O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Justiça e Cidadania (Seju), entregou nesta quarta-feira (31) 30 veículos para as 28 unidades do sistema de atendimento socioeducativo do Paraná, num investimento que soma R$ 2,69 milhões.
A cerimônia ocorreu no Palácio do Iguaçu e contou com a participação do vice-governador Darci Piana, prefeitos, secretários estaduais e municipais, deputados e representantes da Defensoria Pública.
Todos os veículos são do padrão SUV, da marca Renault (Duster), tem potência de 104 cv, são identificados como carros oficiais e contam com rastreamento via satélite. Ao todo, serão contemplados 19 Centros de Socioeducação (Censes) e nove Casas de Semiliberdade, distribuídos em 16 municípios em todas as regiões do Estado, e dois veículos ficarão à disposição da Coordenação Estadual de Gestão do Sistema Socioeducativo.
“Trinta veículos zero quilômetro. Essa é uma demonstração de que o governo está preocupado com a melhoria do atendimento aos jovens em conflito com a lei, se colocando à disposição dos servidores da socioeducação”, destacou Piana.
Pela manhã, os servidores da socioeducação também receberam os novos uniformes e acessórios que, segundo o secretário Santin Roveda, é mais uma prova que o Paraná está investindo forte no sistema socioeducativo.
"Estamos valorizando o trabalho realizado pelos profissionais que são apaixonados pelo fazem. Não é à toa que somos reconhecidos como referência nacional, o único Estado a cumprir a estratégia de regionalização em uma nova modalidade, cujo primeiro escritório regional inauguramos agora em Londrina para atender a Regional II. São exemplos de boas práticas de gestão que outros estados já demonstraram interesse em implementar”, afirmou.
Santin ainda adiantou que nesta quinta-feira (1º) serão convocados 40 profissionais da área de saúde para as unidades socioeducativas, se somando aos atuais 1.103 funcionários do sistema. Os novos servidores foram aprovados pelo concurso público de 2021, e preencherão as vagas de enfermeiros, psicólogos, dentistas e técnicos de enfermagem.
A diretora do Cense de São José dos Pinhais, Gláucia Rennó, explica que os novos carros auxiliarão tanto no atendimento direto aos adolescentes e suas famílias, quanto na parte administrativa. “Eles serão colocados em apoio a visitas familiares aos familiares, encaminhamento aos serviços de saúde, psiquiátrico, e outras atividades externas que realizamos com os adolescentes, como oficinas de cultura e atividades de solidariedade”, citou.
ESTRUTURA – A Coordenação de Gestão do Sistema Socioeducativo, vinculado a Secretaria de Justiça e Cidadania (Seju), tem como atribuição primordial a gestão e a qualificação do atendimento socioeducativo de internação, internação provisória e semiliberdade, de acordo com as normas e recomendações do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e dos demais compromissos nacionais e internacionais de direitos humanos.
Estão instaladas em todo o Estado 28 unidades, distribuídas de forma descentralizada em 16 municípios. Desse total, 19 são Centros de Socioeducação, em Campo Mourão, Cascavel (2), Curitiba (2), Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Laranjeiras do Sul, Londrina (2), Maringá, Paranavaí, Pato Branco, Piraquara, Ponta Grossa, Santo Antônio da Platina, São José dos Pinhais, Toledo e Umuarama.
Além dos Censes, há nove Casas de Semiliberdade, em Cascavel, Curitiba (2), Foz do Iguaçu, Londrina, Paranavaí, Ponta Grossa, Toledo e Umuarama. Garantem o atendimento nas 28 unidades em funcionamento 1.150 servidores estaduais efetivos na socioeducação, além de colaboradores e voluntários externos, que auxiliam em projetos sociais e atendimentos diversos, de acordo com as ações realizadas em cada unidade.
PRESENÇAS – Participaram do evento os diretores das 28 unidades do sistema socioeducativo; o secretário das Cidades, Eduardo Pimentel; o defensor público Fernando Redede Rodrigues, coordenador do Núcleo Especializado da Infância e Juventude da Defensoria Pública do Paraná; o coronel Adilson Luiz Lucas Prusse, diretor-geral da Secretaria de Segurança Pública; os deputados Hussein Bakri (líder do Governo), Cloara Pinheiro, Flávia Francischini, Márcia Huçulak e Tito Barichello; e prefeitos, secretários municipais e vereadores.
Por - AEN
Diversas entidades do Governo do Estado e da sociedade civil lançaram nesta quarta-feira (31) a Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que visa orientar a população sobre os riscos e consequências que o incêndio florestal pode trazer para o meio ambiente e a comunidade. O evento aconteceu na sede do IDR-Paraná.
Entre as ações de conscientização previstas estão a distribuição de materiais educativos e orientações sobre como os incêndios começam, o que fazer ao avistar um foco de incêndio e como denunciar. O slogan é “Não temos tempo a perder. Precisamos evitar os incêndios florestais agora”.
O lançamento ocorre neste período do ano por concentrar os meses com mais ocorrências de incêndio devido à vegetação mais seca, baixa humidade do ar e estiagem. São fatores que facilitam a propagação das chamas, principalmente nos dias após a ocorrência de geada.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma média de 7 mil casos de incêndios florestais são atendidos por ano no Paraná. Em 2022 foram 4.693 e em 2021, durante a crise hídrica, mais de 10 mil atendimentos. A diminuição nos números leva em conta o inverno chuvoso do ano passado.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, participou do lançamento e ressaltou o trabalho de prevenção, orientando sobre pequenas ações quem podem evitar grandes prejuízos. “São ações simples que todos podem adotar para evitar os focos de incêndios e prevenir maiores desastres. As orientações previstas nesta campanha, bem construída, com bons materiais ilustrativos, têm muita relevância”, afirmou.
O secretário também reforçou o empenho do Governo do Estado na missão de criar uma agricultura mais verde. “O crescimento da agricultura paranaense chama a atenção mundial e qualquer coisa errada que façamos cria uma imagem negativa. Precisamos mostrar que estamos preocupados em fazer uma agricultura cada vez mais sustentável”, concluiu.
Como presidente interina do IDR-Paraná, a diretora Solange Maria da Rosa Coelho fez questão de ressaltar o quanto esta campanha contribui para a preservação do meio ambiente, que é responsabilidade de todos.
“Quando perguntam minha formação, digo que sou formada de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. E essa é a formação de todos nós, que dividimos o mesmo ambiente. Temos o dever de fazer escolhas que preservem essa casa que dividimos. E essa conjugação de várias entidades e pessoas contribui para que a gente tenha sucesso em evitar uma ação tão penosa ao nosso ambiente, que é o incêndio florestal”, afirmou.
“Todo o corpo técnico do IDR-Paraná está comprometido com as ações que forem importantes para o sucesso desta campanha, principalmente na informação técnica ao agricultor”, reforçou.
Quem apresentou a campanha foi o presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Zaid Ahmad Nasser. Ele salientou que o tema deste ano chama atenção para o tempo e a responsabilidade de cada um. “Esta iniciativa já faz parte do nosso calendário e a ideia é se antecipar ao problema, com foco na prevenção. Faz parte das ações a divulgação ampla dos materiais para que a informação chegue ao maior número de pessoas possíveis. Também contamos com torres de monitoramento para combater focos de incêndio e evitar maiores prejuízos”, completou.
MASCOTE – Outra novidade deste ano é que a campanha terá uma mascote: a abelha nativa. Todos os anos a campanha deve escolher uma mascote diferente. No Paraná, elas estão presentes no programa Poliniza Paraná, que leva colmeias de abelhas sem ferrão a parques e Unidades de Conservação, e em ações estratégicas de meio ambiente das empresas públicas.
De acordo com Amauri Ferreira, gerente de Políticas Públicas do IDR-Paraná, a escolha das abelhas leva em consideração o fato delas serem as primeiras afetadas quando ocorre um incêndio. “Com a destruição de seu lar e de seu habitat, as abelhas são muito afetadas. Além disso, elas servem como indicador de sustentabilidade. Qualquer problema ambiental é prejudicial à vida das abelhas”, afirmou.
Pensando nesta conscientização, foram instalados, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná, três meliponários no jardim de entrada do IDR-Paraná, a exemplo dos Jardins de Mel do Palácio Iguaçu.
CAMPANHA – Esta é uma campanha do IDR-Paraná, APRE, Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Embrapa Florestas, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Instituto Água e Terra (IAT), Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR), Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e Universidade Federal do Paraná (UFPR). Acesse os materiais AQUI.
CRIME – A cada 10 incêndios florestais, nove são causados por alguma irresponsabilidade humana. Causar incêndios, mesmo que sem querer, é considerado crime e o infrator pode ser penalizado com reclusão de dois a quatro anos e multa que varia entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões, dependendo do número de hectares afetados pelo fogo e dos danos causados à fauna e à flora. Atear fogo para limpar a vegetação, jogar lixo na beira de rodovias, acender fogueiras perto das árvores, fumar próximo a plantações e soltar balões são algumas das ações que podem dar início aos incêndios.
O QUE FAZER – Ao avistar um foco de incêndio a orientação é de nunca tentar combater o fogo sozinho. Realizar este processo sem o treinamento adequado pode colocar a pessoa em perigo. A orientação é procurar um local seguro, avisar os vizinhos e acionar o Corpo de Bombeiros através do número 193.
Mais informações no site https://www.paranacontraincendioflorestal.com/
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No Dia Mundial sem Tabaco, lembrado nesta quarta-feira, 31 de maio, a Secretaria da Saúde do Paraná reforça o tabagismo como doença crônica e incentiva o tratamento.
A intenção da data, criada em 1987, é alertar a população sobre os malefícios causados ao organismo pelo uso do tabaco e seus derivados. Para este ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu como tema da campanha: Cultive Alimentos, Não Tabaco, sendo adaptado ao cenário brasileiro, “Precisamos de Comida, Não de Tabaco”.
O tabagismo é responsável por matar mais de oito milhões de pessoas no mundo a cada ano, além de causar impactos ecológicos, nas mudanças climáticas, influenciando diretamente no futuro da agricultura e da segurança alimentar.
A campanha busca mobilizar a elaboração de políticas públicas de apoio direcionadas para culturas sustentáveis e o uso dos recursos naturais voltados para a saúde e não para a doença.
No Paraná, de acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde (2019), a prevalência de fumantes com mais de 15 anos é de 14,6%, ou seja, mais de 1,7 milhão de pessoas são dependentes da nicotina.
Uma das estratégias utilizadas no Estado, com foco na redução dos índices de tabagismo e incentivo para que as pessoas procurem ajuda, é o Programa de Cessação do Tabagismo. O tratamento é gerido pelo Estado e disponibilizado nos municípios, com base no Protocolo Clínico do Ministério da Saúde.
De acordo com o programa, ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o tempo de tratamento total preconizado é de 12 meses e envolve as etapas de avaliação, intervenção e manutenção da abstinência. Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aponta que no ano passado 8.465 pessoas procuraram o tratamento.
“O tabagismo é um fator de risco para o desenvolvimento de enfermidades graves e mortes, e totalmente evitável”, afirma o secretário de Saúde, Beto Preto.
Ele enfatiza que as pessoas que consomem cigarros normais ou eletrônicos precisam buscar tratamento. “O tabagismo é reconhecido como doença crônica e as organizações internacionais alertam para esse problema de saúde pública. Afeta quem fuma e aqueles que estão à sua volta”, completa.
O tratamento consiste na abordagem de uma reestruturação cognitiva sobre emoções e comportamentos com associação ou não de medicamentos. O intuito é modificar a forma de interpretação do usuário. São programadas quatro sessões iniciais, preferencialmente semanais, com quatro principais conteúdos: entender por que se fuma e como isso afeta a saúde, os primeiros dias sem fumar, como vencer os obstáculos para permanecer sem fumar e os benefícios obtidos após parar de fumar.
As pessoas em tratamento que necessitam da utilização de medicamentos têm à disposição três itens para auxiliar neste processo, o adesivo de nicotina, cloridrato de bupopriona e a goma de nicotina. Desde 2020, foram mais de 3,4 milhões de unidades distribuídas à população. No Estado, o programa está disponível em 969 estabelecimentos de saúde, em 291 municípios.
MORTES – Segundo estimativas da OMS, o fumo é responsável por 71% das mortes por câncer de pulmão, 42% das doenças respiratórias crônicas e aproximadamente 10% das doenças cardiovasculares, além de ser fator de risco para doenças transmissíveis, como a tuberculose.
O uso do tabaco, assim como de seus produtos derivados, como o cigarro, cigarro eletrônico ou dispositivo eletrônico para fumar, além de charuto, cachimbo, cigarro de palha, narguilé, entre outros, podem favorecer o desenvolvimento de várias enfermidades e tipos de cânceres.
Por - AEN
Novas obras de ampliação e modernização da rede elétrica vão beneficiar a população do Oeste do Paraná nos próximos anos.
Entre 2023 e 2025, a Companhia planeja investir R$ 1,044 bilhão na região, em novas subestações, linhas e na implementação dos principais programas da empresa, como o Paraná Trifásico e o Rede Elétrica Inteligente.
Somente em 2023, a Copel está aplicando R$ 333,32 milhões em infraestrutura elétrica no Oeste, o que representa quase um quinto do total de R$ 1,8 bilhão que está sendo investido em distribuição de energia em todo o Paraná. A previsão é que sejam investidos, ainda, R$ 361,65 milhões em 2024 e R$ 350,10 milhões em 2025.
“O Oeste é um dos principais polos produtivos do Paraná e, para a Copel, é uma prioridade investir de forma robusta na região”, afirma o superintendente de Engenharia de Expansão da Copel, Edison Ribeiro da Silva. “O que estamos fazendo com essas obras é executar um plano ousado e bem estruturado, que combina tecnologia, infraestrutura e aplica o que temos de mais avançado em automação, redes inteligentes e atendimento aos consumidores”.
A maior parcela é destinada ao Paraná Trifásico, cujas obras, em 2023, somam R$ 103,65 milhões e vão ampliar a malha de redes trifásicas que, além de mais resistentes, contam com equipamentos automáticos com tecnologia para religar a rede em poucos segundos em caso de um desligamento.
As obras do programa continuam em ritmo intenso: até agora foram entregues 2.136 quilômetros de redes trifásicas em toda a região. Cascavel, com 208 km, Guaraniaçu, com 129 km, e Toledo, com 91 km prontos, são os municípios com maior extensão construída.
NOVAS SUBESTAÇÕES E LINHAS – Outra parcela considerável do montante total para o Oeste é usada na construção, ampliação e modernização de linhas e subestações. Somente em 2023, são R$ 92,98 milhões para construção de duas novas subestações. Levando em consideração todo o período de obras das novas unidades, que devem ficar prontas em 2025, o investimento soma R$ 127,5 milhões.
Em Capitão Leônidas Marques está em implantação um empreendimento que reúne uma nova subestação, com o mesmo nome da cidade, e linhas de distribuição para conectá-la ao sistema. A unidade vai operar em 138 mil volts de tensão e reforçar a distribuição de energia em toda a região. Para construi-la a Copel investirá, até 2025, R$ 87,7 milhões.
No município de São Miguel do Iguaçu, uma subestação homônima está em construção e, com novas linhas, vai transformar R$ 39,8 milhões de investimentos em mais qualidade no fornecimento de energia para a população.
“Novas subestações e linhas ampliam a redundância da rede e a capacidade de distribuir energia. Essa conexão de subestações e linhas ao sistema significa que, se uma unidade apresenta um problema, uma das outras poderá atuar para que a energia seja distribuída por outras fontes, mantendo o fornecimento de energia à população”, acrescenta da Silva.
OUTROS PROJETOS – Além dos investimentos no Paraná Trifásico, em linhas e subestações, a Copel vai aplicar, ainda em 2023, R$ 89,57 milhões em obras de atendimento direto a solicitações de consumidores na região Oeste. Serão destinados mais R$ 22,98 milhões para obras do Confiabilidade Total, programa que se concentra em melhorias para a comunicação, integração e automação de subestações e visa à redução da duração e da frequência das interrupções do fornecimento.
Os investimentos em redes inteligentes também vão concentrar R$ 24,14 milhões em 2023, valor que deve quase dobrar até 2025, quando o Oeste receberá R$ 41,49 milhões para a instalação de medidores inteligentes. Sem nenhum custo para o consumidor, a nova tecnologia vai reduzir o tempo de desligamento provocado por intempéries e outros fatores externos.
Isso porque, quando houver quedas de energia, o medidor inteligente avisa imediatamente a Copel sobre o incidente. Com o novo sistema, a leitura de consumo passa a ser remota, o que facilita o controle de toda a rede elétrica, desde a subestação até o consumidor final. Além disso, o cliente terá autonomia para monitorar o seu uso de energia por meio do aplicativo da Copel para celular.
EQUIPES REFORÇADAS – Para executar todas essas obras, a Copel conta com equipes próprias e terceirizadas que trabalham na construção de redes. Somente na região Oeste, além das equipes próprias, a companhia mantém 30 contratos que reúnem mais de 500 profissionais que trabalham em diferentes serviços e ajudam a tornar a rede elétrica do Paraná uma das mais modernas do Brasil.
Por - AEN
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) promoveu o tradicional “Café com Consultores” para apresentar a atualização de suas linhas e novas taxas de crédito, além dos financiamentos possíveis dentro da estratégia Banco Verde.
Participaram cerca de 50 consultores de diversos municípios e regiões do Estado. O evento foi realizado nesta terça-feira (30), no Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões, em Curitiba.
“O objetivo desse encontro é trazer esses profissionais para dentro do banco, pois eles fazem parte da rotina da instituição e nos ajudam a avaliar nosso próprio desempenho. Também contribuem para nosso plano de desenvolvimento social e econômico da Região Sul”, avaliou o superintendente do BRDE, Paulo Starke.
O Banco Verde está conectado a linhas e projetos que estejam ligados a ao menos um dos Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), alinhados com o compromisso global de descarbonização ou investimentos verdes, e que tenham como pano de fundo preocupações com as mudanças climáticas, equidade e inclusão econômica e cidadã.
Na apresentação sobre o perfil do BRDE, Starke ressaltou que há 20 anos o banco fazia repasses em sua totalidade com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e hoje atua com 15 diferentes fontes de recursos, nacionais e internacionais. A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) permitiu ao banco, no final de 2022, captar cerca de R$ 2 bilhões, aumentando sua oferta de crédito, especialmente para projetos alinhados às áreas da inovação e sustentabilidade.
Os novos fundings têm como origem operações junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), ligado ao Banco Mundial. Dessa maneira, aumentam as possibilidades de negócios com os clientes. Apenas em 2022 cerca de R$ 4,4 bilhões foram injetados na economia. Com R$ 1,7 bilhão contratados, o Paraná puxou a fila entre os estados do Sul.
Um dos parceiros participantes do encontro foi o gerente regional Sul da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Bruno Rodrigues Camargo, que falou sobre a liderança nacional do BRDE entre os bancos de desenvolvimento, como maior repassador de recursos da linha de crédito de inovação, há 11 anos.
“O BRDE foi o primeiro agente financeiro a se credenciar e, desde então, ampliou por meio de seu corpo técnico, a capacidade de análise do crédito e de estender a inovação a empresas, indústrias e ticks. Dessa forma, consegue atuar e em toda Região Sul, com o empresariado local, e isso faz toda a diferença”, afirmou.
De 2013 a 2023, o BRDE captou e liberou o correspondente a 43,4% do volume total por agentes financeiros da Finep, em todo o país. Foram 610 projetos, que totalizam R$ 991 milhões no período.
OUTROS TEMAS – A gerente adjunta de Novos Negócios do BRDE, Thais Paola Grandi, detalhou a oferta das linhas de crédito, ligadas a sustentabilidades social e ambiental, inovação, microcrédito, turismo, agronegócio, energia sustentável, municípios, empreendedorismo jovem e feminino. O gerente adjunto de Planejamento, Mateus Muller, explicou sobre as novas taxas de crédito e seus impactos nos financiamentos para os clientes.
Para saber sobre as linhas de crédito acesse o site www.brde.com.br.
Por - AEN
O secretário de Estado da Fazenda, Renê Garcia Junior, apresentou nesta terça-feira (30), em audiência pública na Assembleia Legislativa, os resultados contábeis do primeiro quadrimestre de 2023. Juntamente com técnicos do Governo, ele detalhou receitas, despesas, resultados e limites referentes à contabilidade do Estado, além de responder aos questionamentos dos deputados estaduais.
O Paraná, mesmo diante de queda de arrecadação de ICMS, fruto das alterações na política de combustíveis, energia e comunicações, derivadas da Lei Complementar 194/2022, conseguiu melhorar seu nível de liquidez nos últimos anos e manter um bom nível de endividamento. Os dois quesitos são considerados na avaliação da Capacidade de Pagamento (CAPAG), índice usado para medir a capacidade financeira dos estados.
O Paraná tem nota A nos dois indicadores, a mais alta de todas. No índice geral do CAPAG, o estado recebe nota B, a segunda mais alta, o que indica que as contas do Paraná estão em dia e o estado oferece boas condições para atrair novos investimentos.
A liquidez está relacionada à capacidade de pagamento imediato das obrigações financeiras. A nota A mostra reserva de recursos robusta para honrar compromissos financeiros de curto prazo. Ao manter seu nível de endividamento também com nota A, o Paraná denota capacidade de financiar projetos importantes que impulsionem o desenvolvimento econômico e social.
Segundo o secretário da Fazenda, o Paraná se mantém em condição de equilíbrio responsável. "Mesmo com as alterações recentes, o Paraná tem buscado cumprir com todos os seus compromissos e índices, o que o coloca em condição exemplar perante outros estado, então esse é um resultado bom dentro de um cenário muito desafiador”, afirmou Garcia Junior.
BALANÇO FISCAL – Neste primeiro quadrimestre de 2023, o Estado apresentou um déficit de R$ 1,5 bilhão em razão da diferença entre o Resultado Primário e as Despesas Empenhadas e Não Pagas. No entanto, o Estado gerou superávits primários consistentes em anos recentes, o que permitiu fazer frente às obrigações financeiras e à política de investimentos.
A receita corrente teve queda real de 6% em relação a janeiro a abril de 2022. Com a trajetória inflacionária em ritmo de desaceleração, a receita de impostos também apresentou queda real de 9% em relação aos mesmo período do ano passado. O Estado deixou de arrecadar no quadrimestre um acumulado de mais de R$ 2,8 bilhões nos segmentos de combustíveis, energia elétrica e comunicações – e nos setores não impactados, houve aumento de arrecadação em 2023.
Uma ação para aliviar as perdas de arrecadação começou a fazer efeito em abril, mas ainda não compensou a queda provocada pela LC 194. A medida alterou a alíquota modal do ICMS de 18% para 19%, fruto de lei aprovada pelos deputados estaduais.
Já a rubrica despesa, por sua vez, apresentou aumento de 17%, em razão de juros e encargos da dívida, bem como outras despesas correntes, como por exemplo, contratos e aquisição de bens de consumo e serviços. O gasto com pessoal representa 42% do total da Receita Corrente Líquida, índice que o Paraná mantém bem abaixo do chamado nível de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelecido em 60% para estados e municípios. Foram também pagos R$ 1,34 bilhão até abril da dívida pública, que está na faixa de R$ 24 bilhões.
A Amortização da Dívida, em termos reais, avançou 48%, devido principalmente ao acordo com o Itaú para dar fim a uma dívida histórica relacionada ao Banestado, contraída há quase 23 anos. Houve um desconto de 62% no valor devido, que era de R$ 4,5 bilhões e que foi reduzido para R$ 1,7 bilhão. No último mês, foram pagos R$ 600 milhões pela Fazenda Estadual.
GESTÃO – No balanço final, o secretário afirmou que a administração eficiente e responsável dos recursos públicos fez com que o Paraná demonstrasse resiliência nos últimos anos, buscando o equilíbrio entre a necessidade de investimentos e a contenção de gastos.
“Mesmo com as dificuldades expostas com a pandemia e a inflação, temos o compromisso de zelar pela sustentabilidade das contas públicas, e por meio de uma boa gestão fiscal nos últimos anos está sendo possível superar obstáculos, preservando a estabilidade econômica e garantindo a continuidade de serviços essenciais para a população, além de novos investimentos”, disse Garcia Junior.
Ele também citou que o cenário econômico está favorável ao Paraná nos próximos meses, uma vez que o Paraná deve registrar em 2023 a maior safra já produzida (46,85 milhões de toneladas). As condições climáticas favoráveis e os preços atrativos incentivaram os produtores a ampliar a área plantada. O Estado é o segundo maior produtor agrícola do País.
Por - AEN