Após duas reuniões, realizadas terça (17) e nesta quarta (18), a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte e lideranças indígenas do Paraná entraram em acordo sobre a retirada da prova do Processo Seletivo Simplificado (PSS) 2021 relativo às comunidades indígenas e quilombolas.
A Educação compreendeu a demanda, já que, na prática, para atuar nas 39 escolas estaduais indígenas do Estado é preciso uma carta de anuência por autorização dada pelo cacique. Ou seja, a aplicação da prova seria inócua, uma vez que existe essa autonomia dos povos indígenas. O mesmo acontece nas duas escolas quilombolas do Estado, onde as lideranças é que autorizam a atuação dos profissionais.
Na manhã desta quarta-feira, aconteceu uma reunião entre representantes da Secretaria da Educação e dos indígenas e com participação (online) das Defensorias Públicas do Estado e da União, da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Curitiba, da Advocacia Geral da União (AGU) e do Ministério Público Federal (MPF). O encontro confirmou o compromisso firmado na noite anterior e o comprometimento por parte da Secretaria da Educação com as demandas da comunidade indígena.
Ficou acertado que o Edital número 47/2020 será retificado, excluindo a possibilidade de os participantes atuarem nas escolas das aldeias indígenas e comunidades quilombolas. A ratificação será publicada no Diário Oficial do Estado do Paraná (DIOE) desta quarta-feira.
Dessa forma, um novo edital será publicado exclusivamente para profissionais PSS atuarem nas escolas indígenas e quilombolas, sem necessidade de prova e sem taxa de inscrição, com os mesmos critérios dos editais de anos anteriores.
NOVO EDITAL — O novo edital será exclusivo para atuação nessas escolas, em específico, e não valerá para os demais colégios da Rede Estadual de Educação. Para atuar em outras instituições de ensino da rede estadual, o profissional interessado deverá participar do Edital nº 47/2020, já publicado.
Esse novo edital irá tramitar na Secretaria da Educação e depois na Procuradoria Geral do Estado (PGE) para, então, ser publicado com data prevista para o início de dezembro. A Educação já previa um edital específico para o Ensino Infantil e línguas maternas nas aldeias (sem prova e taxa de inscrição), até por exigirem apenas o Ensino Médio, diferentemente do PSS em andamento.
Dessa forma, também vai constar nesse edital as vagas para as disciplinas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – atualmente são 377 professores PSS que ministram aulas nessas condições.
Participaram da reunião diretores e representantes da Secretaria da Educação e do Esporte, representantes das comunidades indígenas do Paraná, os caciques Reginaldo Alves, Jefferson Gabriel Domingues, Domingos Zacarias, Dirceu Pereira Santiago, Kretãn Kaingang, Everton Lourenço, Janaína Kuita, Marcos dos Santos, Carlos Cabreia, Jucélio Silva, além de Bruno Müller, Defensoria Pública Estadual (on-line); Marcos Vinitius de Almeida Muniz.
Também participam o coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Curitiba, Marcelo Alberto Gorski Borges, o chefe da Procuradoria da Funai na Advocacia Geral da União; João Juliano Josué Francisco, da Defensoria Pública da União; Derli Fiuza, da Procuradoria da Funai na Advocacia Geral da União. (Com AEN).
Levantamento online mostrou que o Programa Compra Direta Paraná, do Governo do Estado, tem ótima aceitação entre os participantes. Realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o programa adquire, desde junho, de forma emergencial, produtos da agricultura familiar que são distribuídos para a rede socioassistencial, restaurantes populares, cozinhas comunitárias, bancos de alimentos e hospitais filantrópicos.
A pesquisa foi elaborada pelo Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan) da Secretaria e contou com a participação de 89,11% das 147 organizações da agricultura familiar contratadas na Chamada Pública nº 04/2020 e de 57% das 905 entidades que receberam os produtos.
Entre os beneficiários, 90,5% avaliam que o programa é muito importante para os agricultores e 87% consideram muito importante para as entidades atendidas. A continuidade do Compra Direta é um desejo de 97,1% do grupo. A necessidade das doações para o abastecimento das entidades foi apontada por 98,8%.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirma que o bom desempenho do programa é motivo de orgulho e satisfação para as equipes. “O Compra Direta é uma das ferramentas que permite ao Governo cumprir a importante missão de garantir alimentos de qualidade na mesa dos que mais precisam e, ao mesmo tempo, dar suporte aos agricultores familiares, fundamentais da cadeia de produção alimentar”, diz ele.
“Além do Compra Direta, temos outras iniciativas para atender os pequenos agricultores e garantir comida à população. Somos organizados para isso, o que nos permitiu reforçar as ações durante a pandemia. Nossas equipes abraçaram a causa e devemos a isso o fato de o Paraná ser uma referência no enfrentamento ao coronavírus e à proteção das pessoas vulneráveis”.
O Governo do Estado destinou R$ 20 milhões para a primeira fase do Compra Direta, recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, atingindo 393 municípios. “Conseguimos fortalecer o desenvolvimento local e regional em meio à pandemia do novo coronavírus, garantindo renda para os pequenos produtores e saúde para a população”, destaca o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
As entidades recebem principalmente frutas, hortaliças, legumes, temperos, arroz, fubá, feijão, sucos, geleias e pães.
QUALIDADE - Destaca-se, ainda, a avaliação positiva do sistema eletrônico de prestação de contas do Compra Direta, que 96,5% dos beneficiários disseram ser de fácil acesso.
Para cerca de 96%, a qualidade dos alimentos recebidos está entre ótima (48,3%) e boa (47,8%). Quanto ao atendimento prestado pelas cooperativas, 54,2% consideraram ótima e 42,5% consideraram boa. A satisfação com a periodicidade das entregas atingiu 91,1%.
AGRICULTURA FAMILIAR – A avaliação pelas cooperativas e associações da agricultura familiar também foi positiva, tanto no que diz respeito à importância do programa para a comunidade, quanto à transparência do processo e atendimento pelos servidores.
Segundo o levantamento, 91,1% avaliam que o programa é muito importante para as entidades atendidas, e 90,1% concordam que o Compra Direta é muito importante para as organizações da agricultura familiar neste período de pandemia.
Outro resultado que se destacou na pesquisa é o interesse das organizações por alimentos orgânicos. Entre os respondentes, 88,5% produzem alimentos convencionais, 39,7% orgânicos ou agroecológicos, e 22,1% produzem alimentos em processo de transição orgânica.
Do total, 66,4% concordam totalmente com a afirmação de que haveria maior interesse na transição orgânica caso os preços praticados para esses produtos fossem diferenciados.
ATENDIMENTO – A chefe do Desan, Márcia Stolarski, avalia que o Compra Direta contribuiu para melhoria da alimentação e, consequentemente, da imunidade e das condições de saúde dos paranaenses. “Num momento de pandemia e crise econômica, é fundamental a presença do Estado na garantia dos alimentos básicos. A avaliação altamente positiva dos beneficiários demonstra que a fórmula do programa foi acertada e ele está atingindo os objetivos propostos”, diz Márcia.
O edital prevê que os contratos do Compra Direta, regidos pela Lei Federal nº 13.979, de 2020, têm prazo de duração de até seis meses.
APOIO - Para colocar o programa em prática, uma grande rede de apoio se formou, incluindo os núcleos regionais da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná). A extensionista Renata Lessa, que atua em Quitandinha, destaca que o Compra Direta Paraná funciona como mais um canal de comercialização para o agricultor familiar.
“Isso garante a valorização do pequeno produtor e estimula o cooperativismo”. No município, a cooperativa Direto da Roça, acompanhada pelo escritório regional do IDR-Paraná, fornece alimentos a duas instituições assistenciais: o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Central, que entrega kits com alimentos a famílias em vulnerabilidade, e a Casa de Acolhimento, que utiliza os produtos para preparar as refeições diárias.
“O projeto tem grande importância não só para as famílias neste momento de isolamento social, mas também para a cooperativa, que teve seu trabalho consolidado e valorizado pelas instituições locais”, completa. A produtora Otília Ziomeck, que entrega feijão para as instituições, concorda. “A vantagem é que posso realizar a venda direta dos produtos, sem intermediários”.
Em Barbosa Ferraz, no Noroeste do Estado, o Lar dos Idosos Santa Rita, a Casa Lar e o CRAS receberam em novembro o último lote de alimentos doado pela Associação dos Feirantes de Barbosa Ferraz. O extensionista do IDR-Paraná, Marcelo Agenciano, afirma que a iniciativa dinamiza as economias locais.
"Além da melhoria de renda e qualidade de vida, o programa serviu para que os agricultores entendessem a importância do associativismo e que, somando os esforços individuais, é mais fácil alcançar o objetivo comum”, disse ele.
Com a feira da cidade parada devido à pandemia, o programa ajudou a recuperar as finanças da agricultora Mirian Colombo. “O projeto também estimulou a gente a investir no próprio negócio, pois eu mesma até comprei outra máquina de fazer biscoitos para atender essa demanda e outras que virão. Para a agricultura familiar foi excelente”, diz.
CRIATIVIDADE - A diretora de Proteção Social Básica da prefeitura de Curitiba, que envolve 39 Cras, Cintia Aumann, explica que a equipe organizou uma força-tarefa, com videoconferências entre coordenadores e cooperativas para ajustar o agendamento das entregas de forma prática e segura, sem aglomeração.
O número de famílias atendidas foi até maior do que o esperado. “A pandemia trouxe uma situação bastante desafiadora no que diz respeito às formas de atender à população. Mas o programa foi uma oportunidade de dar acesso a produtos de excelente qualidade. As famílias ficaram muito agradecidas, nos enviavam fotos dos produtos arrumados na mesa de casa, e algumas pessoas diziam que era a primeira vez na vida que estavam comendo geleia, por exemplo”, conta.
Quando algum produto era entregue em grandes quantidades, as equipes encontravam uma solução criativa para garantir o consumo. “As próprias equipes dos CRAS enviavam junto com o pacote de alimentos sugestões de receitas que podiam ser feitas com aquele produto”, conta Cintia. (Com AEN).
Um dos pontos fortes da estratégia de enfrentamento da Covid-19 no Paraná é capacidade ampla para a testagem, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. A medida garantiu, por exemplo, um aprofundamento no trabalho de bloqueio e de acompanhamento dos casos registrados nos municípios. “A nossa vacina hoje é a testagem, é o exame RT-PCR, o teste que identifica que a pessoa está infectada e que deve ficar isolada”, afirma o secretário.
Embora os laboratórios que atuam com testagem no Paraná tenham capacidade instalada para processar mais de 5 mil amostras por dia, a demanda reduziu. “Temos nosso laboratório Lacen, o IBMP que é parceiro, e outros laboratórios que atendem também SUS localizados em outras regiões do Estado. Precisamos que os municípios se organizem e façam a coleta para mais exames RT-PCR para identificação da doença”, ressalta Beto Preto. “Essa busca de casos na ponta, lá no primeiro atendimento é uma das medidas para reduzir o dano da doença”, enfatiza.
O serviço de atenção primária, prestado nas unidades de saúde dos municípios, pode fazer a coleta de amostras para enviar para laboratórios vinculados ao SUS. O gestor público da saúde municipal deve orientar suas equipes para retomar a atenção quanto aos sintomas e também para pessoas que têm histórico de contato com caso confirmado e que estejam assintomáticas.
“Temos capacidade de processamento, precisamos de mais amostras para identificar de forma ágil para tomar decisões que possam reduzir a transmissão do vírus no Paraná”, afirma o secretário Beto Preto.
MEDIDAS – Logo no período inicial da pandemia, a vigilância epidemiológica foi fortificada com o aumento da capacidade de processamento dos testes pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). O Laboratório iniciou a pandemia com a capacidade operacional de 120 testes ao dia, passando para mais de 600, trabalhando 24 horas. Esse foi um dos pontos importantes.
A parceria firmada entre o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), Fundação Oswaldo Cruz e o Estado, por meio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), fortaleceu ainda mais a política de testagem incentivada pelo Governo.
Outra medida de destaque foi o uso da frota de aeronaves do governo estadual, que permitiu o rápido deslocamento do material coletado nos municípios e processamento dos exames em Curitiba.
O Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Paraná (Rodopar) também auxiliou nesta ação. Diversos exames foram despachados nos ônibus das linhas que atuam em todas as regiões do Estado.
EVOLUÇÃO - Apesar de os protocolos de tratamento terem sido aperfeiçoados durante o período, a doença ainda evolui ao óbito em muitos casos. Neste período, a doença alcançou todos os municípios paranaenses, levando a óbito mais de 5,7 mil pessoas. São mais de 240 mil diagnósticos positivos entre os 11 milhões de moradores do Paraná, de acordo com o monitoramento da Secretaria da Saúde até o dia 17 de novembro.
Segundo o secretário Beto Preto, os números refletem o desafio que os 399 municípios paranaenses têm enfrentado. “Como ainda não há vacina para a Covid-19, todos os cuidados de distanciamento e higienização devem ser redobrados para evitar a transmissão do vírus”, afirma.
PARCERIA - Entre tantas parcerias firmadas no período da pandemia, uma de grande valor foi com o IBMP. A instituição ligada à Fiocruz desenvolve pesquisa e tecnologias para solucionar desafios na área da saúde e já realizou mais de 500 mil testes pelo método RT-PCR para identificar o novo coronarívus.
“É imensurável o valor do IBMP ao Paraná”, afirma o diretor-geral da Secretaria da Saúde, Nestor Werner Junior. “Especialmente na realização de testes para o novo coronavírus, o IBMP teve um peso imenso. Tivemos a segurança de ampliar a testagem com a contrapartida de um resultado fiel, ágil e com processos claros e integrados aos nossos”. (Com AEN).
O Paraná totaliza 954 casos de dengue no período epidemiológico que teve início em agosto, segundo o boletim divulgado nesta terça dia (17) pela Secretaria de Estado da Saúde. São 102 ocorrências a mais que o boletim anterior, que somava 852. Os casos confirmados estão em 152 municípios.
O Estado apresenta 9.968 notificações; 1.703 a mais que a última publicação.
Doze municípios mostram casos autóctones pela primeira vez no período; são eles Goioerê, Nova Cantu, Perobal, Amporã, Astorga, Paiçandu, Lupionópolis, Santa Amélia, Entre Rios do Oeste, Santa Helena, Toledo e Manoel Ribas.
Seis municípios registraram casos de dengue grave; Cascavel entrou para esta relação neste boletim com uma ocorrência e os outros municípios são Foz do Iguaçu, com três casos de dengue grave, e Marmeleiro, Assaí, Cambé e Jataizinho, com um caso cada um.
A partir desta semana a Secretaria da Saúde volta a publicar o boletim semanalmente.
ENFRENTAMENTO – A Secretaria promove uma série de webconferências dirigidas aos profissionais das áreas da Atenção Primária, Urgência e Emergência e Vigilância que passam a atuar de forma integrada neste período de enfrentamento da dengue.
As conferências online, que visam a atualização e preparam os profissionais para a integração, registraram 720 conexões em tempo real e 4.607 visualizações no canal youtube da Sesa.
Já foram feitos cinco encontros pela internet e estão programados mais três, nos dias 19 e 26 de novembro e no dia 3 de dezembro, a partir das 9h. Os temas serão: classificação de risco, diagnóstico, estadiamento e manejo clínico da dengue na Urgência e Emergência
A ação faz parte do Plano de Enfrentamento da Dengue no Paraná, já pactuado pelos municípios e apresentado ao Ministério da Saúde.
“O Governo do Estado está atento à dengue, já aplicando as medidas de combate aprovadas no Plano Estadual e preparando os profissionais do Estado e dos municípios para atendimento de forma integrada, com o objetivo de identificar e diagnosticar a dengue com mais agilidade e segurança”, afirmou o secretário Beto Preto.
Ele destacou que além das medidas implantadas pelo Governo do Estado, a principal ação de combate à dengue envolve a participação da população.
“Os focos do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti estão nas residências, em ambientes internos e externos, e a eliminação destes criadouros é principal forma de combater a dengue”, enfatizou o secretário.
“Eliminar os criadouros significa acabar com todos os pontos e recipientes que possam acumular água; nunca é demais repetir que é preciso tampar as caixas d´água, cisternas e poços; limpar as calhas e os ralos, e descartar corretamente o lixo, entulhos e pneus velhos”, disse Beto Preto. (Com AEN).
O Governo do Estado, através do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (Cedes), começou a estruturar um projeto que busca diminuir o desperdício de alimentos no Paraná. Em parceria com a Agência de Proteção Ambiental da Suécia, universidades estaduais e municípios, a ideia é elaborar um diagnóstico preciso, reunindo quantidades, itens e características por região, de tudo o que é produzido mas vai para o lixo sem necessidade.
A partir deste levantamento será possível instituir de maneira eficaz a cultura do reaproveitamento, respeitando as características de cada cidade paranaense. O foco é diminuir a vulnerabilidade social e a situação de extrema pobreza, atendendo a ODS12 (consumo e produção responsáveis), subitem 12.3 da Organização das Nações Unidos (ONU).
Com base nisso, a entidade pretende reduzir em 50% o desperdício de alimentos em toda a cadeia até 2030, do varejo ao consumidor final, passando pelas questões de produção e logística.
Um grupo de 15 pessoas, formado pela Cedes e Secretaria Estadual de Tecnologia e Inovação, começou a debater o tema em outubro, dando início ao processo de treinamento. A intenção é que o programa comece a funcionar em 2021, após a confecção do Raio-X.
“O Paraná se mostrou muito ativo, já destacou pesquisadores e colocou as universidades para atuar no projeto. Será elaborado um pacote de atuação, o que realmente interessa e quais cidades atingir”, afirmou a consultora sênior da Agência de Proteção Ambiental da Suécia no Brasil, Kelly Dalben.
A experiência da Suécia no combate ao desperdício de alimentos e a adoção do consumo sustentável foram temas de destaque na Semana de Inovação Suécia-Brasil 2020. De acordo com ela, o país europeu é referência no tema, apresentando um índice de 99% de reciclagem do lixo.
Um webinar (simpósio online) sobre o assunto foi realizado nesta terça-feira (17).
“A Suécia tem muito a ensinar, mas a aliança é mais ampla, com adaptações às necessidades do Paraná. Será uma troca de experiência”, disse a consultora.
AÇÕES – A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento é o órgão articulador do Governo do Paraná para executar a política estadual de Segurança Alimentar e Nutricional. Com a pandemia, foram feitos reforços rápidos para atender a população vulnerável em situação de insegurança alimentar com a criação de dois programas emergenciais.
Foram implantados o cartão para o programa Comida Boa, que repassou R$ 50 diretamente para as famílias comprarem alimentos. E também o Programa Emergencial Compra Direta Paraná, que adquire alimentos da agricultura familiar para doá-los a instituições filantrópicas.
O Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan) tem o papel de desenvolver a articulação intersetorial e o apoio técnico das ações e programas, em âmbito regional e local, que promovam a segurança alimentar e nutricional, a elevação do padrão da qualidade de vida da população em situação de vulnerabilidade social e de insegurança alimentar, além do suporte técnico ao Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea/PR) e Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan/PR).
No Desan são desenvolvidos importantes programas com foco na garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada e na segurança alimentar e nutricional como Leite das Crianças, Apoio à Implantação de Restaurantes Populares, Cozinhas e Panificadoras Comunitárias, Hortas Urbanas e Periurbanas e outros equipamentos como banco de alimentos, feiras, centrais públicas para gêneros da agricultura familiar.
“Temos o compromisso ambiental de diminuir os aterros e lixões e garantir alimentação nutritiva e sustentável”, destacou Filipe Braga Farhat, integrante e articulador da Agenda 2030 da ONU dentro do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (Cedes).
BRASIL – O Brasil está entre os países que mais desperdiça alimentos no mundo, descartando quase 30% de todos os produtos de consumo. De acordo com uma pesquisa feita em 2019 pela Embrapa em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o brasileiro joga fora cerca de 130 quilos de comida por ano, uma média de 41,6 quilos por pessoa. Os alimentos que mais vão para o lixo são arroz (22%), carne bovina (20%), feijão (16%) e frango (15%).
Segundo cálculos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), um terço da produção total de alimentos no mundo, ou 1,3 bilhão de toneladas, é encaminhado para o lixo, o suficiente para alimentar dois bilhões de pessoas. Com base nesse cálculo, pode-se estimar que o Brasil desperdiçou 8,7 milhões de toneladas de alimentos, o suficiente para alimentar 13 milhões de pessoas. (Com AEN).
Lacinhos, chapeuzinhos e gravatas deram ainda mais charme aos bebês prematuros internados no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop). As roupinhas, confeccionadas com carinho pelas equipes da UTI Neonatal e Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), foram utilizadas para realizar a sessão de fotos dos bebês, transformando o ambiente, muitas vezes angustiante, em um lugar de compaixão e cuidado. A expectativa dos pais é ir para casa o quanto antes, e agora, com um lindo registro do crescimento. “Eu não esperava estar aqui na UTI, não sabia que ele viria antes do tempo, fiquei muito triste, mas o cuidado da equipe me deixou mais tranquila. Estamos na expectativa de ir para casa logo com essa recordação”, diz a mãe Jaqueline Maria dos Santos, mãe do Heitor Santos de Oliveira, de 6 dias, que vestiu gravata e sapatos para a sessão de fotos.
A programação nesse dia 17 de novembro, marca o Dia Mundial da Prematuridade. A campanha Novembro Roxo, tem como objetivo a sensibilização à prematuridade dos bebês. “Eles demandam muito mais cuidado e precisam de tempo para recuperação. Nenhum pai acha que vai passar por esse tempo no hospital, e por isso, é necessário falar sobre o assunto e acolher o máximo para que eles possam passar por esse período mais tranquilos”, diz a enfermeira da UTI Neonatal, Mirian de Souza Gonçalves.
Os bebês foram vestidos pela equipe multidisciplinar das unidades, que auxiliou também no manuseio e poses dos pequenos. As fotos foram entregues hoje (17) junto com um sapatinho de lembrança, com objetivo de proporcionar um carinho ainda maior para os pais que enfrentam esse desafio. “Isso faz com que eles se sintam mais introduzidos na rotina, ficam mais animados. É um registro do crescimento do filho que todos gostam de ter, inclusive muitos continuam nos mandando fotos do crescimento depois da alta, e é gratificante também para toda a equipe”, enfatiza Mirian.
Os cliques também retratam a importância da aproximação dos pais com os bebês nesse período. “Eles sentem quando os pais estão perto, se mexem mais e algumas vezes até a frequência cardíaca aumenta. Estar perto é benéfico para a recuperação”, diz Mirian.
HUOP É REFERÊNCIA NA REGIÃO:
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, 11,7% do total de nascimentos são prematuros. Na UTI Neonatal do Huop, credenciada desde 2003, são cerca de 260 bebês internados por ano. “É um número alto pois atendemos toda a região, e observamos que precisa dessa conscientização sobre o cuidado que o prematuro precisa e o tempo da recuperação. Além disso, o objetivo da campanha também é chamar a atenção para a humanização do atendimento”, avalia Mirian.
O hospital é referência na gestação de alto risco e atendimento dos bebês prematuros, possui suporte da UTI Neonatal, UCI, da UTI Pediátrica, e da ala Pediátrica. Além disso, após a alta hospitalar o prematuro também continua o acompanhamento com toda a equipe multidisciplinar no ambulatório. (Com Assessoria H.U Cascavel).






























