Deputados da Frente Parlamentar sobre o Pedágio do Paraná, criada na Assembleia Legislativa, e representantes do setor produtivo se reuniram, nesta segunda, dia 19, na Federação das Indústrias do Paraná (FIEP-PR), para debater a futura concessão de rodovias que cortam o Estado.
A pauta do encontro organizado pelo coordenador do Conselho de Infraestrutura da FIEP, Edson Vasconcelos, foi a modelagem da futura licitação.
“O nosso objetivo é construir uma solução para que possamos ter uma licitação pelo menor preço, com tarifas de pedágio justas, sem o aporte financeiro que inibe os descontos no leilão, e com a garantia da realização das obras, por meio de um depósito de caução”, sustentou o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD). Segundo ele, esta posição da Assembleia Legislativa já foi levada para a equipe de transição do governo federal.
Além de Romanelli, participaram da reunião os deputados Arilson Chiorato (PT), coordenador do colegiado que falou por videoconferência, Tercílio Turini (PSD) e Evandro Araújo (PSD). "É importante a preocupação do setor produtivo sobre o que pode acontecer com o pedágio no Paraná”, disse Chiorato. “Temos que construir uma solução que contemple o setor produtivo, os trabalhadores e os usuários. O Paraná todo deve estar unido por um pedágio justo, com obras de qualidade e assistência nas rodovias”, completou.
"A intenção é melhorar bem os editais que estão no Tribunal de Contas da União, definindo em consenso entre as lideranças paranaenses as alterações que serão discutidas com os novos integrantes do Governo Federal. Já existe esse entendimento com a equipe de transição", diz o deputado estadual Tercilio Turini.
Ele explica que há preocupação em agilizar as mudanças no modelo de concessão para finalizar os editais e realizar os leilões dos lotes. As propostas consensuais do grupo técnico serão avaliadas em nova reunião no dia 15 de janeiro de 2023. "O Paraná precisa finalizar esse processo o quanto antes para acabar com a indefinição e começar a receber os investimentos nas rodovias. Essa união do setor produtivo, governo e forças políticas é muito boa, todos focados em evitar valores abusivos de pedágio como eram até novembro de 2021 e, ao mesmo tempo, retomar a programação de duplicações, viadutos, contornos e outras melhorias na infraestrutura rodoviária", afirma.
Os deputados estaduais lembraram que a mobilização da sociedade civil organizada, do setor produtivo e do meio político foi importante para impedir que a concessão de rodovias paranaenses fosse realizada pelo modelo híbrido, conforme foi proposto pelo Governo Federal em 2021. O sistema estabelecia o pagamento de uma taxa de outorga e impunha limites para os descontos nas tarifas.
“A reação de todos os setores conseguiu fazer o governo recuar daquela ‘inovação’ absolutamente desastrosa. O modelo híbrido iria retirar de R$ 6 bilhões a R$ 9 bilhões da economia do Paraná”, expôs Romanelli. “Desde então, temos discutido a questão dos pedágios de forma absolutamente técnica e esta discussão que estamos tendo com o setor produtivo é fundamental para avançarmos no processo”.
Impacto
Os deputados também sustentaram que há itens no processo licitatório que têm impacto sobre o valor das tarifas e precisam ser revistos. Eles citaram o aporte financeiro, que estabelece valores de R$ 10 milhões a R$ 150 milhões conforme o nível de oferta de deságio, a taxa de proteção cambial (Hedge), que atende apenas o interesse das concessionárias, e o percentual elevado do degrau tarifário (40%) após as duplicações.
Segundo Romanelli, a prioridade é resolver o formato do leilão, que inibe a oferta de descontos e pode tornar o pedágio tão caro quanto era até 2021. Para ele, o projeto de engenharia não precisa de grandes alterações, exceto pela questão das obras em 87 cidades atravessadas por rodovias, que não foram consultadas a respeito dos seus planos de mobilidade e planos diretores.
O encontro também teve as presenças de dirigentes de outras organizações representativas do setor produtivo, de membros do Instituto de Engenharia do Paraná e do Instituto Pró-Paraná, além de representantes da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística.
Por assessoria
O ganhador de um bolão da Copa do Mundo foi encontrado morto em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, na segunda dia 19.
Conforme a polícia, ele saiu de casa um dia antes, no domingo dia 18, para buscar o prêmio e não voltou mais.
Segundo a corporação, a vítima foi identificada como Milton Gonçalves, de 51 anos. O corpo dele foi encontrado dentro de um rio.
A Polícia Civil informou que a quantia que ele receberia pelo prêmio do bolão era de R$ 150.
Conforme a instituição, até a publicação desta reportagem, não havia sido possível confirmar se a morte do homem tem ligação com o recebimento do dinheiro.
Um casal de idosos foi agredido durante um assalto a uma residência em Londrina, no norte do Paraná.
O roubo aconteceu na noite de segunda dia 19, no Jardim Bandeirantes, segundo a Polícia Militar (PM).
Parte da movimentação dos suspeitos, no lado de fora da casa, foi registrada por câmeras de segurança.
Conforme boletim, o idoso estava assistindo televisão quando dois homens pularam danificaram a cerca do imóvel e pularam o muro da residência. Um deles apontou o que, segundo a vítima, parecia ser um revólver.
Os homens, então, mandaram que o morador que fosse até o quarto abrir o quarto.
De acordo com a polícia, o idoso foi até o cômodo e entregou todo o dinheiro aos suspeitos. Também foram levadas joias e um carro.
Até a publicação desta reportagem, a quantia roubada não havia sido confirmada.
A esposa do idoso, segundo a PM, foi segurada pelo braço. Ela teve uma pequena lesão, conforme a polícia.
Os suspeitos fugiram.
Depois do assalto, o veículo roubado foi localizado abandonado em uma via da cidade.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 0,65% no 3º trimestre (julho a setembro) de 2022, em comparação ao período de abril a junho deste ano, segundo relatório divulgado nesta segunda dia 19, pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
É o segundo aumento consecutivo do ano (3,46% no trimestre anterior) e está acima da média nacional, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou taxa real de crescimento de 0,4% do Brasil no mesmo intervalo.
Entre as atividades econômicas, o destaque é o desempenho da agropecuária paranaense, que avançou 6% no confronto com o 2º trimestre de 2022. Essa performance reflete o alto patamar de produção alcançado na safra de inverno do milho, sendo consequência também da boa colheita de trigo. Também em trajetória ascendente, o setor de serviços evoluiu 0,21%, em continuidade ao processo de retomada após a crise da Covid-19.
Por outro lado, a indústria do Estado contabilizou variação real de -1,07% em relação ao 2º trimestre deste ano, em decorrência dos resultados do segmento de transformação.
No comparativo com o 3º do trimestre do ano anterior, a evolução chega a 2,7%, com bons resultados nos três setores analisados: agropecuária (11,99%), indústria (1,15%) e serviços (1,45%).
O PIB do Estado cresceu 1,29% nos três primeiros trimestres de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado dos últimos quatro trimestre, o Paraná registra crescimento de 0,92% no PIB.
No 3º trimestre, o valor do PIB paranaense atingiu R$ 152,4 bilhões, alcançando R$ 487,3 bilhões no acumulado de 2022 e R$ 626,2 bilhões no acumulado dos últimos quatro trimestres.
“Os resultados verificados até o momento podem ser considerados muito positivos, especialmente diante da perspectiva um tanto quanto desfavorável que prevalecia no início do presente exercício, com a expressiva queda da produção de grãos de verão, por conta da prolongada estiagem”, afirma o economista Francisco Castro, do Ipardes. "O avanço da indústria decorre de expansões da geração de energia elétrica e do nível de atividade da construção civil e segmento de alojamento e alimentação foi o principal responsável ampliação do setor de serviços".
CENÁRIO NACIONAL – O PIB variou 0,4% na comparação do 3º trimestre contra o 2º trimestre deste ano. Os serviços avançaram 1,1%, a indústria cresceu 0,8% e a agropecuária recuou 0,9%. Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB brasileiro apresentou crescimento de 3,6% no 3º trimestre de 2022.
PIB DE 2020 – O último dado nacional consolidado, de 2020, aponta o Paraná como quarta maior economia do Brasil, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, unidades da Federação cujas dimensões populacionais são bem maiores. Os municípios do Interior responderam por 66,1% do PIB daquele ano. Segundo o IBGE, 284 municípios do Paraná, equivalentes a 71% do total de 399 divisões administrativas, subiram novas posições no ranking nacional do PIB em 2020.
Com AEN
A companhia aérea Azul começa a operar nesta terça dia 20, uma ponte aérea ligando Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, à capital uruguaia Montevidéu.
O voo é direto e será feito nos dois sentidos, com frequência de duas vezes por semana.
As passagens começaram a ser vendidas no fim de setembro.
Nos dois sentidos, a duração é de duas horas. A rota é operada pelos jatos da Embraer, com capacidade para 118 passageiros.
Nesta terça, o lançamento da operação está previsto a partir das 11h, no Aeroporto de Foz do Iguaçu.
De acordo com a companhia aérea, a ponte aérea inédita tem o objetivo de atender à demanda de pessoas que buscam ligação entre as cidades durante todo o ano.
Horários dos voos
Conforme a Azul, os voos saem às terças-feiras e aos sábados, com os seguintes horários:
Às terças
- Saída de Foz do Iguaçu às 13h35, com chegada em Montevidéu às 15h35;
- Saída de Montevidéu às 16h35, com chegada em Foz do Iguaçu às 18h35.
Aos sábados
- Saída de Foz do Iguaçu às 12h55, com chegada em Montevidéu às 14h55;
- Saída de Montevidéu às 15h55, com chegada em Foz do Iguaçu às 17h55.
Com RPC
Recebeu alta nesta segunda dia 19, a menina de 11 anos que passou por uma cirurgia bariátrica em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.
O procedimento foi realizado no último dia 8 de dezembro, no Hospital do Rocio, após uma decisão da Justiça. Veja abaixo os detalhes.
Com mais de 200 quilos, Milena Nos foi diagnosticada com uma mutação genética que impede o cérebro de entender saciedade após comer.
"Estou ansiosa pra ir à escola", contou na saída do hospital.
De acordo com o médico responsável pela cirurgia, Paulo Nassif, a criança respondeu melhor que o esperado ao tratamento.
Agora, Milena viaja de volta para casa em Irati, na região central do Paraná, mas deve retornar ao hospital a cada 10 dias para acompanhamento. No ano que vem, ela pretende retornar também à escola.
"A gente espera uma recuperação plena. Que daqui para frente teremos uma vida nova né, uma vida que nunca tivemos. A esperança é muito grande, como diz ela. De podermos sair, nos divertir sem que as pessoas fiquem olhando com outros olhos", exaltou a mãe.
Segundo o médico, o procedimento foi o último recurso após uma série de tratamentos que não surtiram efeitos na saúde da menina.
Conforme o profissional, além dos impactos no bem-estar de Milena, a condição passou a afetá-la emocionalmente.
Depois do procedimento, Milena falou pela primeira vez com exclusividade ao Fantástico.
"Imagino uma vida normal. Uma vida em que eu possa correr, brincar, pular. Quero brincar com minha amiga, aprender a andar de bicicleta. Uma vida normal e de criança", contou.
Carinho na despedida
Foram quase dois meses internada no hospital, considerando o período pré e pós-operatório. Milena e a mãe chegaram à instituição em 28 de outubro, ainda sem saber quando a bariátrica seria realizada.
Ao longo do período, a criança recebeu acompanhamento diário de uma equipe multidisciplinar envolvendo nutricionistas, médicos, psicólogos, enfermeiros e fisioterapeutas. Até o dia da operação, segundo o médico, ela perdeu 20 quilos.
Nesta segunda, assim como durante todos os dias de internamento, a despedida foi repleta de carinho. Milena saiu caminhando acompanhada dos pais e de profissionais que a acompanharam na trajetória.
Antes de ir embora, uma homenagem foi feita a ela em uma capela, no local.
Conquista na Justiça
A cirurgia bariátrica foi negada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com base na portaria do Ministério da Saúde que autoriza o procedimento apenas para adolescentes a partir dos 16 anos.
Junto ao Conselho Tutelar e Assistência Social de Irati, a família conseguiu ingressar com uma ação solicitando a realização da operação.
A decisão da Justiça que determinou a realização da cirurgia saiu em setembro deste ano.
Conforme um anexo do processo, assinado por uma endocrinologista, o procedimento era "urgente e necessário" diante das complicações em decorrência da mutação, que apresentavam evolução, como acentuação de doença no fígado por conta da gordura.
"Pelo risco de severas complicações, incluindo risco de morte segundo os laudos médicos apresentados, há indicação de realização da cirurgia sendo essa a melhor terapêutica a ser seguida nesse momento", cita trecho.
Além da ordem para realização da cirurgia, a Justiça determinou que o estado seja responsável pelos custos do prestador.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) afirmou ter acatado a decisão e que irá cumprir com a ordem judicial que optou pela realização do procedimento.
Disse ainda que fará o pagamento dos custos do prestador do serviço "tão logo a unidade instrua um protocolo administrativo com a documentação necessária, incluindo os documentos que comprovem a realização do procedimento e os custos hospitalares".
Ainda na Justiça, a família briga para conseguir um medicamento à base de cannabis que pode ajudar no tratamento da menina. O remédio não está disponível no Brasil e precisa ser importado dos Estados Unidos.
Por Bárbara Hammes e Ana Zimmermann