O Paraná contará com uma metodologia própria para medir os índices de inflação de alimentos e bebidas.
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) lança na próxima quinta-feira (15) o Índice de Preços Regional (IPR), que vai calcular mensalmente a variação no preço de 35 produtos da cesta em seis cidades: Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu. Com o cálculo dos valores dos maiores municípios, onde vive um terço da população paranaense, o Ipardes terá um indicador médio da inflação de todo o Estado.
O levantamento utiliza os registros fiscais da Receita Estadual do Paraná, extraídos para uma amostra elaborada pelo instituto, de 366 estabelecimentos comerciais de diferentes portes. “É uma iniciativa inédita no Paraná, na qual trabalhamos em conjunto com a Receita Estadual e a Secretaria da Fazenda para levantar a taxa de variação dos itens a partir das notas fiscais eletrônicas do comércio”, explica o diretor-presidente do Ipardes, Marcelo Curado.
Entre os itens avaliados estão arroz, feijão, macarrão, batata, queijo, cerveja, café, frutas, carnes e outros produtos que compõem a maior parte das compras mensais dos paranaenses, definidos a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A lista com variação detalhada de cada item, nas seis cidades analisadas, ficará disponível em um painel interativo no site do Ipardes, com os recortes mensais, no acumulado do ano e no acumulado de doze meses.
ABRANGÊNCIA – O diretor de estatística do Ipardes, Daniel Nojima, ressalta que, por atender outras cidades paranaenses além de Curitiba, o IPR consegue fazer uma radiografia mais abrangente da inflação de alimentos no Estado, em linha semelhante ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, que analisa o contexto nacional.
“O IPCA é levantado nas principais regiões metropolitanas de capitais do País. Aqui, no Paraná, estamos analisando um grupo de alimentos e bebidas que tem grande participação nas despesas dos consumidores, trazendo as estatísticas para seis localidades bastante representativas do Estado”, salienta.
“Isso permite que o interior paranaense possa acompanhar mais precisamente o que está acontecendo com o custo da alimentação nas suas áreas, podendo verificar cada produto, confirmando o que está variando mais no ano ou no mês”, explica o economista. “Ter esses índices em mãos também pode auxiliar nas decisões público-privadas, com a possibilidade, por exemplo, de subsidiar programas sociais que tenham como parâmetro o custo dos alimentos”.
ESTATÍSTICA – Somados, os seis municípios analisados têm cerca de 3,9 milhões de habitantes, o que representa 34% da população do Estado, e possuem um Produto Interno Bruto (PIB) total de R$ 180,9 bilhões, 39% do PIB paranaense. Além disso, o comportamento do comércio nessas cidades também tende a representar a dinâmica dos municípios sob suas influências, o que amplia a abrangência explicativa do indicador.
Da mesma forma, os alimentos e bebidas selecionados são os principais itens presentes nas compras mensais de produtos alimentícios dos paranaenses, aproximando a estatística à realidade da população. A amostra dos estabelecimentos escolhidos, que vão desde minimercados até grandes redes, também reflete o comportamento da população no momento das compras, ou seja, os lugares que as pessoas mais frequentam para comprar comidas e bebidas.
“A forma como viemos trabalhando para esses seis municípios nos conferiu a oportunidade de gerar uma amostra bastante representativa em cada um deles. Estamos conseguindo capturar as variações do preço de alimentos de forma clara, como acontece no dia a dia do paranaense”, destaca o diretor de Estatística do Ipardes. “Como referência, utilizamos a Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, que captura um perfil geral dos hábitos de consumo para o Estado”.
Além disso, o registro eletrônico das notas fiscais, que abrange todos os estabelecimentos comerciais do Estado, representa um grande potencial para a análise da variação do preço de alimentos e de bebidas.
“Esses registros contêm informações bastante consistentes, o que nos possibilita desenvolver e calcular um indicador igualmente consistente e muito amplo do comportamento dos preços dos itens de alimentação”, afirma Nojima. “A nota fiscal eletrônica permite fazer uma análise muito precisa. Junto com a Fazenda e a Receita Estadual, pudemos levantar um indicador desse porte a um custo muito baixo”.
Por - AEN
Os 11 terminais que operam integrados ao Corredor Leste de Exportação do Porto de Paranaguá (Corex) já movimentaram 17.044.590 toneladas de grãos e farelos em 2022.
O volume acumulado de janeiro a novembro, neste ano, é 11,73% maior que o registrado no ano passado, que somou 15.254.687 toneladas.
O número de navios recebidos para transportar soja, farelo de soja, trigo, milho e farelo de milho também cresceu: foram 292 embarcações, 26 a mais que no mesmo período de 2021.
“Mesmo com as chuvas que castigaram o Sul do Brasil, principalmente nas últimas semanas, conseguimos atender o mercado e manter as exportações. O Porto de Paranaguá não ficou paralisado e não registra nenhum tipo de fila de navio ou caminhão”, destacou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Somente em novembro foram carregadas 1.131.523 toneladas de soja, em grão e farelo, e milho pelo complexo. O número é 6,43% maior que em novembro de 2021, quando foram 1.058.774 toneladas embarcadas.
PRODUTOS – O principal aumento foi registrado no volume de milho. Nos 11 meses de 2022, o Correx movimentou 4.235.653 toneladas do produto, em grão, volume 83% superior ao mesmo período do ano passado (714.464 toneladas). Considerando apenas novembro o aumento foi de 752%. Foram 61.216 toneladas no décimo primeiro mês de 2021 e 521.601 neste ano.
Uma novidade foi o carregamento de farelo de milho, 55.513 toneladas, em agosto. No ano passado não houve embarque do produto.
TEMPO – Os resultados do corredor chamam ainda mais atenção ao considerar as condições climáticas adversas, que prejudicam os embarques de graneis. De janeiro a novembro, foram 99,4 dias de paralisação no Corex por conta das chuvas. Só no mês passado, foram 10,5 dias com porões fechados.
Em 2021, em 11 meses, foram 96,8 dias parados, 9,8 deles só em novembro. “Quando falamos em média de dias parados, falamos da soma do tempo em que os porões dos navios foram fechados, em razão da chuva. É feita a soma em minutos, divididos nas 24 horas de um dia”, explicou Garcia.
Segundo dados da estação meteorológica da Portos do Paraná, neste ano o acumulado em chuva no Porto de Paranaguá já chega 2.169 milímetros. Só em novembro foram 291 milímetros. Para comparação, em 2021, o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) registrou 1.463 milímetros de precipitações, sendo 203,7 deles no mês de novembro.
Por - AEN
O Paraná possui 3.916 produtores de orgânicos certificados, o maior número no Brasil – correspondendo a 16% dos agricultores do País neste segmento, de acordo com os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
É uma rede que reúne milhares de produtores que acordam cedo e trabalham de sol a sol para garantir, por exemplo, frutas e verduras frescas nos supermercados e feiras, além de incentivar uma mudança comportamental na sociedade, uma exigência desse século. E com o apoio do Governo do Estado esse número não para de crescer.
Na reportagem desta semana da série "Paraná, o Brasil que dá certo", o destaque é a produção orgânica no Estado e os programas públicos intersetoriais que estimulam esse segmento. Só nos últimos quatro anos, o aumento de agricultores que cultivam orgânicos chegou a 70%: de 2.414 em abril de 2018 para 4.107 em abril de 2022, conforme o Mapa. Estima-se que a produção orgânica no Estado seja de 50 mil toneladas/ano, envolvendo diversas cadeias (hortifrúti, grãos, mandioca) e modalidades de comercialização, incluindo feiras e cestas para entrega ao consumidor.
Diferentes programas do Governo apoiam a produção de orgânicos e abrem caminhos para a alimentação saudável chegar à população. Um deles é o Programa Estadual de Alimentação Escolar (PEAE). Através dele, 315 municípios paranaenses recebem alimentos orgânicos para compor as três refeições por turno da merenda escolar dos estudantes da rede estadual.
Repolho, beterraba, cenoura, alho, pães e sucos estão entre os produtos saudáveis oferecidos nas escolas. Em 2021, o percentual de produtos de base agroecológica e orgânicos na merenda era de 10,5%. Neste ano, deve ser superior a 18%, de acordo com os dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), que ajuda a organizar essa rede em parceria com outras entidades estaduais.
Um exemplo está no município de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde os orgânicos estão presentes nas refeições oferecidas aos mais de 1.500 alunos do Colégio Estadual Humberto Alencar Castelo Branco, em três turnos de aulas. O cardápio de uma quarta-feira de manhã, por exemplo, oferece salada de alface, arroz com cenoura e feijão com carne. A lista de orgânicos: alface, cenoura e o alho do tempero – colhido ali na região pelo produtor Adair Andrade, de Campo Magro, também RMC, que disponibiliza seus produtos aos consumidores em quatro feiras semanais em Curitiba.
Para chegar até o colégio em Pinhais, o produtor se associou à Cooperativa de Agricultores Orgânicos e de Produção Agroecológica (COAOPA), uma das que organiza a recepção e entrega dos orgânicos da merenda para as escolas estaduais. O alho orgânico verde plantado por Adair também vira tempero para salada no colégio e ajuda o trabalho das merendeiras, outro importante elo dessa cadeia para garantir saúde a mais de 1 milhão de jovens paranaenses.
“Faz muita diferença, é outro sabor. No passado não tinha esta variedade de coisas, peguei a fase que a gente recebia fubá, carne de soja e enlatados. E era isso que a gente podia oferecer. Os alunos não gostavam tanto. Tinha muita rejeição. Agora, com os orgânicos, conseguimos fazer uma comida bem caseira”, diz Rosângela Belô, que há 30 anos atua como merendeira.
A COAOPA entrega, em média, 30 toneladas de alimentos por semana a 220 escolas da Grande Curitiba. Só de pão são de 10 a 12 toneladas entregues por mês por 35 agricultores. Um deles é Augusto Jacomite, de Bocaiúva do Sul, também na RMC, que faz pão caseiro 30% integral, com ingredientes todos orgânicos e a maioria de origem paranaense, como a farinha de trigo que vem de Realeza, no Sudoeste.
O presidente da COAOPA, Luciano Escher, explica que o ciclo é positivo para todos os envolvidos nesse processo: pequenos produtores de todos os cantos do Estado, cooperativas, estudantes, pais e consumidores que frequentam feiras locais. “É uma segurança para o agricultor de orgânicos produzir, entregar e ter renda. Por outro lado, a escola recebe um alimento seguro, limpo, saudável, fresco e próximo da origem”, afirma.
A cooperativa reunia 35 agricultores na sua fundação. Hoje já são 387 agricultores familiares, todos orgânicos certificados, sendo 75% da RMC e os demais das regiões do Vale do Ribeira e outros estados, como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Até 2030, por força de lei, o Paraná deve ter 100% das mais de 2 mil escolas atendidas apenas com produtos orgânicos. Os parâmetros e as ações necessárias para a introdução progressiva dos orgânicos estão sendo analisados, no Governo do Estado, por um comitê gestor com integrantes de diversos órgãos. O colegiado assessora os secretários da Educação e do Esporte e da Agricultura e do Abastecimento no trabalho de formular, gerir e fiscalizar as políticas públicas que visam suprir a totalidade da alimentação escolar com produtos dessa linha.
COMPRA DIRETA E COOPERA – O compromisso com produtos e produtores orgânicos, que é um dos caminhos da Agenda 2030 no Paraná, também ajuda a levar alimentação mais natural à rede socioassistencial. Por meio do Compra Direta Paraná, os produtos de cooperativas ou associações da agricultura familiar são adquiridos pelo Estado e entregues a restaurantes populares, cozinhas comunitárias, bancos de alimentos, hospitais filantrópicos e abrigos, entre outros.
O programa foi criado em 2020 como medida emergencial na pandemia da Covid-19 e representou, ao mesmo tempo, garantia de comercialização para pequenos produtores e alimentação adequada para a população vulnerável. A partir de 2021, se tornou política pública da área de segurança alimentar.
Das 163 cooperativas e associações contratadas pelo programa, 88 entregam orgânicos, na totalidade ou em parte, com participação direta de 1.595 agricultores. A COAOPA, por exemplo, entrega pelo Compra Direta, de dezembro a fevereiro, o que não vai para as escolas.
Com essa capilaridade, o Compra Direta Paraná chegou a ser reconhecido pelo Prêmio de Excelência em Competitividade, do Centro de Liderança Pública (CLP), que visa reconhecer boas práticas desenvolvidas pelo poder público nos estados, como referência em gestão.
Outros programas de sucesso são o Coopera Paraná, que garante investimentos em pequenas cooperativas e associações familiares para modernização da produção e capacitação dos profissionais, e o Renda Agricultor Familiar, ação de transferência de renda para famílias do campo investirem na propriedade. A COAOPA, que fornece a maior quantidade de alimentos orgânicos para merenda escolar, recebeu R$ 420 mil para financiar obras, adquirir matéria-prima, veículos, máquinas e equipamentos, e contratar novos trabalhadores.
Segundo estimativas da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento, um terço das organizações atendidas pelo Coopera Paraná trabalha com produtos orgânicos. Das 106 cooperativas inscritas, 42 são de agricultura orgânica. Entre as 64 associações, 30 são desse segmento. A linha "orgânicos" é um critério de pontuação no edital: quanto mais ações apresentadas para estimular a produção agroecológica ou orgânica, maiores as chances de o projeto ser aprovado.

CAPACITAÇÃO – Esse movimento é uma tendência irrevogável. O número de consumidores de alimentos orgânicos cresceu 30% no Brasil entre 2019 e 2021, segundo a Organics, entidade especializada no setor. Atualmente existe até "consumo por assinatura". Neste formato, os clientes firmam o compromisso de adquirir alimentos cultivados pelo produtor durante um período, normalmente um ano.
Para fomentar essa tendência é preciso capacitação. Para estimular mais agricultores do Estado, que é líder nacional na cadeia de proteína animal e um dos maiores produtores de grãos do Brasil, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) desenvolveu um passo a passo para os agricultores por meio da modalidade “treino-visita”.
A produtora de tomates orgânicos Danieli Gonçalves de Oliveira teve o primeiro contato com os orgânicos participando dessa capacitação em 2018 e um ano depois sua produção em Nova Fátima, pequena cidade de 8 mil habitantes no Norte do Estado, já era certificada. O projeto "inicia" agricultores na produção orgânica e é feito em grupo, implantando em uma pequena propriedade, ou na propriedade de um dos participantes, cada uma das etapas, que são replicadas na sequência pelos demais. A assistência continua depois individualmente.
“Foi a melhor decisão que tomei na minha vida”, afirma Danieli, que fez todo o processo e hoje chega a produzir 600 caixas de tomates orgânicos em duas estufas de mil metros quadrados cada.
A modalidade chegou em 2010 na região de Cornélio Procópio, onde fica Nova Fátima, e o número de produtores orgânicos subiu de 70 para 183 certificados nos últimos anos, com mais 30 sendo capacitados neste ano. Durante a pandemia, o acompanhamento continuou, incluindo encontros virtuais. O objetivo é chegar a 2025 com 7.700 produtores certificados no Estado, segundo o IDR-Paraná.
O tomate tem protagonizado esses encontros e aparece em franca expansão no Paraná. “É um fruto difícil de ser cultivado. Mas aprendendo a produzir tomate, o agricultor tem confiança e segurança para produzir as demais produtos. Em geral, entre 70% e 80% que passam pela nossa metodologia a adotam”, explica o coordenador de Agroecologia do IDR-Paraná, André Miguel.
Para estimular a geração de empregos e renda nessas propriedade, com foco no desenvolvimento regional sustentável, outro personagem estadual entra na história: o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). A entidade que é referência nacional em saúde pública tem um acordo de cooperação com a Associação dos Municípios do Paraná (AMP) para ampliar a certificação de produtores orgânicos no Estado. Já participaram de edições do workshop representantes de 48 municípios do Norte Pioneiro, do Centro-Sul e Litoral.
O Paraná se destaca nacionalmente ao oferecer a certificação de orgânicos por meio de uma empresa pública nacionalmente reconhecida. "O Tecpar faz parte deste processo, cumprindo um importante papel no desenvolvimento da economia local, ao contribuir para que a certificação de orgânicos seja um grande diferencial para produtores, com base na produção sustentável", ressalta o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado.
O Tecpar é a instituição certificadora do Paraná Mais Orgânico, outro programa estadual, dessa vez vinculado às sete universidades estaduais, por meio da Superintendência-Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, com apoio do IDR-Paraná.
O programa garante certificação gratuita. Os agricultores familiares aprendem a converter suas lavouras tradicionais para o modelo livre de agrotóxicos, de sementes transgênicas e de outras substâncias tóxicas ou sintéticas, nas normas da legislação brasileira para produtos e sistemas de produção orgânica, e são encaminhados para obter o selo emitido pelo Tecpar após a auditoria. Com a certificação, a unidade de produção ou processamento estará autorizada a utilizar o Selo Orgânicos do Brasil, imprescindível para comercialização de produtos em todo o território nacional.
TECNOLOGIA – Outro braço forte do Estado nesse movimento envolve as pesquisas em agroecologia do IDR-Paraná, que abrangem culturas de grãos, fruticultura, horticultura, produção leiteira e comercialização. Estudos na área de fitossanidade avaliam a eficiência de produtos aceitos no sistema orgânico para o controle de doenças em lavouras de feijão, por exemplo. Outra preocupação dos pesquisadores é o desenvolvimento de estratégias para o controle de pragas em plantios de tomate, como o uso de armadilhas luminosas e plantas que atraem insetos que agem como inimigos naturais.
O exemplo sai do laboratório e migra para o campo. O IDR-Paraná lançou no início deste ano três cultivares de soja apropriadas para cultivo no sistema orgânico para alimentação humana — IPR Basalto, IPR Petrovita e IPR Pé-Vermelho. Elas estão ajudando a formar uma nova geração de produtores nessa área. Outros projetos de destaque avaliam a criação de búfalos na estação experimental que o IDR-Paraná mantém na Lapa e experimentos de macieiras com o objetivo de elaborar um protocolo de recomendações para a produção da fruta no sistema orgânico.
MAPA – O Governo do Paraná também criou neste ano um mapa de feiras de produtos orgânicos e agroecológicos. A ferramenta, disponível no site da Seab, contém datas, horários e endereços e está sendo atualizada constantemente. Ela ajuda paranaenses a encontrar perto de casa o melhor espaço para que a história dos orgânicos ganhe cada vez novos capítulos.
SÉRIE – “Paraná, o Brasil que dá certo” é uma série de reportagens da Agência Estadual de Notícias. Serão apresentadas iniciativas da administração pública estadual que são referência para o Brasil em suas áreas. A primeira abordou o sistema estadual de transplante de órgãos e a segunda a companhia master de dança mais longeva do País.
Por - AEN
O Paraná começa a semana com a oferta de 11.957 vagas de emprego com carteira assinada nos postos avançados e nas Agências do Trabalhador. A maior parte é para auxiliar de linha de produção, com 2.789 oportunidades em todo o Estado.
O maior volume está na Região Metropolitana de Curitiba (2.403), com 204 para operador de telemarketing ativo e receptivo e 171 para auxiliar de linha de produção. Também há 126 vagas para operador de caixa e 11 para operador de telemarketing receptivo.
Na sequência, aparece a regional de Toledo, com 2.143 vagas. Auxiliar de linha de produção é o segmento com mais postos de trabalho abertos – são 468. Depois, de operador de processo de produção, com 305 postos, auxiliar de produção farmacêutica com 130, e abatedor de aves, com 100.
Nas demais regionais do Interior são destaques Cascavel (1.280), Umuarama (800) e Londrina (729). Em Cascavel, as funções que lideram são auxiliar de linha de produção, com 307 empregos disponíveis; magarefe, com 210; pedreiro, com 39; e motorista entregador, com 32 vagas.
Em Umuarama, os destaques são para auxiliar de linha de produção, com 549 postos formais; magarefe, com 30; vendedor interno, com 12; e cozinheiro geral, com 9.
Em Londrina, alimentador de linha de produção (175), auxiliar de linha de produção (156), ajudante de obras (50) e trabalhador rural (36) são as principais vagas.
Há, ainda, 646 oportunidades em Cianorte, 100 delas para magarefe. São 643 vagas na região de Apucarana, 42 para costureiro à máquina de confecção em série; 605 nos arredores de Maringá e 558 ofertas de emprego em Pato Branco, 157 delas para auxiliar de linha de produção.
ATENDIMENTO – Os interessados em ocupar as vagas devem buscar orientações entrando em contato com a unidade da Agência do Trabalhador de seu município. Para evitar aglomeração, a sugestão é que o atendimento seja feito com horário marcado. O agendamento deve ser feito AQUI.
Confira a
com as principais vagas disponíveis.
Por - AEN
Este ano o valor corresponde a 11,74% da taxa Selic e evidencia os benefícios do cooperativismo de crédito.
Por meio do pagamento de juros ao capital social, a Sicredi Grandes Lagos PR/SP, cooperativa de crédito que atua no interior do Paraná e no litoral de São Paulo, distribui neste mês mais de R$ 5,5 milhões – valor correspondente a 11,74% da taxa Selic – entre seus associados. O montante que faz parte do retorno para os associados como forma de distribuição dos resultados da cooperativa será realizado nesta segunda-feira, dia 12 de dezembro.
De acordo com o presidente da Sicredi Grandes Lagos PR/SP, Orlando Muffato, a remuneração do Capital Social valoriza cada vez mais a participação dos associados na cooperativa. “Diante da boa condição da cooperativa Sicredi Grandes Lagos e principalmente da estrutura patrimonial, nos últimos anos tem sido feito o pagamento de juros ao Capital Social. Cada sócio da cooperativa tem sua cota parte, que é integralizado no momento que se associa e no decorrer do período que está associado, esse capital vai sendo corrigido de acordo com a Taxa Selic. Para 2022, o crédito está programado para segunda-feira (12), e a taxa a ser considerada é a média dos últimos 12 meses, que chega a 11,74%. Serão mais de R$ 5,5 milhões creditados como forma de juros ao Capital Social. Essa é uma forma de valorização do recurso dos associados”, afirma.
Cooperativismo como alternativa
Diferentemente de um banco, no cooperativismo de crédito o associado possui voz ativa na instituição, tendo participação em assembleias, nas quais são definidos os rumos do negócio e nas sobras (lucros), como é o caso do pagamento de juros ao capital social.
Além disso, um estudo da série Benefícios do Cooperativismo de Crédito, coordenado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), comprovou que as instituições financeiras cooperativas atuam diretamente na inclusão financeira, uma vez que tem a possibilidade de atuação em regiões onde não há a possibilidade de bancarização - ou seja, não existem bancos tradicionais.
Por - Assessoria
A Controladoria-Geral do Estado (CGE) promoveu nesta sexta-feira (09) um webinar com a Transparência Internacional Brasil, para marcar o Dia Internacional contra a Corrupção e o Dezembro Transparente.
No evento, foi lançada a Cartilha Lei de Acesso à Informação com o passo a passo para o cidadão solicitar informações sobre ações do Governo do Estado. O vídeo 9 de dezembro - Dia Internacional Contra a Corrupção, com o debate, está disponível no canal CGE PR, no YouTube.
Principal fonte de dados do Governo do Estado, o Portal da Transparência será reformulado e modernizado, por meio de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Desde 2019, quando passou a ser gerido pela Controladoria-Geral do Estado (CGE), a avaliação do portal já figurou entre os primeiros lugares das classificações nacionais, feitas por órgãos ou entidades de controle.
Raul Siqueira, controlador-geral do Estado, explicou que sem a informação disponível a sociedade fica refém. “Desde o início dessa gestão, tínhamos a missão, dada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, de fortalecer e ampliar a transparência pública. A transparência é inversamente proporcional à corrupção”, afirmou.
Ele completou que com transparência a sociedade pode ofertar denúncias e, junto com a CGE, ser os olhos da administração pública.
VERACIDADE – Nicole Verillo, fundadora da Transparência Internacional Brasil, declarou que informações garantem o direito ao controle social, aquele feito pelo cidadão sobre a administração pública. “A sociedade precisa estar mais envolvida, saber que pode reclamar. Muitos não sabem desse direito e, às vezes, não entendem o papel do Estado”, completou.
Para Amanda Faria Lima, analista de Integridade e Governança Pública da entidade, a transparência é uma ferramenta importante contra a desinformação. “A informação oficial é uma proteção contra esse fenômeno. Também, a disponibilização dos dados aproxima o cidadão do poder público”, disse.
CARTILHA – O coordenador de Transparência e Controle Social da CGE, Matheus Gruber, apresentou a nova cartilha para orientar o cidadão a solicitar informações à administração pública. “Temos recebido pedidos e denúncias, o que mostra a confiança da população no trabalho desenvolvido para garantir a transparência da gestão pública”, comentou.
A cartilha está disponível no site da CGE, em Transparência/Acesso à Informação. O objetivo é fornecer o passo a passo para o acesso à informação e respostas às dúvidas mais frequentes, como a imposição de sigilo para alguns dados.
RECONHECIMENTO – Em 2022, o Portal da Transparência atingiu mais de 1 milhão de usuários e 7 milhões acessos. O Paraná ficou em primeiro lugar e foi classificado como Transparência Diamante, com o índice de 98,51%, pelo Programa Nacional de Transparência Pública. Esse programa é encampado pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas (Atricon) e pelos Tribunais de Contas estaduais.
O Portal da Transparência também conquistou o primeiro lugar no ranking de feito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), divulgado nesta sexta-feira (09).
DATA – Neste dia, em 2003, foi assinada a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, que, entre outras medidas, determina aos países membros a implantação de políticas de prevenção e combate à corrupção. A corrupção afeta a sociedade em várias áreas e preveni-la é essencial para se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Entre as estratégias para prevenir e combater corrupção e condutas indevidas, está o Programa de Integridade e Compliance, coordenador pela CGE. Todos os 61 órgãos e entidades do Governo do Estado já começaram o processo de identificação de riscos e vulnerabilidades nas rotinas e procedimentos, para adoção de boas práticas que reduzam essas ameaças à integridade e à ética.
O levantamento inclui entrevistas com servidores daquele local de trabalho e denúncias ou alertas registrados por meio de formulário enviado por urna eletrônica ou urna física. É consolidado em planos de integridade, que já foram concluídos em 27 órgãos.
Por - AEN