Paraná discute estratégias para combater a violência contra a mulher no ambiente de trabalho

Servidoras do Governo do Paraná participaram nesta terça-feira (27) de uma série de palestras sobre o combate à violência contra a mulher no ambiente de trabalho.

O evento faz parte do pacote de ações Mulheres por um Paraná Sem Violência, lançado em março pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior.

O evento, organizado pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), em parceria com a Controladoria-Geral do Estado e a Secretaria de Estado de Administração e Previdência, aconteceu no Guairinha e foi composto por painéis que debateram ações de combate à violência contra as mulheres, com a participação de cinco especialistas no tema.

Os palestrantes (Maria Terezinha Nunes, Izabela Sammarco Antunes Mayelian, Wendel Benevides Matos, Carliane de Oliveira Carvalho e Giuliana Pinheiro Lenza) falaram sobre aspectos do assédio moral e sexual no ambiente de trabalho e caminhos enfrentamentos do problema.

A secretária de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, destacou ações em andamento no Estado para a promoção da igualdade entre homens e mulheres e combate à violência. Ela ressaltou a criação da Ouvidoria da Mulher e de uma comissão especializada em parceria com a CGE para investigar denúncias de violência contra servidoras. Além disso, mencionou a existência de uma sala de escuta especializada, atendida por mulheres.

“Nós reduzimos os prazos para tomadas de providências e também fizemos uma ampla campanha de divulgação da Ouvidoria da Mulher. E agora, com este evento, estamos levando cada vez mais longe essa conscientização”, afirmou. 

O chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, disse que a criação da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa unificou várias ações já existentes no governo estadual. “Uma administração pública só atinge seu pleno funcionamento quando se preocupa com todos os cidadãos. Essa tem sido nossa prioridade desde o início, olhando para os idosos, crianças, povos tradicionais e todos aqueles que lutam por igualdade”, completou.

O secretário de Estado da Administração e Previdência, Elisandro Frigo, destacou que as mulheres são maioria maior entre os servidores públicos do Paraná. Na SEAP, 80% dos cargos de liderança e chefia são ocupados por mulheres. “O Paraná está fazendo o dever de casa. Primeiro, no combate à violência contra a mulher no ambiente de trabalho, mas também nas ações de valorização das mulheres, para inspirar a sociedade”, enfatizou. 

Luciana Carla da Silva de Azevedo, controladora-geral do Paraná, destacou que dar visibilidade à temática feminina é o ponto de partida. “Estabelecemos esse compromisso de implementar medidas efetivas de valorização das mulheres e de proteger cada uma das servidoras”, completou. 

PRESENÇAS – Participaram do encontro a promotora de justiça, Ana Carolina Pinto Franceschi; a procuradora-geral do Estado do Paraná, Letícia Ferreira; a juíza Dilmari Helena Kessler, coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID), do Tribunal de Justiça do Paraná; a deputada estadual Cloara Pinheiro, procuradora da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná; Ana Carolina Pinto, promotora de justiça do Núcleo de Promoção da Igualdade de Gênero; Mariana Pirih Cordeiro, ouvidora do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná; e Daniele Maria Maurícia, representante da OAB Paraná. 

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Governo vai coordenar instalação de biodigestores para expandir a produção de proteínas animais

O Governo do Paraná deu nesta terça-feira (27) um importante passo para um plano estratégico de destinação de dejetos da produção de suínos e frangos no Estado.

Capitaneadas pelas secretarias estaduais da Indústria, Comércio e Serviços (Seic) e do Planejamento (Sepl), entidades como a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), Copel, Sanepar, Itaipu, Compagás e Invest Paraná se reuniram com representantes do setor produtivo, como Ocepar, e federações da Agricultura e da Indústria, para tratar da instalação de biodigestores, usinas que usam dejetos animais para produção de energia elétrica.

Levantamento da Seic aponta que só na região Oeste, onde está a maior parte da produção de suínos e frangos do Estado, há capacidade para instalação de 35 biodigestores. Cada biodigestor produziria 2 Megawatts de energia por mês a partir de 2 toneladas de dejetos.

O secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, explica que a partir de setembro passa a valer o autocontrole sanitário nas unidades abatedoras, o que não vai mais exigir a presença de um fiscal do Ministério da Saúde durante a produção. Isso vai permitir que os frigoríficos possam atuar em três turnos, aumentando a produção de proteína animal, o que demanda ainda mais atenção à destinação correta dos dejetos.

“Temos dificuldade com licenças ambientais para novos produtores porque hoje os rios da região Oeste, onde está a maior produção de proteína animal do Estado, já estão saturados. Então temos que tratar esses dejetos para gerar energia limpa, alinhando produção à sustentabilidade, que é o discurso e ação do governo Ratinho Junior”, explica o secretário.

Barros também destaca que a instalação de biodigestores vai permitir expandir ainda mais a produção de proteína animal no Estado, uma vez que haverá destinação correta dos resíduos orgânicos. O Paraná já lidera com folga a produção de frangos no Brasil, com 2,04 bilhões de aves abatidas em 2022, representando 33,5% da produção nacional – o segundo e terceiro colocados, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, representam, respectivamente, 13,4% e 13,1%.

Na produção de carne suína, o Paraná é o segundo maior produtor, com 11,5 milhões de cabeças abatidas ano passado, o que representou 20,4% da produção brasileira.

“Com a iniciativa efetiva do Governo do Estado instalando gasodutos e linhas de transmissão vamos conseguir colocar muitos biodigestores para tratar os resíduos, o que vai permitir o crescimento da produção de proteína animal no Paraná. Afinal, mercado não falta, já que temos o status de livre de febre aftosa sem vacinação. Ou seja, seremos o supermercado do mundo, mas para isso precisamos resolver o problema que hoje trava o desenvolvimento, que são os detritos da criação de proteína animal”, enfatiza Ricardo Barros.

Segundo ele, esse é um trabalho que vai além do RenovaPR e do Banco do Agricultor, programas que já viabilizam, com crédito subsidiado, a instalação de biodigestores em propriedades rurais.

TRABALHO COORDENADO – O secretário de Planejamento, Guto Silva, afirma que a partir da reunião desta terça o tratamento dos dejetos animais com biodigestores passa a ter um planejamento coordenado. “Essa é uma discussão estratégica para o Paraná, que lidera a produção de energia limpa no Brasil. E todo esse dejeto da avicultura e suinocultura pode virar energia limpa pelo biogás através dos biodigestores”, explica Silva.

A expectativa do secretário do Planejamento é de que o plano seja estruturado para que entre em curso no segundo semestre. Silva elencou sete frentes de atuação para a instalação dos biodigestores: Planejamento e Legislação, Licenciamento, Fomento, Incentivos Fiscais, Inovação, Infraestrutura e Capacitação de Mão de Obra. “O Paraná já produz alimentos de forma competitiva e sustentável. Agora, vamos transformar nossas propriedades rurais em geradoras de energia limpa, o que vai gerar receita e sustentabilidade", destaca o secretário de Planejamento.

Eduardo Bekin, presidente da Invest Paraná, agência de negócios do Governo do Estado vinculada à Seic, disse que além de resolver o problema ambiental, a produção de energia a partir dos resíduos orgânicos também é uma oportunidade de o Paraná conquistar mais mercados para as carnes suína e de frango.

“Com essa destinação vai crescer a produção de proteína animal e hoje a tendência de grandes mercados é de se comprar apenas de fornecedores ecologicamente corretos. Por isso os biodigestores só somam na produção do Paraná, que já é um estado onde o agronegócio produz com métodos sustentáveis”, avalia. “Com os biodigestores temos chance de conquistar novos mercados. O mercado europeu, por exemplo, vai nos olhar de outra forma”.

Thiago Gonzalez, diretor-técnico da EnerDinBo, empresa de energia que atua com 40 produtores responsáveis pela criação de cerca de 100 mil suínos, destacou a iniciativa de se juntar esforços do poder público e do setor privado para elaborar um plano de destinação dos detritos para produção de energia sustentável.

“Temos vários atores trabalhando de forma individual nesse sentido. Mas agora está na hora de juntar esforços para elaborar um plano de governo que seja voltado para o desenvolvimento da cadeia pecuária com desenvolvimento sustentável no tratamento desses resíduos, já que estamos com saturação do solo e dos recursos hídricos, principalmente no Oeste do Paraná, que é maior produtora de proteína animal adensada do mundo”, reforça Gonzalez.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Inscrições para concurso que selecionará 10 novos cadetes para os Bombeiros vão até agosto

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) está com edital aberto para 10 vagas para o cargo de cadete na instituição. As inscrições vão até o dia 23 de agosto.

A seleção será feita através de processo seletivo coordenado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com a realização das provas em duas etapas, sendo uma eliminatória e outra classificatória.

A primeira e a segunda fases serão reguladas pelo Edital 24/2023 do Núcleo de Concursos da UFPR, que também regula o processo seletivo da instituição de Ensino Superior. As provas avaliam o domínio dos conteúdos curriculares que regulam o ensino médio, envolvendo a capacidade do candidato de argumentar com clareza, de relacionar e interpretar fatos e dados e de raciocinar de maneira lógica.

A segunda etapa será composta pelas chamadas Provas de Habilidades Específicas realizadas no âmbito do CBMPR por bancas designadas no edital. Compõe as PHE: Investigação Social, Avaliação Psicológica, Exame de Capacidade Física e Exame de Sanidade Física.

Das 10 vagas em disputa, nove são destinadas à ampla concorrência e uma reservada a candidatos afrodescendentes, mediante análise de uma banca de verificação.

De acordo com a lei estadual 1.943/1954, que dispõe sobre os critérios de ingresso nas forças de segurança do Paraná, os interessados em ingressarem como cadetes do CMBPR devem ter no máximo 30 anos no ato de inscrição, ter concluído o ensino médio e estar quite com o serviço militar e obrigações eleitorais.

Os candidatos também precisam comprovar que possuem capacidade e sanidade física, passar por exames de adequação psicológica e teste toxicológico.

No site dos Bombeiros Militar do Paraná é possível consultar mais informações sobre o processo seletivo. Em caso de dúvidas, é possível enviar e-mails para o endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Os candidatos aprovados permanecerão três anos na Academia Policial Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde realizam o Curso de Formação de Oficiais. A remuneração inicial é de R$ 3.776,22 referente ao cargo de Cadete Bombeiro Militar do 1º ano, R$ 4.181,38 no 2º ano e R$ 4.748,59 no 3º de formação, passando para R$ 7.827,69 no período de estágio probatório.

Após a conclusão do curso e término do estágio probatório, os profissionais passarão a receber R$ 10.327,39 no posto de 2º Tenente Bombeiro Militar e, a partir de então, passam a seguir a tabela de vencimentos estabelecida no anexo da lei estadual 20.996/2022, que dispõe sobre as carreiras da Segurança Pública.

Como Oficiais Bombeiros Militares, os profissionais selecionados e formados atuarão no comando, gestão, coordenação e fiscalização do efetivo empregado nas atividades de resgate, salvamento, busca de pessoas e bens, prevenção a incêndio e de Defesa Civil, além de desenvolver atividades relacionados às práticas jurídicas e administrativas da corporação.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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