imposta a um crime, por exemplo, a Certidão Negativa de Débitos Ambientais fica bloqueada, o que impede a venda do imóvel ou qualquer outra transação que o responsável venha a fazer. Isso ocorre até que o Estado seja ressarcido do dano ao meio ambiente”, afirma o gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Álvaro Cesar de Goes.

Responsável pelo setor de documentos e informações da Divisão de Fiscalização Ambiental do IAT, Luzia Brunkow acrescenta que a punição administrativa só é formalizada após as alegações finais por parte do infrator, dentro de um prazo de 10 dias. “E o processo administrativo não se trata só da multa aplicada: pode ter bens apreendidos, área embargada, uma série de outras situações”, destaca.

“Quando sai a decisão administrativa pela sanção, o CPF ou CNPJ é bloqueado no sistema de Certidão Negativa de Débitos Ambientais do IAT. A partir disso, o infrator não consegue mais ter acesso a nenhum serviço disponibilizado pelo órgão ambiental”, complementa.

Ou seja, o responsável pela área onde ocorreu o crime, como um desmatamento ou construção irregular, perde o direito aos procedimentos que licenciam a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, como a Licença Prévia, Licença de Instalação, Licença de Operação, entre outras. Também ocorre a perda de repasse de recursos financeiros como ICMS Ecológico, Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).

Com o processo administrativo julgado, caso o infrator não efetue o pagamento em até 90 dias, o IAT também encaminha os dados do devedor para a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), para que sejam inseridos no Cadastro Informativo Estadual, o Cadin, algo como o Serasa na vida do cidadão comum e, eventualmente, na dívida ativa do Estado, estágio em que os débitos podem ser protestados ou cobrados judicialmente. “O Cadin do Estado funciona como se fosse o Serasa, tanto para a pessoa física como jurídica”, afirma Luzia.

“Com o nome no Cadin, o infrator não consegue financiamento no banco, empréstimo, não pode fazer transação para adquirir um bem ou algo em que é exigida a certidão negativa do Estado”, complementa. A pessoa é prejudicada até nos sorteios do programa Nota Paraná. Caso seja beneficiada, ela não consegue recuperar o dinheiro, por exemplo.

SUPRESSÃO VEGETAL – Nos casos de crimes ambientais com desmatamento ilegal, que envolvem destruição de floresta, há ainda mais rigidez. Segundo Goes, quando existe supressão de vegetação em estágio médio e avançado é obrigatória a reparação do dano no próprio local, com o plantio de mudas de espécies nativas para recuperar a área degradada, sob orientação e acompanhamento do IAT.

“Mas, além disso, a partir do momento que é detectado o alerta de desmatamento na propriedade, é feito o cruzamento com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a própria plataforma já informa aos bancos que existe um alerta de desmatamento nessa área. Com isso, o cidadão fica impedido de buscar financiamentos até mesmo de uma compra de um maquinário agrícola”, diz o gerente.

REGULARIZAÇÃO – Para voltar a ter acesso à certidão negativa da dívida ativa, o devedor precisa resolver suas pendências diretamente com a Secretaria de Estado da Fazenda, mesmo que seu cadastro no Cadin seja referente ao Instituto Água e Terra.

Segundo Luzia, assim que a dívida for quitada, as certidões serão desbloqueadas. “Mas se foi parcelado, ele pode solicitar uma certidão positiva com efeito de negativa e, com base nisso, o processo de licenciamento dele segue. Mas ele não está ok ainda, porque está devendo as parcelas”, reforça.

ATUAÇÃO POLICIAL – Além da atuação administrativa, cidadãos ou empresas que cometem crimes ambientais podem responder nas esferas civil e penal. Essa avaliação é feita pelo Ministério Público, que pode apresentar denúncia ao Poder Judiciário, depois de investigações policiais.

No caso de exportar para o Exterior peles e couros de anfíbios e répteis, por exemplo, a punição pode chegar a três anos de prisão. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação pode resultar em cinco anos de detenção. Causar poluição que resulte ou possa resultar em danos à saúde humana pode dar prisão de quatro anos.

Confira as punições administrativas para quem comete crime ambiental:

- Suspensão ou cancelamento de registro, licença ou autorização ambiental

- Auto de Infração Ambiental com pagamento de multa

- Bloqueio da Certidão Negativa de Débitos Ambientais

- Proibição da venda do imóvel

- Apreensão de bens

- Área embargada

- Recuperação da área degradada

- Perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais nas diferentes esferas governamentais

- Perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito

- Proibição de contratar com a administração pública

- Inserção dos dados no Cadastro Informativo Estadual (Cadin)

- Protesto em Dívida Ativa do Governo do Estado

- Proibição de receber premiações que envolvem o Governo do Estado como o Nota Paraná

 

 

 

 

 

Por - AEN

 107 mil novos empregos em 78% das cidades: Paraná é destaque nacional nos últimos 12 meses

O Paraná gerou 107.805 novas vagas de emprego no acumulado dos últimos doze meses (março de 2023 a fevereiro de 2024), o melhor resultado da região Sul, atrás apenas de São Paulo (435.164), Rio de Janeiro (164.185) e Minas Gerais (160.738).

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.

O resultado ajudou a impulsionar o crescimento do PIB estadual em 2023, com evolução de 5,8%, e também é fruto da expansão da economia das cidades. De acordo com o Caged, 311 municípios, o que equivale a 78% do total de 399, tiveram alta no mercado de trabalho no período. Em um deles, Flor da Serra do Sul, o número de admissões foi o mesmo que o de desligamentos. As outras 87 cidades registraram saldo negativo no período.

Curitiba liderou as contratações com 22.682 vagas abertas. Entre os dez melhores resultados também estão Londrina (7.243), Maringá (6.465), São José dos Pinhais (5.956), Ponta Grossa (4.459), Foz do Iguaçu (2.887), Cascavel (2.735), Assis Chateaubriand (2.657), Araucária (2.561) e Colombo (2.239).

O Caged também aponta que o Estado gerou 52.091 vagas de emprego com carteira assinada no primeiro bimestre de 2024, terceiro melhor saldo do País no período. Foram 19.048 novas vagas em janeiro e 33.043 postos abertos em fevereiro, o melhor resultado para o mês em três anos no Estado. O Paraná ficou atrás apenas de São Paulo (137.498) e Santa Catarina (52.193), com um saldo mais alto inclusive que o de estados mais populosos, como Minas Gerais (47.538) e Rio de Janeiro (18.624).

Entre os 399 municípios paranaenses, 303 tiveram saldo positivo na abertura de vagas no bimestre, o que equivale a 76% do total. Em cinco deles, o número de admissões e de desligamentos foi o mesmo, e nos outros 93, o saldo foi negativo.

Respondendo por um terço das vagas abertas, Curitiba liderou a geração de empregos no Estado no período, com 17.768 novos postos. Na sequência aparecem Londrina (3.081), Maringá (2.706), Cascavel (2.001), Araucária (1.557), Ponta Grossa (1.428), Toledo (1.418), São José dos Pinhais (1.312), Foz do Iguaçu (689), Apucarana e Francisco Beltrão, com 624 vagas cada.

Completam o top 30 as cidades de Arapongas (584), Palmas (584), Pinhais (554), Pato Branco (547), Colombo (541), Ibiporã (539), Rolândia (487), Paranavaí (465), Irati (447), Campo Largo (420), Fazenda Rio Grande (418), Guarapuava (412), Assis Chateaubriand (377), Medianeira (370), Campina Grande do Sul (368), Campo Mourão (342), Paiçandu (342), Sarandi (326) e Almirante Tamandaré (312).

E com essa movimentação positiva no mercado de trabalho, o Paraná chega a um estoque 3.143.492 trabalhadores com carteira assinada. “Estamos em um bom momento da economia no Paraná, que foi o Estado que teve o maior crescimento da atividade econômica em 2023”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Esse movimento positivo se reflete diretamente na geração de empregos, que ajuda a movimentar nossas cidades e garante qualidade de vida ao paranaense”.

 

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Paraná vira cenário de série espanhola que divulga cenários paradisíacos

A equipe de uma produtora espanhola terminou nesta semana a captação de imagens turísticas do Paraná para uma série que tem transmissão em canais de streaming.

Com apoio da Secretaria de Estado do Turismo e do Viaje Paraná, roteiros turísticos dos Campos Gerais, Litoral e Capital foram filmados pela Tanita Films e Descubrir Tours (agência especializada em viagens de aventura sustentáveis).

A série “DESCUBRIR” estreou em 2017 e já publicou 14 episódios. A proposta é mostrar aos turistas viagens sustentáveis para diversos mercados. Ela já passou por Sri Lanka, Namíbia, Indonésia, China, Índia e Equador. A série é transmitida em plataformas como Amazon Prime Video, RTVE, FOX, AT&T, PBS, Comcast, e Viacom.

“É a primeira vez que recebemos uma produtora da Espanha. Queremos que esse interesse pelo Estado só aumente”, disse o secretário do Turismo do Paraná, Márcio Nunes.

O apresentador Jesús Del Caso e equipe chegaram ao Paraná na última quarta-feira (27) pelo Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu e depois visitaram Curitiba. Na quinta-feira (28), o roteiro de gravações teve início nos Campos Gerais, nos destinos Parque Vila Velha, Buraco do Padre e o vilarejo holandês Het Dorp, localizado em Carambeí, e que abriga o famoso campo de lavanda e produtos feitos da planta. O jantar foi no Largo da Ordem, no Centro Histórico da Capital.

Na sexta-feira (29), o apresentador fez um city tour em Curitiba e as gravações envolveram o Jardim Botânico, o Mercado Municipal, o Museu Oscar Niemeyer, a Ópera de Arame, o Centro Histórico, o Memorial Ucraniano e os parques Barigui e Tingui, com almoço no tradicional bairro italiano Santa Felicidade. A agenda teve apoio da Prefeitura de Curitiba.

No sábado (30), o destino foi o litoral paranaense. A saída de Curitiba foi pelo trem que leva até Morretes, trajeto que passa pela Grande Reserva da Mata Atlântica. A equipe fez um tour panorâmico pelas cidades de Morretes e Antonina, com degustação do barreado, que já possui registro de Indicação de Procedência no Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Em Antonina, a produtora fez uma visita em uma fábrica da bala de banana.

No domingo (31), a equipe conheceu o cultivo de ostras no sambaqui de Guaratuba, as praias de Matinhos e, com apoio do Instituto Água e Terra (IAT), a Ilha do Mel. Os registros na ilha foram na praia de Encantadas, na Gruta, no Farol das Conchas, na praia de Nova Brasília e na Fortaleza. Nesta segunda-feira (01), o destino foi a Ilha das Peças, onde a produtora espanhola filmou a cultura caiçara.

“Fizemos um roteiro pensando nos melhores atrativos que já existem no Estado. Tivemos um curto espaço de tempo para mostrar o que temos, mas acreditamos que este roteiro fez uma boa apresentação da cultura paranaense e dentro da proposta da produtora da série”, destacou o diretor-presidente do Viaje Paraná, Irapuan Cortes.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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