O Seminário sobre Mudanças Climáticas e Migrações realizado pela Zicocul (Zona de Integração do Centro-Oeste Sul-Americano), que tem como presidente o Governo do Paraná, chegou a conclusões importantes nesta semana.
O evento aconteceu em Foz do Iguaçu e atraiu delegações de Argentina, Bolívia, Paraguai e outros estados do Brasil para discutir os efeitos da mobilidade humana por fatores ambientais e climáticos no Gran Chaco Sudmericano, que compreende áreas limítrofes desses países.
Esta região fica sobre a maior floresta seca contínua do mundo, com 1,1 milhão de quilômetros quadrados, e abriga 9 milhões de pessoas, com grande diversidade cultural e biodiversidade. Também é uma das regiões mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas e enfrenta hoje o aumento das temperaturas, escassez de água, inundações, desmatamento e incêndios.
A apresentação feita por técnicos do grupo que discute o tema na Zicocul apontou conclusões e recomendações sobre migrações ambientais para todas as áreas compreendidas pela região, mas que podem ser levadas a outros territórios da América do Sul.
O estudo, que teve início em maio de 2022, concluiu que é necessário passar da emergência para a prevenção e resiliência; garantir o acesso digno à água como direito humano fundamental; realizar demarcação de territórios e entrega de títulos aos povos indígenas; além de garantir uma abordagem abrangente à mobilidade humana ambiental, especialmente realocações.
Outra proposta é valorizar o papel das populações indígenas como atores estratégicos da região do Chaco, bem como dos jovens e das mulheres, promovendo intervenções integrais para a capacitação.
Entre as recomendações relativas à realidade atual, a ideia é desenvolver sistemas de alerta precoce e apoiar os existentes; criar mecanismos de monitorização e avaliação permanente das situações de risco; desenvolver um protocolo preventivo comunitário para enfrentar as ameaças climáticas e ambientais; implementar mecanismos para identificar e cuidar das pessoas afetadas pela ocorrência de eventos ambientais e climáticos, que são mobilizadas em situações de vulnerabilidade; e priorizar a preservação e geração de meios de subsistência locais.
"É um estudo de altíssima qualidade, com excelente fundamentação técnica e relatos de moradores de comunidades afetados por efeitos de mudanças climáticas na região. O grupo discutiu formas de enfrentamento e apresentou propostas. Em nome da presidência da Zicocul, nos comprometemos a levar a discussão do assunto adiante, tendo em vista tratar-se de um tema que afeta diversas localidades", afirmou o representante do Paraná no Codesul, Orlando Pessuti.
O projeto sobre migrações ambientais no Grande Chaco Americano contou com o apoio da iniciativa MiEUx (Migration EU eXpertise – Experiência em Migração da União Europeia), Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (Acifi), onde ocorreu o evento, e também das secretarias de Estado de Planejamento, que exerce a Secretaria-Executiva pro tempore da Zicosul, e de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), além da Fundação Araucária, por meio do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação – Napi Trinacional.
Por - AEN
Um grande passeio de bike por atrativos turísticos da região Oeste do Paraná é a proposta do 8º Circuito Regional de Cicloturismo.
Ele tem 15 etapas, cada uma realizada em uma cidade que faz parte da Adetur Cataratas e Caminhos, Instância de Governança Regional (IGR) cujas atividades têm apoio da Secretaria do Turismo do Paraná. A última edição do evento reuniu mais de oito mil participantes.
A primeira etapa acontece no dia 17 de março em Marechal Cândido Rondon com percursos de 30 e 40 km em estradas de chão, pedra irregular e asfalto. As inscrições estão abertas no site www.adeturcataratasecaminhos.org.br/cicloturismo. Os participantes receberão café da manhã, frutas e água antes e durante o percurso, que também tem carro de apoio. A largada acontece no Centro de Eventos Werner Wanderer às 8 horas. A orientação é que os participantes cheguem ao local a partir das 06h30.
As outras etapas acontecerão nos municípios de Mercedes, Pato Bragado, Medianeira, Foz do Iguaçu, Guaíra, Céu Azul, Entre Rios do Oeste, Matelândia, Santa Helena, Terra Roxa, Itaipulândia, Missal, Serranópolis do Iguaçu e Santa Terezinha do Itaipu. Cada município é responsável por preparar o trajeto e organizar as rotas por onde os participantes devem passar. A programação completa dos trajetos pode ser consultada AQUI.
A 8ª edição, que tem programação até outubro do ano que vem, é chamada de Caminhos do Iguaçu porque os participantes passam pelo local onde está sendo desenvolvido um projeto de trilhas para interligar o Parque Nacional do Iguaçu (em Foz do Iguaçu) ao Parque Nacional de Ilha Grande (em Guaíra).
“Os ciclistas viverão uma imersão de experiências na nossa região, passando pelos principais atrativos, empreendimentos turísticos, priorizando áreas naturais e rurais. Cada município lançará sua ciclorrota, com a sinalização permanente, oportunizando que o ciclista retorne a esse roteiro”, destaca a coordenadora técnica da Adetur Cataratas e Caminhos, Sara Fernanda de Moraes.
O evento é promovido pela Adetur Cataratas e Caminhos, com apoio da Secretaria do Turismo e das prefeituras por onde passa o percurso. Essa edição também conta com o apoio da Itaipu Binacional, Parque Tecnológico Itaipu, Cresol Conexão, Calé Bike Shop, Pet Bike Shop, HDC Bike Shop e Proativa Sport Clothing.
Por - AEN
A Polícia Civil do Paraná prendeu 17 pessoas por tráfico de drogas durante uma operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (29) em Coronel Vivida, no Sudoeste do Estado.
A ação contou com o apoio do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen) e da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC). A ação busca desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas.
Cerca de 140 policiais civis participam da ação para cumprir 48 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão e prisão temporária. A operação também contou com o apoio de cães policiais da PCPR e PCSC e um helicóptero da PCPR.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos, em três locais distintos, mais de três quilos de maconha, o que resultou em quatro prisões em flagrante por tráfico de drogas.
O delegado Romulo Contin conta que havia uma hierarquia entre os membros e uma divisão de tarefas. A operação buscou desarticular a estrutura de ponta a ponta. “Algumas pessoas trabalhavam como gerentes nas biqueiras, outros atuavam no transporte da droga e havia até os que guardavam os entorpecentes. Essa organização era comandada por dois homens e se ramificava por diversos bairros do município”, afirma.
As investigações foram iniciadas em novembro de 2023, após um casal ser preso por extorsão. As diligências seguem a fim de localizar e prender outros envolvidos.
por - AEN
Com o avanço da colheita, o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), atualizou os dados sobre as perdas na safra paranaense de verão 2023/2024 em decorrência do clima.
Segundo a Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada nesta quinta-feira (29), o Estado deve colher 21,12 milhões de toneladas de grãos em uma área de 6,2 milhões de hectares. No relatório de janeiro, estimava-se um volume de 22,1 milhões de toneladas.
A expectativa divulgada pelos técnicos corresponde a uma redução de 17% com relação às 25,5 milhões de toneladas esperadas no começo do ciclo e, se confirmada, representa um volume 21% menor comparativamente ao colhido na safra de verão 2022/2023, de 26,67 milhões de toneladas.
Segundo o chefe do Deral, Marcelo Garrido, a quebra se deve principalmente às condições climáticas enfrentadas pelos agricultores. “Tivemos calor intenso, poucas chuvas e mal distribuídas no Paraná, em especial a partir da segunda quinzena de dezembro. É um ano bastante desafiador”, diz. No fim de março, uma nova estimativa deve trazer dados mais refinados sobre as perdas.
Para a soja, estima-se uma produção de 18,23 milhões de toneladas, 16,4% menor do que a estimativa inicial, de 21,8 milhões. A primeira safra de milho deve gerar 2,59 milhões de toneladas, 12,6% abaixo do esperado no começo do ciclo (2,9 milhões); e 167,2 mil toneladas de feijão devem ser colhidas na primeira safra, quebra de 23% sobre a estimativa inicial, de 216 mil toneladas. Segundo os técnicos do Deral, os preços também estão em queda nas três principais culturas neste período.
SOJA – Foram colhidos 52% dos 5,8 milhões de hectares de soja plantados. O relatório do Deral estima a produção em 18,2 milhões de toneladas, uma redução em torno de um milhão de toneladas em relação aos dados de janeiro. A perda no campo, até este momento, é estimada em 3,6 milhões de toneladas ou 16,4% para esta safra.
“Inicialmente, em condições normais, era esperada uma produção de 21,8 milhões de toneladas. Contudo, o clima adverso, especialmente o calor intenso e a estiagem, reduziram a produção no campo”, explica o analista do Deral Edmar Gervásio. Nesta semana, 61% das lavouras estão em boas condições, 32% em condições medianas e 7% em condições ruins.
MILHO – O plantio do milho segunda safra avançou pelo Estado. Até esta semana, já foram plantados 66% dos 2,4 milhões de hectares previstos para esta safra. Essa área teve um leve aumento desde janeiro e, com isso, a produção pode ser 3% maior do que no ciclo 22/23, somando aproximadamente 14,6 milhões de toneladas. As lavouras já plantadas têm condição boa para 94% da área e apenas 6% têm condição mediana.
Já a colheita da primeira safra de milho chegou a 65% dos 296 mil hectares plantados. “A produção atualizada é de 2,59 milhões de toneladas, 373 mil toneladas a menos do que a expectativa inicial, resultando numa perda no campo de 12,6%”, explica Edmar Gervásio.
FEIJÃO – Segundo os técnicos do Deral, muitos produtores que tiveram problemas com a soja nesta safra optaram pelo plantio de feijão na segunda safra, também devido aos bons preços. Com isso, houve um aumento de área de 18% em relação à safra 2022/2023. Estima-se a produção de 691 mil toneladas em 347,7 mil hectares. Se o clima colaborar, esse volume pode ser 44% superior ao da safra anterior, quando foram colhidas 480,5 mil toneladas. Cerca de 97% das lavouras estão em boas condições, e 3% em condições médias.
BOLETIM – Além de mais informações sobre a safra de grãos, o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 23 a 29 de fevereiro elaborado pelo Deral, apresenta dados sobre o preço de pescados, um prato cujo consumo cresce no período da quaresma. A pesquisa de preços no varejo realizada pelo Deral apontou que o quilo do filé de tilápia estava sendo comercializado em fev/24 por R$ 52,16, alta de 3% quando comparado ao mesmo período de 2023. Entretanto, quando comparado aos preços de jan/24, há uma queda de 4,5% no preço.
Também há análises a respeito do preço da carne bovina e do custo médio de produção de suínos no Paraná, e ponderações sobre a exportação de mel em 2023. De acordo com dados fornecidos pelo Agrostat Brasil, durante o período de janeiro a dezembro de 2023, as exportações nacionais de mel "in natura" alcançaram 28.555 toneladas. Embora esse volume represente uma redução de 22,7% em comparação com o mesmo período de 2022, no qual foram exportadas 36.886 toneladas, o setor manteve sua presença marcante no cenário global.
No cenário estadual, o Paraná encerrou o ano de 2023 como o quarto maior exportador de mel natural, registrando uma receita cambial de US$ 7,284 milhões, um volume de 2.626 toneladas e um preço médio de US$ 2,77 por quilo. Em comparação com o ano anterior, houve uma diminuição no volume exportado (4.466 toneladas) e na receita (US$ 16,799 milhões), com um preço médio anterior de US$ 3,76 por quilo.
Por - AEN
Pela Ponte da Amizade passam cerca de 100 mil pessoas por dia e, entre elas, muitas crianças que atravessam a fronteira para estudar, passear ou trabalhar.
Dezenas de crianças são forçadas todos os dias a pedir esmolas nas ruas e avenidas de Foz do Iguaçu.
Reprimir e combater a exploração de trabalho de crianças e adolescentes que chegam ao Brasil pela Ponte Internacional da Amizade foi o objetivo da operação.
Durante a operação, 32 menores que estavam entrando no Brasil pela ponte da amizade sem documentação ou desacompanhados dos pais ou responsáveis foram entregues as autoridades paraguaias.
A polícia conseguiu comprovar pelo menos um caso de criança tentando entrar no Brasil para trabalhar. A vítima foi conduzida ao consulado paraguaio.
Além dos pedestres, foram vistoriados 96 veículos usados no transporte de passageiros.
Participaram da operação órgãos municipais e federais brasileiros e instituições paraguaias.
Por - Catve
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), com o apoio do Comitê Estadual Intersetorial de Controle da Dengue, e os municípios estarão mobilizados para o combate à dengue neste sábado (2), no chamado Dia D de combate ao mosquito.
As ações vão focar na prevenção e eliminação dos focos de Aedes aegypti. A Sesa, por meio das 22 Regionais de Saúde, solicitou a adesão de todas as prefeituras para ajudar a controlar a situação epidemiológica da doença. Equipes da pasta vão participar de mobilizações em diversas cidades.
A proposta é a ampla divulgação e desenvolvimento de ações educativas em praças e vias públicas em todos os municípios, visando a adesão dos paranaenses na atividade semanal de verificação de seu domicílio e local de trabalho, além do cuidado com o ambiente público na manutenção da limpeza urbana e destinação correta do lixo, já que mais de 75% dos criadouros do mosquito são passíveis de remoção e eliminação.
A principal mensagem do Dia D de Combate à Dengue é reforçar a prevenção, que cabe a todos. A responsabilidade da eliminação e remoção mecânica dos criadouros é coletiva.
“Conto com a colaboração e apoio de todos em uma força-tarefa de prevenção e cuidado. Estamos nessa batalha diariamente, monitorando e acompanhando a situação no Estado, mas neste sábado, em especial, pedimos que dediquem um tempo do dia para olhar o seu espaço, sua casa ou quintal e eliminar o que possa servir de criadouro do mosquito”, alertou o secretário de Estado Beto Preto.
DADOS – Até esta terça-feira (27), foram notificados 155.500 casos de dengue no Paraná, com 58.567 confirmados e 23 óbitos no período sazonal 2023/2024. A Sesa monitora a incidência diariamente e por semana epidemiológica, dando orientação aos municípios nas ações e ofertando treinamentos para técnicos de saúde.
Nesta quarta-feira (28), aconteceu a terceira reunião do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue. Ele foi criado em 2019 com o objetivo de implementar ações de mobilização para a intensificação do combate à doença. É composto por 13 secretarias, autarquias e órgãos do Governo do Estado, representantes do Conselho das Secretarias municipais de Saúde (Cosems-PR) e entidades da sociedade civil organizada.
“Neste momento, em que o Paraná e seus municípios sofrem com o aumento expressivo dos casos de dengue, é muito importante que todos estejam muito atentos aos sintomas. E em caso de febre alta, dores nas articulações e atrás dos olhos, manchas vermelhas pelo corpo, procure um serviço de saúde”, alertou a diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
“O atendimento logo nos primeiros sintomas é fundamental para evitar que a doença se agrave. Não tome remédios por conta própria sem uma avaliação do serviço de saúde”, complementou.
DIA D – A mobilização do Dia D vai acontecer em todo o Brasil. O tema é "10 minutos contra a dengue", que representa uma convocação para cuidado perto de casa.
Segundo o governo federal, desde o início de 2024 foram notificados 991.017 casos suspeitos de dengue no País, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com 207 óbitos confirmados e 674 em investigação. Atualmente, 17 unidades da federação estão com incidência de dengue 1 em níveis acima do esperado histórico. Dessas, 15 estão com tendência crescente e espera-se que essa tendência persista pelo menos até o final de março.
Por - AEN