O mês de janeiro ainda nem terminou, mas o volume de milho carregado pelo Porto de Paranaguá, neste ano, impressiona.
Até o último dia 29, foram 569.461 toneladas do cereal embarcadas. O volume é quase 161% maior que as 218.358 toneladas exportadas pelos terminais paranaenses durante os 31 dias do mesmo mês de 2022.
“O que estamos percebendo pelos grandes volumes registrados nos embarques aqui pelo Porto de Paranaguá é que essa movimentação já vem se intensificando desde o ano passado”, diz o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
No último mês de dezembro foram carregadas 580.147 toneladas de milho. Comparado às 97.124 toneladas exportadas em dezembro de 2021, o volume foi 947% maior.
“Também o line-up dos navios que chegarão para carregar milho aqui pelo Paraná mostra que a tendência é que continue assim pelo menos ainda no próximo mês”, afirma Garcia.
EMBARQUE – No mês de janeiro, até este domingo (29), 19 navios atracaram no Porto de Paranaguá para carregar milho. Segundo o line-up desta segunda-feira (30), escala das embarcações para receber o granel, nove navios já estão em porto para carregar 587.324 toneladas e outros oito estão na sequência para embarcar 511.839 toneladas de milho. Já há outro anunciado, que deve receber 67 mil toneladas. Somado, o volume quase chega a 1,1 milhão de toneladas do cereal a serem exportados por Paranaguá.
MERCADO – A engenheira agrônoma Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR, confirma que janeiro realmente não é típico período de exportação de granéis, especialmente milho. Porém, segundo ela, uma combinação de fatores tem impulsionado a demanda pelo cereal brasileiro.
Além do fato dos produtores precisarem fazer espaço para receber a nova safra de soja, a lacuna aberta no mercado internacional pela situação da guerra na Ucrânia e a nova demanda da China também aquecem os embarques pelos portos brasileiros.
“No último mês de novembro, com o novo acordo comercial com a China, 136 empresas foram auditadas e habilitadas pelo Ministério da Agricultura para armazenar e exportar milho no Brasil”, afirma a agrônoma. O Paraná, de acordo com ela, é o segundo Estado com maior número de plantas autorizadas pelos governos chinês e brasileiro.
Como explica a especialista, a Ucrânia e os Estados Unidos costumavam ser os principais exportadores de milho para a China. As exportações ucranianas reduziram 24%, já que tiveram menor produção e dificuldades para embarcar o produto, devido ao conflito com a Rússia. E, no caso dos norte-americanos, há conflito comercial.
“O Brasil surge como uma alternativa importante. O país vem se tornando uma potência na exportação de milho, com um crescimento anual bastante expressivo”, afirma.
Ainda de acordo com a análise de Ana Paula Kowalski, nos Estados Unidos o volume de milho embarcado já tem sido reduzido. “O Brasil ocupou essa lacuna e a tendência é que isso se mantenha para os próximos anos”, acrescenta.
Por - AEN
As Agências do Trabalhador do Paraná e postos avançados de atendimento começam a semana com a oferta de 13.621 vagas de emprego com carteira assinada no Paraná.
A maior parte é para auxiliar de linha de produção, com 2.830 oportunidades. Na sequência, aparecem as funções de alimentador de linha de produção, com 580 vagas disponíveis no Estado, magarefe, com 425, e safrista, com 421.
A Região Metropolitana de Curitiba concentra o maior volume de postos de trabalho disponíveis (2.482). Deste total, 130 vagas são para preenchimento imediato. A procura é por trabalhadores para as funções de atendente de lanchonete (60), cozinheiro (37), ajudante de carga e descarga de mercadoria (29), nutricionista (3) e fonoaudiólogo (1).
Ainda na Capital, para a função de operador de telemarketing ativo e receptivo são oferecidas 273 colocações. Também há vagas para alimentador de linha de produção (140), operador de cobrança (85) e operador de caixa (77).
A regional de Toledo tem 2.077 oportunidades. São 492 vagas para auxiliar de linha de produção, 150 para operador no processo de produção, 100 para abatedor de aves e 80 para operador de máquinas.
Ainda no Interior, Cascavel (1.427), Londrina (1.067) e Apucarana (824) completam o top-5 de regiões com mais ofertas. Em Cascavel, as funções que lideram são auxiliar de linha de produção, com 434 vagas, magarefe, com 200, desossador, com 40, e auxiliar de operação, com 26.
Em Londrina, os destaques são para alimentador de linha de produção (332), safrista (110) e auxiliar de produção de gorduras vegetais comestíveis (60).
Em Apucarana, há oferta de emprego para as funções de auxiliar de linha de produção, com 57 oportunidades, costureiro, com 49, vendedor interno, com 32, e auxiliar de costeiro, com 17.
As regiões de Foz do Iguaçu, Pato Branco, Francisco Beltrão, Umuarama e Maringá também têm centenas de oportunidades em todos os ramos: comércio, indústria, serviços e agropecuária. Ponta Grossa, Pitanga, Guarapuava e Paranavaí contam com mais de uma centena de empregos disponíveis.
ATENDIMENTO – Os interessados em ocupar as vagas devem buscar orientações entrando em contato com a unidade da Agência do Trabalhador de seu município. Para evitar aglomeração, a sugestão é que o atendimento seja feito com horário marcado. O agendamento deve ser feito AQUI.
Confira as principais vagas por Regionais
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Por - AEn
Após um longo processo de seleção que envolveu a rede Sine de todo o País, o Paraná foi escolhido pela Agência Francesa de Desenvolvimento para um projeto piloto de cooperação técnica voltada ao fortalecimento da política de intermediação de mão de obra.
A parceria vai garantir aproximadamente R$ 7 milhões em investimento no sistema de tecnologia para atendimento ao trabalhador paranaense.
Uma comitiva francesa estará em Curitiba na segunda e terça-feira (30 e 31) para conhecer a estrutura da rede Sine estadual. O objetivo é mostrar aos representantes da Agência de Desenvolvimento da França como serão aplicados os recursos do convênio.
"Os excelentes resultados apresentados pela rede sine estadual fizeram com que o Paraná se destacasse no processo de seleção. Temos a maior estrutura do País, com 216 agências e 83 postos avançados de atendimento, levando emprego a todo o Interior", ressalta o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes.
Além disso, o Estado foi o primeiro colocado no ranking nacional de colocações e encaminhamentos de emprego via Agências do Trabalhador em 2022, sendo responsável por 33% das colocações em todo o Brasil. Foram 118.839 novos empregos, contra 48.107 do Ceará, segundo colocado.
O objetivo da parceria é melhorar o sistema de tecnologia para atendimento ao trabalhador e também para a geração de dados e relatórios sobre a intermediação de vagas. As 216 Agências do Paraná ainda utilizam o sistema do Sine, do Ministério do Trabalho, que está defasado em relação à tecnologia disponível. Roraima foi o outro estado selecionado.
"O convênio vai acelerar ainda mais a meta estabelecida pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, que é transformar o Paraná no maior celeiro de geração de empregos do País. Vamos melhorar a estrutura da rede Sine e certamente avançar em empregabilidade, em parceria com a iniciativa privada", afirma Moraes.
Por - AEN
O Governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) vão adotar, pela última vez no mês, a restrição de tráfego pesado na BR-277, na Serra do Mar.
A medida atende somente o Litoral e busca garantir a segurança e trafegabilidade na rodovia, por conta das obras nos locais onde houve desmoronamento de terra no final do ano passado.
A restrição inicia nesta sexta-feira (27), no sentido Litoral, e segue até as 12h de segunda-feira (30), no retorno a Curitiba. Veículos de carga articulados, como carretas, cegonhas e bitrens, entre outros, não poderão circular na BR-277 entre o km 30 (viaduto de Morretes) ao km 60 (antiga praça de pedágio) em horários e sentidos específicos.
Confira como será a organização do tráfego:
Sexta-feira – 14h00 às 00h00 – bloqueio no sentido Paranaguá
Domingo – 14h00 às 00h00 – bloqueio no sentido Curitiba
Segunda-feira – 06h00 às 12h00 – bloqueio no sentido Curitiba
Nestes períodos, nos quais são registrados grandes volumes de tráfego, a circulação de veículos leves deve ocorrer com mais agilidade e, após as liberações, motoristas de caminhão irão encontrar a rodovia já com o trânsito desafogado.
Dias de restrição de tráfego em janeiro:
Sextas-feiras - 13, 20 e 27
Domingos - 15, 22 e 29
Segundas-feiras - 16, 23 e 30
OBRAS – O DER/PR atualmente trabalha na recuperação da encosta da BR-277 no km 39 e km 41, enquanto o DNIT realiza a obra no km 42. No trecho sob responsabilidade estadual foi feita a retirada do guindaste que estava sendo utilizado nas obras. O objetivo é melhorar o tráfego de veículos no trecho durante o final de semana, com uma faixa extra sendo liberada.
Em fevereiro a tela começa a ser montada nos dois km, com previsão de liberação total das pistas até o dia 25, caso as condições climáticas permaneçam favoráveis, sendo concluída a operação até o início de abril.
Atualmente o trecho é operado com quatro pistas no km 39, três pistas no km 41 e duas pistas no km 42. Atualizações sobre as condições de tráfego da rodovia estão disponíveis pelo Twitter.
Por - AEN
A apresentação dos estudos da Nova Ferroeste para a comunidade da Terra Indígena Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras, ajudou a acelerar o processo de licenciamento ambiental do projeto.
A comunidade no Centro-Sul do Paraná está incluída no traçado da ferrovia que ligará Maracaju (MS) a Paranaguá, no Litoral do Paraná. Com o aval das lideranças, pactuado em ata, a Funai vai recomendar ao Ibama (Instituto Nacional dos Recursos Naturais Renováveis) a continuidade do processo.
O som do apito do trem é velho conhecido dos moradores. A terra indígena estabelecida em 1913 abriga 11 aldeias, com mais de 3.200 habitantes, a maioria descendentes das etnias Kaingang e Guarani. Desde a construção da Ferroeste, na década de 1990, eles convivem com a circulação das locomotivas que passam a menos de dois quilômetros da área. Essa proximidade foi fator determinante para a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) estabelecer como regra a realização do Estudo de Componente Indígena no licenciamento ambiental do projeto.
“Com a aprovação pelos indígenas, a Funai pode dar a sua anuência para a emissão da licença prévia com relação ao componente indígena”, declarou Rodrigo Bulhões Pedreira, coordenador da Funai. Segundo ele, o órgão considera que o empreendimento é viável do ponto de vista da preservação das tradições da comunidade. “A próxima fase será o detalhamento de cada um dos programas junto à comunidade. Serão definidas metas e indicadores para saber se estão dando certo”, complementou.
O diálogo com a comunidade da Terra Indígena Rio das Cobras sobre o projeto teve início em 2021, quando a Funai definiu a área a ser estudada pelo Governo do Estado, indicando, ainda, a maneira que os trabalhos deveriam ser conduzidos. Todas as etapas tiveram participação da comunidade indígena.
Uma equipe multidisciplinar, formada por biólogos, economistas e antropólogos fez entrevistas e realizou oficinas em uma série de encontros, quando os moradores discutiram a convivência com o trem e os impactos no cotidiano das aldeias. Termos técnicos foram traduzidos para as línguas indígenas para compreensão plena do conteúdo pelos participantes.
“A gente tem que entender que tanto para o Guarani quanto para o Kaingang o português é uma segunda língua, então fizemos um trabalho com os professores bilíngues para esse projeto”, detalhou o antropólogo da Fipe, contratada para o estudo, Paulo de Goes.
APRESENTAÇÃO – O estudo da Fipe avaliou as condições do meio físico, biótico e socioeconômico. Foram estudadas as possibilidades de desenvolvimento de processos erosivos e assoreamento de cursos d’água, contaminação de solos, águas superficiais e subterrâneas, bem como alteração na qualidade do ar. O risco do aumento nos níveis de ruído e vibração também foi levantado.
De acordo com o estudo, no entanto, a interferência em quase todos os aspetos será bem pequena. Ainda assim foram propostos 23 programas de controle e monitoramento em todas essas frentes, inclusive de promoção do desenvolvimento econômico.
O cacique Angelo Rufino afirmou que o trabalho levou em consideração os anseios dos moradores. “Todos foram chamados e ouvidos, isso foi muito importante para as pessoas que estão aqui. Todas as aldeias vão ficar contentes”, disse. “ A comunidade tem convivência com o trem que passa perto do limite da nossa região, sempre escutamos o barulho. Esses programas apresentados contemplaram a nossa cultura, a nossa tradição do artesanato, o resultado foi como a gente esperava”.
LICENCIAMENTO DO IBAMA – O licenciamento ambiental da Nova Ferroeste teve início em 2021 com a realização do Estudo de Impacto Ambiental, protocolado junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Em maio de 2022 representantes do órgão federal realizaram visitas técnicas e comandaram sete audiências públicas para discutir o impacto ambiental de Maracaju (MS) a Paranaguá (PR) e o ramal de Cascavel a Foz do Iguaçu. O Governo trabalha agora em melhorias do projeto para dar seguimento ao licenciamento.
NOVA FERROESTE – O projeto da nova ferrovia vai expandir a atual Ferroeste, que cruza liga os municípios de Cascavel (Oeste) e Guarapuava (região Central), a Maracaju e Paranaguá, com ramais para Foz do Iguaçu e Cascavel, num total de 1.567 quilômetros. O investimento estimado é de R$ 35,8 bilhões. O leilão para executar o empreendimento será realizado na B3. O vencedor vai executar as obras e operar a malha ferroviária por 99 anos.
Por - AEN
O Governo do Paraná reforçou nesta quinta-feira (26) os processos de avaliação dos resultados socioeconômicos dos seus investimentos em projetos municipais e regionais, viabilizados com recursos liberados pela Secretaria das Cidades (SECID).
A inovação parte da assinatura de um novo contrato entre o Serviço Social Autônomo Paranacidade – vinculado à SECID –, Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
O documento prevê a aplicação de metodologia, uso de software e transferência de conhecimento do Ipardes e da Fipe para o corpo técnico do Paranacidade. Ao final do processo será possível analisar o impacto de recursos já investidos ou projetar cenários futuros decorrentes de novas aplicações e, assim, apoiar a tomada de decisão sobre a destinação de dinheiro público.
“O governo terá uma ferramenta que une conhecimento, capacidade técnica e inovação tecnológica em benefício da população. Informação é tudo, do planejamento à execução. Esta é mais uma iniciativa da administração Ratinho Junior para fortalecer as cidades e melhorar a vida dos que nelas vivem”, afirmou o secretário das Cidades e superintendente do Paranacidade, Eduardo Pimentel.
Com a iniciativa, o Paraná se torna o primeiro estado a aplicar essa metodologia de apoio aos gestores e ao desenvolvimento de políticas públicas. "Conhecer os resultados promovidos pelos investimentos realizados e poder fazer projeções sobre novos recursos serão fundamentais para criar políticas públicas e definir as melhores alternativas para os investimentos em infraestrutura nos municípios e nas regiões”, reforçou.
O contrato, no valor de R$ 2,4 milhões, tem como contratante o Paranacidade e prazo de execução de 330 dias. O objetivo inicial é atender as ações de implantação e melhoria de infraestrutura urbana viabilizadas via SECID com operação do Paranacidade. “No entanto, o retorno para o Governo do Estado será bem maior, uma vez que as ferramentas poderão auxiliar todas as secretarias estaduais na definição das suas políticas de atuação”, reforçou a superintendente executiva do Paranacidade, Camila Mileke Scucato.
De acordo com o coordenador do contrato junto à Fipe, Eduardo Amaral Haddad, com as análises será possível identificar transformações na economia, como a evolução na geração de postos de trabalho ou na arrecadação tributária. "Também vamos trabalhar o aspecto social, serão identificadas, por exemplo, as modificações no mercado de trabalho e escolaridade, índices de formalidade e de informalidade ou de vulnerabilidade no trabalho. E, no campo ambiental, será possível medir a emissão de gás carbônico e os usos da energia e da água”, afirmou.
Para o diretor-presidente do Ipardes, Marcelo Luiz Curado, o grande avanço ao implementar esse sistema de modelagem é alcançar os resultados dos investimentos públicos nos âmbitos regional e municipal. “Já temos levantamentos que indicam a evolução do conjunto do Estado. Agora, poderemos perceber o que acontece dentro de cada região e de cada município, de forma abrangente e por ação realizada”, explicou.
BENEFÍCIOS – Na prática, as análises mostrarão tanto os benefícios econômicos para um município ou região quanto os sociais, com base na melhoria da qualidade de vida da população. O gestor do contrato e analista de desenvolvimento municipal do Paranacidade, Geraldo Luiz Farias, disse que serão detectáveis incrementos na economia local pela venda de materiais de construção, aquisição de equipamentos, contratação de mão de obra, geração de impostos ou mesmo pela facilitação em atrair investimentos privados. Os ganhos sociais serão igualmente mensurados.
“Vamos garantir melhor acesso aos serviços públicos, quer pela construção propriamente dita como pela escolha da localização mais apropriada para essas unidades. Além disso, o estudo vai ajudar a tornar as cidades mais alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), especialmente os de número 11 (Cidades Sustentáveis), 16 (Instituições Eficazes) e 17 (Parcerias)”, disse.
RESPONSABILIDADES – O documento define a Fipe como a responsável pela metodologia e entrega de estudos, bancos de dados e das simulações dos efeitos das políticas de investimentos em infraestrutura urbana, além da realização de treinamento da equipe técnica operacional do novo sistema. Aos técnicos do Ipardes caberá a análise dos relatórios, arquivos, bases de dados, conteúdos metodológicos, memórias de cálculo, cursos para a transferência de conhecimento e a emissão dos relatórios finais.
Por - AEN