Tecnologia e novos conteúdos tornam aulas da rede estadual muito mais interativas

Com as mudanças do Novo Ensino Médio e a implementação de novas tecnologias na escola, as salas de aula da rede estadual do Paraná estão mais dinâmicas e interativas.

Os estudantes, agora, aprendem sobre temas como cultura digital e organização das finanças — e fazem isso com o auxílio de plataformas digitais e de conteúdos multimídia, que os professores podem apresentar por meio de TV e computador, presentes em cada uma das 22,5 mil salas de aula da rede.

Os irmãos João Pedro Michalski Ribeiro, 19, e Ana Luiza Michalski Franco, 15, testemunharam essas transformações. Os dois passaram pelo Colégio Estadual Leôncio Correia, em Curitiba, mas ele terminou o ensino médio em 2021, enquanto ela ingressou em 2022, no primeiro ano.

“No meu ensino médio, a gente quase nunca podia usar o celular para fazer pesquisa no Google. O professor passava alguns vídeos, uma vez ou outra, e passava alguns slides, mas era algo muito raro mesmo”, conta João. Apesar disso, o jovem, que hoje é militar da Força Aérea Brasileira, conta que gostava de usar, por conta própria, um aplicativo para auxiliá-lo nos estudos.

Já para Ana Luiza, o cotidiano escolar conta com o uso mais frequente de ferramentas digitais. “Os professores usam a TV e o computador, e eu acho isso muito bom”, diz a estudante. “Parece que a aula flui melhor e dá para apresentar bastante coisa durante uma aula só”.

Desde 2021, a Educação Financeira passou a fazer parte da matriz curricular de todo o ensino médio da rede estadual. A partir de 2022, com o Novo Ensino Médio, a disciplina ganhou ainda mais espaço, com duas aulas semanais.

“Eu acho muito bom que tenha Educação Financeira, porque antes a gente não tinha visto nada. A gente está aprendendo a mexer no dinheiro e a pensar sobre o futuro financeiro”, diz Ana. A aluna, que diz gostar muito de fazer contas, pretende até escolher o itinerário formativo de Ciências da Natureza e Matemática no 2º ano do ensino médio.

João, que concluiu o 3º ano do ensino médio em 2021, chegou a ter aulas de Educação Financeira também. “Sem dúvida alguma, foi uma matéria que realmente abriu muito a minha mente. Ela me fez pensar diferente”, afirma. “É algo que eu gostaria de ter tido no 1º e no 2º ano do ensino médio”.

Para o jovem, a irmã está tendo uma ótima oportunidade de estudar conteúdos que contribuem tanto para a vida profissional quanto para a formação como cidadão. “O conselho que eu dou para alguém que esteja no Novo Ensino Médio é se jogar nos estudos, porque se você se dedicar agora, vai colher muitos frutos lá na frente”, diz.

Para Marcello Monteiro, diretor-geral do Colégio Estadual Leôncio Correia, as novas propostas de conteúdos e de ferramentas tecnológicas preparam o aluno para o mundo real. “Esses conteúdos, bem trabalhados, vão agregar na formação do aluno. Ter uma noção de Educação Financeira, por exemplo, é sensacional”, afirma. “No laboratório, nas aulas de Pensamento Computacional, eles têm noções de gamificação e raciocínio lógico, que são cobrados até em testes para empresas”. 

Dentro dessa proposta de preparação dos jovens em suas trajetórias acadêmicas e profissionais, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) também disponibilizou no último ano os aplicativos Inglês Paraná para mais de 400 mil estudantes e o Redação Paraná para toda a rede estadual.

NOVO ENSINO MÉDIO – A partir de 2022, teve início a implementação do Novo Ensino Médio, previsto pela Lei Federal nº 13.415/2017. O modelo propõe aumento de carga horária e uma nova organização curricular, com o objetivo de incentivar o papel protagonista dos estudantes, valorizando suas aptidões e interesses.

No Paraná, os estudantes do 1º ano passaram a ter disciplinas como Pensamento Computacional, Projeto de Vida e Educação Financeira. No 2º ano do ensino médio, eles podem escolher um itinerário formativo, para aprofundar seus conhecimentos em Linguagens e Ciências Humanas ou Matemática e Ciências da Natureza.

EDUCATRONS E INTERNET – No primeiro semestre de 2022, foram entregues kits Educatron para todos os colégios e salas de aula da rede estadual. Eles consistem em smart TV 43'', computador, webcam, microfones, teclado com mouse pad e pedestal regulável. O equipamento pode ser usado, por exemplo, para apresentação de conteúdo multimídia em sala de aula e para videochamadas com outros professores ou palestrantes. Além disso, as escolas também foram equipadas com pontos de acesso wi-fi.

 

 

 

 

 

 

 

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 Estado lança oportunidades de capacitação e credenciamento para profissionais do turismo

A 91ª Reunião Ordinária do Conselho Paranaense do Turismo (Cepatur) aconteceu nesta quinta-feira (09) durante a Expo Turismo, em Curitiba.

Entre as pautas estiveram o lançamento da Portaria IAT nº 194/2022, que prevê a abertura do Edital de Credenciamento para profissionais da área atuarem com o turismo de aventura e ecoturismo nas Unidades de Conservação Estaduais administradas pelo Instituto Água e Terra e a apresentação dos cursos do “Turismo em Foco”, desenvolvidos em parceria pela Paraná Turismo e o Senac, voltados à capacitação de profissionais.

Esta foi a primeira reunião do secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza, como presidente do Cepatur. De acordo com ele, o Estado tem a importante missão de estruturar a política pública para o setor e o Conselho oferece esse auxílio. “O investidor no Paraná tem que ser tratado com muito carinho. Criar um solo fértil para ele é uma preocupação do governador e a Secretaria faz esse trabalho articulado. A nossa obrigação é cortar as amarras para deixar os empreendimentos voarem com segurança jurídica”, disse.

Ele destacou, ainda, o papel do IAT, vinculado à Sedest, no licenciamento de diversas atividades ligadas ao turismo, especialmente o náutico, como rafting, por exemplo.

A reunião contou também com a presença do secretário executivo do Ministério do Turismo, Marcos José Pereira. “Temos muito o que trabalhar no Brasil para criar mecanismos mais favoráveis para que o empresário invista neste setor. Nós estamos competindo com o mundo, não somente com os estados vizinhos, e nosso país é abençoado, com lugares maravilhosos e belezas cênicas”, disse.

Ele reforçou que a iniciativa de capacitar profissionais da área é o primeiro passo para esse ambiente mais favorável. “Para termos ofertas com mais qualidade, temos que pensar em qualificação profissional”, completou.

O Cepatur é composto por mais de 50 instituições trabalhando em conjunto para o desenvolvimento do turismo do Paraná. O diretor-presidente da Paraná Turismo, Irapuan Cortes, destacou o ambiente favorável da Expo Turismo para a realização da reunião do Cepatur. “Entendemos que essas feiras são fundamentais para mostrar o Paraná como um destino turístico”, afirmou.

CAPACITAÇÃO – Os cursos ofertados no site do SENAC são gratuitos e podem ser feitos por pessoas de 16 anos ou mais. A oferta foi lançada em março deste ano e já conta com 1.200 inscritos. A ação integra as políticas do Governo do Estado que visam a retomada econômica e o retorno da demanda turística pós-pandemia. Entre os objetivos está o de qualificar as pessoas que atendem os turistas e as atividades relacionadas ao setor, como hospedagem, gastronomia e turismo de aventura.

A parceria deve acontecer durante todo o ano de 2022, com abertura de novas turmas. Cada curso tem seu prazo de inscrição diferenciado e foi elaborado de acordo com a demanda identificada nas cidades.

O conteúdo foi embasado em pesquisas feitas pela Paraná Turismo e a Fecomércio com as Instâncias de Governança Regionais (IGRs). A partir do levantamento, foram criados 17 títulos com a oferta de 8.250 vagas em 31 turmas. Entre os conteúdos está marketing digital, empregabilidade, turismo no espaço rural, design turístico, biodiversidade, condutor de turismo de aventura, entre outros.

Das ofertas, 23 são cursos em formato presencial, totalizando 547 vagas, e outras oito turmas são por Educação a Distância (EAD), com 800 vagas disponíveis. De acordo com o Senac, existe a possibilidade de abrir novas turmas, conforme a demanda. A capacitação conta com a atuação de diversas entidades, como Fecomércio e Sebrae Paraná, além da Paraná Turismo e do SENAC.

O superintendente do Sebrae Paraná, Vitor Roberto Tioqueta, afirma que o turismo não cresce sozinho e precisa do trabalho de várias instituições, cada uma no seu conhecimento. “Para nós, é um imenso prazer essa parceria com o Estado para qualificar os profissionais da área. Todas as instituições envolvidas nesse processo entendem que quanto mais pessoas capacitadas tivermos, melhor é a retomada do setor com qualidade”, disse.

EDITAL – O Edital de Credenciamento para profissionais do turismo de aventura e ecoturismo nas Unidades de Conservação visa garantir segurança ao usuário e ao turista. Os interessados precisam apresentar, além da capacitação profissional, uma série de documentos junto ao IAT.

“Todos aqueles que operam com atividades permitidas dentro das Unidades de Conservação abertas à visitação no Estado precisam agora se credenciar. Eles devem apresentar documentação, com certidões que demonstrem que ele tem capacidade de atuar de forma segura”, destacou o diretor de Políticas Ambientais da Sedest e diretor do Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto.

Para a diretora técnica da Paraná Turismo, Isabella Tioqueta, o edital vem ao encontro com a demanda imposta na pandemia e com a necessidade de possuir profissionais qualificados no Estado.

“Isso garante ao turista que ao entrar em uma UC ele será apoiado por uma pessoa que já conhece o local, oferece segurança e vai poder auxiliá-lo na sua aventura. Principalmente nesse período de pandemia, os turistas começaram a buscar mais as áreas naturais para sair de casa, então ter um turismo de forma segura e organizada é primordial para alavancar o desenvolvimento econômico desse setor”, disse.

Para os profissionais atuarem no turismo de aventura nas UC’s, o Senac oferece o curso de qualificação profissional para este fim. É um dos cursos com maior carga horaria (240 horas) e aulas práticas.

UC’s contempladas por este Edital de Credenciamento:

Parque Estadual Pico do Marumbi

Parque Estadual do Palmito

Parque Estadual do Rio da Onça

Parque Estadual Serra da Baitaca

Parque Estadual do Monge

Parque Estadual do Cerrado

Parque Estadual do Guartelá

Parque Estadual do Lago Azul

Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo

Parque Estadual de Ibicatu

Parque Estadual de São Camilo

Parque Estadual da Cabeça do Cachorro

Parque Estadual do Rio Guarani

Parque Estadual Pico Paraná

Parque Estadual Salto São Francisco da Esperança

Parque Estadual da Ilha do Mel

Monumento Natural Salto São João

Parque Estadual de Ibiporã

Parque Estadual Mata São Francisco

Parque Estadual de Campinhos

 

 

 

 

 

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 Participação de atletas no Paraná Bom de Bola aumenta 53% em 2022

A participação de atletas na competição Paraná Bom de Bola, que teve sua primeira edição em 2021, cresceu 53% na segunda edição, iniciada em maio este ano. Foram 6.534 atletas competidores no ano de lançamento e cerca de 10 mil em 2022.

A competição organizada pelo Governo do Estado, por meio da Superintendência do Esporte, engloba disputas entre seleções municipais em diferentes faixas etárias, em única modalidade, em suas diversas categorias, além de desenvolver o futebol feminino.

Para o diretor de Esportes da Superintendência Geral do Esporte, Cristiano D'el Rei, o resultado já foi considerado muito bom na edição passada, por ser o ano de lançamento e em meio à pandemia. “A competição só teve a fase regional por conta da impossibilidade de utilizar os alojamentos e refeitórios com um volume grande de pessoas e, mesmo assim, a participação foi bastante significativa”, disse.

Neste ano, mesmo com a previsão de mais equipes com o abrandamento da Covid-19, os números superaram as expectativas. “São cerca de 10 mil atletas nas disputas, uma forma de fomentar significativamente a atividade esportiva, incentivar a modalidade e desenvolver a categoria feminina”, completou.

BALANÇO – Na 1ª edição, o Paraná Bom de Bola contou com 300 equipes, sendo 24 no feminino e 116 no masculino sub-16, 116 equipes no sub-21 e 44 no master 50+, somando 6.534 atletas de 127 cidades.

Guaratuba, Carambeí, Cornélio Procópio, Florestópolis, Marialva, Umuarama, Goioerê, Planalto, Coronel Vivida, Guarapuava, Marechal Cândido Rondon e Jardim Alegre foram as 12 cidades-sede. O evento esportivo seguiu os protocolos sanitários, com diretrizes respeitadas por todos os envolvidos nas competições: staff, atletas, dirigentes, arbitragem e toda a comunidade esportiva do Estado.

A 2º edição, iniciada em maio deste ano, ocorre também em 12 cidades-sede: Campo Largo, Tibagi, Ribeirão do Pinhal, Cambira, Sarandi, Iporã, Boa Esperança, Corbélia, Verê, Quedas do Iguaçu, Missal e Marilândia do Sul, com participação de 167 municípios. São mais de 10 mil atletas das categorias sub-16 (feminino e masculino), sub-21 (masculino) e master (masculino). Ao todo, serão 357 equipes competindo – 327 masculinas e 30 femininas.

A fase regional, que terminou no dia 5 de junho, foi dividida em quatro fins de semana. Os resultados podem ser conferidos AQUI.

Os campeões da fase regional vão disputar a fase macrorregional, entre os dias 29, 30 e 31 de julho, em São Mateus do Sul, Arapongas, Moreira Sales e Palotina. A fase final acontecerá entre os dias 10 e 15 de novembro no município de Goioerê.

Cristiano alerta que os cuidados contra a Covid-19 continuam sendo tomados em todas as etapas do Paraná Bom de Bola. “Seguimos com a proposta de avançar para as macrorregionais esse ano, onde os atletas ficarão hospedados nos alojamentos, mas ainda com todo cuidado e seguindo os protocolos, que exigem o uso de máscaras e álcool em gel”, explica o diretor de Esportes.

O coordenador dos Jogos de Rendimento do Paraná, Emerson Venturini “Milico” está com uma expectativa muito positiva para os próximos anos. “Esse ano tivemos um acréscimo de 30% no número de municípios inscritos em relação ao ano de 2021. É um indicador de que a competição recém-criada já é um sucesso”, afirma.

 

 

 

 

 

 

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 Líder nacional na produção de cevada, Paraná inicia plantio em 74 mil hectares

Os produtores de cevada do Paraná iniciaram este mês o plantio da gramínea típica do período de inverno.

O Paraná é o principal produtor do País, responsável por cerca de 70% do abastecimento nacional. Dados do início da safra são apresentados pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente ao período de 3 a 9 de junho.

De acordo com o último levantamento de estimativa de safra do Deral, divulgado no fim de maio, a cultura da cevada deve ocupar área aproximada de 74 mil hectares. Neste início de mês, pelo menos 5% já estão semeados. O mesmo prognóstico aponta colheita de 345,8 mil toneladas. Se houver confirmação, o crescimento será de cerca de 17% em relação às 296,8 toneladas do ano passado.

A região de Guarapuava (Centro-Sul) é a que mais se destaca em produção dentro do Estado. Em 2021, foi responsável por 64% da colheita. Dos 45,5 mil hectares plantados saíram 188,8 mil toneladas de grãos com excelente qualidade. Agora, apesar de a área prevista nessa região ser de 44 mil hectares (redução de 3%), a produção pode chegar a 222,2 mil hectares, segundo a última estimativa. Assim que as chuvas reduzirem, o plantio ganha força no núcleo de Guarapuava.

TRIGO, FEIJÃO E MILHO – As chuvas nas regiões Sudoeste e Sul do Estado também impediram aceleração maior no plantio do trigo. No entanto, ainda que atrasem momentaneamente esse processo, elas podem gerar ótimas condições para o desenvolvimento do cereal assim que as semeadoras retornarem ao campo.

Para os produtores de feijão, as chuvas interromperam ou trouxeram maior lentidão à colheita. Até agora, 67% da produção já foi retirada do campo. A previsão é que o restante seja colhido nos próximos 15 dias. No entanto, segundo os produtores, as condições de umidade podem resultar em redução na produtividade e na qualidade do feijão.

O boletim registra ainda que 26% da área de 2,7 milhões de hectares semeada com milho de segunda safra no Estado atingiu a fase de maturação. Isso garante mais proteção diante de eventuais geadas e, em consequência, a manutenção da previsão atual em relação à produtividade. No entanto, o restante ainda está sujeito a um impacto maior, a depender das condições climáticas.

SUÍNOS E OVOS – O documento registra, ainda, que o Paraná, segundo maior produtor de suínos do Brasil, foi responsável por 263,2 mil toneladas de carne suína no primeiro trimestre do ano. Isso representa aumento de 9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No Brasil, o aumento foi de 7%, com produção de 1,2 milhão de toneladas.

Em ovos e ovoprodutos, o Brasil conseguiu expressivo aumento de 68,8% em exportações, quando se compara 2021 a 2020, saindo de 15.140 toneladas para 25.557 toneladas. O faturamento aumentou de US$ 47,9 milhões para US$ 76 milhões (58,7% a mais). No Paraná, segundo maior exportador, a elevação foi de 35,2% em volume, chegando a 6.398 toneladas em 2021, e de 42,8% em faturamento, com a entrada de US$ 22,8 milhões.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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