O Paraná registrou 588.795 cirurgias eletivas em 2023, o maior número dos últimos 10 anos no Estado. Foram 100 mil cirurgias a mais do que no ano anterior (488.441), alta de 20,5%.
O quantitativo refere-se a procedimentos realizados em unidades próprias e também em serviços parceiros credenciados. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
O resultado é fruto do programa Opera Paraná, criado em 2022 para reduzir a fila de espera por cirurgias eletivas – que aumentou por conta da pandemia – e regionalizar os serviços de saúde. Na primeira fase foram destinados R$ 150 milhões. É o maior programa de cirurgias eletivas da história do Paraná.
O governo estadual já destinou mais R$ 150 milhões para a segunda fase do programa. A expectativa é que mais serviços de saúde se credenciem para as cirurgias de maior demanda no Estado: das vias aéreas e superiores, da face, da cabeça e do pescoço; do aparelho da visão; do aparelho digestivo; do sistema osteomuscular e do aparelho geniturinário.
“Acelerar a fila de espera e descentralizar os serviços para reduzir os deslocamentos de pacientes que necessitam deste atendimento é uma missão do Estado” disse o secretário da Saúde, Beto Preto. "Esses números comprovam que a estratégia adotada e eficiente e cumpre nosso objetivo”.
Segundo ele, o crescimento tem sido sustentado ao longo dos últimos anos. Em 2022, logo após o período mais crítico da pandemia e da ampla campanha de imunização, já houve um crescimento de 47,2% nos procedimentos cirúrgicos eletivos na comparação a 2021 (331.787 procedimentos), ano ainda impactado pela Covid-19. Em outro cenário, considerando 2023 e 2018, o incremento também foi significativo, de 20,3%. Naquele ano houve 489.358 cirurgias.
Cleusa Aparecida Tôtolo, de 64 anos, moradora de Jardim Alegre, no Vale do Ivaí, aguardava por uma cirurgia no joelho e foi atendida no Hospital Regional de Ivaiporã. Em setembro de 2023, hospital iniciou as cirurgias e Cleusa foi uma das pacientes atendidas. “O atendimento de todos os profissionais foi excelente, desde os médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, terapeutas. O hospital é muito lindo, me senti muito bem”, disse.
Além dos investimentos no Opera Paraná, o governo estadual também destinou recursos específicos para procedimentos cirúrgicos eletivos de catarata e pterígio – as maiores demandas dentro da especialidade de oftalmologia. O programa Comboio da Saúde recebeu R$ 10,3 milhões do Tesouro do Estado que foram responsáveis pela oferta de quase 15 mil os últimos dois anos.
FILA DE ESPERA – Segundo dados da Central de Acesso a Regulação do Paraná (Care), que reúne a demanda nos serviços sob gestão estadual, 59.501 pacientes têm indicação de cirurgia eletiva no Estado e aguardam pelo procedimento.
A Macrorregião Leste, composta por 93 cidades, possui o maior número, com 29.207 solicitações, seguida pela Macrorregião Norte (97 municípios), com 11.872 cirurgias, Macrorregião Oeste (94 cidades), com 11.094, e Macrorregião Noroeste (115 municípios), com 7.328 pedidos.
A posição do paciente na fila de espera pode ser consultada online AQUI. Outras pessoas estão na etapa de consultas ou exames para avaliar se há indicação de cirurgia.
As informações do Care são preliminares e os pacientes são inseridos neste sistema pelas secretarias municipais de saúde, e a cirurgia é confirmada pelos prestadores dos serviços. Os municípios de gestão plena, como Curitiba, possuem sistemas próprios e, por este motivo, a maioria dos pacientes que residem nestas cidades são regulados pela própria secretaria municipal.
Somando a demanda nos serviços sob gestão estadual e dos municípios de gestão plena, a estimava é que cerca de 200 mil pacientes aguardam por uma cirurgia eletiva. A fila exata está sendo compilada em um programa de gestão que integra os sistemas do Estado, municípios e consórcios.
Por - AEN
Voluntários da Copel estão realizando a entrega de 5,5 mil cestas básicas para 48 instituições educacionais e de assistência social cadastradas em uma chamada pública permanente destinada a essas entidades.
A doação é resultado da campanha Fatura Solidária, desenvolvida durante a pandemia e que conclui nesta ação a sua quarta e última etapa.
Como parte da campanha, a companhia convidou os clientes a optarem pela fatura digital, enviada por e-mail, e pelo débito automático. Em troca, a empresa depositou em um fundo o valor de R$ 2 a cada conversão da conta de luz em papel para a digital e de R$ 3 a cada cadastro de débito em conta.
"Concluímos com sucesso a última etapa da campanha, beneficiando 48 instituições em 13 cidades. Agradecemos aos consumidores que responderam ao convite da Copel, aderindo à fatura digital e débito automático. Esse apoio fortalece nosso compromisso social e ressalta a importância de iniciativas solidárias", destaca Daniele Ciotta, gerente de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da Copel.
Nesta etapa, foram investidos R$ 937 mil na compra de 133 toneladas de alimentos, produtos de limpeza e de higiene pessoal. Os itens estarão disponíveis para serem utilizados pela própria instituição no atendimento a seus públicos, ou entregues para uso direto das famílias atendidas, nos municípios de Campo Mourão, Capitão Leônidas Marques, Cascavel, Curitiba, Londrina, Lobato, Maringá, Medianeira, Paranavaí, Pinhais, Ponta Grossa, Toledo e Umuarama.
Em Londrina, a Casa de Apoio Amigos do Hospital Universitário foi uma das organizações contempladas. De acordo com a presidente da instituição, Ivone Alice da Silva, o alimento e os kits de higiene doados serão de grande importância para auxiliar as pessoas acolhidas pela casa. “Há alguns dias estávamos com nossos armários no estoque mínimo e, com o apoio de voluntários e das cestas básicas encaminhadas pela Copel, conseguimos encher nossos armários, possibilitando que os hóspedes tenham refeições saudáveis”, relata.
FATURA DIGITAL – A opção por receber a conta de luz por e-mail além de evitar o impacto ambiental do uso de papel, vale como comprovante de endereço e é menos suscetível a extravios, já que pode ser facilmente recuperada pelo cliente em seu histórico de mensagens eletrônicas. É possível fazer a adesão da fatura digital através do site da Copel ou pelo aplicativo disponível gratuitamente nas lojas virtuais Google Play e App Store.
Por - AEN
As Agências do Trabalhador do Paraná e postos avançados começam a semana com a oferta de 17.412 vagas com carteira assinada no Estado.
A maior parte é para auxiliar de linha de produção, com 3.666 oportunidades. Na sequência, aparecem as funções de alimentador de linha de produção, com 552 vagas, operador de caixa, com 394, e abatedor de porco, com 260.
A Região de Cascavel concentra o maior volume de postos de trabalho disponíveis (4.270). São 994 para auxiliar de linha de produção, 260 para abatedor de porco, 165 para magarefe e 150 para carregador (armazém).
A Grande Curitiba aparece em seguida (4.058) com 306 oportunidades para auxiliar de linha de produção, 231 para atendente de lanchonete, 227 para operador de telemarketing receptivo e 216 para operador de caixa.
Na Capital, a Agência do Trabalhador Central oferta 124 vagas para preenchimento urgente: auxiliar de confeitaria (31), empacotador (30), atendente balconista (28), confeiteiro (23) e auxiliar de linha de produção (12).
Nas demais regionais do Interior são destaques Londrina (1.628), Campo Mourão (1.563), Foz do Iguaçu (1.327), Pato Branco (1.289) e Maringá (1.083). Em Londrina, as funções que lideram as ofertas de vagas são auxiliar de linha de produção, com 267 vagas, trabalhador da cultura de cana-de-açúcar, com 200, alimentador de linha de produção, com 109, e monitor agrícola, com 50 oportunidades.
Em Campo Mourão, os destaques são para auxiliar de linha de produção (665), alimentador de linha de produção (200), magarefe (89) e safrista (63). Na regional de Foz do Iguaçu, há oferta de emprego para auxiliar de linha de produção, com 316 oportunidades, alimentador de linha de produção, com 110, operador de caixa, com 70, e repositor (supermercados), com 58.
Em Pato Branco, são ofertadas 301 vagas para auxiliar de linha de produção, 76 para trabalhador de avicultura de corte, 61 para operador de processo de produção e 55 para operador de caixa. Em Maringá, na região Noroeste, são 212 para auxiliar de linha de produção e 186 para montador de equipamentos elétricos.
ATENDIMENTO – Os interessados devem buscar orientações entrando em contato com a unidade da Agência do Trabalhador de seu município. Para evitar aglomeração, a sugestão é que o atendimento seja feito com horário marcado. O agendamento deve ser feito AQUI.
Veja as vagas ofertadas nas regionais.
Por - AEN
O Paraná tem o menor índice de mortalidade de meninas de até 5 anos do País, de acordo com os Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher. São 9,8 óbitos a cada mil nascimentos.
O índice é o mesmo que o registrado por Santa Catarina.
O índice faz parte de um conjunto de dados relativos à saúde, economia, direitos humanos e educação das mulheres divulgados a cada três anos pelo IBGE. Em relação ao índice de mortalidade de crianças, os dados divulgados são de 2021, compilados pela Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde. Em todo o Brasil, o índice é de 12,5 óbitos a cada mil nascimentos.
Para chegar ao melhor índice nacional, o Paraná registrou uma melhora significativa nos últimos anos. Em 2019, por exemplo, o Estado registrava 11,2 óbitos de meninas até 5 anos, com a quarta posição na comparação nacional. O índice registrado pelo Paraná está dentro da meta estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2030, que é de menos de 25 óbitos de crianças até 5 anos por mil nascidos vivos.
MÃES – O levantamento também apresentou os dados de mortalidade materna. Os indicadores, que são de 2022, apontam que o Paraná tem um índice de 46,9 mãe mortas a cada 100 mil crianças nascidas.
O índice do Estado é melhor que a média nacional, que é de 57,7 mortes a cada 100 mil nascimentos de crianças. Nesta comparação, o Paraná ocupa a oitava colocação, atrás de Santa Catarina (31,6), Rio Grande do Sul (38,9), Distrito Federal (44,5), São Paulo (44,9), Pernambuco (46) e Minas Gerais (46,8).
Os dados também apontam que 98,9% dos partos que acontecem no Paraná têm a assistência de profissionais de saúde qualificados, estando acima da média nacional, que é de 98,7%. Se enquadram nesta classificação profissionais capazes de fornecer cuidado obstétrico de salvar a vida da mãe e do bebê.
Esses dados se somam a bons indicadores próprios da Secretaria da Saúde. Nesta semana, a pasta divulgou o estágio das metas do Plano de Saúde 2020/2023 informando que a cobertura de teste do pezinho em nascidos vivos continua em 100% e a do teste do olhinho subiu para 97,36% em 2023.
SAÚDE DA MULHER – Os dados divulgados pelo IBGE apresentam um panorama de saúde das mulheres em geral. Um dos recortes mostra que a expectativa de vida das mulheres aos 60 anos no Paraná é de 25,3 anos. Este número representa o número médio de anos que se espera que a pessoa viva a partir daquela idade. O Estado tem a 6ª maior expectativa de vida para mulheres aos 60 anos, atrás de Santa Catarina (26,9 anos), Espírito Santo (26,8 anos), Distrito Federal (25,9 anos), Rio Grande do Sul (25,8 anos) e São Paulo (25,6 anos). No Brasil, a média é de 24,8 anos.
Os indicadores também apontam uma taxa de mortalidade de 12,2% das mulheres entre 30 e 69 anos por doenças cardiovasculares, câncer, diabetes ou doenças respiratórias crônicas. Em 2012, o índice no Estado era de 14,3%.
ECONOMIA – Nos índices socioeconômicos, o levantamento aponta que o Paraná tem o quarto maior índice de ocupação de mulheres. Os dados mostram que 70,6% das mulheres entre 25 e 54 anos do Estado estão ocupadas. Em todo o Brasil, o índice é de 63,3%.
A posição no ranking nacional se mantém quando o recorte leva em conta apenas mulheres da mesma faixa etária que convivem com uma criança de até 6 anos na mesma casa. Neste caso, o índice de ocupação no Paraná é de 64,4% e a média brasileira é de 56,6%.
Os dados do IBGE ainda mostram que o Paraná tem a sétima maior média brasileira de salários gerenciais para mulheres, de R$ 6.506, com 33% dos postos de chefia sendo ocupados por mulheres.
Por - AEN
O Paraná encerrou a colheita da batata de primeira safra, com 392,2 mil toneladas extraídas da terra.
O volume foi 15% menor que a previsão inicial de 462,2 toneladas feita pelo Departamento de Economia Rural (Deral), devido às condições climáticas desfavoráveis. A segunda safra já está a campo e, se o clima continuar ajudando, pode garantir safra cheia.
No caso da batata primeira safra, o Estado cultivou 14,7 mil hectares, dos quais 50 hectares foram perdidos. As 392,9 toneladas colhidas já foram beneficiadas, classificadas e comercializadas. “O excesso de chuvas e as altas temperaturas durante o período influenciaram na qualidade, oferta e preços do tubérculo”, informa o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, analista da cultura no Deral.
Os preços médios nominais mensais recebidos pelos produtores para a batata lisa praticamente dobraram entre novembro e o mês passado. A saca de 25 quilos passou de R$ 52,08 para R$ 100,64.
No atacado da Ceasa Curitiba, a batata comum especial lavada custava R$ 160,00 a saca de 25 quilos em 2 de janeiro, passou para R$ 190,00 em 29 do mesmo mês e no início desta semana estava em R$ 120,00. No varejo, a batata comum saía por R$ 3,18 o quilo em novembro. Em fevereiro foi comercializada a R$ 8,82.
Para a segunda safra, os bataticultores paranaenses já semearam 81% dos 10,9 mil hectares previstos. A colheita já atinge 2%. Segundo os técnicos que acompanham a cultura, 94% estão em boas condições e o restante, medianas.
Esse é um dos assuntos analisados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 01 a 08 de março. O documento é elaborado pelos técnicos do Deral, órgão da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Nesta edição também há referências sobre soja, milho, leite, frango e ovos.
MILHO E SOJA – A colheita da soja avançou no Estado na última semana, alcançando dois terços da área estimada de 5,8 milhões de hectares. É um dos patamares mais altos da história da oleaginosa no Estado. Do que permanece no campo, 66% estão em boas condições, 29% em condição mediana e 5%, ruim.
O milho de primeira safra chegou a 73% de colheita nos 296 mil hectares plantados. O plantio da segunda safra está em 82% da área prevista de 2,4 milhões de hectares, bastante superior à média de 50% das últimas safras para o período.
LEITE – No varejo do Estado, os principais derivados de leite seguiram a alta da indústria. O leite longa vida (+5,2%), o leite em pó (+6,4%) e o queijo muçarela (+6,7%), todos tiveram seus preços reajustados para cima nas gôndolas dos supermercados.
FRANGO E OVOS – O boletim também destaca que levantamento realizado pelo Deral mostrou que o preço nominal médio do frango vivo ao produtor no Paraná foi de R$ 4,55 o quilo em fevereiro. O valor representa queda de 0,9% se comparado com o mês anterior (R$ 4,59 o quilo), e redução de 8,6% em comparação com fevereiro de 2023 – R$ 4,98 o quilo.
Em relação aos ovos, o documento registra que o Paraná ficou em terceiro lugar entre os estados exportadores no ano passado. Foram enviadas 8.815 toneladas ao Exterior, com receita cambial de US$ 40,3 milhões. Em 2022 tinham sido exportadas 5.700 toneladas, ou 54,6% a menos, enquanto a receita cambial ficou em US$ 27,1 milhões, ou 48,9% a menos.
Por - AEN
O Paraná está propondo ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) a liberação para todo o País de R$ 568 bilhões para o Plano Safra 2024/25.
Esse montante abrange a agricultura empresarial e a familiar, com recursos destinados a custeio, comercialização e investimento. No período 2023/24, o ministério liberou R$ 435,9 bilhões.
O documento foi enviado nesta sexta-feira (08) com a assinatura dos titulares da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), IDR-Paraná, Federação da Agricultura (Faep), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep) e Sistema Ocepar.
A contribuição paranaense, com propostas que envolvem, entre outros itens, investimentos, custeio e comercialização, ocorre todos os anos. “A agropecuária paranaense conquistou uma posição de respeito tanto no Brasil quanto no exterior, por isso temos o dever de apresentar as propostas que consideramos mais justas e adequadas para o momento, com base no conhecimento das coisas do campo e participação dos agricultores por meio de suas entidades representativas”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
O ofício que os órgãos representativos dos produtores enviaram aos ministros Carlos Fávaro e Luiz Paulo Teixeira, acompanhando o documento com as propostas, destaca o impacto que as culturas da safra 2023/24 sofreram em razão do comportamento do clima.
“Com o avanço das colheitas é possível reavaliar as estimativas de produção, concluindo-se que as perspectivas de obtermos uma safra cheia não serão alcançadas. Esse fator, se configurado, trará consequências diretas sobre a capacidade de pagamento dos produtores e a realização de novos investimentos ao longo do ano em curso”, afirma o documento.
As entidades lembram que os insumos para a atual safra foram adquiridos em período de preços elevados, mas os valores do produto final, particularmente o milho e soja, sofreram redução significativa. “A soma desses fatores está pressionando fortemente as margens de renda, em especial no primeiro elo da cadeia produtiva”, constatam.
No entanto, elas acentuam que o setor continua a contribuir para minimizar os impactos negativos da inflação no país e assegurar a segurança alimentar, tanto a nível nacional quanto global. “A produção agropecuária não apenas impulsiona a economia, mas promove investimentos no setor, que resultam em aumento de produtividade e geração de empregos”, afirmam.
CRÉDITO RURAL – O documento preparado pelos representantes do agro paranaense salienta ser crucial que a formulação da política de crédito rural priorize atividades, produtores e empreendimentos que gerem benefícios sociais e ambientais. Nesse sentido, propõem a concessão de créditos para pequenos e médios produtores, e para investimentos em tecnologias e práticas agrícolas sustentáveis.
Eles lembram que desde o ciclo 2017/18 o Estado tem enfrentado sucessivas quebras de safra, sobretudo em razão das condições climáticas. De outra parte, os custos de produção aumentaram, com preços elevados de insumos e reduções significativas no momento da venda da produção. “É fundamental que o sistema de crédito rural apoie os produtores neste momento, oferecendo condições de repactuar suas dívidas e garantir o volume de recursos necessários”, salientam.
Dos R$ 568 bilhões sugeridos para o Plano Safra, o Paraná destaca que R$ 383 bilhões seriam para créditos de custeio e comercialização e R$ 185 bilhões para investimentos. Do destinado a custeio e comercialização, a proposta é que R$ 45 bilhões sejam direcionados para linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com taxas de juros de 0,5% a 4,5% ao ano.
A proposta é que o limite seja elevado de R$ 250 mil para R$ 500 mil para custeio. Para esse público também é pedido aumento em recursos de investimento, passando de R$ 30 bilhões para R$ 45 bilhões. Os limites também devem ser elevados de R$ 210 mil para R$ 350 mil. No caso de algumas atividades, como suinocultura, avicultura, fruticultura e bovinocultura de leite, passaria de R$ 420 mil para R$ 1 milhão.
A ideia é que os produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) tenham R$ 71 bilhões para custeio e comercialização, com taxas de juros de 7%. Em investimentos do Pronamp, foram sugeridos R$ 14 bilhões. Aos demais produtores propõe-se sejam destinados R$ 267 bilhões como custeio, com juros de 8%, e R$ 126 bilhões para investimentos.
INVESTIMENTOS – Em relação aos investimentos, os líderes agropecuários paranaenses colocam como prioridade a construção e reforma de armazéns. Para essa linha propõem aumentar de R$ 6,6 bilhões para R$ 12 bilhões o montante de recursos, e de R$ 50 milhões para R$ 150 milhões o limite de crédito para armazéns até 6 mil toneladas.
Eles argumentam que o investimento precisa ter robustez em razão da demora para o retorno financeiro. “Além disso, é crucial destacar a importância desta linha de financiamento diante do déficit de armazéns no Paraná, onde a escassez de infraestrutura de armazenagem compromete o manejo adequado dos produtos agrícolas, prejudicando a segurança alimentar e a eficiência logística da região”, diz o documento.
O Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (Proirriga) também está entre as prioridades. A proposta é ter montante de recursos na ordem de R$ 3 bilhões. Na mesma linha de preferência se coloca o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), com sugestão de liberação de R$ 4,5 bilhões.
Como quarta prioridade para investimentos é apresentado o Programa de Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (RenovAgro). Nesse item, os representantes de agropecuaristas paranaenses propõem que os recursos passem de R$ 6,9 bilhões para R$ 9 bilhões, com limite de crédito em R$ 6,5 milhões. Eles acentuam que, nos programas prioritários, as taxas de juros sejam menores e os prazos de reembolso superiores aos demais.
A Proposta para o Plano Safra 2024 – 2025 também acentua a necessidade de ampliação dos recursos de crédito para as cooperativas agropecuárias e também no Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), passando de R$ 1,9 bilhão para R$ 5 bilhões.
SEGURO – A proposta das entidades que representam os agricultores paranaenses é que o Plano Safra 2024/25 tenha R$ 2,5 bilhões no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, com cronograma de liberação oportuna dos recursos, de acordo com o calendário agrícola. Nesse item, o pedido é também para que seja regulamentada a lei que instituiu o Fundo de Catástrofe.
No caso do Proagro, que o limite seja ampliado de R$ 335 mil para R$ 500 mil por produtor e por safra. Além disso, propõem que a cobertura seja dada a partir da data de plantio até o término da colheita.
Por - AEN





























