As inscrições para o Processo Seletivo Simplificado (PSS) na área de saúde na Polícia Penal do Paraná (PPPR) estão abertas a partir desta terça-feira (17) e seguem até as 23h59 do dia 29 de setembro, conforme edital nº 100/2024.
A disposição de vagas compreende 143 profissionais para atuação no Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e duas vagas para a sede administrativa da PPPR, na Capital.
As contratações são de caráter temporário e observarão o Regime Especial regulamentado pela Lei Complementar Estadual nº 108/2005 e suas alterações, pelo Decreto Estadual nº 4.512/2009 e legislação correlata.
Estão disponíveis vagas para profissionais como técnico em enfermagem e de laboratório; assistente social; enfermeiro; farmacêutico; fisioterapeuta; nutricionista; médico; psicólogo e terapeuta ocupacional. As remunerações variam entre R$ 5.983,78 e R$ 9.790,46. Outros detalhes sobre este processo seletivo podem ser conferidos no edital, no site pssparana.gov.br.
“O CMP atende pacientes privados de liberdade oriundos de todo o Estado e com diferentes perfis. Muitos, inclusive, necessitam de acompanhamento médico constante, por isso a importância da contratação destes profissionais de saúde”, destaca a diretora-geral da PPPR, Ananda Chalegre.
Para fazer a inscrição, o candidato precisa ser brasileiro nato ou naturalizado (no caso de nacionalidade portuguesa, estar amparado pelo Estatuto de Igualdade entre Brasileiros e Portugueses); ter no mínimo 18 anos completos no momento da convocação para a comprovação de títulos; estar em regularidade com os direitos políticos, civis e eleitorais e, ainda, estar quite com as obrigações militares.
Além de ampla concorrência, o processo seletivo prevê vagas destinadas a afrodescendentes e Pessoas com Deficiência (PCD), a depender do cargo.
Por - AEN
A indústria da água mineral movimentou R$ 242,03 milhões no Paraná em 2023, um incremento de 21,3% em relação a 2022 (R$ 199,56 milhões).
O montante é resultado da comercialização de 377,36 milhões de litros, 8,8% a mais do que em 2022 (346,89 milhões). O levantamento integra o
, divulgado pelo Instituto Água e Terra (IAT) nesta terça-feira (17).Ainda de acordo com o relatório, a exploração da água obtida diretamente de fontes naturais ou por meio de extração subterrânea, seja para consumo, composição de produtos industrializados ou produzida pelas empresas de turismo para fins de balneabilidade e hotelaria, gerou R$ 2,22 milhões em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), um aumento de 18,9% no comparativo com 2022 (R$ 1,86 milhão).
Valor que é dividido entre o município produtor (60%), municípios afetados (15%), Estado (15%) e União (10%). No Paraná há 31 empresas, em 28 cidades, que exploram a água mineral. Quitandinha, na Região Metropolitana de Curitiba, respondeu por 29,2% do total arrecadado em 2023, seguida por Toledo, no Oeste, com 14%, Foz do Iguaçu, também no Oeste (10,5%), Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (6,5%), Iguaraçu, no Noroeste (5,6%) e Iretama, na região Central (5,3%). Esses seis municípios responderam por 71,1% do total da CFEM.
“Uma das explicações para o aumento da exploração da água mineral é o consumo, o que movimenta toda a cadeia, da exploração à produção”, explicou o geólogo do setor de Divisão Territorial do IAT, Marcos Vitor Fabro Dias.
“Qualquer aumento, e em qualquer segmento industrial do Estado, significa que vai mais emprego e maior arrecadação. E tudo isso se faz em benefício do Paraná. À medida que aumenta a arrecadação, o Governo tem mais disponibilidade de investimento para suprir as necessidades da população”, acrescentou ele.
LICENÇAS – O Instituto Água e Terra tem participação essencial no desenvolvimento do segmento mineral. É o órgão responsável pela emissão de Licença, Autorização ou Licenciamento Ambiental, obrigatórios para a concessão, pela Agência Nacional de Mineração, da área a ser utilizada para extração da água mineral. Desde 1993, foram quase 200 outorgas emitidas pelo órgão ambiental paranaense para envase de água.
Por meio dessa regulação, o IAT mantém o controle do número de captações de água e as respectivas vazões, de modo a impedir a superexploração dos recursos hídricos, bem como conciliar conflitos de uso entre diferentes empreendimentos ou, ainda, em situações de escassez ou de risco.
O Instituto visa também preservar a qualidade dos mananciais paranaenses através da avaliação dos efluentes lançados nos corpos hídricos e avaliação de análises físico-química e bacteriológica da água subterrânea, que são pré-requisitos para obtenção destes tipos de outorga.
COMO FUNCIONA – A extração de água mineral ocorre nos aquíferos localizados entre as camadas das rochas geológicas do Estado, sejam eles decorrentes das características naturais da porosidade e permeabilidade das rochas ou do seu fraturamento. A composição química da água depende da interação entre ela e as rochas que a armazenam.
“Se você tem um tipo de rocha que não tem muitos minerais, essa interação resulta em uma água mais pobre justamente no aspecto dos minérios”, destacou Dias.
Ele explica, contudo, que a geologia paranaense, em função da sua diversidade, favorece a exploração de água mineral com diferentes características químicas, dependendo do aquífero a ser explorado – atualmente são dez os principais aquíferos explorados no Estado, como o Guarani, Caiuá e Karst, entre outros.
“Primeiro temos que considerar que existem diferentes tipos de aquíferos, que são, geologicamente, locais onde se concentra ou existe água mineral passível de ser explorada. Ela está dentro de uma rocha, e essa rocha, quando está fraturada, cria espaços vazios, com permeabilidade e porosidade suficiente para ser explorável”, afirmou o geólogo.
Por - Agência Brasil
Marcas de pequenos produtores paranaenses vão aparecer para milhões de consumidores em uma das principais plataformas de e-commerce do mundo.
O Governo do Estado, por meio da Invest Paraná, e a Shopee, marketplace que conecta vendedores e consumidores, lançaram nesta terça-feira (17) a seção especial “Do Paraná para o Brasil” no app com produtos de empreendedores que participam do programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS).
A parceria entre a Invest Paraná, agência de atração de investimentos do Estado, e a Shopee é fruto do Programa de Incubação Shopee VRS, em que mais de 20 produtores locais que não possuíam vendas pela internet passaram por uma capacitação para oferecer seus produtos online. O programa incentiva o desenvolvimento econômico sustentável de diferentes regiões paranaenses, sem deixar de lado processos tradicionais e históricos de produção.
O diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, afirma que a parceria com a Shopee reforça o objetivo do VRS, de abertura de novos canais de comercialização para os produtores. “Nós trabalhamos com cadeias de valor sustentável, com micro e pequenos empreendedores, colocando o networking da Invest Paraná a favor desse público”, destaca. “A ideia é que eles tenham experiência para comercializar em qualquer plataforma digital”.
A head de Relações Governamentais da Shopee, Luciana Hachmann, complementa que a parceria com o Governo do Paraná faz parte da missão da empresa de transformar vidas por meio de tecnologia e do compromisso com o empreendedorismo brasileiro. “Após um período de estruturação da parceria e da fase de treinamento e acompanhamento dos lojistas participantes, queremos agora oferecer mais visibilidade aos produtos desses empreendedores e apoiá-los a alavancarem suas vendas no app", comenta.
Os empreendedores foram escolhidos por meio de um edital de chamamento público, voltado àqueles que já participam de atividades do VRS, como o da Mata Atlântica, no Litoral, com a venda de produtos de banana, palmito pupunha, açaí juçara, frutas sazonais e turismo; da região Centro-Sul, com erva mate e pinhão; do entorno da futura Represa do Miringuava, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, na produção agrícola local; e do Vale do Ribeira, área que é grande produtora de tangerina e com grande potencial turístico.
Das 30 vagas abertas, 23 produtores concluíram a capacitação de 196 horas realizada com encontros a distância e que teve duração de quatro meses. Entre os temas aprendidos nesse período estiveram descrição de produtos, storytelling, logística, gerenciamento de estoque, composição de preço para plataforma online, entre outras.
A Invest Paraná também auxiliou os produtores com fotos profissionais dos produtos, ajudou na montagem da loja virtual e no cadastro de produtos. A ideia é fazer do microsite uma espécie de “feira digital”, atraindo compradores de diversas regiões do Brasil com produtos sustentáveis desenvolvidos no Paraná.
“É colocar à disposição produtos de qualidade com sustentabilidade, associados aos biomas e aos territórios que trabalhamos, à disposição do Brasil inteiro. Isso envolve alimentos, bebidas, mate, economia criativa, artesanato”, ressalta o diretor de Desenvolvimento Econômico da Invest Paraná, Rogério Chaves. “Isso abre uma nova possibilidade de renda para os nossos empreendedores.”
Segundo o gerente de Desenvolvimento Econômico da agência, Bruno Banzato, as capacitações promovidas pela Invest e Shopee contribuíram também para o fortalecimento das vendas tradicionais. “Verificamos que os conhecimentos adquiridos ajudaram inclusive nas vendas físicas deles. A formação de preço, de storytelling do produto, de contar o que aquele produto tem de diferencial, influenciou não só no digital, mas também na forma como eles fazem negócios fora dali, de forma física”, explica.
O desenvolvimento da capacitação voltada à inclusão digital foi uma das principais demandas apresentadas pelos produtores que participam do VRS. Com o lançamento do microsite, o trabalho da Invest Paraná concentra-se agora em como será a experiência, com o feedback dos produtores e possíveis ganhos em vendas e, até mesmo, a inserção dos produtos em outras plataformas digitais.
PRODUTORES – A gerente da Viva Mate Bitumirim, de Ivaí, Angela Hneda, espera dobrar as vendas com a entrada da empresa no marketplace. Eles comercializam erva-mate, café e chás no modelo B2B, de empresa para empresa, principalmente para supermercados, na loja física e agora poderão expandir para o consumidor final no app.
“Eles ajudaram desde a parte burocrática, de inserção dos itens na Shopee, de como abrir a loja, além de dicas para conquistar o cliente, com envio de cartões, selos. Ajudaram também com a questão da propaganda, de expandir as vendas para outros lugares e clientes”, conta.
Até então as vendas eram concentradas na região dos Campos Gerais, Curitiba e Norte do Paraná, mas desde que eles começaram a participar da capacitação da Shopee, outros mercados começaram a se abrir. “Com a venda online nós conseguimos atingir outras regiões, tanto que de todos os pedidos feitos pela internet, 90% são para São Paulo, onde não temos vendedores”, acrescenta.
A empresária Noely Silva, de Antonina, tem na produção de bijuterias o seu sustento. Antes restrita a vendas físicas, agora as biojoias da NS Bijuterias vão chegar a qualquer parte do País. “Eu sou muito adepta da natureza. Eu comecei há 22 anos, devagarinho, mas logo foi aumentando e virou minha renda principal. Quando eu fiz o curso de biojoias, eu vi que poderia aproveitar bastante coisa da natureza, como brincos com semente, com escamas de peixe, com penas, até com caixas de leite”, afirma.
Entre as principais dicas que ela recebeu na capacitação está a formação de estoques. “Os meus colares, as minhas peças são únicas, que ninguém tem igual. E com o curso eu aprendi sobre a questão de ter um estoque para atender os pedidos que chegarem pela plataforma, algo que eu não fazia antes”, conta.
“Esse é o grande diferencial desse app. Nós estimulamos muito eles na descrição dos produtos, falando sobre o seu processo, a receita, a história, para que as pessoas tenham essa aproximação e verem como é importante esse produto para preservação dos biomas em que eles estão inseridos aqui do Paraná”, finaliza Banzato.
PROMOÇÃO – Visando incentivar as vendas dos produtos paranaenses, o microsite “Do Paraná para o Brasil” terá um cupom de desconto, no valor de R$ 10, para compras acima de R$ 50, válido para itens dos vendedores participantes do VRS. Ele pode ser acessado AQUI. Os produtos estão organizados nas categorias Economia Criativa e Artesanato, Erva-Mate, Bebidas e Alimentos. Além disso, será incluída uma coleção com itens de outros vendedores do Estado.
SHOPEE – A Shopee é um marketplace que conecta vendedores e consumidores em uma experiência de compra fácil, segura e divertida. Lançada em 2015 em Singapura, a Shopee chegou ao Brasil em 2019 e, atualmente, conta com uma equipe de mais de 15 mil funcionários e dois escritórios na cidade de São Paulo. A empresa possui 11 centros de distribuição e mais de 100 hubs logísticos por todo o País, para atender as vendas dos seus mais de 3 milhões de vendedores brasileiros, que hoje são responsáveis por 90% das transações da plataforma.
No Paraná, conta com um centro de distribuição, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e 14 hubs logísticos de primeira e última milha, localizados nas cidades de Curitiba, Pinhais (RMC), Maringá e Umuarama (Noroeste), Cascavel e Toledo (Oeste), Londrina (Norte) e Ponta Grossa (Campos Gerais). Além disso, a empresa conta com 145 Agências Shopee no Estado.
Por - AEN
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas na manhã desta terça-feira (17) para cumprir 143 mandados judiciais contra o crime organizado envolvendo homicídios, tentativas de homicídio, tráfico de drogas e roubo de cargas.
São três operações que contam com a presença de mais de 300 policiais, deflagradas simultaneamente em 22 cidades do Paraná, além dos estados de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Helicópteros fornecem apoio aéreo e cães policiais atuam na busca por drogas e armas de fogo.
As ações contam com a colaboração da Polícia Militar do Paraná, Polícia Penal do Paraná, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
CORTINA DE FUMAÇA – Em uma das operações, a PCPR e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) têm o objetivo de desmantelar duas organizações criminosas envolvidas em tráfico de drogas e roubo de cargas. A ação se estende por 12 cidades do Paraná e inclui também o estado de São Paulo, contando com a participação de 150 policiais.
Os policiais têm a missão de cumprir 19 mandados de prisão preventiva e 38 de busca e apreensão em Francisco Beltrão, Marmeleiro, Renascença, Santo Antônio do Sudoeste, Dois Vizinhos, Quedas do Iguaçu, Toledo, Pato Bragado, Cascavel, Ubiratã, Medianeira e Curitiba, além de Mairinque, no estado de São Paulo.
Também foram decretadas medidas patrimoniais de bloqueio de contas bancárias de 23 pessoas físicas e 7 empresas, como parte de uma estratégia para desmantelar financeiramente os grupos criminosos.
Durante as investigações, foi identificada uma organização criminosa que utilizava caminhões de uma empresa de transportes para distribuir entorpecentes do Oeste do Paraná para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. As cargas ilegais eram disfarçadas em mercadorias lícitas com o objetivo de despistar as autoridades.
A organização atuante no tráfico de drogas era chefiada por um empresário do ramo de transportes, que utilizava seus caminhões para o envio dos entorpecentes, transferindo-os temporariamente para nome de terceiros, encobrindo o real proprietário caso houvesse apreensão.
Durante a investigação, cinco grandes carregamentos de drogas foram apreendidos, totalizando mais de seis toneladas de maconha, 65 quilos de crack e quase 240 quilos de skunk, causando um prejuízo estimado em R$ 14 milhões à organização criminosa. Além disso, foi preso um dos líderes da quadrilha, foragido do Rio Grande do Sul e condenado a diversos anos de prisão, que vivia em Francisco Beltrão com identidade falsa.
Além do tráfico de drogas, outra organização criminosa atuante no roubo de cargas ilícitas foi identificada. Utilizando rastreadores clandestinos, os criminosos monitoravam os caminhões para roubar mercadorias.
As autoridades ressaltam que a cooperação entre a PCPR e a PRF foi fundamental para o sucesso da operação, que resultou no desmantelamento de duas grandes organizações criminosas.
CAIM E ABEL – Na segunda operação, a PCPR, em conjunto com a PMPR, Polícia Federal e a Polícia Penal do Paraná, tem a missão de cumprir 49 mandados judiciais contra organizações criminosas envolvidas em homicídios e tentativas de homicídio no Oeste do Estado.
A ação policial envolve a execução de 28 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão. As diligências ocorrem simultaneamente nas cidades de Palotina, Maripá, Terra Roxa, Guaíra, Paranavaí, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guaratuba e Londrina, no Paraná; Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; e Volta Redonda, no Rio de Janeiro.
Os indivíduos são investigados por homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
A investigação identificou que homicídios e tentativas de homicídios ocorridas em Palotina e região se tratava de uma disputa entre facções criminosas. As diligências revelaram que o líder da facção criminosa, preso no Paraguai, ordenava os homicídios, que eram executados por membros do grupo. Em fevereiro de 2024, durante cumprimento de mandados judiciais em endereço utilizado como base de ações criminosas, foram apreendidas três armas de fogo, maconha, haxixe, cocaína e celulares.
OPERAÇÃO MANUTENTIA II – Na terceira operação, a PCPR e a PMPR estão nas ruas em Quedas do Iguaçu e Espigão Alto do Iguaçu, no Oeste do Estado, para cumprir sete mandados de busca e apreensão. Os alvos são suspeitos de crimes como tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, posse de arma de fogo e comércio ilegal de arma de fogo. Cerca de 30 policiais participam da ação.
Por - AEN
O Sistema Estadual de Agricultura (Seagri) reuniu nesta segunda-feira (16) representantes de entidades agropecuárias do Paraná para discutir o alinhamento das ações estratégicas relacionadas ao setor.
Durante o encontro, na sede do Sebrae/PR, em Curitiba, foram definidas três áreas de atuação e a participação de cada uma das entidades para debater e apresentar soluções visando ao desenvolvimento dos projetos.
As grandes linhas e projetos prioritários são certificação, com trabalho voltado a alternativas para acelerar a homologação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e rastreabilidade; água e solo, com projetos em produção, guarda e uso hídrico, manejo de solo e estradas rurais; e agricultura e agroindústria familiar, trabalhando mercado, sucessão, cooperativismo e associativismo, turismo, equipamentos, infraestrutura e assistência técnica.
A proposta do trabalho comum havia sido apresentada a cada uma das entidades de forma individual pelo secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza. “Todos queremos o crescimento da agropecuária paranaense, todos temos o agricultor como sujeito de nossas ações, então é importante unir as forças para conseguirmos os objetivos com menos desgaste e mais proatividade”, salientou. “O objetivo é ter um estado mais competitivo e um rural mais sustentável”.
Segundo ele, algumas das maiores preocupações do setor são comuns e podem ser enfrentadas e vencidas conjuntamente. Em relação às preocupações ambientais, Natalino salientou principalmente a necessidade de combater o mau uso de produtos químicos.
No aspecto tecnológico, a proposta é trabalhar melhor o manejo de solos e produzir e manter água também para uso na produção rural. “Temos que cuidar daquilo que é nosso bem mais precioso”, afirmou. Ele também se referiu às preocupações sociais, como a penosidade do trabalho, a redução de mão de obra e a necessária melhoria de renda.
O presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, acentuou a importância da união até para ter mais força perante o governo federal. “Estamos juntos para crescer e trabalhar”, acentuou.
Segundo ele, a Ocepar tem muito interesse no avanço em certificação da produção agropecuária paranaense, utilizando inclusive tecnologia reconhecida do Tecpar. “Precisamos sentar e ter um programa do Paraná”, reforçou.
“Quando colocamos numa sala todas as entidades que podem ajudar na mudança é um grande avanço”, afirmou o superintendente do Sebrae/PR, Vitor Roberto Tioqueta. Segundo ele, a entidade, que abrigou a reunião desta segunda-feira, poderá auxiliar de forma ativa em questões de gestão e de prospecção e estratégias de mercado.
Para a diretora técnica da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Débora Grimm, os desafios que o Estado enfrenta não são novidades. “A agregação das entidades para enfrentar é fundamental”, disse. “Fazer alguma coisa também está em nossas mãos”. Segundo ela, o Sistema Senar tem atuado de forma efetiva na Assistência Técnica e Gerencial. “Levar isso aos produtores faz a diferença”, acrescentou.
Uma assistência técnica que trabalhe mais a governança das cooperativas da agricultura familiar foi apresentada como o diferencial pela Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep). Segundo a vice-presidente, Ivone Francisca de Souza, é necessário que as políticas públicas realmente cheguem ao campo, levando qualidade de vida, renda e conectividade, pois é isso que manterá a juventude no ambiente rural.
COOPERAÇÃO – Durante o evento, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná - Iapar-Emater (IDR-Paraná) assinou Termo de Cooperação com o Sebrae/PR para promover ações integradas com foco na melhoria das atividades de turismo rural. Por meio dele o Sebrae irá capacitar técnicos do IDR-Paraná e produtores rurais para transformar o turismo rural em alternativa complementar de renda.
Também está previsto orientação aos produtores para melhoria das práticas de gestão e formatação de produtos turísticos rurais, incluindo viagens para troca de conhecimento e organização de eventos estaduais de turismo rural.
O termo tem validade de 30 meses. Durante esse período a meta é capacitar 30 técnicos do IDR-Paraná e 500 agricultores em termos correlatos ao turismo rural e prestar assistência técnica para 200 propriedades.
PRESENÇAS – Do Sistema Estadual da Agricultura também participaram da reunião o diretor técnico da Secretaria, Benno Doetzer; o presidente do IDR-Paraná, Richard Golba, o diretor de Extensão Rural, Diniz Dias Doliveira, o gerente de Agroecologia, Renato Viana Gonçalves, e o gerente regional de Santo Antônio da Platina, Maurício Castro Alves; da Adapar compareceram o presidente Otamir Cesar Martins, o diretor de Defesa Agropecuária, Manoel Luiz de Azevedo, e o diretor administrativo-financeiro, Adalberto Valiati; da Ceasa/PR estiveram o presidente Éder Bublitz e o diretor técnico, Antônio Leonardecz.
Por - AEN
O Instituto Água e Terra (IAT) confirmou nesta segunda-feira (16) a aplicação de multa de R$ 100 mil para um produtor de Toledo, na região Oeste, que descartou de maneira irregular efluentes da suinocultura diretamente no solo da propriedade.
O resíduo atingiu uma Área de Preservação Permanente (APP) e alcançou o córrego Laranjeiras, afluente do Rio Marreco, deixando a água com coloração escura e turva, superfície espumosa e odor forte. A denúncia foi feita por meio do WhatsApp do escritório do órgão ambiental em Toledo: 41 9-9554-1160.
Além da multa em dinheiro, o suinocultor teve também novos alojamentos de suínos embargados até a efetiva reparação do dano causado.
Engenheiro agrônomo do IAT, Angelo Augusto de Assis explicou que o lançamento dos resíduos era feito diretamente no solo, líquido que escorria por uma valeta até atingir a APP, uma nascente e o córrego. Foi justamente o aspecto da água no momento da fiscalização, destacou, que indicou que a fonte poluidora é a própria suinocultura. “Ao longo desse rio, em diversos pontos, era possível notar esse efluente sobre as águas, que estavam bem contaminadas”, afirmou.
Segundo o técnico, entre os prejuízos causados pelo crime ambiental estão a erosão, acidificação (redução de PH) e alteração da microbiologia do solo. Entre as ações de recuperação estão a remoção do solo contaminado com o descarte correto e o peixamento de espécies nativas no córrego.
ALTERNATIVA – Uma das alternativas para a regulamentação definitiva do setor é a instalação de pequenas usinas para transformar esses dejetos em biogás. Há uma linha de financiamento específica para essa modalidade no Banco do Agricultor Paranaense, coordenado pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento. A equalização de taxas de juros nas operações de financiamento contratadas para a execução de projetos de energia renovável no meio rural é de até três pontos percentuais ao ano para agricultores familiares e produtores rurais.
DENÚNCIAS – O cidadão pode ajudar a cuidar da natureza. Em caso de crimes ambientais, acione a Ouvidoria do IAT ou os escritórios regionais dos municípios mais próximos. Para falar diretamente com o Escritório Regional de Toledo, pode mandar mensagens para o (41) 99554-1160. Também estão disponíveis ao público os telefones (41) 3213-3466 e (41) 3213-3873 ou 0800-643-0304.
Por - AEN