Chuvas em Curitiba ficam pouco acima da média em janeiro; Oeste ainda sofre com estiagem

Choveu 194,20 milímetros (mm) em Curitiba nos 31 dias de janeiro. Esse volume ajudou a cidade a bater a média histórica para o período, estimada em 184,97 mm, e a encerrar um rodízio de quase dois anos no abastecimento de água de toda a região metropolitana – a estratégia de revezamento foi adotada pela Sanepar para amenizar os efeitos da mais severa estiagem dos últimos anos.

Além da Capital, outras 12 cidades apresentaram precipitação maior do que esperado: Cambará (+30 mm), Cândido de Abreu (+10 mm), Cascavel (+11 mm), Fernandes Pinheiro (+30 mm), Guaratuba (+77 mm), Paranaguá (+8 mm), Paranavaí (+14 mm), Pinhais (+66 mm), Ponta Grossa (+24 mm), Santo Antônio da Platina (+2 mm), Telêmaco Borba (+8 mm) e União da Vitória (+9 mm). Já Cornélio Procópio atingiu 167,6 mm ante uma expectativa de 168,3 mm, ou seja, dentro da marca histórica.

O levantamento do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo (Sedest), leva em consideração as estações meteorológicas instaladas pelo órgão em diferentes pontos do Estado.

“Tivemos grandes variações em janeiro. Em cidades como Guaratuba e Curitiba foram mais dias com chuvas e também com chuvas mais expressivas”, afirmou o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.

A precipitação acima da média, contudo, ficou mais concentrada na parte Leste do Estado. Muitas cidades das regiões Oeste e Noroeste seguem em estado de alerta, se adaptando aos efeitos de seca prolongada. Em Foz do Iguaçu, por exemplo, o déficit foi de 80 mm. Em Altônia a anomalia foi de 70 mm, seguida por Cianorte (66 mm), Londrina (61 mm) e Umuarama (51 mm).

“Nessas regiões o clima ficou mais seco que, associado a uma temperatura elevada, resultou em uma onda de calor severa”, destacou Kneib.

RODÍZIO – A Sanepar interrompeu no mês passado o rodízio no abastecimento de água em Curitiba e região. Reflexo da volta das chuvas mais intensas que permitiram aos reservatórios que compõem o Sistema de Abastecimento Integrado (Saic) ultrapassar o nível médio de 80% da capacidade, marca considerada segura pela companhia para encerrar o revezamento, além de obras de R$ 250 milhões realizadas nesse período.

Atualmente, segundo a Sanepar, o índice é de 86,05%, volume composto pelas barragens do Iraí (96,72%), Passaúna (65,42%), Piraquara 1 (85,18%) e Piraquara 2 (100%). Foram ao todo 649 dias de rodízio, implementado em março de 2020.

Nesse período, ainda de acordo com a empresa, o rodízio e todas as medidas implementadas junto à população geraram economia de 89,8 bilhões de litros de água. “Mesmo sem chuva constante, não teremos rodízio nos próximos 12 meses”, disse o presidente da estatal, Claudio Stabile.

Assim como Curitiba, o rodízio foi interrompido também nas cidades de Clevelândia, Pranchita e Santo Antônio do Sudoeste.

 

 

 

 

 

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Comércio e indústria representam 55% dos empregos formais gerados no Paraná em 2021

O Paraná fechou 2021 como o Estado que mais gerou empregos formais na Região Sul do País.

Foram 172.636 novas vagas entre janeiro e dezembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda-feira (31). O número representa 6,3% do total de vagas criadas no País e foi impulsionado principalmente pelo setor de comércio e indústria, que, juntos, neste ano, foram responsáveis por 55,25% dos empregos gerados no Estado.

O comércio lidera o número de vagas geradas, concentrando 48.722 postos de trabalho no período, o equivalente a 28,22% do total. Na sequência, estão os setores da indústria, com saldo de 46.667 vagas (27,03% do total); serviços, com 40.865 vagas (23,67%); construção, com 10.653 vagas (6,17%); e agricultura e pecuária, com 3.303 vagas (1,91%).

A alta no número de vagas no comércio foi impulsionada principalmente pelas atividades de reparação de veículos automotores e motocicletas. O economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Thiago Quadros, explica que um dos fatores que contribuíram para o salto neste setor, principalmente em comparação com a indústria, foi a movimentação econômica, impulsionada pela vacinação em massa no Estado.

 “No ano passado tivemos a vacinação e isso possibilitou que ocorresse uma maior flexibilização nas atividades econômicas. As que tinham maior restrição puderam voltar quase que normalmente. Essa nova normalidade possibilitou que os outros setores se recuperassem e tivessem desempenho superior ao da indústria”, disse.

Na indústria, tiveram destaque os segmentos industriais de transformação e extrativo; água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação; eletricidade e gás.

Segundo o economista, o bom desempenho da geração de empregos no setor vem desde 2020, mas em 2021 o resultado se consolidou ainda mais, com o dobro do número de vagas. Para ele, isso ocorreu em razão do perfil versátil da indústria paranaense.

 “Temos setores diversos, desde o automotivo, madeireiro, móveis e vestuário. É uma economia que tem diversificação e isso acaba ajudando a passar por momentos de crise, porque quando alguns setores estão sofrendo um pouco mais, outros setores podem contribuir na geração de empregos”, ressaltou.

O especialista ainda destaca a influência do agronegócio no resultado, já que algumas atividades que lideram a produção industrial fazem parte dessa cadeia produtiva. “Nós vemos isso no setor de alimentos, máquinas e equipamentos. São algumas atividades que estão sendo produzidas para atender o agronegócio”, arrematou.

SERVIÇOS – A alta de novas vagas dentro do setor de serviços foi impulsionada pelas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 40.865 postos — 23,67% do total.

As áreas de administração pública — defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais — ficaram em segundo lugar, com saldo de 11.244 vagas, representando 6,51% do total.

Outros segmentos que integraram a alta dos serviços foram alojamento e alimentação (8.831 vagas, 5,11%); transporte, armazenagem e correio (5.780 vagas, 3,34%); e artes, cultura, esporte e recreação (1.099, 0,63%). Outras atividades de serviços ainda somam 2.426 postos (1,40%).

CONSTRUÇÃO – Outra área com saldo positivo foi a de construção, com 10.653 vagas geradas, representando 6,17% do total. O vice-presidente de banco de dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), Marcos Kahtalian, relata que o saldo positivo foi impulsionado pelo aquecimento do mercado imobiliário em 2021.

“O crédito imobiliário foi responsável pelo crescimento porque expandiu 46% em relação a 2020. Isso gerou impulso na contratação de mão de obra, e é um número bem expressivo porque estamos falando de carteira assinada, um emprego de qualidade”, ressaltou.

Para Kahtalian, o setor impacta todo o Estado, já que a atividade não está concentrada apenas em grandes cidades. “A construção está espalhada por muitos municípios, movimentando uma cadeia que envolve pequenos fornecedores, loja de material, pequenos serviços da construção civil, dinamiza muito a economia”, disse.

De acordo com o especialista, uma série de empregos são gerados por consequência dos avanços na construção, em áreas como o mercado imobiliário, setor moveleiro, decoração, arquitetura, mudanças, transporte, entre outros.

CENÁRIO NACIONAL – No Brasil, o setor de serviços liderou a criação de empregos no acumulado de janeiro a dezembro, com 1.226.026 de vagas: a área é responsável por 44,89% do saldo nacional de 2.730.597 postos. O comércio veio em segundo lugar, com 643.754 vagas (23,57%), seguido pela indústria, com 475.141 (17,40%), construção, com 244.755 (8,96%), e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com 140.927(5,13%).

 

 

 

 

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IDR-Paraná lançará novas cultivares de soja, maracujá e mandioca no Show Rural

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) prepara o lançamento de cinco novas cultivares no Show Rural, que será realizado entre os dias 7 e 11 de fevereiro no Parque Tecnológico de Cascavel (Oeste do Estado). O evento é uma promoção da Coopavel Cooperativa Agroindustrial.

São três cultivares de soja para cultivo orgânico, direcionadas a produtores interessados no mercado de alimentação saudável, uma nova opção de maracujá-amarelo e outra de mandioca para a indústria. As novidades serão apresentadas na quarta-feira (9), em evento dirigido a produtores, técnicos, dirigentes e lideranças do agronegócio.

“Uma nova cultivar é sempre uma resposta atualizada a demandas, dificuldades e anseios dos produtores. Esses materiais que agora lançamos não apenas solucionam problemas, mas apontam para um cultivo mais produtivo, rentável e ambientalmente sustentável”, afirma o diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza. 

SOJA – As cultivares IPR Basalto, IPR Petrovita e IPR Pé-Vermelho, de soja, produzem grãos de sabor delicado e que podem ser usados em preparações culinárias sem tratamento térmico preliminar. “Eliminamos as enzimas que dão gosto desagradável e dificultam o consumo da soja na alimentação humana”, explica o pesquisador Wilmar Ferreira Lima. 

Os novos materiais têm ciclo precoce, alto potencial produtivo, bom desempenho frente às principais doenças que atingem lavouras de soja e ampla adaptação, sendo indicadas para regiões produtoras de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

MARACUJÁ-AMARELO – IPR Luz da Manhã é a primeira cultivar da espécie de maracujá-amarelo desenvolvida no Paraná. Destaca-se pela qualidade superior e dupla aptidão — a produção pode ser destinada tanto ao mercado de frutas frescas como para a indústria de polpa congelada.

Resultado de estudos conduzidos a partir de oito linhagens, IPR Luz da Manhã pode render até 30 toneladas por hectare, às quais é possível somar outras 50 toneladas se o produtor optar por um segundo ciclo de produção — mas essa última opção é recomendada apenas para zonas livres do vírus do endurecimento dos frutos, o CABMV.

A cultivar Luz da Manhã é indicada para regiões mais quentes, com pouca ocorrência de geadas.

MANDIOCA – Própria para a obtenção de farinha e de fécula, IPR Paraguainha, da mandioca, se destaca pelo bom rendimento de amido no processamento industrial. No campo, é cerca de 30% mais produtiva que as cultivares atualmente disponíveis no mercado. 

Indicada para plantio direto ou convencional, a nova cultivar apresenta resistência moderada às principais doenças que afetam plantios de mandioca. As plantas têm porte médio, o que facilita os tratos culturais na lavoura. A IPR Paraguainha pode ser cultivada tanto em solos de alta fertilidade, argilosos, como em terrenos com maior teor de areia. É indicada para plantio em todas as regiões produtoras do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

SHOW RURAL – O Show Rural é uma realização da Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel) e tem início segunda-feira (7). Em sua 34ª edição, é considerado um dos mais importantes eventos voltados à divulgação de tecnologias agrícolas no País.

Serviço

Lançamento de cultivares de soja, maracujá e mandioca

Data: 9 de fevereiro, quarta-feira

Horário: 9 horas

Local: Estande do IDR-Paraná (antiga Casa do Iapar) no Show Rural - BR 277, km 577 | Cascavel – PR

 

 

 

 

 

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