Estudantes já podem consultar as vagas para o Programa Universidade para Todos, o Prouni, do primeiro semestre de 2022.
A busca pode ser feita por curso, instituição de ensino ou município e o endereço da página é: prouniportal.mec.gov.br
O programa oferece bolsa de estudo integral ou de 50%, em faculdades particulares, a estudantes de baixa renda.
O interessado deve conferir os requisitos exigidos, para saber em qual modalidade se inscrever.
Professores da educação básica, da rede pública de ensino, também podem concorrer às vagas.
As inscrições deverão ser feitas de 22 a 25 de fevereiro e o resultado da primeira chamada será divulgado em dois de março.
Os convocados terão de três a 14 de março para comprovar as informações.
Em 21 de março o Prouni fará uma segunda chamada e o prazo para comprovar as informações será de 21 a 29 de março.
Estudantes que ainda não tiverem conseguido uma vaga poderão se inscrever na lista de espera nos dias quatro e cinco de abril.
A divulgação será no dia sete e as informações deverão ser comprovados de oito a 13 de abril.
Um estudo publicado em dezembro e divulgado hoje (4) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que cerca de metade dos brasileiros em tratamento contra câncer no Sistema Único de Saúde precisam deixar seus municípios de residência para receber assistência especializada.
Para dimensionar o acesso ao tratamento, foram analisados 12.751.728 procedimentos − cirúrgicos, radioterápicos e quimioterápicos − ao longo de dois períodos: 2009-2010 e 2017-2018. O trabalho foi coordenado pela pesquisadora Bruna Fonseca, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fiocruz, e concluiu que não houve melhora na comparação dos dois períodos estudados.
O mapeamento mostrou que entre 49% e 60% dos pacientes precisam deixar suas cidades para realizar o tratamento e que os deslocamentos são maiores nas regiões Norte e Centro-Oeste. Segundo o estudo, dependendo do tipo de tratamento, os pacientes dessas regiões chegam a percorrer uma média de 296 a 870 quilômetros, enquanto, no Sul e no Sudeste, as distâncias médias variam entre 90 e 134 quilômetros.
Os pesquisadores da Fiocruz destacam que os polos de atendimento estão concentrados nas regiões Nordeste e Sudeste. No Amapá e em Roraima, a maioria dos pacientes que necessitam de tratamento radioterápico precisou percorrer uma média de mais de 2 mil quilômetros para encontrá-lo.
Ainda que o Norte do Brasil tenha uma densidade populacional menor, a possibilidade de estabelecer novos centros de tratamento de câncer na região, sem dúvida, melhoraria o acesso de uma população que vive nos estados do Acre, Amazonas, Amapá e Roraima, onde pacientes com câncer precisam viajar mais de 1 mil quilômetros para receber diferentes tipos de tratamento", diz o artigo.
O levantamento mostra que a cidade de Barretos, em São Paulo, foi o principal pólo de atração para todos os tipos de tratamento ao longo do tempo. Segundo o estudo, 95% dos pacientes que fazem cirurgia, radioterapia ou quimioterapia no município são de outras cidades. Em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias, Bruna Fonseca ressaltou que é preciso entender também que aspectos podem estar envolvidos na percepção dos pacientes sobre os locais de tratamento, como a estrutura do lugar, anseios pessoais e o tipo de acolhimento oferecido. “Há a percepção popular do que é referência no tratamento de câncer, o que faz com que os pacientes se desloquem, independentemente das distâncias e do planejado nas políticas de saúde”.
O artigo cita trabalhos anteriores que apontam que pacientes que precisam se deslocar para o tratamento de câncer relatam diversas dificuldades, como fadiga, longos períodos de espera para retornar para casa, falta de alimentação adequada, falta de dinheiro para a viagem e interrupções contínuas de suas atividades rotineiras.
Como alguns tratamentos requerem visitas frequentes aos centros de assistência especializada, a pesquisa cita que estudos já indicaram que viagens longas para realizar radioterapia estão ligadas a um aumento no risco de mastectomia nos casos de câncer de mama e a uma menor probabilidade de uso de radioterapia entre pacientes com câncer em órgãos como reto, pulmão, ovário e próstata.
Por - Agência Brasil
O caso de uma mulher de 42 anos de idade, sem problemas de saúde prévios e que chegou ao Hospital de Clínicas de São Paulo com hepatite fulminante, necessitando de transplante imediato de fígado, chamou a atenção da equipe médica.
Após uma investigação clínica, o diagnóstico: hepatite tóxica por ingestão de um medicamento supostamente natural. Um composto com 50 ervas que promete perda de peso causou uma lesão irreversível na paciente, que agora depende de um transplante para sobreviver.
Diante desse caso tão grave, a cirurgiã Liliana Ducatti, que acompanha a paciente, decidiu fazer um alerta nas suas redes sociais sobre o assunto. A médica explica que nenhuma medicação deve ser tomada sem acompanhamento médico e garante que não existe remédio milagroso para perda de peso.
“Nós estamos falando de uma medicação que não é aprovada pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], não é regulamentada e que promete um emagrecimento através de ervas ditas como naturais, e isso sabidamente pode ser maléfico para o fígado. Isso é um perigo para a saúde em geral da pessoa, e especificamente para a saúde do fígado”, disse Luciana Ducatti.
A médica faz um alerta às pessoas que querem emagrecer, destacando que profissionais de saúde são capacitados para dar orientação nesses casos. “Procure um profissional gabaritado. Existem milhares de profissionais gabaritados que estudam, que usam como base a ciência e que podem ajudar. Desde médicos endocrinologistas, nutrólogos, nutricionistas, tem muita gente para ajudar”.
A mulher segue internada no Hospital de Clínicas de São Paulo a espera de um doador de fígado compatível.
Por - Agência Brasil
A desinformação, envolvendo muitos mitos e fake news (notícias falsas), é a principal barreira para o controle do câncer do colo do útero no Brasil segundo estudo divulgado hoje (3) pela Fundação do Câncer, dentro da campanha da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) alusiva ao Dia Mundial do Câncer, que se comemora amanhã (4).
A pesquisa inédita Conhecimento e Práticas da População sobre Prevenção do Câncer do Colo do Útero tomou por base estudos publicados entre 2003 e 2020 na literatura científica nacional e internacional.
O objetivo foi identificar as barreiras e as lacunas existentes sobre a vacinação contra o vírus HPV (sigla em inglês para Papilomavírus humano) e o rastreamento para o câncer do colo do útero, responsável pela morte de mais de 6 mil mulheres por ano no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) quer atingir, até 2030, metas que visem erradicar o câncer de colo do útero, causa de morte de mais de 331 mil mulheres por ano, em todo o mundo.
O médico epidemiologista Alfredo Scaff, consultor da Fundação do Câncer, disse que o câncer do colo do útero é evitável porque as pessoas já dispõem de uma vacina contra o vírus HPV, que causa a doença. O levantamento vem contribuir, segundo ele, para diminuir os buracos existentes entre os cuidados disponíveis para o controle desse câncer no mundo e no Brasil, devido à constatação de um distanciamento muito grande entre o acesso e a oportunidade do tratamento da doença entre pessoas, dependendo da região onde moram, se têm ou não plano de saúde ou acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS).
“Esse câncer é uma das maiores iniquidades que nós temos na oncologia hoje. É no mundo inteiro mas, no Brasil, isso é muito evidente. O câncer do colo do útero é o primeiro câncer que tem uma vacina”, disse Scaff, que acrescentou que 99% dos cânceres do colo do útero são causados pelo vírus chamado HPV, que tem uma vacina. “Tem que vacinar”.
Scaff estima que, em uma geração, pode-se controlar esse tipo de câncer. Ele reconheceu, entretanto, que existem problemas para se alcançar uma imunização completa da população-alvo, que são meninas entre 9 e 14 anos de idade e meninos de 11 a 14 anos.
Conhecimento
A médica Flávia Miranda Corrêa, doutora em saúde coletiva, pesquisadora da Fundação do Câncer e responsável pela pesquisa, esclareceu que a primeira parte do levantamento, divulgado hoje, se refere ao conhecimento e práticas da população sobre a prevenção do câncer do colo do útero, tendo como público-alvo 7.712 crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos; 3.335 pais e responsáveis entre 18 e 82 anos; e 54.617 mulheres na faixa etária de 14 a 83 anos.
A segunda parte, envolvendo o conhecimento e práticas dos profissionais de saúde sobre prevenção e rastreamento, deverá ser liberada no final do próximo mês. Serviram de base à pesquisa 68 estudos, sendo 16 sobre vacinação e 52 sobre rastreamento da doença.
Resultados
Os primeiros resultados em relação às barreiras sobre a vacinação contra o HPV entre crianças e adolescentes mostram que entre 26% e 37% dos consultados não sabiam que a vacina previne contra o câncer do colo do útero; entre 53% e 76% ignoravam que a vacina diminui a incidência de verrugas nos órgãos genitais. Flavia afirmou que isso demonstra que a maioria das crianças e dos jovens ignora para que serve a vacina.
Entre os entrevistados, 82% acharam que a vacina protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). “Esse é um problema muito importante, porque a gente sabe que não é verdade. A vacina é específica para o HPV e pode dar uma sensação de falsa proteção. Esse desconhecimento tem que ser desconstruído”, apontou a médica.
Além disso, entre 36% e 57% das crianças e adolescentes ouvidos acham que a vacina pode ser prejudicial à saúde. Flávia contra-argumentou que a vacina é segura, está no mercado desde 2006 e há um monitoramento constante. A médica considerou que essa ideia apurada é errônea e pode ser um impeditivo muito grande para a vacinação.
Entre 35% e 47% acreditam que a vacina pode incentivar a iniciação sexual precoce. “Não é verdade. Inclusive no contexto do Brasil, nós sabemos que não induz a uma atividade sexual mais precoce”. Entre 32% e 50% não sabiam o número correto de doses. A vacina contra HPV é tomada em duas doses, no intervalo de seis meses, informou a pesquisadora da Fundação do Câncer.
Pais e responsáveis
O desconhecimento continua entre os pais e responsáveis: 17% não sabiam que a vacina previne câncer do colo do útero; 33% não tinham ideia sobre a prevenção de verrugas anais e genitais; 74% imaginavam que a vacinação previne outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs); 20% achavam que o imunizante pode ser prejudicial à saúde; entre 34% e 61% não conheciam a população-alvo que deve ser imunizada contra o HPV; e 22% acreditavam que a vacina pode incentivar a iniciação sexual precoce dos filhos.
Flávia Corrêa disse que a vacina é cada vez mais eficaz quando usada em quem não tem atividade sexual ainda. Ela esclareceu que a vacina tem a função específica de evitar os danos do HPV, como verrugas, lesões precursoras e o próprio câncer de colo do útero. Advertiu que doenças como sífilis, contágio por HIV (Aids) e demais DSTs não são contempladas nessa imunização.
Rastreamento
Os estudos para identificar se as mulheres conheciam os exames preventivos de rastreamento do câncer do colo do útero (Papanicolau) constataram conhecimentos e práticas inadequadas entre 40% e 71% do público consultado, respectivamente. Os motivos apontados pelas mulheres que nunca realizaram o exame preventivo foram: “não achavam necessário” (45%), “não foram orientadas” (15%), “tinham vergonha” (13%) e “nunca tiveram atividade sexual” (8,8%).
A conclusão da pesquisa da Fundação do Câncer é que o conhecimento deficiente e práticas equivocadas sobre a vacinação contra HPV e o rastreamento do câncer do colo do útero estão associados à baixa renda, menor escolaridade, cor da pele parda ou negra, residência em áreas urbanas pobres e rurais, o que reforça a importância da luta contra a iniquidade.
É preciso ainda esclarecer a população quanto a problemas relacionados a falsas informações e fake news divulgadas pela internet sobretudo, que facilitam práticas equivocadas. A Fundação do Câncer pretende atuar para passar informações corretas e de qualidade para toda a população.
Vacinação gratuita
Alfredo Scaff destacou que o Brasil é um dos poucos países do mundo em que a vacinação contra o HPV é universal, pública e gratuita pelo SUS, integrando o Programa Nacional de Imunização (PNI). O problema, reiterou, é a falta de informação para a vacinação. A imunização contra o HPV é menor entre meninos do que entre as meninas. Em 2020, 55% das meninas brasileiras de 9 a 14 anos tomaram as duas doses da vacina. Entre os meninos de 11 a 14 anos, a taxa dos que completaram o ciclo vacinal foi 36,4%.
Além de a vacina para meninos ter sido iniciada dois anos depois que a das meninas, a médica Flávia Corrêa explicou que há desconhecimento de que a vacina é importante para os garotos não só para que eles não transmitam o HPV para as meninas mas, também, para protegê-los de doenças relacionadas ao vírus HPV, como câncer de pênis, câncer anal e de orofaringe (parte da garganta localizada atrás da boca).
No dia 4 de março, no Dia Internacional de Conscientização sobre o HPV, a Fundação do Câncer mobilizará a população sobre o tema, com postagens em suas redes sociais. Em 26 de março, Dia Mundial da Prevenção do Câncer de Colo do Útero, a entidade abrirá inscrições para um curso voltado aos profissionais de saúde, com foco na atenção primária, cujo início está previsto para abril.
Por - Agência Brasil
O número de transplantes de órgãos caiu no Brasil em 2021 na comparação com o ano anterior. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, entre janeiro e novembro do ano passado foram realizados 12 mil transplantes. Em 2020, no mesmo período, equipes de saúde executaram 13 mil procedimentos.
A lista de espera para transplantes de órgãos e córnea aumentou. Em 2020, 32.900 pessoas estavam no aguardo de um procedimento para receber um órgão externo. Em 2021, o número subiu para 34.380 pessoas.
Na comparação mundial, em números absolutos o Brasil é o segundo maior em número de operações de transplante. O país só fica atrás dos Estados Unidos. Aqui, o Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por 88% dos transplantes realizados.
Um dos obstáculos para o incremento de transplantes é a recusa das famílias. O índice de rejeição da doação de órgãos por familiares está em 38,4%. Entre os motivos dessa postura, o Ministério da Saúde aponta a falta de conhecimento sobre a importância dessa prática.
O ministério orienta as pessoas a conversarem com suas famílias para comunicarem caso desejem doar órgãos. Ainda em vida, é possível doar somente rins, fígados e medula óssea. Outros órgãos e tecidos (córnea, pele, ossos) somente após a morte do doador.
Por - Agência Brasil
Um levantamento preliminar da Secretaria de Estado da Saúde faz uma relação direta entre o perfil dos óbitos e da maioria de internados pela Covid-19 no Paraná com o esquema vacinal da população.
O potencial de mortes entre as pessoas de 12 a 59 anos que não tomaram nenhuma vacina é de 6,59 por 100 mil habitantes. O índice de mortalidade na mesma faixa etária cai para 0,29/100 mil em pessoas com o esquema completo e o reforço; 0,75 com o esquema completo (duas doses); e 0,96 para quem tomou apenas a primeira dose. Isso quer dizer que a cada 100 mil pessoas, mais de seis morreram por não se vacinar, número inferior a um entre os vacinados, ou 22 vezes menor.
Já na faixa acima de 60 anos, considerada de risco para qualquer doença, a taxa de óbitos por 100 mil habitantes de não vacinados é de 216,32 nesse período. O indicador cai para 7,84 com o esquema vacinal completo com a dose de reforço, ou seja, 27,6 vezes menor.
A análise, divulgada nesta terça-feira (1º), é um recorte de 1º de dezembro de 2021 a 31 de janeiro deste ano. É como se fosse uma fotografia dos últimos meses. Nesse período toda a população tinha à disposição ao menos duas doses e a terceira já tinha sido iniciada em faixas etárias acima dos 40 anos na maioria dos municípios.
A conclusão é a mesma que já foi observada por diversos pesquisadores ao longo da pandemia: a campanha de imunização é a principal resposta para o controle da Covid-19.
“Estes dados mostram de forma sólida que a vacinação está protegendo os paranaenses. Hoje a nossa única arma, evitando agravamento da doença ou óbitos, é justamente pela vacina. Por isso, peço que as pessoas completem a sua imunização e tomem a dose de reforço no intervalo adequado. É uma campanha coletiva. Precisamos dessa conscientização para continuar a luta contra a pandemia”, enfatizou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Segundo ele, os idosos precisam desta blindagem contra o coronavírus ainda mais. "Fatores de risco, como comorbidades, podem aumentar a chance de óbitos. Este grupo também foi um dos primeiros a se vacinar, portanto, deve dar atenção à dose de reforço e aos cuidados. É uma doença que se manifesta de formas que ainda estão sendo estudadas, por isso precisamos estar atentos à vacinação”, acrescentou.
INTERNAMENTOS – Para os internamentos de pessoas entre 12 e 59 anos, conforme apuração inicial da Secretaria no período analisado, a incidência é de 6,39/100 mil em não vacinados. Em relação aos vacinados com a dose de reforço (0,59), a diferença é 10,8 vezes maior.
O índice para o esquema vacinal completo (sem dose de reforço) do levantamento é de 1,58, e com o esquema incompleto, de 1,51.
Em pacientes idosos, os dados de internamentos apontaram 16 vezes mais casos entre os não vacinados, para um índice de 81,12/100 mil, em comparação a uma taxa de 5,05 de pessoas com esquema vacinal completo e também com a dose de reforço.
Nesse caso, o levantamento não inclui dados de hospitais privados e de hospitais de Curitiba, visto que a Capital possui sistema próprio de regulação.
METODOLOGIA – A coordenadora da Vigilância da Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr, ressalta que o cálculo do levantamento de vacinados ou não vacinados não foi feito em cima do número absoluto de ocorrências, considerando que a maioria da população já está vacinada e nem todos os infectados pela doença são hospitalizados, justamente por apresentarem sintomas leves.
De acordo com ela, a metodologia epidemiológica para atribuir a efetividade da vacinação levou em conta a incidência por 100 mil habitantes. Na prática, a fórmula já é utilizada para indicação do coeficiente da circulação de doenças como a dengue e a própria Covid-19, no informe epidemiológico. O número de vacinados ou não vacinados no período é dividido pelo número de mortes e internados, e o resultado é a relação por 100 mil pessoas.
O primeiro exemplo de 6,59, a título de explicação, levou em consideração o seguinte cálculo: 485.381 paranaenses nesta faixa etária não haviam se vacinado entre 1º de dezembro de 2021 e 31 de janeiro deste ano. Destes, 32 morreram em decorrência da infecção pela doença. A taxa de óbitos é de 6,59 por 100 mil habitantes.
“Se trabalharmos com números absolutos não aumentamos o nosso universo de referência entre vacinados e não vacinados. O critério fica incompleto e equivocado. Temos que considerar a situação vacinal da população neste período para entendermos a real proteção da vacina dentro do cenário de óbitos e internações no Paraná”, afirmou.
"E temos que levar em consideração que é um levantamento inicial, uma base comparativa. É como chegamos a mais uma certeza que já tínhamos: a vacinação é a principal responsável pelo atual cenário da pandemia, com menos internamentos e mortes na comparação com a evolução dos casos", completou Acácia.
POSITIVIDADE DE TESTES – O relatório também faz uma análise da positividade dos testes no Paraná nos últimos sete dias. Segundo o Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (SGAL), o maior índice é na Regional de Saúde de Foz do Iguaçu, de 69,4%. União da Vitória está em segundo, com 63%. Acima dos 50% estão, ainda, Maringá (57,1%), Metropolitana (55,2%), Umuarama (53,4%), Londrina (51,7%), Toledo e Cascavel (51,3%), e Jacarezinho (51%). O menor indicador é da Regional de Saúde de Cianorte (36,2%). A média estadual é de 52,2%.
Resumo do levantamento:
Óbitos de 12 a 59 anos
Esquema vacinal completo + dose de reforço: 0,29 / 100 mil habitantes
Esquema vacinal completo (duas doses): 0,75 / 100 mil habitantes
Apenas uma dose: 0,96 / 100 mil habitantes
Não vacinados: 6,59 / 100 mil habitantes
Óbitos de mais de 60 anos
Esquema vacinal completo + dose de reforço: 7,84 / 100 mil habitantes
Esquema vacinal completo (duas doses): 21,1 / 100 mil habitantes
Apenas uma dose: 18,38 / 100 mil habitantes
Não vacinados: 216,32 / 100 mil habitantes
Internamentos de 12 a 59 anos
Esquema vacinal completo + dose de reforço: 0,59 / 100 mil habitantes
Esquema vacinal completo (duas doses): 1,58 / 100 mil habitantes
Apenas uma dose: 1,51 / 100 mil habitantes
Não vacinados: 6,39 / 100 mil habitantes
Internamentos de mais de 60 anos
Esquema vacinal completo + dose de reforço: 5,05 / 100 mil habitantes
Esquema vacinal completo (duas doses): 12,54 / 100 mil habitantes
Apenas uma dose: 15,04 / 100 mil habitantes
Não vacinados: 81,12 / 100 mil habitantes
Por - AEN