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PIX completa 5 anos, principal forma de transação eletrônica do país

PIX completa 5 anos, principal forma de transação eletrônica do país

O PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, completa cinco anos neste domingo (16) consolidado como a principal forma de transação eletrônica do país. Com 890 milhões de chaves cadastradas e 170 milhões de usuários, a ferramenta movimentou R$ 85,5 trilhões desde novembro de 2020, ultrapassando em 53,5% o volume de transações com cartões no segundo trimestre de 2025.

A evolução do sistema transformou não apenas os hábitos de pagamento, mas toda a economia digital. "O PIX permitiu novos modelos de negócio e possibilitou que as pessoas empreendessem de maneiras que antes não estavam no radar", afirma Renato Gomes, diretor do Banco Central.

 

Mudança estrutural e novos desafios

A popularidade do PIX provocou uma redução de 35% nos saques desde 2020 e democratizou o acesso aos pagamentos digitais. Para o comércio, a ferramenta significou alívio nos custos: aceitar PIX custa em média um quarto do valor cobrado nas operações com cartão.

No entanto, o crescimento trouxe desafios de segurança proporcionalmente grandes. Em 2024, as fraudes pelo PIX totalizaram R$ 6,5 bilhões, um aumento de 80% em relação ao ano anterior. O maior ataque hacker ao sistema, registrado este ano, desviou R$ 800 milhões de instituições financeiras.

 

Respostas do BC e futuro

Para enfrentar essa onda de crimes, o Banco Central implementou uma série de medidas. A "coincidência cadastral" exige que os dados das chaves PIX coincidam com as informações da Receita Federal, dificultando a abertura de contas falsas. O manual de penalidades também foi reforçado para punir instituições que não seguem as regras de segurança.

O Mecanismo Especial de Devolução (MED), responsável pela recuperação de quase R$ 400 milhões em 2024, ganhará uma versão ampliada ainda neste mês. O MED 2.0 permitirá rastrear recursos em múltiplas camadas, superando o principal gargalo do sistema atual, que limita o rastreamento à primeira conta receptora.

No horizonte, o BC prepara novidades como o bloqueio de chaves PIX por CPF e a regulamentação do PIX Parcelado, prevista para novembro. A internacionalização do sistema e o PIX Duplicata, focado em transações entre empresas, completam a agenda de inovações que deve marcar os próximos anos do sistema de pagamentos que revolucionou a economia brasileira.

 

 

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