451,7 mil vacinas chegam ao Paraná; Cemepar separa as doses para os municípios

O Paraná recebeu na tarde desta segunda-feira (21) mais 451.750 doses da vacina contra a Covid-19. Os imunizantes, produzidos em parceria pela AstraZeneca, Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), integram o 26º lote encaminhado pelo Ministério da Saúde.

 

O material já está no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba, para averiguação, validação e posterior divisão. A expectativa da Secretaria de Estado da Saúde é começar a distribuição para as 22 regionais que formam o sistema público de saúde do Estado ainda nesta terça-feira (22).

 

De acordo com a pauta de distribuição, todas as doses são destinadas à conclusão do ciclo de imunização de grupos prioritários. São 404.242 doses para as pessoas de 60 a 64 anos (o equivalente a 71% do total) e 2.277 doses para trabalhadores das forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas (6% do grupo). As demais doses vão para reserva técnica.

 


“Vamos acelerar a distribuição para fazer com que mais pessoas completem o ciclo de vacinação, garantindo a completa imunização contra o vírus, por isso vale reforçar a importância das pessoas tomarem a segunda dose”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. “Queremos continuar fazendo a vacina chegar no braço dos paranaenses na maior velocidade possível”, reforçou ele.

 

VACINÔMETRO – O Paraná administrou até a tarde desta segunda-feira 5.032.954 doses da vacina anticovid. Dessas, 3.749.010 foram aplicações de primeiras doses e 1.283.944 segundas doses. Os dados são do Vacinômetro (https://localizasus.saude.gov.br/) do Sistema Único de Saúde (SUS), painel do Ministério da Saúde alimentado diretamente pelos municípios.

 

Das vacinas aplicadas, 49,1% foram vacinas da AstraZeneca, 45,6% da Coronavac (Instituto Butantan/Sinovac) e 5,3% da Pfizer/BioNTech.

 

Em números absolutos, as cidades que mais vacinaram são Curitiba (889.741 doses), Maringá (287.645 doses), Londrina (268.166 doses), Cascavel (149.343 doses) e São José dos Pinhais (141.024 doses). (Com AEN)

 

 

 

Governo autoriza aplicação de R$ 11,1 milhões para pavimentação de estradas rurais

O Governo do Estado autorizou a celebração de quatro convênios de pavimentação de 40 quilômetros de estradas rurais no Estado. Juntos, eles somam investimentos de R$ 11.178.692,37. Os municípios beneficiados são Bom Jesus do Sul, Capanema, Enéas Marques, Flor da Serra do Sul, Francisco Beltrão, Formosa do Oeste, Guaraniaçu, Pérola d´Oeste, Pinhal de São Bento e Salgado Filho.

 

Esses são os primeiros convênios de 2021, cerca de 7% do previsto para o ano. Os recursos fazem parte do Programa Estradas Rurais Integradas aos Princípios e Sistemas Conservacionistas – Estradas da Integração, gerenciado pelo Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável (Deagro), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.

 

Para o secretário Norberto Ortigara, a pavimentação das estradas com pedras irregulares é importante para os produtores rurais tanto no manejo de suas propriedades, que dependem da chegada de insumos, sementes e ração, quanto no escoamento das safras, contribuindo para o aumento da competitividade da agroindústria paranaense. “Uma estrada ruim resulta em custo maior”, afirmou.

 

Mas os benefícios não se restringem à atividade agropecuária. “Além da questão da safra, melhora também a qualidade de vida de quem mora na região e pode se locomover mais rapidamente, como as crianças para chegarem à escola ou os doentes transportados a hospitais”, reforçou o secretário.

 

O chefe do Deagro, Márcio da Silva, destacou que o projeto de pavimentação poliédrica com pedras irregulares tem também o objetivo de preservar os recursos naturais, por contribuir na conservação do solo nas propriedades. Por isso, o Programa Estradas da Integração é mais amplo. “Também capacita as administrações municipais nas técnicas de gestão, manejo e conservação dessas estradas”, disse.

 

VALORES – O convênio liberado para Enéas Marques prevê investimento de R$ 2.570.588,71 em 10,25 quilômetros. Pérola d´Oeste receberá R$ 1.499.153,66 para 4,4 quilômetros. Em Bom Jesus do Sul serão R$ 1.168.225,57 para pavimentar 4,2 quilômetros. Outros R$ 1.094.242,29 irão para Guaraniaçu, onde 4 quilômetros receberão as pedras irregulares.

 

Flor da Serra do Sul receberá 965.151,03 para pavimentar 3,5 quilômetros. Para Salgado Filho serão destinados R$ 926.952,00 a serem aplicados em 3 quilômetros, enquanto Pinhal de São Bento terá R$ 823.083,45 para investir em 2,630 quilômetros. O município de Formosa do Oeste receberá R$ 821.535,15 para pavimentar 3,14 quilômetros.

 

Para Francisco Beltrão estão destinados R$ 778.791,00 a serem investidos em 3 quilômetros, enquanto Capanema receberá R$ 530.969,51 para pavimentar 2,150 quilômetros.

 

PREVISÃO – A previsão é que este ano sejam pavimentados cerca de 750 quilômetros de estradas rurais no Estado, com investimento de mais de R$ 154 milhões em aproximadamente 200 convênios. (Com AEN)

 

 

 

Paraná avança na industrialização e tem o terceiro maior crescimento do País em 10 anos

O Paraná foi o terceiro estado que mais ganhou participação na produção da indústria de transformação brasileira na última década. O crescimento de 1,05 ponto percentual fez com que o índice passasse de 6,38% para 7,43%. De acordo com a pesquisa elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a evolução paranaense foi puxada pelos setores de Impressão e Reprodução, Produtos de Madeira, Veículos Automotores e Celulose e Papel.

 

O levantamento foi feito com base nos dados do Sistema de Contas Regionais (SCR) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e leva em consideração o intervalo entre os biênios 2007/2008 e 2017/2018. Apenas Pará (1,41) e Rio Grande do Sul (1,08) tiveram desempenho melhor neste recorte de 10 anos.

 

O resultado consolida o Paraná como o quarto maior polo industrial do País, atrás de São Paulo (30,68%), Minas Gerais (10,80%) e Rio de Janeiro (10,14%). E a tendência é de aumentar esse crescimento nos próximos anos, diante da atração de novos negócios.

 

“É uma demonstração da força do trabalho da nossa gente e também de que as grandes empresas veem o Paraná como um estado estratégico para investir. Grandes indústrias estão se instalando por aqui, o que se reflete também na geração de emprego”, destacou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. A indústria é responsável por 792.630 postos de trabalho ou 25% do emprego formal no Paraná.

 

Com saldo de R$ 93,7 bilhões, o Estado é também o quarto com maior participação no Produto Interno Bruto (PIB) da indústria no Brasil – com 7,1%, novamente atrás apenas de São Paulo (29,8%), Rio de Janeiro (11,4%) e Minas Gerais (10,9%).

 

Essa fatia, contudo, sobe para 37,6% quando se observa a soma das riquezas industriais apenas da Região Sul – Rio Grande do Sul tem 35,7% e Santa Catarina 26,7%. “Esse resultado é fruto de um esforço constante no Governo do Estado pela desburocratização, pelo incentivo ao bom ambiente para as empresas e por políticas públicas voltadas às nossas melhores qualidades, do campo à indústria”, ressaltou o governador.

 

A pesquisa aponta que a expansão se dá em virtude do desempenho de alguns segmentos em especial. Os Serviços de Utilidade Pública, por exemplo, respondem por 19,4% do PIB industrial paranaense, seguido pela Construção (17,4%), Alimentos (17,2%), Veículos Automotores (8,1%) e Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (6,8%).

 

“Percebemos uma onda de crescimento no Estado em todas as regiões de maneira uniforme. A paranaense já é a quarta maior indústria do País. E, por segmentos, vemos a relevância de setores como o automotivo, de alimentos, madeira e celulose”, afirmou o economista da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Evanio Felippe. Ele lembra que foi justamente durante o período do levantamento que o Estado assumiu o posto de segundo maior polo automotivo do País, atrás somente de São Paulo.

 

PRODUÇÃO INDUSTRIAL – Crescimento do passado que tem sequência no Estado. Ratinho Junior lembra que o resultado da produção industrial nos primeiros quatro meses de 2021 aponta crescimento de 18,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, terceiro melhor resultado do País. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média nacional de crescimento no período foi de 10,5%.

 

O resultado de abril de 2021, na comparação com o mesmo mês de 2020, foi ainda mais expressivo. Primeiro lugar do Sul e terceiro do Brasil, a produção industrial estadual avançou 55,1% no período, reflexo da recuperação econômica, já que abril de 2020 foi um dos meses mais restritivos da pandemia da Covid-19. No País, o crescimento foi de 34,7%.

 

“Diversos índices mostram, mês a mês, que o Paraná caminha para superar os obstáculos impostos pela pandemia na economia. O crescimento da indústria paranaense é um deles”, comentou Ratinho Junior.

 

No quadrimestre, a indústria de transformação do Paraná avançou em 11 dos 13 setores analisados pelo IBGE. O crescimento mais expressivo foi na fabricação de máquinas e equipamentos, que aumentou 59,5% no período.

 

Um bom exemplo dessa expansão é a Valmet. Instalada desde 2011 em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, a indústria especializada em tecnologias, serviços e automação para celulose, papel e energia passa pela pandemia sem sentir qualquer efeito da crise econômica. Pelo contrário. Cresceu em produção e na contratação de mão de obra durante todo o período. Atualmente conta com 500 colaboradores – 470 instalados em Araucária e outros 30 em Ortigueira, nos Campos Gerais, fruto de um contrato de fornecimento para o projeto de expansão da Klabin na região.

 

“A necessidade dos nossos clientes casada com a nossa opção por tecnologia e inovação ajudam a explicar esse bom momento. Já abrimos a planta em Araucária em processo de expansão por causa de um contrato muito grande que assinamos ainda em 2011”, disse o presidente da Valmet para a América do Sul, Celso Tacla.

 

Se destacaram também durante o quadrimestre a fabricação de produtos de madeira (49,7%); produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (41,2%); veículos automotores, reboques e carrocerias (41%); móveis (35,9%); produtos minerais não metálicos (34,1%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (25,5%); borracha e material não plástico (20,6%); outros produtos químicos (13,5%); bebidas (12,9%); e coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (10,3%).


ALIMENTOS – Um dos mais importantes produtores de alimento do mundo, o Paraná vê o crescimento consistente em diversas cadeias. Principal produtor nacional de proteína animal, o Estado produziu 1,5 milhão de toneladas de carne no primeiro trimestre de 2021, quase um quarto das 6,5 milhões de toneladas produzidas nos primeiros três meses em todo o Brasil.

 

Entre janeiro e março, foram abatidas 521,6 milhões de cabeças de bovinos, suínos e aves no Estado, 12,2 milhões de animais a mais que no mesmo período do no passado.

 

Enquanto o volume de carne reduziu no Brasil em relação ao primeiro trimestre de 2020, a produção paranaense cresceu 4,8% no período. Março foi o mês que liderou o abate, com a produção de 548,5 mil toneladas de carne de frango, suína e bovina, seguido do mês de janeiro (496,2 mil toneladas) e fevereiro (473,4 mil toneladas).

 

Números com viés de alta, especialmente após a chancela de área livre de febre aftosa sem vacinação conquistada em maio – o selo é dado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Mudança de patamar que cria a perspectiva de incremento no comércio internacional de proteínas animal.

 

Especializada em cortes de suínos, a Alegra, instalada em Castro, acompanha a movimentação do mercado com atenção. Com pouco mais de 1.600 colaboradores, a empresa planeja dobrar a produção em um curto espaço de tempo. Atualmente, são processadas na planta dos Campos Gerais 8 mil toneladas de carne por mês – 3.500 cabeças são abatidas diariamente. “Crescemos em torno de 10% no ano passado e estimamos crescer outros 10% neste ano”, afirmou Matthias Rainer Tigges, superintendente da Alegra.

 

O Paraná é o segundo maior produtor de suínos, segmento que teve aumento de 10,6% no primeiro trimestre de 2021. Foram 241,3 mil toneladas de carne produzidas e 2,5 milhões de porcos abatidos no período, 211 mil a mais que no mesmo período do ano passado.

 

O Estado ocupa também a vice-liderança na produção de leite. Entre janeiro e março de 2020 foram adquiridos 879,2 mil litros de leite cru, dos quais 879 mil litros acabaram industrializados. O volume foi 3,8% superior ao do primeiro trimestre de 2020. “Estamos instalados dentro da maior bacia leiteira do País com um crescimento médio de 10% ao ano”, afirmou Rogério Wolf, coordenador comercial de leite da Unium.

 

Intercooperação das Cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, a Unium é a segunda maior fabricante de leite do País e também está localizada na região dos Campos Gerais. Emprega mais de700 pessoas entre as sedes de Castro e Ponta Grossa.

 

MAIS INVESTIMENTOS – De acordo com a Invest Paraná, autarquia responsável pela atração de investimentos privados, o Estado soma mais de R$ 45 bilhões em atração de indústrias desde o início da atual gestão, em 2019. Entre os contratos confirmados e em andamento estão Klabin (R$ 11,7 bilhões), JBS (R$ 1,8 bilhão), Renault (R$ 1,1 bilhão), Heineken (R$ 865 milhões) e Prati Donaduzzi (R$ 650 milhões), entre outros.

 

“Desde o primeiro momento a cabeça do governador Ratinho Junior está voltada para o desenvolvimento do Estado, a atração de investimentos e a geração de empregos. Sem esquecer da infraestrutura, mas uma infraestrutura que possa facilitar a vida do cidadão e otimizar investimentos”, destacou o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin. (Com AEN)

 

 

 

Tecpar lança edital para participar da produção nacional da vacina pentavalente

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) lançou um edital de chamamento público para desenvolver parcerias com empresas farmacêuticas com o objetivo de produzir nacionalmente a vacina pentavalente. Com o edital, o Tecpar busca contribuir com o fornecimento da vacina que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e pneumonia/meningite.

 

Hoje, apenas seis empresas no mundo contam com a pré-qualificação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), processo que garante a qualidade, segurança e eficácia do insumo. Atualmente, o Ministério da Saúde adquire a vacina pentavalente da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), braço da OMS para as Américas.

 

No entanto, das seis empresas pré-qualificadas na OMS, cinco são de países cujo mercado da saúde no é regulado e, portanto, não possuem registro em órgão regulatório equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, explica que o processo de chamamento público busca preencher essa lacuna regulatória no País, além de contribuir com a autonomia do parque industrial da saúde brasileiro.

 

“Cumprindo seu papel como laboratório público oficial, o Tecpar lança edital para prospectar o mercado em busca de possíveis parceiros para transferência de tecnologia para fabricação e fornecimento de vacina pentavalente, garantindo transparência ao processo”, ressalta Callado.

 

O planejamento do Tecpar para a produção de vacinas, dentre elas a pentavalente, conta com o projeto, protocolado no Ministério da Saúde, para o desenvolvimento de uma planta multivacinas para atender o Programa Nacional de Imunizações (PNI). A implantação poderá ser viabilizada pelo Ministério da Saúde, como forma de ampliar os fornecedores públicos de vacinas no País e dar mais autonomia no fornecimento ao Brasil.

 

PENTAVALENTE – A vacina pentavalente protege crianças brasileiras contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e pneumonia/meningite. A vacina foi introduzida no calendário básico do Brasil a partir de setembro de 2012, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de aumentar as coberturas vacinais com a combinação de vacinas em uma mesma aplicação.

 

A vacina pentavalente é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade. A partir de 1 ano, o PNI recomenda que as crianças tomem reforços com a vacina tetravalente.

 

TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA – O edital prevê que as empresas interessadas possam participar de três fases: registro sanitário do produto em nome do Tecpar, fornecimento do produto pelo parceiro durante as etapas da transferência de tecnologia e transferência da informação técnica para a fabricação do produto.

 

Interessados devem enviar sua proposta até o dia 16 de agosto. O edital está disponível pelo link www.tecpar.br/form/chamamento-publico-001-2021. (Com AEN)

 

 

 

Após 20 anos de espera, Estado tira do papel projeto de desenvolvimento sustentável do Litoral

O diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do Instituto Água e Terra (IAT), José Luiz Scroccaro, perdeu as contas dos inúmeros projetos, reuniões, adequações e convencimentos que se obrigou a fazer para tirar do papel o maior projeto de transformação do Litoral do Paraná. Foram, disse ele, de cabeça, 22 anos de idas e vindas até conseguir colocar o “bloco na rua” com o lançamento nesta segunda-feira (21), pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, do edital de licitação da primeira fase das obras de recuperação da orla de Matinhos.

 

O investimento por parte do Governo do Estado é de R$ 377,85 milhões na revitalização de 6,3 quilômetros entre a Avenida Paraná e o Balneário Flórida. Recursos que saltam para R$ 502,6 milhões com a inclusão da segunda parte do projeto, a recuperação de 1,7 quilômetro entre os balneários Flórida e Saint Etienne, orçado em R$ 124,75 milhões. O prazo de conclusão é de 32 meses a partir da ordem de serviço.

 

“Fomos buscar o Scroccaro em casa, um técnico extremamente competente mas que já estava aposentado, para fazer a proposta de fato acontecer. Uma promessa que ouço desde quando era criança, quando visitava o Litoral com o meu pai, e que agora sairá do plano da teoria para beneficiar milhares de pessoas do Paraná”, destacou Ratinho Junior, durante o evento de lançamento no Palácio Iguaçu.

 

“Esse projeto contempla geração de empregos, desenvolvimento econômico, urbano e sustentável, além da preocupação com o meio ambiente. Não aguentava mais ver Santa Catarina virar Miami e o Paraná o Haiti”, completou.

 

O governador reforçou que a reestruturação da região a partir da orla de Matinhos vai além de melhorar a infraestrutura para quem costuma passar a temporada de verão nas praias paranaenses. Segundo ele, o objetivo é mitigar os efeitos causados pela erosão marinha e também contribuir para o controle das cheias na região. Ou seja, uma ação permanente que pretende acabar com as cheias e enchentes tão comuns na cidade, com reflexo em aspectos sanitários e de saúde.

 

“É o maior investimento em uma orla na América do Sul. Vamos melhorar a condição da praia, com a engorda da faixa de areia tão aguardada pela população, mas vamos também melhorar a vida de quem mora em Matinhos e sempre sofreu com enchente na porta de casa. Por isso faço questão de reforçar que essa ação é econômica, social e sustentável”, afirmou Ratinho Junior, lembrando que o pacote para e região contempla ainda os projetos de duplicações (JK e PR-407), a ponte ligando Matinhos a Guaratuba e a transformação da residência oficial da Ilha das Cobras na Escola do Mar.

 

O governador ressaltou que o projeto contempla não só a manutenção como também a ampliação da área de restinga, com a implantação de mais 75 mil metros quadrados de vegetação. Passarelas serão construídas para facilitar o acesso à faixa de areia também como forma de preservar o espaço natural. Segundo ele, a revitalização contempla projeto embasado e preocupação com a preservação do meio ambiente.

 

Além disso, serão plantadas espécies nativas – Jerivá, Ipê-amarelo e Angelim Rosa – na recuperação do paisagismo da orla marítima. “E isso vai impulsionar o turismo, especialmente o turismo de natureza, que é aquele que mais vai crescer nos próximos anos. Faremos com que conheçam o coração da Mata Atlântica, que fica no Paraná”, comentou o governador.

 

OBRAS – Esta fase inicial do projeto de Recuperação da Orla de Matinhos compreende os serviços de engorda da faixa de praia por meio de aterro hidráulico, estruturas marítimas semirrígidas, canais de macrodrenagem, redes de microdrenagem (22,7 mil metros), revitalização urbanística da orla marítima com o plantio de árvores nativas, bem como a pavimentação asfáltica (62,3 mil metros quadrados) e a recuperação de vias.

 

“O Litoral era uma locomotiva que estava parada, esquecida. Essa obra vai resolver um dos maiores problemas da cidade: os constantes alagamentos. E beneficiar também quem quer descansar na praia. Um investimento que não é só de Matinhos, mas dos sete municípios litorâneos”, disse o prefeito de Matinhos, José Carlos do Espírito Santos, o Zé da Ecler, destacando que somente no engordamento da faixa de praia serão instalados 2,7 milhões de metros cúbicos de areia, com o avanço da área estimado de 70 a 100 metros.

 

Nos primeiros 6,3 quilômetros, da Avenida Paraná até o Balneário Flórida, serão instalados também dois guias correntes, dois headlands e um espigão. Haverá, ainda, a instalação de novos equipamentos urbanos, como ciclovia, pista de caminhada e corrida, pista de acessibilidade e calçada.

 

“É um momento histórico para o Paraná. Um compromisso de responsabilidade e governança, com cuidado com o meio ambiente, a erosão marinha, o turismo e a geração de emprego e renda”, afirmou o Secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes.

 

Ao fim da apresentação, entre cumprimentos e sorrisos, Scroccaro não escondeu a emoção. “São 22 anos de muito trabalho e dedicação de uma equipe espetacular. Enfim, levaremos essa obra fantástica para os paranaenses graças a um governador que aceitou o desafio e resolveu tocar a bola para frente”, disse o pai do projeto.

 

REPERCUSSÃO – A repercussão foi imediata entre o setor produtivo e empresários que vislumbram um novo futuro no Litoral. “Esse investimento é fantástico, significará uma nova realidade para a região. Poderemos dizer que o Paraná terá um litoral antes e outro depois deste projeto”, destacou o presidente da Serra Verde Express e do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado do Paraná, Adonai Aires de Arruda.

 

“Estruturar o Litoral do Paraná é apostar na nossa vocação para o turismo. E especialmente beneficiar os menos privilegiados, que sofrem com qualquer chuva mais forte”, acrescentou o presidente do Movimento Pró-Paraná, Marcos Domakoski.


LICENCIAMENTOS – A parte que será licitada também já conta com todos os licenciamentos. Foi emitido o Licenciamento Prévio (LP) para as obras de micro e macrodrenagem e o Licenciamento de Instalação (LI) para o engordamento da faixa de areia, a revitalização paisagística e as infraestruturas existentes no projeto.

 

PRESENÇAS – Participaram do lançamento do edital o vice-governador Darci Piana; os secretários Guto Silva (Casa Civil) e Sandro Alex (Infraestrutura e Logística); o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o diretor-presdiente do Instituto Água e Terra (IAT), Everton Souza; o diretor-geral do DER-PR, Fernando Furiatti; o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano; o líder do Governo na Assembleia, Hussein Bakri; os deputados estaduais Alexandre Curi, Galo, Nelson Justus e Delegado Francischini; o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador José Laurindo de Souza Netto; a subprocuradora-geral para Assuntos de Planejamento Institucional do Ministério Público do Paraná, Samia Saad Gallotti Bonavides; Eduardo Ratton, representando o Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura; o presidente do Instituto de Engenharia do Paraná, Horácio Guimarães; o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná, Ricardo Rocha de Oliveira; o presidente da Associação dos Municípios do Litoral e prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque; o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, Ágide Meneguette; e o representantes dos pescadores de Matinhos, Lopes Fabiano Ramos. (Com AEN)

 

 

 

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