A boa notícia para quem quer prestar mais atenção a essa região do corpo é que cuidados básicos fazem a diferença. "Há diversos mitos relacionados à higiene íntima, mas o fato é que atitudes simples, como usar o sabonete adequado, higienizar corretamente, não usar roupas muito justas e não abafar o local ajudam a manter a região íntima equilibrada e livre de possíveis problemas ginecológicos", explica o médico Paulo Giraldo, ginecologista obstetra, especialista em higiene íntima, professor titular de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Unicamp e vice-presidente da Comissão de Doenças Infectocontagiosas da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

Para saber como se cuidar corretamente, confira algumas dicas que podem ajudar:

Sabonete correto

A região íntima é bastante delicada e sensível, e os sabonetes íntimos são produtos testados, indicados exclusivamente para essa área. Segundo o Guia FEBRASGO, a melhor opção são os produtos hipoalergênicos, apropriados para a higiene íntima, que reduzem a chance de ocorrência de quadros irritativos. Deve-se dar preferência aos líquidos, com pH ácido (pH entre 4,2 e 5,6) e que produzam pouca espuma.

Higienização adequada

A higiene inadequada normalmente está ligada à falta ou ao excesso de limpeza, por isso a higienização correta deve ser feita pelo menos uma vez ao dia em climas mais amenos e de uma a três vezes ao dia em temperaturas mais quentes. Além disso, o uso dos sabonetes íntimos deve se restringir à higiene da parte externa da região genital. Esses sabonetes não devem ser utilizados para duchas vaginais (internas) nem para tratar infecções ou inflamações genitais. Se você tiver algum desses problemas, consulte seu médico.

Limpeza sempre

Os lenços umedecidos são úteis para a higiene fora de casa. Sua aplicação deve ser suave e o uso não deve ser abusivo, para não remover a camada protetora da pele. Os lenços hipoalérgicos com pH ácido, especiais para a região íntima, são os mais recomendados.

Ventilação

Apesar das propriedades de sua camada protetora, há fatores externos ligados ao comportamento da mulher que podem prejudicar a preservação do caráter ácido da pele. Suor, abafamento e uso de roupas justas e de tecidos sintéticos são elementos que podem dificultar a ventilação ou agredir a região íntima e, como consequência, alterar o seu pH, criando um ambiente propício ao desenvolvimento de infecções ginecológicas. Outra indicação importante é, de vez em quando, dormir sem calcinha, o que permite a ventilação do local.

Independente do momento, procure sempre a orientação e a recomendação de um ginecologista, pois ele é o profissional mais indicado para ajudar as mulheres a cuidarem de sua intimidade. Infecções ou alterações sentidas pela mulher devem ser analisadas pelo profissional que saberá qual o melhor tratamento, a forma de aplicação e o tempo adequado. (Com Portal Bonde)