O projeto Caminhadas na Natureza Paraná, coordenado pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) e executado em parceria com as prefeituras, injetou, de janeiro a outubro de 2023, R$ 1,2 milhão na economia dos municípios, fomentando a geração de renda para a agricultura familiar e o desenvolvimento do turismo rural. Houve 81 caminhadas que já reuniram 56.024 pessoas – outros 59 circuitos estão previstos até dezembro.
De acordo com a coordenadora estadual do Programa de Turismo Rural do IDR-Paraná, Terezinha Busanello Freire, o projeto é uma política pública voltada à agricultura familiar com o objetivo de gerar emprego e renda no campo, além de valorizar as comunidades anfitriãs. Atualmente, várias ações estão em andamento para garantir a aplicação da metodologia, que enfatiza a agricultura familiar e o turismo rural.
“Além das trilhas, estamos dando mais atenção para a comercialização dos produtos e serviços oferecidos pelas comunidades rurais aos caminhantes”, diz a extensionista. Ela destaca que o IDR-Paraná tem o compromisso institucional de valorizar a produção local e regional. Para tanto, o grupo gestor – composto por técnicos do IDR-Paraná, secretaria estadual do Turismo (Setu) e gestores municipais de turismo e agricultura – elaborou um regulamento com a metodologia que deve ser aplicada por todos os circuitos cadastrados.
O documento deve ser aprovado em âmbito estadual no 5° Encontro de Organizadores de Caminhadas na Natureza do Paraná que acontece em março de 2024, em Maringá, no Noroeste, e ficará disponível a todos os gestores municipais e instituições com interesse em realizar circuitos da “Caminhadas na Natureza Paraná”.
Segundo Terezinha, isso dará maior agilidade e dinamismo à execução do projeto, além de garantir o envolvimento das famílias de agricultores e a aplicação da política pública estadual por meio da assistência técnica.
APRIMORAMENTO - As instituições que organizam as caminhadas querem aprimorar a promoção dos eventos no Estado. Para isso, estão aplicando uma pesquisa de satisfação (acesse AQUI) junto aos caminhantes e ciclistas que participam dos circuitos cadastrados. O levantamento busca identificar a percepção dos visitantes com relação aos produtos e serviços ofertados durante as caminhadas e cicloturismo.
Outro aspecto avaliado é se a agricultura familiar é percebida durante o trajeto nos circuitos existentes. Busca, também, ouvir os caminhantes para implementar melhorias constantes no atendimento.
“Da mesma forma, queremos conscientizar o caminhante a respeito da importância dele adquirir produtos locais, assim como os serviços ofertados, o café e almoço rural, a feira de produtos da agroindústria familiar e de artesanato”, explicou Terezinha. Ela lembra ainda que as Caminhadas na Natureza não têm custo de inscrição, portanto, a renda para os agricultores envolvidos depende exclusivamente da venda de produtos e serviços.
Terezinha acrescenta que os esforços também são dirigidos ao aumento do gasto médio do público durante os eventos. “A pesquisa em andamento já nos mostrou que aproximadamente 65% dos caminhantes consomem algum produto durante a caminhada, mas o gasto médio, por pessoa, é de R$ 21,70. Esse valor tem potencial para aumentar e estamos discutindo estratégias para ampliar as formas de consumo”.
Os organizadores estão fazendo reuniões regionais para analisar a importância de cardápios mais atraentes para o público, com receitas que valorizem a cultura local, resgatando a memória afetiva, encantando os caminhantes.
“Além de bufês com almoço ou café, estamos pensando em ofertar pratos diferenciados, porções de alguns alimentos característicos, buscando sempre melhorar a qualidade desses produtos”, ressaltou a coordenadora.
IMPACTO - Em alguns locais os próprios agricultores têm criado atrativos. Terezinha conta que em uma propriedade de Rondon, no Noroeste, ligada à produção de cachaça, a aguardente foi apresentada aos visitantes de uma forma peculiar, a “cachaça na pedra”, numa fonte incrustada na rocha.
Há, também, outros atrativos em fase de elaboração e que devem ser implementados em 2024. É o caso do “Plantando o Caminho”, para que os caminhantes plantem mudas nativas nas propriedades dos agricultores, com o objetivo de colaborar na recomposição da cobertura florestal do Estado. Com isso, as áreas de conservação permanente serão ampliadas, o solo ficará protegido e haverá uma melhoria da qualidade do ar nessas áreas.
O plantio de espécies nativas também vai proteger a biodiversidade local, contribuindo para a criação de corredores ecológicos e incrementando a beleza cênica das propriedades rurais familiares.
“A intenção é também ‘fidelizar’ a visita do público com o plantio de árvores nativas. Assim, o caminhante planta uma árvore que será identificada com o seu nome e ele poderá acompanhar seu crescimento, voltando ao circuito nos anos seguintes ou em outros momentos diversos, criando o sentimento de pertencimento”, explicou Terezinha.
Segundo a extensionista, essa ação tem o objetivo de dar um viés ambiental às caminhadas, discutindo com os produtores e participantes conceitos de ecologia, sóciobiodiversidade, conservação ambiental e sustentabilidade.
“Mesmo após sua realização, as caminhadas têm um grande impacto nas comunidades. Muitos turistas voltam às localidades num momento diferente. Temos o exemplo de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba, que incrementou o turismo rural a partir das caminhadas. Houve investimentos em pousadas e nas propriedades rurais para receber os turistas”, contou Terezinha.
Ela acrescentou que estão em discussão duas outras opções de circuitos. Uma é conectar o traçado de caminhadas de diferentes municípios, criando circuitos permanentes e de longo curso. Outra alternativa é definir um circuito específico dentro de uma propriedade rural para mostrar as cadeias produtivas implantadas e a biodiversidade.
PERFIL - Os organizadores estão de olho no perfil dos caminhantes. Dados do Ecobooking Sistema de Gestão do Turismo, onde está inserido o calendário das caminhadas na natureza do Paraná e em que é feita a inscrição online, revelam que as mulheres dominam os percursos: neste ano, 63,1% dos participantes das caminhadas são mulheres e 36,9% homens.
Em termos de escolaridade, a maioria (34,1%) tem nível de ensino superior. Em seguida, vêm os participantes com ensino médio (33%), com especialização (18,6%) e ensino fundamental (9,3%).
A maior parte (24,8%) concentra-se na faixa etária de 41 a 50 anos, superando os participantes com idade entre 31 e 40 anos (20,6%), de 51 a 60 anos (19,8%), de 21 a 30 anos (15,4%) e de 11 a 20 anos (9,2%). Os idosos, de 61 a 70 anos, ainda são minoria (7,6%) e somente 1,2% dos participantes têm mais de 70 anos. Crianças até dez anos representam 1,5% do público.
Indicadores que não devem sair da mira das instituições que participam da organização das Caminhadas na Natureza e podem dar pistas do rumo que elas tomarão nos próximos anos.
Como parte desta perspectiva de impulso, o projeto ganhou uma nova logomarca que possui elementos de inclusão, acessibilidade, agricultura, gastronomia, mulheres, jovens, natureza, paisagens, entre outros. Segundo Terezinha, a atualização tem como objetivo, além da inclusão de novos elementos importantes na realidade atual, trazer mais leveza nas cores e um aspecto contemporâneo. A modernização foi feita pela Setu.
Por - AEN
As Agências do Trabalhador do Paraná e postos avançados começam a semana com a oferta de 16.407 vagas de emprego com carteira assinada no Estado.
A maior parte é para auxiliar de linha de produção, com 2.561 oportunidades. Na sequência, aparecem as funções de abatedor de aves, com 403 vagas, operador de telemarketing receptivo, com 350, e magarefe, com 328.
A Grande Curitiba concentra o maior volume de postos de trabalho disponíveis (4.572). São 350 vagas para operador de telemarketing receptivo, 260 para operador de telemarketing ativo e receptivo, 190 para operador de cobrança e 90 para operador de caixa.
Na Capital, a Agência do Trabalhador Central oferta 89 vagas para preenchimento urgente: assistente de vendas (39), ajudante de carga e descarga de mercadorias (20), auxiliar de almoxarifado (20), carpinteiro (05) e jardineiro (05).
A Região de Cascavel aparece em seguida (4.267), com 763 oportunidades para auxiliar de linha de produção, 255 para abatedor de aves, 230 para abatedor de porcos e 170 para magarefe.
Nas demais regionais do Interior são destaques Londrina (1.549), Pato Branco (1.273) e Foz do Iguaçu (1.068). Em Londrina, as funções que lideram as ofertas de vagas são auxiliar de linha de produção, com 318 vagas, alimentador de linha de produção, com 66, operador de caixa, com 55, e vendedor interno, com 45 oportunidades.
Em Pato Branco, os destaques são para auxiliar de linha de produção (307), operador de caixa (84), operador de processo de produção (69) e repositor em supermercados (47).
Em Foz do Iguaçu, há oferta de emprego para as funções de auxiliar de linha de produção, com 340 oportunidades, abatedor de aves, com 70, operador de caixa, com 64, e atendente de bar, com 51.
ATENDIMENTO – Os interessados devem buscar orientações entrando em contato com a unidade da Agência do Trabalhador de seu município. Para evitar aglomeração, a sugestão é que o atendimento ocorra com horário marcado. O agendamento deve ser feito AQUI.
Confira
as vagas por regionais.
Por - AEN
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) atualiza a situação das rodovias estaduais, informando mais trechos com bloqueio total ou parcial, diferentes daqueles que constam no primeiro balanço divulgado neste domingo (20). Confira:
PR-281 entre Realeza e São Valério – Há bloqueio devido à cheia do Rio Capanema. As águas estão prestes a atingir a superestrutura da ponte, trazendo risco de instabilidade da estrutura e de seus acessos. O DER/PR permanece monitorando o local e vai analisar os taludes e a ponte após as águas baixarem.
PR-364 entre Irati e São Mateus do Sul - Bloqueio parcial por escorregamento de terra que atingiu mais da metade da pista em um segmento. O trecho atualmente passa por obra de pavimentação. A empresa responsável pelos serviços já foi acionada para trabalhar na liberação da pista com a maior celeridade possível.
A PR-092 em Doutor Ulysses - Bloqueio total temporariamente devido à queda de árvores sobre a pista. Já foram acionados os serviços de corte e remoção do material, com o tráfego devendo ser liberado na sequência.
PRC-466 - Turvo e Pitanga - Está com múltiplos pontos de escorregamento de terra e vegetação, com a rodovia em meia-pista. Até o momento os danos foram identificados no km 193, km 199, km 200 e km 207, com o material caindo do talude sobre a pista direita. Os serviços de limpeza e remoção já foram acionados e os segmentos serão liberados o mais breve possível.
PR-092 (Rodovia dos Minérios) em Almirante Tamandaré - Está com dois pontos de alagamento, com bloqueio das pistas no km 10, próximo ao entroncamento com o Contorno Norte de Curitiba, e no km 16, no perímetro urbano do município. Os locais contam com sinalização de emergência e as pistas serão avaliadas pelo DER/PR após o nível das águas baixar, para verificar possíveis danos.
PR-405 (Guaraqueçaba) - Tem pontos de alagamento no km 48 e km 49, tornando inviável a travessia do trecho. A rodovia, que é não-pavimentada, é a principal ligação do município de Guaraqueçaba, no Litoral, com o restante da malha rodoviária. O DER/PR monitora o trecho está acionando equipe para fazer os serviços de melhorias necessários quando as águas baixarem.
PR-151 entre Ponta Grossa e Palmeira – Uma pista está bloqueada por escorregamento de terra próximo ao trevo de entroncamento com a PR-438, em Ponta Grossa. O dano está localizado no km 344, em trecho que faz ligação com o município de Palmeira. Já foi disponibilizada sinalização emergencial alertando os usuários, e os serviços de remoção e limpeza são providenciados.
Por - AEN
Devido ao retorno dos grandes volumes de chuva ao Paraná, sobretudo nas regiões Oeste e Sudoeste do Estado, a Defesa Civil Estadual intensificou o atendimento a 19 municípios que registraram ocorrências das mais variadas, sendo as mais comuns os alagamentos e enxurradas.
Nas últimas 24 horas com maiores precipitações, os acumulados chegaram a aproximadamente 150 milímetros em algumas localidades.
A situação tem sido monitorada pela equipe da Coordenadoria da Defesa Civil do Paraná a partir do seu centro de controle, em Curitiba, e diretamente nos municípios, com apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná e das equipes das defesas civis municipais das cidades diretamente impactadas.
“A situação tem sido monitorada pela equipe da Defesa Civil do Paraná a partir do seu centro de controle, em Curitiba, e diretamente nos municípios, com apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná e das equipes das defesas civis municipais das cidades diretamente impactadas”, informou o coordenador da Defesa Civil, coronel Fernando Schunig.
Além dos atendimentos imediatos de urgência, o Governo do Estado está acompanhando a situação para prestar todo o suporte assistencial e humanitário possível aos municípios e às famílias prejudicadas pelos temporais como já tem ocorrido desde o início do mês de outubro.
BARRAGENS – A Defesa Civil esclarece ainda que apesar dos transtornos nas cidades, a chuva não trouxe qualquer tipo de impacto estrutural nas grandes barragens de produção elétrica no Paraná. O órgão estadual reforça a importância de que a população se mantenha atualizada por meio dos canais oficiais, o que inclui principalmente o sistema de envio de alertas da Defesa Civil por mensagem de celular.
Para ter acesso ao serviço, que é gratuito, basta enviar um SMS com o CEP da sua residência para o número 40199. Para mais informações e orientações, acesse o site da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil do Paraná.
A ENGIE Brasil Energia, que administra as usinas hidrelétricas de Salto Santiago, em Saudade do Iguaçu, e Salto Osório, entre São Jorge d’Oeste e Quedas do Iguaçu, esclarece que ambas operam em perfeitas condições e dentro dos seus parâmetros de segurança. A empresa acompanha os níveis de vazão das comportas devido à possibilidade aumento significativo do Rio Iguaçu nas próximas horas.
Segundo o último informe da Engie Brasil Energia, o reservatório da Usina de Salto Santiago está com 89% do seu volume útil, enquanto a Usina de Salto Osório está com 94% do volume útil ocupado.
Por - AEN
O Governo do Estado divulgou nesta sexta-feira (27) chamada pública para uma pesquisa em rede com o objetivo de desenhar o perfil dos estudantes das sete universidades estaduais do Paraná.
Com aporte de R$ 1,2 milhão, o intuito é propor políticas públicas para aumentar de forma estratégica a permanência e prevenir a evasão no ensino superior, com base em indicadores socioeconômicos, educacionais e demográficos.
A expectativa é que as atividades do estudo comecem em março de 2024, com duração de dois anos.
As instituições de ensino superior irão apresentar até 1º de dezembro propostas para o desenvolvimento do projeto de pesquisa, especificando detalhes da metodologia que será aplicada, como a dimensão da amostragem, as sugestões de questionários, os procedimentos para coleta e análise de dados, entre outros aspectos. Nessas propostas também serão detalhados os planos para aplicação dos recursos financeiros.
A iniciativa conta com recursos não reembolsáveis do Fundo Paraná, dotação orçamentária gerenciada pela secretaria estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para o fomento científico e tecnológico. O montante será distribuído entre as instituições estaduais de ensino superior para o custeio de 35 bolsas, no total, e investimento em equipamentos e mobiliários necessários para a aplicação da pesquisa. Os termos serão firmados entre a Seti e as universidades em fevereiro do próximo ano.
As bolsas serão destinadas para sete professores efetivos das universidades, responsáveis pela coordenação do projeto, 21 estudantes de graduação (três por instituição) e sete profissionais da mesma área de formação dos coordenadores. De acordo com o edital, os valores mensais das bolsas são R$ 1.200, R$ 931 e R$ 2.500, respectivamente, durante os dois anos de duração do projeto.
O coordenador de Ensino Superior da Seti, Fabiano Gonçalves Costa, destaca o compromisso com políticas públicas voltadas para a permanência estudantil.
“Estamos comprometidos em estimular políticas de acesso e permanência nas universidades para ampliar a igualdade de oportunidades e agir preventivamente para combater o fenômeno da evasão, que ocorre no ensino superior brasileiro”, afirmou, ressaltando a importância de entender os dados de maneira científica para propor políticas públicas assertivas na educação superior paranaense.
METODOLOGIA – Nas propostas de pesquisa elaboradas pelas universidades para essa chamada pública os projetos devem considerar diferentes parâmetros estatísticos: análise de dados por meio de pesquisa descritiva e exploratória; análises qualitativas; números relativos à desistência; informações sobre ingressantes e egressos do ensino superior; e testes de diferenças de média e de variabilidade de dados. A ideia é identificar padrões e tendências educacionais entre os estudantes, assim como os fatores de influência.
Por - AEN
Dados detalhados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a evolução demográfica do Brasil mostram um aumento expressivo na proporção de idosos no Paraná.
Atualmente, 1,9 milhão de pessoas com 60 anos ou mais vivem no Estado, o equivalente a 16% da população, quase o dobro do registrado há 22 anos, quando essa faixa etária representava 8,4% das pessoas residentes nos 399 municípios paranaenses.
O envelhecimento da população paranaense é uma tendência que já vinha sendo observada ao longo das últimas décadas. Entre os censos de 2000 e 2010, o crescimento foi de 32%, passando de 809 mil para quase 1,2 milhão de pessoas. Entre os levantamentos de 2010 e de 2022, o aumento foi ainda mais expressivo, de 47%, chegando aos atuais 1,9 milhão.
O município com o maior percentual de pessoas idosas no Estado, com 26,8%, é Floraí, na região Norte. Em sentindo oposto, a cidade com população mais jovem é Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, onde apenas 8,6% são idosos. Outro fato apontado pelo Censo é que as mulheres são a maioria entre os idosos, chegando a 55% das pessoas com 60 anos ou mais.
Na avaliação da secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa do Paraná, Leandre Dal Ponte, o Estado tem se preparado para o aumento da população idosa, comprovada pelo Censo, por meio de diversas políticas públicas. “Uma das principais estratégias é a construção coletiva e intersetorial, para uma vida saudável e longevidade, envolvendo o Estado, as famílias e a sociedade na formulação e implementação de ações que assegurem os direitos dos idosos”, afirmou.
A secretária também destacou que o Paraná possui um Fundo Estadual e um Conselho Estadual do Idoso ativos há décadas, além de uma rede estadual de governança que abrange mais de 98% dos municípios paranaenses, com fundos e conselhos municipais em funcionamento. Ela lembrou ainda que atualmente 31 das 35 cidades brasileiras certificadas pela OMS como Cidade Amiga da Pessoa estão no Paraná.
“O Estado traz um novo olhar para os idosos, apoiando as cidades para estejam adequadas ao atendimento das pessoas de todas as faixas etárias, baseado nas diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS), com metodologias cientificamente comprovadas e atentos às demandas dessa faixa da população”, pontuou.
LEI DA GRATUIDADE – No início do mês de outubro, o governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou a lei estadual 21.685/2023, que garante a reserva de passagens rodoviárias intermunicipais gratuitas ou com desconto para pessoas com 65 anos ou mais.
A nova legislação faz parte de uma série de medidas anunciadas pelo Estado voltadas a este público, que incluem a transferência de recursos para os municípios para acolhimento aos idosos, a criação de uma Central Judicial específica para a terceira idade e um programa de incentivo ao turismo da melhor idade. Na última terça-feira (24), a secretária Leandre concedeu uma entrevista à Agência Estadual de Notícias comentando detalhes sobre o assunto.
Outras medidas do Governo do Estado incluem ainda a construção de centros de convivência multiúso para a terceira idade, feitos em parceria pela Secretaria das Cidades e os municípios, e a construção de condomínios residenciais exclusivos para idosos pela Cohapar. No âmbito da prestação de serviços, também são promovidos os Jogos da Integração do Idoso por intermédio da Secretaria do Esporte, e cursos de inclusão digital pela Celepar.
MERCADO DE TRABALHO – Se a população do Paraná está mais velha, ela também está mais ativa. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), também elaborada pelo IBGE, apontam que o Estado atingiu a marca de 400 mil trabalhadores ativos com idade igual ou superior a 60 anos no terceiro trimestre de 2023 (de abril a junho), o maior patamar da história.
As informações, divulgadas no começo de outubro, também demonstram que os idosos paranaenses estão ganhando mais. O salário médio dos trabalhadores acima de 60 anos chegou a R$ 3.421 por mês no Estado no segundo trimestre, 9% acima da média estadual, que foi de R$ 3.140 no mesmo período, e 1,1% superior ao rendimento médio dos idosos em nível nacional, que foi de R$ 3.383 mensais.
NÍVEL NACIONAL – Para fins comparativos, o estudo do IBGE utiliza em sua estratificação o grupo de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos. O total de pessoas dentro deste recorte no Brasil chegou 22,1 milhões, o equivalente a 10,9% da população. No Paraná, são 1,2 milhão de pessoas segundo este critério de faixa etária, ou aproximadamente 5,4% dos brasileiros que pertencem a esse grupo.
Por - AEN