Paraná forma primeira turma de médicos para atuar com acupuntura no SUS

Com o objetivo de expandir a oferta de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) e ampliar o acesso da população paranaense aos benefícios da acupuntura, 58 médicos atuantes na Atenção Primária à Saúde (APS) de todo o Estado finalizam nesta sexta-feira (2) o curso de Acupuntura para Médicos da Atenção Básica (AMAB).

Esta é a primeira turma de profissionais formados nessa prática no Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná.

Realizado na modalidade semi-presencial, a formação é uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e o Ministério da Saúde (MS) e foi ministrada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). As aulas práticas ocorreram na Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP).

“Inúmeras pesquisas científicas vêm comprovando a eficácia da acupuntura para o tratamento de doenças, tanto as agudas como as crônicas. Essa é uma alternativa terapêutica que melhora a qualidade de vida, além de ser um tratamento com tecnologia simples e baixo custo que certamente pode contribuir para o cuidado humanizado e integral na Atenção Primária”, disse o secretário de Estado da Saúde Beto Preto.

No Paraná, as PICS estão normatizadas por meio da Lei nº 19.785, de 20 de dezembro de 2018, que instituiu as diretrizes das especialidades no âmbito do SUS Paraná. Ao todo são 29 práticas integrativas e complementares que auxiliam no tratamento dos usuários.

A acupuntura é uma tecnologia de intervenção em saúde que faz parte dos recursos terapêuticos da medicina tradicional chinesa (MTC) e estimula pontos espalhados por todo o corpo por meio da inserção de agulhas, visando à promoção, manutenção e recuperação da saúde, bem como a prevenção de agravos e doenças.

NA PRÁTICA – O curso contempla as informações essenciais para que o médico não especialista em acupuntura utilize a terapia como parte do manejo de situações clínicas comuns na APS. Mais do que o ensino de protocolos de tratamentos, o curso capacita os participantes a conduzir o raciocínio clínico essencial em acupuntura através de duas grandes perspectivas, a da Medicina Tradicional Chinesa e da Biomedicina (medicina ocidental).

Em complemento aos fundamentos da prática da acupuntura, o AMAB também aborda as principais evidências científicas sobre o uso da acupuntura em diferentes condições clínicas e aspectos práticos no contexto da APS. O objetivo do AMAB é fornecer ferramentas práticas para que o médico da APS consiga incorporar a acupuntura no seu cotidiano.

DADOS – Em 2022 foram realizados 33.072 procedimentos de acupuntura com inserção de agulhas no Estado. Neste ano, entre os meses de janeiro a abril já foram realizados 8.731 procedimentos. Os dados são do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) e do Sistema de Informações Ambulatoriais de Saúde (SIA/SUS).

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Estado oferta seis mil vagas em cursos técnicos para quem concluiu o ensino médio

Os estudantes que já concluíram o ensino médio e querem fazer um curso técnico da Educação Profissional na rede estadual de ensino têm até o dia 12 deste mês para fazer a matrícula diretamente nas instituições que ofertam essa modalidade - chamada subsequente.

No site da Educação Profissionalda Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) é possível verificar as opções de cada colégio em cada cidade. Para a inscrição é preciso comparecer ao colégio levando histórico escolar do ensino médio (original e cópia), RG, CPF, certidão de nascimento ou casamento e comprovante de endereço recente.

Ao todo, são cerca de seis mil vagas com início no segundo semestre do ano letivo (dia 24 de julho) em mais de 30 opções de cursos, entre eles Administração, Enfermagem, Estética, Desenvolvimento de Sistemas e Recursos Humanos, por exemplo. Os cursos são ofertados em colégios de mais de 70 municípios do Estado, todos presenciais e a maioria no período noturno.

Além dos cursos tradicionais, existem outras opções, como no Colégio Estadual Júlia Wanderley, em Curitiba. “Temos o curso técnico em Guia de Turismo e técnico em Nutrição e Dietética, ambos com duração de um ano e meio”, informa o diretor da instituição, Cristiano André Gonçalves. “O técnico em Guia de Turismo, por exemplo, fornece a carteirinha para trabalhar nesta atividade no Paraná. Turismólogos, formados na área, nos procuram e têm mercado para trabalhar em eventos, no setor histórico, turismo ferroviário”.

A empregabilidade também é ampla no curso de Nutrição e Dietética. “Pode ser em negócio próprio, padarias, restaurantes, dentro de hospitais cuidando da dieta dos pacientes, em academias, enfim, é vasto o campo de trabalho para esses cursos, voltado para alunos que terminaram o ensino médio e profissionais da áreas que querem se aperfeiçoar”, comenta Gonçalves.

Egressa do curso técnico de Nutrição e Dietética, Danielle da Silva Otto é uma das que seguiu carreira na área hospitalar. "Comecei a fazer o curso em 2016. Sempre tive o sonho de cursar Nutrição, mas as condições financeiras não favoreciam. Ingressei no curso técnico que abriu as portas para mim. Consegui estágios, um deles no Hospital do Trabalhador e só aumentei minha paixão pela área", relata.

"Depois que me formei no curso técnico, tive a oportunidade de fazer a faculdade de Nutrição. Durante a graduação trabalhei no Hospital de Clínicas (HC), onde atuei como  técnica de Nutrição responsável pelo lactário e, após me formar, assumi a cozinha do HC por um ano. Atualmente, há quase um ano, estou de volta ao Hospital do Trabalhador, onde fiz meu primeiro estágio como técnica e hoje sou a nutricionista do lactário do hospital, mas também atendo pacientes na área clínica", conta Danielle.

Segundo ela, o curso foi fundamental para o início de sua carreira. "Se eu não tivesse feito o curso, eu não teria a base para conseguir entrar na área e esse suporte profissional, que me fez passar por essas etapas e as portas se abrirem".

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

Pix é principal meio de pagamento a microempreendedores individuais

Sistema de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, o Pix tem se tornado cada vez mais essencial para o funcionamento dos pequenos negócios.

Segundo a terceira edição da pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 52% dos microempreendedores individuais (MEI) consideraram a modalidade como o principal meio para receber pagamentos.

Mesmo com taxas de manutenção consideradas altas pelos MEI, o cartão de crédito ocupa o segundo lugar na preferência, sendo o meio mais usado por 20% dos microempreendedores. O dinheiro aparece em terceiro, com 12%.

Entre as micro e pequenas empresas, que faturam de R$ 82 mil a R$ 4,8 milhões por ano, o Pix divide a preferência com o cartão de crédito. As duas modalidades aparecem em primeiro, como principal meio de recebimento de recursos em 27% dos negócios. Em segundo lugar, vêm os boletos, com 18%.

Em relação ao MEI, o percentual de microempreendedores que consideram o Pix como principal modalidade de recebimento de recursos subiu um ponto em relação à primeira edição da pesquisa, publicada em agosto do ano passado. Segundo o Sebrae, os baixos custos em relação às maquininhas de cartões e a instantaneidade nas transferências consolidam o Pix como ferramenta essencial para a categoria.

Segundo o Sebrae, outros fatores que estão aumentando a preferência pelo Pix nos pequenos negócios são a falta de preocupação com troco, a facilidade de controle financeiro e a praticidade na tomada de decisões de gestão de fluxo de caixa, como pagamento de fornecedores. Em alguns casos, aponta a instituição, os empreendedores estão oferecendo descontos para clientes que usam o Pix.

Nas micro e pequenas empresas, a situação é um pouco diferente. O cartão de crédito continua a ser usado, segundo o Sebrae, por causa da possibilidade de parcelar as compras ou de pagar a fatura uma vez por mês. Mesmo com as taxas das maquininhas, os micro e pequenos empresários continuam a oferecer a modalidade.

Confira abaixo os dados da pesquisa.

Principal forma de pagamento utilizada pelos clientes:

Microempreendedor Individual (MEI)

•          Pix – 52%

•          Cartão de crédito – 20%

•          Dinheiro – 12%

•          Cartão de débito – 6%

•          Boleto – 4%

•          Doc/Ted – 2%

•          Outro – 5%

Micro e pequenas empresas

•          Pix – 27%

•          Cartão de crédito – 27%

•          Dinheiro – 6%

•          Cartão de débito – 8%

•          Boleto – 18%

•          Doc/Ted – 9%

•          Outro – 5%

Preocupações

A pesquisa também perguntou qual a principal preocupação entre os donos de pequenos negócios. O aumento de custos liderou as menções, citado por 38% dos entrevistados (MEI e micro e pequenos empresários). Apesar de liderar as inquietações, houve redução de quatro pontos percentuais em relação à primeira edição da pesquisa.

Em segundo lugar, vem a falta de clientes, que passou de 24% em agosto para 31% agora. Segundo o Sebrae, o aumento está relacionado à alta dos juros e ao endividamento das famílias. Isso porque os juros altos freiam o consumo e aumentam a preocupação dos donos de pequenos negócios em ter para quem vender, o que supera a preocupação com os custos maiores.

O receio de falta dos clientes, mostrou o levantamento, tem segurado os empreendedores a repassarem os aumentos de custos aos consumidores. Embora 78% tenham relatado aumento de gastos com insumos, combustíveis, aluguel e energia nos últimos 30 dias, 49% não repassaram o impacto para os clientes, 41% repassaram parcialmente e somente 8% repassaram totalmente os maiores custos. Um total de 2% não soube ou não respondeu.

Em agosto do ano passado, 76% dos donos de pequenos negócios reclamavam do aumento de custos. Desse total, 43% não repassaram, 47% repassaram parcialmente e 9% totalmente.

A combinação de queda no número de clientes e custos maiores atingiu o faturamento dos pequenos negócios. Segundo a pesquisa, 42% relataram queda nas receitas em relação ao mesmo período do ano passado e apenas 25% faturaram mais. Em média, o faturamento caiu 10%. Entre os 22 segmentos analisados, somente dois estão faturando mais neste ano: indústria alimentícia e serviços empresariais.

A terceira edição da pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios foi realizada entre 24 de abril e 2 de maio, por meio de formulário online. Ao todo, 7.537 empreendedores dos 26 estados e do Distrito Federal participaram do levantamento. A pesquisa tem margem de erro de 1 ponto percentual para cima ou para baixo.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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