Procon-PR recebe mais de mil reclamações contra a empresa 123milhas

Cerca de mil consumidores ingressaram com reclamações no Procon-PR, desde sexta-feira (18), quando a empresa 123milhas comunicou a suspensão da emissão de passagens dos pacotes promocionais de viagens. Os registros ocorreram por meio das plataformas virtuais e também presencialmente na sede do órgão em Curitiba.

O órgão, vinculado à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju), notificou a empresa, na segunda-feira (21), por quebra de contrato, dando prazo de 20 dias para que responda uma série de questionamentos, com possibilidade de multa de até R$ 12 milhões.

“Temos casos absurdos causados por essa suspensão de última hora, como a mãe que há anos juntava dinheiro para visitar o filho no Exterior, vários casos de jovens perdendo shows de artistas internacionais, e um casamento que está em vias de ser cancelado pois 80 passagens de convidados não foram emitidas”, relatou o secretário da Justiça e Cidadania, Santin Roveda.

A notificação questiona a 123Milhas em relação aos motivos para a suspensão dos pacotes, a pouca antecedência com que os consumidores foram informados, se a suspensão também vale para os serviços de hospedagem, além quantos consumidores foram afetados no Paraná.

A notificação também solicita explicações sobre os vouchers dados às pessoas lesadas como forma de compensação, o que obriga o consumidor a utilizá-los na própria empresa, no lugar de devolver o dinheiro ou garantir a execução do serviço contratado.

“Um dos principais motivos para esta notificação foi a não devolução dos valores pagos. Nós não somos contra a oferta de vouchers, porém é obrigação da empresa disponibilizar a devolução do dinheiro ou a execução do serviço contratado, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor”, completou Santin.

“Podemos resumir as medidas que o consumidor pode tomar em quatro passos: primeiro, entrar em contato com a empresa. Na sequência, formalizar sua reclamação no Procon; tentar suspender ou reaver valores diretamente com o seu banco; e, em último caso, entrar com um processo no Judiciário”, explicou a coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano.

PASSO A PASSO – Com o grande número de reclamações, que pode crescer nos próximos dias, a Seju divulga um passo a passo para as pessoas lesadas terem acesso aos seus direitos e a possibilidade de ressarcimentos de valores.

A primeira ação é entrar em contato direto com a empresa por meio dos canais do serviço de atendimento ao consumidor, em geral por telefone ou de forma virtual (site ou aplicativos de conversas, como o WhatsApp), e guardar os protocolos e provas do contato.

“Essa é a sua comprovação de boa-fé, que você tentou primeiro resolver a sua situação com a própria empresa antes de buscar outros canais. É fundamental que, neste passo, os consumidores anotem os números de protocolos, baixem todos os documentos relativos ao serviço contratado e tire prints das conversas com a empresa. Tudo isso pode servir de prova no futuro”, explicou Claudia.

Após o contato com a empresa, é hora de formalizar a reclamação no Procon-PR, por meio da plataforma consumidor.gov.br (ou pelo aplicativo), no site do Procon-PR ou indo presencialmente à sede do órgão em Curitiba (Rua Emiliano Perneta 47, no Centro). Também pode se dirigir a um dos 60 Procons municipais em todo o Paraná. “Essas reclamações legitimam o Poder Público a realizar a aplicar multas, sanções ou ingressar com ações civis públicas no Judiciário”, disse Claudia.

Paralelamente, as pessoas lesadas podem tentar reaver valores pagos entrando em contato diretamente com os bancos, pedindo o cancelamento da compra no cartão de crédito, débito ou pix, por meio da opção “Contestação de Pagamento” ou, ainda, a interrupção de pagamento em casos de compras parceladas.

“Vale lembrar que, desta forma, não é 100% garantido que o consumidor vá conseguir reaver os valores pagos, pois os bancos, em geral, avaliam caso a caso. Porém, temos sim relatos de vários consumidores que conseguiram cancelar pagamentos e já obtiveram seus ressarcimentos, o que é já um avanço na questão da reparação dos danos causados”, acrescentou.

Caso ainda não tenha encontrado uma solução após todos estes procedimento, o consumidor pode entrar com um processo na Justiça comum ou no Juizado competente da sua comarca. Para aqueles que não têm condições de custear um advogado, a recomendação é procurar a Defensoria Pública do Paraná. “Para esses processos judiciais é importante que o consumidor tenha guardado toda a documentação dos passos anteriores”, orientou a coordenadora do Procon-PR.

 

 

 

 

 

Por - AEN

G20 pode combater fome se deixar de investir em energia suja

Um grupo de organizações, que conta, no Brasil, com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) como representante, lançou hoje (23) um estudo que destaca que, em 2022, os países do G20 aplicaram US$ 1,4 trilhão para apoiar combustíveis fósseis.

No relatório Fanning the Flames: G20, as instituições sublinham que o valor equivale a mais do que o dobro do investimento feito antes da pandemia de covid-19 e da crise energética de 2019 e como algo que vai na contramão de políticas ambientais e sociais.

O G20 é um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. Foi criado em 1999.

O montante indicado considera subsídios destinados a combustíveis fósseis - US$ 1 trilhão -, investimentos de empresas estatais - US$ 322 bilhões - e empréstimos de instituições financeiras públicas - US$ 50 bilhões. Na leitura das instituições, os membros do G20 fariam bem ao deixar de lado os benefícios fiscais à indústria de petróleo, carvão e gás, porque, em seus cálculos, ganhariam US$ 1,4 trilhão e US$ 1 trilhão adicional ao impor taxas ao segmento, cobrando entre US$ 25 a 50 para cada tonelada de CO2 [dióxido de carbono] emitida na atmosfera.

Combustíveis fósseis

Os autores do estudo recomendam que os membros do G20 estabeleçam um prazo claro para eliminar os subsídios aos combustíveis fósseis - 2025 para países desenvolvidos - e até 2030 para economias emergentes - caso queiram cumprir o compromisso assumido em 2009 de reformar os subsídios.

As entidades que assinam o documento sustentam que empresas estatais constituem uma das chaves para se recalcular a rota da energia, no caso do G20. Em relação a isso, o que se propõe é que os governos estabeleçam prazos para que as estatais adotem metas de zero emissões líquidas e busquem encontrar alternativas de negócios e carteiras de empréstimos.

O relatório dá o exemplo da Índia como um país que tem progredido. O país do sul da Ásia conseguiu diminuir em 76% os subsídios destinados a combustíveis fósseis, no período de 2014 a 2022, apostando, simultaneamente, na energia limpa.

Energia limpa

Livi Gerbase, assessora política do Inesc, ressalta que os países que integram o G20 cobram menos impostos sobre combustíveis fósseis em comparação a outros emissores de CO2, uma média de apenas US$ 3,2 por tonelada de CO2 emitido.

A prática perdura mesmo com as empresas de carvão, petróleo e gás tendo registrado lucros recordes no ano passado, no contexto da crise energética. A especialista defende que os países procurem formular políticas que corrijam desníveis e que sejam feitas para os mais pobres, além da priorização de fontes de energia renovável e limpa, para que haja transformações e se abandone, gradualmente, a dependência da matriz energética que hoje prepondera.

"Esses números que a gente está divulgando são muito importantes para se entender que temos um desafio muito grande na transição energética global. A guerra entre Ucrânia e Rússia, principalmente, levou a um aumento no preço, em 2022, e a resposta do governo, em grande parte, foi de aumentar os subsídios para evitar que a população não sentisse esses impactos, mas isso também significou um aumento muito grande de lucro para as empresas petroleiras", afirmou Livi, em entrevista à Agência Brasil.

Recursos

No Brasil, o fomento aos combustíveis fósseis foi de R$ 118,2 bilhões em 2021, um valor próximo ao registrado no ano anterior. Para 2022, estima-se que a quantia seja maior, tendo em vista que se zeraram as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social  (Cofins), do PIS-Importação e da Cofins importação sobre combustíveis fósseis.

Caso optassem por uma reforma nas políticas de subsídios e pela tributação do carbono, o fórum poderia reservar menos de um quarto dos US$ 2,4 trilhões gerados à energia eólica e solar - US$ 450 bilhões por ano até 2030. A medida contribuiria para o objetivo de se limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C, se pudessem angariar verbas de investidores privados.

Os recursos sugerem às instituições que produziram o relatório também poderiam ser usados em ações de combate à fome no mundo (US$ 33 bilhões/ano), fornecendo acesso universal à eletricidade e à culinária limpa no planeta, de forma alinhada com emissões líquidas zero (US$ 36 bilhões/ano). Tal escolha iria ao encontro da promessa que os países desenvolvidos fizeram quanto a se mobilizar em favor das nações em desenvolvimento (US$ 17 bilhões/ano) no âmbito do financiamento climático.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Mais da metade dos municípios participam de pesquisa sobre gestão de resíduos sólidos

O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), fez uma pesquisa com os municípios paranaenses sobre a gestão municipal dos resíduos sólidos urbanos (RSU) e o diagnóstico das associações e cooperativas de materiais recicláveis.

A iniciativa faz parte das ações de diagnóstico que visam adequar a realidade dos municípios ao cumprimento do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS/PR).

A pesquisa foi feita por meio de dois formulários online, que foram disponibilizados a partir de 10 de junho de 2023 e que poderão ser entregues até 31 de agosto de 2023. Os resultados da pesquisa mostraram que 274 dos 399 municípios do Paraná responderam um ou ambos os formulários, o que representa uma adesão de quase 70%.

O primeiro formulário aborda aspectos como a quantidade e a composição dos RSU gerados, a forma de coleta, transporte, tratamento e disposição final, o custo da gestão dos RSU, a existência de planos municipais e de consórcios intermunicipais, população atendida, entre outros. Além de atender a legislação vigente, as informações servirão de base para formulação de políticas públicas que auxiliem os municípios na modernização dessas práticas e criar uma base de dados para a priorização de incentivos.

“A pesquisa nos permitiu conhecer melhor a realidade dos municípios em relação à gestão dos RSU e às atividades das associações e cooperativas de materiais recicláveis. Com esses dados, podemos identificar as principais demandas, os desafios e as oportunidades para melhorar o desempenho ambiental e social do estado nessa área”, afirmou o secretário do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge.

Ele também destacou a importância de que o restante dos municípios respondam a pesquisa para o planejamento e a implementação de políticas públicas voltadas a RSU no Paraná. “Tivemos até agora um número expressivo de prefeituras que nos ajudaram nos diagnósticos, mas a solução dos problemas de resíduos sólidos urbanos necessita da união de esforços, sobretudo dos municípios pequenos, por isso é importante que todos participem”, disse.

O segundo formulário focou nas características das associações e cooperativas de materiais recicláveis, como o número de associados, a renda média, os tipos e as quantidades de materiais coletados, separados e comercializados, as dificuldades enfrentadas, as parcerias estabelecidas, entre outros.

A Sedest pretende divulgar os resultados da pesquisa em um relatório técnico, que será disponibilizado no seu site. Os municípios que tiverem dúvidas sobre como responder ou, porventura, não obtiveram acesso aos formulários, podem solicitar por meio da Coordenação de Resíduos Sólidos e Energia – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

RESPOSTA - Os municípios que até o momento não responderam a pesquisa foram Agudos do Sul, Altamira do Paraná, Ampére, Anahy, Antônio Olinto, Araruna, Astorga, Atalaia, Barracão, Bela Vista da Caroba, Bituruna, Boa Esperança, Boa Esperança do Iguaçu, Bocaiúva do Sul, Bom Sucesso do Sul, Campina da Lagoa, Campo Bonito, Candói, Cantagalo, Carlópolis, Cerro Azul, Chopinzinho, Cidade Gaúcha, Colombo, Coronel Domingos Soares, Cruz Machado, Cruzeiro do Iguaçu, Curiúva, Diamante do Sul, Douradina, Doutor Camargo, Doutor Ulysses, Engenheiro Beltrão, Esperança Nova, Fernandes Pinheiro, Flórida, Goioxim, Guairaçá, Guamiranga, Guaraniaçu, Icaraíma, Iguaraçu, Imbituva, Inácio Martins, Inajá, Indianópolis, Ipiranga, Iporã, Irati, Iretama, Itaperuçu, Ivaí, Jaboti, Japira, Jesuítas, Joaquim Távora, Jundiaí do Sul, Juranda, Jussara, Loanda, Lobato, Mallet, Mandaguaçu, Manfrinópolis, Mangueirinha, Marilena, Mariluz, Marquinho, Mirador, Nossa Senhora das Graças, Nova Aliança do Ivaí, Nova Esperança do Sudoeste, Nova Fátima, Nova Laranjeiras, Nova Prata do Iguaçu, Ourizona, Palotina, Paranacity, Pato Branco, Paula Freitas, Paulo Frontin, Pérola d'Oeste, Pinhão, Planaltina do Paraná, Porto Rico, Quatro Barras, Quedas do Iguaçu, Quinta do Sol, Rancho Alegre, Rancho Alegre D'Oeste, Ribeirão do Pinhal, Rio Azul, Rio Branco do Sul, Rondon, Salgado Filho, Salto do Itararé, Salto do Lontra, Santa Cruz de Monte Castelo, Santa Fé, Santa Inês, Santa Isabel do Ivaí, Santa Lúcia, Santa Maria do Oeste, Santo Antônio do Paraíso, Santo Antônio do Sudoeste, Santo Inácio, São Carlos do Ivaí, São João, São João do Caiuá, São Jorge d'Oeste, São Jorge do Ivaí, São Mateus do Sul, São Pedro do Iguaçu, São Pedro do Paraná, Sulina, Tapejara, Teixeira Soares, Tomazina, Tunas do Paraná, Tuneiras do Oeste, Ventania, Virmond, Vitorino, Wenceslau Braz e Xambrê.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Primeiros lotes de concessões rodoviárias do Paraná devem gerar 190 mil empregos

As obras e serviços previstos nos contratos dos dois primeiros lotes de concessões rodoviárias do Paraná devem gerar cerca de 190 mil empregos, segundo as estimativas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A previsão é que o Lote 1 crie, entre empregos diretos e indiretos, crie 81,7 mil postos de trabalho. Para o Lote 2, a expectativa é que sejam 110 mil empregos.

O primeiro lote, com 473 quilômetros de rodovias nas regiões de Curitiba, Região Metropolitana, Centro-Sul e Campos Gerais do Paraná, vai a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo nesta sexta-feira (25), com expectativa de R$ 7,9 milhões em investimentos. O segundo será disputado no final de setembro, também na B3, com 605 km de extensão de rodovias e previsão de investimentos de R$ 10,8 bilhões.

Para os lotes seguintes, que ainda estão em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) e aguardam data para leilão, a expectativa é de mais 395 mil empregos diretos e indiretos.

Os números foram apresentados pelo secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, durante o seminário Paraná em Foco: da indústria ao turismo, as oportunidades de investimentos para o estado em debate, organizado pelo jornal Valor Econômico nesta quarta-feira (23).

“Em todos os seis lotes, estamos falando do equivalente a quase uma cidade de Londrina em geração de empregos. É muita coisa. Isso mostra como fizemos um bom modelo de concessões e como estamos com uma boa interlocução com o mercado, dando condição para a iniciativa privada investir no Estado”, afirmou Sandro Alex.

Ao todo, o pacote de concessões prevê quase R$ 50 bilhões em investimentos em duplicações, novas pistas, acostamentos e serviços de manutenção em 3,3 mil quilômetros de rodovias por todo o Estado.

Os contratos determinam que as novas obras sejam iniciadas em até três anos e concluídas até o sétimo ano de contrato. “Nós estamos falando de uma movimentação de quase R$ 150 milhões em obras por mês em um período de cinco anos. É um volume muito expressivo que vai melhorar a condição rodoviária dos paranaenses, além de movimentar a economia do Paraná”, disse o secretário.

O programa de concessões contempla todas as regiões do Paraná, dando capilaridade aos investimentos e melhorando a segurança em toda a malha rodoviária, tanto em rodovias estaduais quanto em estradas federais. “Isso consolida a ideia de que a riqueza do Paraná estará disseminada”, afirmou.

OBRAS DO ESTADO – Sandro Alex também citou o programa estadual de melhorias nas rodovias. O Paraná executa um pacote de R$ 8 bilhões em obras, o que inclui parcerias, como com a Itaipu Binacional. Entre as obras já entregues estão a revitalização em concreto da PRC-280, no Sudoeste; os novos Contornos de Francisco Beltrão, Pato Branco e Wenceslau Brás; a duplicação da BR-277 em Guarapuava (Centro-Sul); e a Ponte da Integração Brasil-Paraguai, em Foz do Iguaçu (Oeste). 

Estão em obras, nesse momento, as duplicações da Rodovia dos Minérios (Região Metropolitana de Curitiba), da PR-323 (Noroeste), da PR-445 (Norte) e da Rodovia das Cataratas (Foz do Iguaçu), além da revitalização da PR-364, entre Irati e São Mateus do Sul. "R$ 8 bilhões é o valor que o DNIT reservou para todo o Brasil no ano passado. É um volume muito grande de recursos e que o Paraná está investindo apenas em infraestrutura dentro do Estado", disse Sandro Alex.

INTEGRAÇÃO – O secretário também ressaltou que o plano de investimentos logísticos do Estado promove a integração de modais, uma demanda histórica do setor produtivo paranaense. É o caso do projeto da Nova Ferroeste, um corredor de exportação ferroviário que vai ligar o Porto de Paranaguá à Maracaju, no Mato Grosso do Sul, com ramais até Chapecó, em Santa Catarina, e Foz do Iguaçu, na fronteira com Paraguai e Argentina, com um total de 1.567 quilômetros de trilhos, passando por 66 municípios.

Os projetos em diferentes modais estão baseados no aumento da produção agropecuária do Estado e na sua vocação logística. “O produtor quer escoar sua carga com mais velocidade e o cidadão quer chegar ao seu destino com maior segurança e tranquilidade. Os projetos que temos hoje dão conta destas duas frentes”, completou o secretário.

A Nova Ferroeste é o único projeto ferroviário estadual que foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e está em processo de licenciamento ambiental pelo Ibama.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 34 cidades do Paraná têm Valor Bruto de Produção Agropecuária acima de R$ 1 bilhão

O Paraná tem 34 municípios com Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) superior a R$ 1 bilhão.

A galeria cresceu com a divulgação oficial dos números de 2022 pela Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento na terça-feira (22) e a inclusão de nove novos integrantes do Clube do Bilhão: Pinhão, Astorga, Pitanga, Pato Branco, Irati, General Carneiro, Medianeira, Mangueirinha e Missal. O VBP total do Paraná no ano passado foi de R$ 191,7 bilhões.

Eles se somam a Toledo, Castro, Cascavel, Guarapuava, Santa Helena, Marechal Cândido Rondon, Assis Chateaubriand, Tibagi, Dois Vizinhos, Carambeí, Palotina, São Miguel do Iguaçu, Ubiratã, Piraí do Sul, Nova Aurora, Palmeira, Lapa, Londrina, Francisco Beltrão, Arapoti, Cianorte, Ponta Grossa, Prudentópolis, Cafelândia e Candói na lista. Esses municípios têm como vocação, entre várias culturas, soja, produção leiteira, suinocultura e avicultura. 

"Os novos bilionários estão distribuídos em diversas regiões do Estado e foram destacados em atividades distintas, que vão desde a agricultura, passando pela pecuária e silvicultura, o que reflete bem o Paraná, um Estado com terra fértil e agricultores criativos, trabalhadores e que sabem aproveitar as oportunidades para agregar renda às suas famílias e a seus municípios", afirmou o secretário Norberto Ortigara.

Pinhão, na região Centro-Sul do Estado, ocupa a 23ª colocação, com R$ 1.182.984.609,64. O destaque é para a produção de soja, com valor superior a R$ 399 milhões, representando 33,73% de toda a atividade agropecuária municipal. É seguida pelo milho e pela batata de segunda safra, cada um com pouco mais de R$ 103 milhões.

No Norte do Estado, Astorga chegou ao 24º lugar e somou R$ 1.178.874.735,19. Ali predomina o frango de corte, responsável por 56,17% de toda a produção agropecuária do município, com valor bruto de R$ 662,1 milhões. A soja vem em segundo lugar com R$ 145,9 milhões.

Pitanga, no Centro, também alcançou o grupo dos bilionários, tendo na soja a maior representatividade, com R$ 457,7 milhões. O leite – R$ 179 milhões – também foi importante para que o município acumulasse R$ 1.111.671.264,86 e passasse a ocupar a 28ª colocação no ranking paranaense.

Logo abaixo, no 29º lugar, aparece Pato Branco, município no Sudoeste do Estado que tem na produção de pintinhos para corte a principal atividade agropecuária. O segmento foi responsável por R$ 288,9 milhões dos R$ 1.090.724.285,44 de VBP em 2022. A soja contribuiu com o valor expressivo de R$ 142,5 milhões.

Irati, mais um município na região Centro-Sul, é o 30º colocado com VBP de R$ 1.061.367.866,65. A soja de primeira safra destacou-se com R$ 342,4 milhões. Município onde predominam as pequenas propriedades, teve na produção de fumo o segundo maior destaque, com valor bruto de R$ 155,8 milhões.

A região Sul também teve um terceiro novo bilionário. General Carneiro foi o município que deu o maior salto. Em 2021 ficou na 75ª colocação com VBP de R$ 649,4 milhões. Um ano depois desponta no 31º lugar com valor de R$ 1.048.717.676,90. Segundo a economista do Departamento de Economia Rural (Deral) responsável pelo relatório do VBP, Larissa Nahirny, General Carneiro teve o quarto maior incremento no Estado em 2022. “Os municípios que mais cresceram no ano passado têm em comum o bom desempenho no mercado madeireiro”, disse.

No Oeste paranaense, Medianeira, com a produção de frango de corte (R$ 407,7 milhões) e com suínos (R$ 231,8 milhões), passou a ser o 32º colocado entre os municípios com maior VBP do Estado. Em 2022 o número alcançou R$ 1.028.190.440,14.

Mangueirinha, no Sudoeste, teve na soja a principal cultura a contribuir para o VBP total de R$ 1.027.194.667,35. A oleaginosa sozinha somou R$ 432,9 milhões. A produção de leite também foi importante para o município, com R$ 103,3 milhões.

Também no Oeste, Missal fecha a lista dos 34 municípios com VBP bilionário, tendo alcançado R$ 1.008.641.654,54. O município tem na suinocultura a maior projeção em termos de produção, com VBP de R$ 455,9 milhões. A segunda grande atividade é a avicultura, que gerou R$ 223,5 milhões.

QUASE BILIONÁRIOS – De acordo com o VBP, outros dez municípios quase alcançaram a marca de R$ 1 bilhão, variando entre R$ 901 milhões e R$ 975 milhões. Aparecem na lista Teixeira Soares (35º), Chopinzinho (36º), São Mateus do Sul (37º), Coronel Vivida (38º), Corbélia (39º), Mamborê (40º), Matelândia (41º), Nova Santa Rosa (42º), Jaguariaíva (43º) e São José dos Pinhais (44º).

PESQUISA AMPLA – O levantamento do VBP paranaense é um dos mais completos do País, com cerca de 350 culturas, entre elas produtos da agricultura, pecuária, piscicultura, silvicultura, extrativismo vegetal, olericultura, fruticultura, plantas aromáticas e ornamentais.

Os setores pecuário e de produtos florestais ampliaram a participação no Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária paranaense em 2022. Enquanto a pecuária subiu de 48% para 51% comparado com o ano anterior, a produção florestal foi de 3% para 5%. Prejudicada pelas geadas e estiagem, a agricultura passou de 49% para 44%.

Veja AQUI a relação completa dos municípios.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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