Fevereiro é marcado por chuvas estáveis e temperaturas altas, indica boletim do IDR-Paraná

Os índices pluviométricos de fevereiro de 2024 foram bastante variáveis no Paraná, mas de maneira geral foram estáveis, segundo avaliação do boletim elaborado pela equipe de agrometeorologia do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), divulgado nesta quinta-feira (7).

O documento é voltado aos trabalhadores do campo e pesquisadores. As chuvas se concentraram majoritariamente na segunda quinzena do mês. A maior precipitação mensal acumulada foi registrada em Guaraqueçaba, no Litoral (482,4 mm), e a menor em Cascavel, no Oeste, (24,8 mm).

Segundo o boletim, que é produzido com apoio da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e Simepar, as anomalias de precipitação também foram bastante heterogêneas nas diversas regiões do Estado. Choveu destacadamente acima da média na região Sul (183,6 mm em fevereiro de 2024 x 127,8 mm de média história) e abaixo da média no Oeste (91,9 mm x 154,2 mm) e Noroeste (112,6 mm x 163,9 mm). Nas demais regiões a chuva foi próximo da média histórica.

Na média estadual, a precipitação em fevereiro de 2024 foi de 168,9 mm, valor bem próximo da média histórica, de 172,9 mm. Tempestades com ventos fortes ocorreram em Curitiba e Cascavel e alagamentos foram registrados em Londrina e Guarapuava.

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O calor foi bastante intenso em quase todas as regiões do Paraná, especialmente no Oeste. Em Santa Helena, por exemplo, a média das temperaturas máximas foi 34,8°C. No Litoral, devido às chuvas frequentes e abundantes, as temperaturas máximas foram mais amenas em relação à média histórica. As temperaturas máxima e mínima do ar ficaram um grau Celsius acima da média histórica. 

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Confira as condições das lavouras:

SOJA – Até o final de fevereiro, 66% da safra de soja no Paraná apresentava boas condições, 29% condições medianas e 5% condições ruins, segundo informações da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. A condição da cultura teve uma leve melhora em relação ao mês de janeiro, mas a grande maioria das lavouras do Paraná apresentou produtividade abaixo do esperado, decorrente das altas temperaturas e chuvas irregulares. Até o final do mês, 64% da soja foram colhidas no Estado.

MILHO 1ª SAFRA – Até janeiro, 60% da safra de milho no Paraná apresentava condições consideradas boas, 32% médias e 8% ruins. A condição da cultura piorou em relação ao mês anterior. A seca, o calor intenso e o ataque de pragas durante a safra afetaram significativamente a cultura. A grande maioria do milho encontra-se na fase de frutificação (6%) e maturação (94%). Cerca de 73% da área do Paraná foi colhida.

MILHO 2ª SAFRA – De acordo com a Secretaria da Agricultura e Abastecimento, até fevereiro, 82% da área de milho foi semeada e as condições de desenvolvimento da grande maioria (95%) foram boas.

FEIJÃO 1ª SAFRA – A colheita do feijão foi concluída. O feijão apresentou produtividade muito abaixo do potencial da cultura devido às condições climáticas desfavoráveis, como chuva excessiva em outubro e novembro e altas temperaturas e precipitações escassas em dezembro e janeiro.

FEIJÃO 2ª SAFRA – Até o final do mês, 98% da área de feijão foi semeada e as condições de desenvolvimento da grande maioria (97%) são boas.

MANDIOCA – As lavouras de mandioca apresentaram boas condições vegetativas e desenvolvimento satisfatório.

FRUTICULTURA – De modo geral, o desenvolvimento das frutíferas ocorreu dentro da normalidade no Estado, que é marcado pela diversidade de variedades.

OLERÍCOLAS – Devido ao calor excessivo de fevereiro, as hortaliças foram muito prejudicadas e os olericultores tiveram dificuldade em manter o cultivo dos diversos produtos, refletindo em alta nos preços para o consumidor final.

CAFÉ – O café encontra-se na fase de frutificação e devido às chuvas ocorridas no mês de fevereiro apresentou um bom enchimento dos grãos.

PASTAGENS – As pastagens apresentaram uma produção satisfatória de massa verde, proporcionando alimento para os animais.

MANANCIAIS HÍDRICOS – Os rios, represas e córregos apresentaram níveis de água adequados, atendendo as necessidades de irrigação.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Com crescimento de 11,5%, primeiro bimestre de 2024 tem saldo de 23 mil novas empresas

A Junta Comercial do Paraná (Jucepar) divulgou nesta quinta-feira (07) o novo relatório de aberturas e baixas de empresas.

O primeiro bimestre de 2024 registrou saldo de 23.753 empresas (diferença entre 54.011 aberturas e 30.258 fechamentos), um crescimento de 11,56% em relação ao mesmo período do ano anterior, com saldo de 21.292 empresas.

O principal impulsionador foi o crescimento de aberturas. Foram 27.025 em janeiro e 26.986 em fevereiro, contra 25.409 em janeiro de 2023 e 22.959 em fevereiro do ano passado. O aumento foi de 11,67%. Com isso, o Estado atingiu o número de 1.679.462 empresas ativas (1.601.755 matrizes e 77.707 filiais).

Das 54.011 empresas abertas no ano, 40.403 (74,81%) correspondem aos microempreendedores individuais (MEIs). Na sequência aparecem as Sociedades Limitadas (LTDA), com 23,13% (12.492); empresários, com 1,79% (967); e, em menor proporção, Sociedades Anônimas (fechada), cooperativas, Sociedades Anônimas (aberta), consórcios e outros tipos de natureza jurídica.

O relatório destaca ainda os dados referente ao primeiro mês de vigência do Decreto 3.434/2023, o Decreto de Baixo Risco, apontando a abertura de 1.148 empresas dentro desse sistema, o que corresponde a 15,7% do total de empresas abertas em fevereiro (7.321 – exceto MEI).

Além disso, 1.722 protocolos foram beneficiados com o novo sistema, sendo 1.148 para abertura de empresas e filiais 574 para alteração de empresas. Com 594 processos protocolados (34,49%), Curitiba lidera o ranking dos 10 municípios com mais empresas beneficiadas, seguido de Maringá, com 176, Londrina, com 107, Cascavel, com 77, Ponta Grossa, 48, São José dos Pinhais, 47, Foz do Iguaçu, 34, e Pato Branco, 30.

Outro destaque do setor é o recorde no tempo de abertura de empresas, com 9 horas e 32 minutos. Em cinco anos, o Paraná deu um salto nesse indicador. De segundo estado mais lento em janeiro de 2019, o Paraná pulou para a segunda colocação como estado mais ágil em fevereiro de 2024, num esforço conjunto entre órgãos do Governo do Paraná e prefeituras para minimizar a burocracia e acelerar processos digitais. A redução foi de 201 horas ou 12,6 mil minutos, o que dá mais de uma semana.

Confira o relatório da Junta Comercial AQUI .

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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