Oficina vai orientar produtores de erva-mate do Paraná na busca por novos mercados

União da Vitória recebe na próxima terça-feira (11) a 2ª Oficina do VRS Mate para produtores do Centro-Sul do Estado.

A oficina integra o programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS) da Invest Paraná – agência de captação de negócios do Governo do Estado vinculada à secretaria estadual da Indústria, Comércio e Serviços (Seic) -, que tem objetivo de profissionalizar a cadeia de produtos típicos paranaenses, com busca por novos mercados, inclusive no Exterior.

São 200 vagas abertas para a participação dos produtores de erva-mate, cujas inscrições devem ser feitas pelo site do VRS, no banner do evento. O programa é desenvolvido pela Invest Paraná em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL).

O objetivo é apoiar os produtores na conquista de novos mercados. Três empresários do setor ervateiro darão palestras dos seguintes tópicos: Boas Práticas Agrícolas e Rastreabilidade, por Nei Antônio Kukia (presidente do Conselho Gestor do Mate - Cogemate); Segurança Alimentar Certificada, por Naldo Vaz (vice-presidente do Cogemate); e Erva-Mate com Indicação Geográfica, por Eva Blaszcyk, representante do IG-Mathe.

Representante da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Gabriel Isaacsson, do governo federal, vai falar sobre como os produtores devem se preparar para vender a outros países. Por fim, Sotirios Ghinisa, da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira abordará o potencial da erva-mate no mercado dos países do Oriente Médio.

“O Paraná é o maior produtor de erva-mate do Brasil e nos últimos anos a produção vem ganhando valor agregado. Essa oficina do programa VRS é importante para que nossos produtores se qualifiquem para buscar novos mercados. O mate paranaense tem potencial para expandir não só no mercado nacional, mas também para o Exterior”, enfatiza o secretário da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros.

O mate é a maior cadeia produtiva atendida pelo VRS, com 14 municípios da Região Centro-Sul. O programa também está em outras regiões com produtos locais, como no Litoral com banana, palmito, açaí juçara, frutas sazonais e turismo; e no entorno da futura Represa do Miringuava, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, com a produção agrícola local. O VRS também está em fase de implantação no Vale do Ribeira, área que é grande produtora de tangerina e com grande potencial turístico.

“A oficina terá dinâmicas para que a cadeia produtiva desenvolva o mercado de erva-mate. Serão mostrados dados econômicos sobre o potencial do mate de expandir o mercado no Brasil e no Exterior, como no caso dos países árabes”, afirma o gerente de Desenvolvimento Econômico da Invest Paraná, Bruno Banzato.

Um dos palestrantes da oficina, Naldo Vaz destaca a importância de toda a cadeia produtiva se profissionalizar. “De uns anos para cá está tendo muita iniciativa do Governo do Estado em organizar a cadeia. E o VRS é justamente o programa que agrega valor não só na matéria-prima, mas também no produto beneficiado, o que faz com que todos evoluam”, afirma Vaz. “É importante ter uma iniciativa como o VRS para organizar a cadeia produtiva do mate para que se chegue ao nível da cadeia do café, por exemplo, que é um setor produtivo muito organizado”, compara o especialista.

MATE SOMBREADO - Desde 2014 o mate paranaense vem ganhando valor de mercado a partir de ações de incentivo ao cultivo da erva sombreada, plantada debaixo de florestas nativas, em especial de araucárias, no Sul do Estado. O diferencial do mate sombreado em relação à produção a pleno sol é no sabor mais palatável.

Cultivada à sombra de árvores, a planta produz menos cafeína, o que reduz a amargura do mate. Além disso, plantada desta forma a erva-mate produz mais teobromina, substância que dá um gosto mais amaciado ao chimarrão e ao chá.

“A erva-mate sombreada pegou muito bem no mercado. Todo o processo de cultivo desse mate sombreado foi desenvolvido pela Emater a partir de 2014. Em 2012 ninguém queria produzir nesse sistema porque a arroba da erva custava R$ 4,50 e o custo de produção era de R$ 5, ou seja, prejuízo de R$ 0,50. Hoje a arroba da erva-mate sombreada está cotada em R$ 26, acima, inclusive, da soja”, explica o gerente do IDR-PR, Amauri Ferreira Pinto.

O cultivo de mate sombreado garante renda para 37 mil famílias, sendo que 90% são pequenos empreendedores. Além disso, gera sustentabilidade, com a preservação da mata nativa da região.

O gerente do IDR-PR, porém, enfatiza que o cultivo da erva-mate sombreada exige capacitação. Por isso a importância da oficina do VRS em União da Vitória. “O que vai melhorar ainda mais o preço do mate é a conquista de novos mercados. E na oficina vamos falar de qualidade, da importância de serem criados novos produtos de mate como, por exemplo, linhas de bebidas energéticas, ou mesmo novas opções de chás”, ressalta Ferreira Pinto.

MERCADO ÁRABE - Um mercado com potencial de exportar a produção paranaense é o dos países do Oriente Médio. Um representante da Câmara Árabe-Brasileira vai falar do potencial de exportação para três países cujo consumo vem da década de 1960 e segue crescendo: Líbano, Síria e Jordânia.

Nesses países o consumo é pela bebida numa espécie de chimarrão, bem como em chás. Desde os anos 1960 a população do Líbano, Síria e Jordânia tem o hábito de consumir mate. Porém, o Brasil pouco exporta para essa região, cujo principal fornecedor é a Argentina.

“Poucos brasileiros sabem, mas os árabes consomem muito mate. Por isso é um mercado potencial para o Brasil, em especial o Paraná, já que são poucos fornecedores para esses países”, informa a analista sênior de Relações Internacionais da Câmara Árabe-Brasileira, Elaine Prates.

Ela explica que, além de detalhar o potencial de exportação da erva-mate paranaense para os países árabes, a câmara também vai divulgar a qualidade da produção do Estado no Oriente Médio. “A oficina do VRS é uma ótima oportunidade de divulgar a qualidade do mate brasileiro. Vamos levar as informações daqui para esses países, já que no Paraná a erva-mate tem qualidade e escala de produção”, aponta Elaine.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Conferências municipais de assistência social discutem prioridades locais

Começaram nesta segunda-feira (03) no Paraná as Conferências Municipais da Assistência Social.

Ao todo, serão realizados 399 encontros que abordarão questões de relevância, tendo como o principal tema a reconstrução do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Eles precedem a etapa estadual que acontecerá 3 a 5 de outubro, em Cascavel.

O principal objetivo é eleger prioridades locais e encaminhar as propostas elencadas ao Estado e à União, além de conferir os avanços realizados em âmbito municipal. A sociedade civil organizada também participa de todo o processo, contribuindo para o fortalecimento da área.

“Estamos vivendo um importante momento para a assistência social aqui no Paraná. Temos as eleições da Sociedade Civil do Conselho Estadual de Assistência Social, as conferências municipais e estadual, mostrando a importância desta área na construção de um sistema coeso e fortalecido para atender as pessoas em vulnerabilidade", disse o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni. "A união entre a sociedade civil organizada e do poder público é essencial para a construção destas políticas públicas”, enfatizou.

Em Cascavel, a conferência municipal acontecerá em maio. Para o secretário municipal Hudson Márcio Moreschi Júnior, essa etapa é fundamental. “Teremos no dia 25 de maio a conferência municipal aqui em Cascavel, para levantarmos as propostas e ouvirmos a população sobre temas importantes, para levarmos à conferência estadual. Aqui vamos realizar, de 11 a 26 de abril, pré-conferências, quando iremos até os distritos da cidade, ficar ainda mais próximos da população e ouvir as propostas para o aperfeiçoamento do serviço de assistência”, destacou

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Saúde orienta sobre cuidados ao escolher o pescado neste período de maior consumo

A procura e o consumo de pescado, tradicionalmente, aumentam neste período do ano, de celebração da Páscoa.

A secretaria estadual da Saúde (Sesa) orienta a população sobre as características que indicam a qualidade dos produtos na hora da compra. O pescado é altamente perecível e, assim como os demais produtos de origem animal, deve ser inspecionado por profissionais que atuem em órgãos competentes na área sanitária.

Dentro desta categoria estão incluídos os peixes (de água doce e de água salgada), crustáceos (camarão, caranguejos e siris) e moluscos (polvos, lulas, ostras, mariscos). Nesse grupo, os peixes são os alimentos mais consumidos no Brasil. Para que o consumo desse alimento seja seguro, é fundamental a adoção de cuidados relacionados à sua conservação e armazenamento, principalmente no que tange ao controle da temperatura. Outros fatores também devem ser observados.

“É importante verificar se as escamas estão bem aderidas à pele e, além disso, os olhos precisam estar brilhantes, o odor deve ser suave e a carne, ao ser pressionada, deve ser firme e elástica”, orienta Jaqueline Shinnae de Justi, da Coordenadoria da Vigilância Sanitária da Sesa. No caso dos crustáceos, o aspecto deve ser igualmente brilhante e úmido, corpo com curvatura natural rígida, carapaça bem aderida ao corpo, odor e cor característicos da espécie, sem pigmentações estranhas, artículos firmes e olhos vivos e destacados.

O armazenamento precisa ser feito com gelo ou balcões refrigerados a uma temperatura em torno de -2ºC e 2°C. A mesma orientação é válida para marisco, mexilhão, ostra, lagosta, camarão, lula, polvo e peixe em posta. 

CONGELADOS - Para os produtos congelados, é importante verificar a validade e condições da embalagem. Os que apresentam acúmulo de água ou gelo podem ter sido descongelados e congelados novamente, comprometendo a qualidade do alimento.

Durante a manipulação, os comerciantes precisam estar com mãos sempre limpas e utilizando utensílios e equipamentos higienizados e em bom estado de conservação. “O local onde o peixe está sendo comercializado também é um ponto a ser avaliado, pois deve ser higienizado com frequência. Além disso, as escamas devem ser descartadas em lixeiras com tampa e acionamento não manual”, afirmou a coordenadora.

PROBLEMAS DE SAÚDE - O consumo de pescados em condições impróprias pode trazer diversos problemas de saúde, como a ocorrência de parasitoses, sintomas gastrointestinais e surtos alimentares de gravidade variável causados pela presença de microrganismos patogênicos.  Os sintomas mais comuns após o consumo desses produtos impróprios são náuseas, vômitos, dores abdominais e diarreias. Além disso, as pessoas podem também apresentar quadros severos de intoxicação.

NUTRIENTES – De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde (MS), os peixes frescos são considerados alimentos in natura ou minimamente processados. Eles são ricos em proteína de alta qualidade, vitaminas e minerais. Além disso, pesquisas têm demonstrado a existência de compostos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, assim como os legumes e verduras, e são excelentes substitutos para as carnes vermelhas.

A nutricionista e coordenadora de Promoção à Saúde da Sesa, Elaine Cristina Vieira de Oliveira, explica que os peixes possuem nutrientes importantes para o corpo humano. “Faz parte da composição para uma alimentação cardioprotetora, isto é, com potencial de proteger a saúde do coração, a qual é indicada para toda a população, em especial, para pessoas com excesso de peso, pressão alta, diabetes, colesterol e triglicerídeos altos, ou que tenham histórico de infarto, cirurgia do coração e acidente vascular cerebral”, disse.

Já os produtos que contenham peixes conservados em sal ou óleo ou enlatados são considerados processados e devem ter o consumo moderado. Por sua vez, os peixes empanados do tipo nuggets e embutidos, incluem em sua composição substâncias como gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, emulsificantes e outros aditivos e devem ser evitados.

“Estes são produtos considerados ultraprocessados e o consumo aumenta o risco do surgimento de doenças, além do efeito cumulativo da exposição a longo prazo a vários aditivos, os quais, muitas vezes, os efeitos ainda não são completamente conhecidos”, alerta Elaine.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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