Mais duas atletas paranaenses estão classificadas para a Olimpíada de Paris-2024. Tatiane Raquel da Silva e Flávia Maria de Lima, ambas apoiadas pelo Governo do Estado por meio dos programas Proesporte e Geração Olímpica e Paralímpica (GOP), irão representar o Brasil nas provas de atletismo de 3 mil metros com obstáculos e 800 metros rasos, respectivamente.
Com 34 anos de idade e 21 anos de carreira, esta é a segunda vez que Tatiane participa de uma edição dos Jogos Olímpicos, sendo que a primeira foi em Tóquio, disputada em 2021. "O atletismo surgiu em minha vida quando eu tinha 13 anos de idade, na escola, em Londrina. Sempre fiz provas de fundo e meio fundo, mas a minha especialidade é na categoria em que iniciei, na corrida com obstáculo", destaca.
Após participar de diversas competições neste ciclo olímpico, Tatiane conseguiu se classificar para participar dos jogos pelo método de pontuação. "Existem duas maneiras para participar da Olimpíada: por índice e por pontuação. A pontuação significa que a participação em competições importantes, como o Sul-Americano, o Pan-Americano e o Troféu Brasil, acumulam pontos para a convocação de 36 atletas", explica.
Foi também uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Esporte, que trouxe Tatiane de volta para o alto rendimento, ainda em 2013: os Jogos Universitários do Paraná (JUPS), que teve a sua edição 2024 encerrada nesta quinta. Na competição, Tatiane conquistou o primeiro lugar na categoria 1.500 metros e 5.000 metros, e a medalha de prata no 800 metros, representando a UniGuairacá, de Guarapuava. Ela optou por não participar da prova de 3.000 metros com obstáculos, para evitar lesões antes de chegar em Paris.
Já Flávia Lima foi convocada pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBA) após vitória no Troféu Brasil de Atletismo, realizado entre os dias 27 e 30 de junho em São Paulo. Ela também participou do JUPS 2024, representando o Centro Universitário Integrado, de Campo Mourão.
“Fui convocada para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 na prova de 800 metros e estar aqui, hoje, é uma forma de representar a minha instituição e pensar também no meu pós-carreira no esporte, na área de nutrição”, afirma.
APOIO DO GOVERNO – O apoio do Governo do Estado tem sido fundamental para transformar o Paraná em um celeiro de atletas de alto rendimento. Do total de 51 representantes do Paraná em competições e que estão classificados para a Olimpíada de Paris-2024, 39 recebem algum tipo de auxílio estadual, seja pelo Proesporte ou pelo Geração Olímpica e Paralímpica (GOP).
No caso de Tatiane, ela é contemplada pelo Proesporte, que destina R$ 50 milhões para a execução de projetos esportivos em 2024 e 2025, sendo o maior fomento e incentivo da história do esporte do Paraná.
Para o coordenador do Proesporte, Otavio Vinicius Taguchi, o programa tem feito a diferença em diversos projetos. “A gente fica na torcida e orgulhoso de poder proporcionar treinamento, dentre outras condições que são relevantes e muito importantes para a formação de um atleta”, afirma o coordenador. “Isso é muito importante para a comunidade esportiva entender o impacto que tem a lei de incentivo ao esporte no Estado do Paraná.”
Já o GOP, ao qual Flávia faz parte, foi criado em 2011. É o maior programa estadual de incentivo ao esporte na modalidade bolsa-atleta, conforme pesquisa da Universidade Federal do Paraná (UFPR) divulgada na Revista Latino-Americana de Estudos Socioculturais do Esporte. Desde então, tem sido uma iniciativa de destaque no fomento e apoio aos talentos esportivos no Paraná. Em 2024 o programa está em sua 13ª edição e terá investimento da Copel de R$ 5,2 milhões.
Segundo a coordenadora do GOP, Denise Golfieri, a bolsa é fundamental para auxiliar atletas e técnicos em gastos rotineiros. “Esse programa serve de incentivo para atletas desde a base até o alto rendimento. Eles usam para compra de material esportivo, compra de passagem aérea, alimentação, contratação de profissionais, ou seja, esse recurso é utilizado para ajudar o atleta no seu dia a dia”, explica Denise.
Por - AEN
Uma novidade chegou à mesa dos alunos das escolas da rede estadual de ensino do Paraná no primeiro semestre de 2024: arroz e feijão orgânicos.
É mais uma iniciativa para tornar cada vez mais saudáveis as refeições servidas aos estudantes. Foram consumidos nada menos que 500 mil quilos de arroz e 100 mil quilos de feijão. Além disso, um a cada quatro alimentos que chegam às escolas vem da agroecologia e é produzido pela agricultura familiar.
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), vinculado à Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), é o responsável pelo programa de alimentação escolar.
Nestes seis meses, das 23 mil toneladas de alimentos fornecidas aos estudantes e servidores no período, 5 mil foram adquiridas de pequenos agricultores do Estado, com investimentos de R$ 37 milhões, incentivando o desenvolvimento social e sustentável de mais de 20 mil famílias de produtores paranaenses. O aporte total no período, em todos os tipos de alimentos ofertados, foi R$ 265 milhões.
De acordo com o Fundepar, a alimentação escolar na rede estadual é baseada em alimentos e práticas cada vez mais saudáveis como, por exemplo, a utilização de manteiga no lugar de margarina, barrinhas e sucos de frutas sem açúcar, adoçados com o suco de maçã, entre outras.
Neste semestre, foram enviadas às 2.104 escolas da rede estadual 16 diferentes tipos de carnes (bovina, suína, frango e peixe) – aproximadamente 4,5 milhões de quilos, alimentos presentes nos cardápios das escolas três dias da semana.
AMPLIAÇÃO – Desde 2022, os cerca de 1 milhão de alunos da rede estadual de ensino recebem três refeições por dia. O programa Mais Merenda oferece um lanche na entrada e outro na saída de cada turno, além da merenda regular que já é dada nos intervalos das aulas. Com isso, há um consumo médio semanal de, no mínimo, 200 gramas de frutas por aluno, além de verduras e legumes ofertados todos os dias.
Sua execução ocorre tanto pela alimentação, com pães, sucos, café, e achocolatados (50% cacau) quanto com a aquisição de complementos, como queijos e iogurtes, num total de R$ 16 milhões.
“O nosso programa de alimentação escolar é o maior em se tratando de segurança alimentar, distribuindo comida saudável e adequada aos nossos alunos, o que significa garantir alimentação a quase 10% da população do Paraná, suprindo, no mínimo, 30% da necessidade nutricional de nossos estudantes”, afirma o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.
CARDÁPIO – As sugestões de cardápios são elaboradas por uma equipe de nutricionistas do Instituto Fundepar para garantir a segurança alimentar de crianças e adolescentes da rede estadual de ensino.
“A alimentação escolar servida na rede passa por um rigoroso controle de qualidade, desde a aquisição dos produtos, passando pelo armazenamento, distribuição e preparo. Afinal, além de contribuir com a saúde, a comida de qualidade melhora as condições de aprendizado dos estudantes”, afirma Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente do Fundepar.
Os investimentos em alimentação escolar na rede estadual são provenientes do Fundo Rotativo, do Programa para Descentralização de Recursos Financeiros (PDDE), do Mais Merenda e de convênios.
Por - AEN
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) descartou 5,6 toneladas de documentos que estavam arquivados nas delegacias de Curitiba.
Os materiais foram macerados nesta quarta-feira (10) por uma empresa especializada e serão transformados em papel e papelão reciclados. O valor arrecadado pela venda dos subprodutos será destinado a entidades assistenciais.
Todos os papéis enviados para o descarte foram previamente avaliados e classificados pela Comissão Permanente de Avaliação Documental (Cpad) da PCPR com supervisão do Arquivo Público do Paraná.
Os documentos na esfera policial têm prazo de permanência em arquivo. Alguns são de guarda permanente, enquanto outros podem ser descartados após cumprirem o tempo mínimo de arquivamento. Os prazos de guarda de cada tipo documental foram definidos no Manual de Gestão de Documentos e Código de Classificação, que foi elaborado pela Cpad ao longo de dois anos com base nas diretrizes do Conselho Nacional de Arquivos (Conarq).
O delegado da PCPR e chefe da Assessoria de Planejamento Operacional, Hamilton Cordeiro da Paz, explica que as unidades policiais receberam orientações sobre como proceder com a documentação armazenada, seja aquela que é própria da atividade de um órgão público, como os ofícios, ou aquela ligada às atividades de polícia judiciária, como os mandados judiciais, por exemplo.
“Cada uma verifica sua documentação e seleciona o que deve ser guardado e o que já cumpriu a temporalidade. Em seguida, os itens são encaminhados à comissão, que faz uma nova avaliação de cada um desses documentos e os envia ao arquivo público, que é responsável por reanalisar e aprovar o descarte”, conta.
A partir da autorização, é feita uma publicação em Diário Oficial a fim de aguardar, pelo prazo de 30 dias, possíveis manifestações contrárias. Caso não ocorram, os documentos estão prontos para o descarte.
Entre os papéis que foram destinados para esta maceração estão laudos, termos, relatórios, mandados de busca e apreensão e de prisão, além de cópias de inquéritos e outros. Todos eles cumpriram a temporalidade de armazenamento prevista no manual próprio da Cpad.
O material foi processado na tarde de quarta-feira (10) por uma empresa especializada localizada no bairro Tarumã, em Curitiba. A ação foi acompanhada por representantes da PCPR e do Arquivo Público do Paraná.
DESCARTE RESPONSÁVEL – O documento policial, por características de sigilo, não pode ser apenas retalhado ou destinado a aterro sanitário, pois com isso ainda é possível se obter dados e informações contidos nele. Considerando também o cuidado com o meio ambiente, ele não deve ser incinerado, uma vez que essa atividade gera fumaça e resíduos.
Por isso, a solução encontrada pela PCPR foi a maceração, que permite a que o papel seja transformado em outros materiais, como papel reciclado e papelão, e garante a descaracterização segura destes documentos.
Os subprodutos gerados neste processo serão comercializados e o lucro gerado será revertido a entidades assistenciais paranaenses. Dessa forma, o Estado não tem custos para realizar o descarte e também são gerados benefícios à sociedade.
ARQUIVO GERAL – Esta é a segunda eliminação de documentos promovida pela instituição. A primeira aconteceu em 2019.
Além das 5 toneladas maceradas quarta-feira, outras 19 mil caixas de documentos estão aguardando análise. A ideia é de que um novo descarte ocorra futuramente.
Por - AEN
O Brasil importou cerca de 183 toneladas de cerdas (pelos) de porco lavadas, alvejadas ou desengorduradas, totalizando aproximadamente R$ 1,7 milhão em 2023. Com uma grande produção de suínos, o Brasil não descarta que no futuro possa também ser um processador das cerdas.
“Caso seja viável economicamente, o processamento de cerdas de porco pode ser iniciado e/ou expandido no Brasil visando conquistar parte do mercado”, disse a veterinária Priscila Cavalheiro Marcenovicz, analista de suinocultura no Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
Ela conversou com uma das empresas importadoras para elaborar um dos textos do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 5 a 11 de julho, que é produzido pelo Deral. O documento também fala, entre outros assuntos, do aumento no preço de alguns dos ingredientes que resultam na pizza.
De acordo com o Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o comércio exterior no segmento do agronegócio, as importações das cerdas de porco atenderam cinco estados.
O Rio Grande do Sul foi o principal, com 76% das compras. Também estão no mercado Pernambuco (14%), São Paulo (7%), Santa Catarina (2%) e Paraná (1%). Nos primeiros cinco meses de 2024 já entraram no País 61 toneladas de cerdas, equivalente a R$ 529 mil.
Conhecidas pela rigidez, baixa absorção de água, boa capacidade de retenção de tinta e resistência a solventes, são usadas em pincéis para pintura e para limpeza de peças e equipamentos. Também servem como escovas para cabelos fragilizados e para polimentos, além de escovas de dentes, entre outras finalidades.
Todas as cerdas que chegam ao Brasil provêm da China. O país, aliás, possui tradição no uso dessa matéria-prima. As primeiras escovas de dentes com cerdas de porco foram desenvolvidas no final do século 15. Somente na década de 1930 elas foram substituídas pelo náilon.
PIZZA – Na quarta-feira (10) comemorou-se o dia da pizza, um prato que têm ligações com o campo, particularmente pela presença de produtos oriundos do trigo e do leite. Ambos tiveram uma elevação de preços em junho.
O leite é um componente que se incorpora à pizza sobretudo como queijo muçarela. No Paraná, o leite é o quarto produto com maior Valor Bruto de Produção (VBP), com R$ 11,4 bilhões (6% do total de R$ 197,8 bilhões). Produzindo 4,5 bilhões de litros, o Estado é o segundo maior fornecedor.
Base da massa da pizza, o trigo tem percentual de 2% no VBP, somando R$ 3,6 bilhões em 2023. O Estado desponta historicamente entre os maiores produtores de trigo do país. No ano passado foram produzidas 3,8 milhões de toneladas.
Essas produções locais refletem diretamente nos preços pagos pelos consumidores de pizza. Em junho o preço do queijo muçarela teve 15% de alta. Outros produtos lácteos também tiveram alta, algumas discretas, como a manteiga (2%), até o leite longa vida, com reajuste de 14% no comparativo mensal.
Quanto ao trigo, com parte dos moinhos abastecidos com o produto comprado anteriormente por preço mais barato e parte buscando no exterior, onde os valores estão altos, há divergências nos preços das farinhas. A especial continuou tendência de queda em junho, com 3% a menos no varejo em relação a maio. Se comparado a junho de 2023, a redução foi de 22%.
No mercado atacadista, em que as pizzarias se abastecem, a farinha especial teve aumento expressivo de 5%, revertendo uma leve tendência de queda até maio. Comparado a junho de 2023, a alta é de 3%.
MILHO – O boletim registra ainda que foram colhidos aproximadamente dois terços da área de 2,4 milhões de hectares plantados de milho na segunda safra 2023/24. Do que resta a colher, 93% estão em maturação, em condições de colher ou muito próximas.
Ainda que a tendência seja de mais lentidão na colheita do restante, o percentual atual já é o maior da história para este mês, superando a safra 2018/19, quando o fechamento de julho estava em 65% da área.
MEL – Nos primeiros cinco meses de 2024 as empresas nacionais exportaram 13.833 toneladas de mel in natura, aumento de 5,4% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram 13.125 toneladas. O faturamento chegou a US$ 35 milhões, queda de 20,2% comparado com o mesmo período do ano passado – US$ 43,9 milhões.
O Paraná ocupou a quarta posição, com receita de US$ 2,8 milhões para 1.154 toneladas. Nos cinco meses de 2023 tinham sido 401 toneladas a um custo de US$ 1,3 milhão. O principal destino do mel brasileiro foram os Estados Unidos.
PERU – Nos primeiros cinco meses de 2024 o Brasil exportou 25.071 toneladas de carne de peru, gerando receita de US$ 63 milhões. No mesmo período de 2023 tinham sido 25.995 toneladas (3,6% a mais), com receita de US$ 72,5 milhões (13,1% a mais).
O Paraná foi o terceiro maior exportador, com 5.562 toneladas e receita de US$ 14,1 milhões. Vem atrás de Santa Catarina, com US$ 28,5 milhões para 11.479 toneladas, e Rio Grande do Sul, que exportou 8.017 toneladas e somou US$ 20,3 milhões.
Por - AEN
O volume de vendas do comércio varejista do Paraná cresceu 4,5% entre janeiro e maio de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado.
O dado dos cinco primeiros meses do ano é da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação entre maio de 2024 e maio de 2023, a alta registrada é de 6,6%, enquanto que na variação mensal entre maio e abril, o índice também foi positivo, de 0,4%. Nos últimos 12 meses em relação ao mesmo período anterior, o Paraná registra alta de 2,8% no volume de vendas do comércio varejista.
De acordo com o órgão federal, o resultado paranaense no acumulado dos cinco primeiros meses foi puxado pelo crescimento nas vendas do setor de eletrodomésticos (15,7%), móveis e eletrodomésticos (13,8%) e móveis (11,7%). Na sequência aparecem outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,7%), hipermercados e supermercados (7,7%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,1%).
O crescimento no volume de vendas registrada no Paraná também impactou positivamente a receita, com crescimento de 7,4% no acumulado do ano de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. É o segundo melhor resultado do Sul do País, atrás do Rio Grande do Sul (8,5%) e à frente de Santa Catarina (6,3%).
AMPLIADO — Segundo a pesquisa, o volume de vendas do comércio varejista ampliado do Paraná segue a mesma tendência de crescimento, registrando alta de 4,4% entre janeiro e maio de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. Essa categoria inclui vendas de automóveis, peças de veículos, materiais de construção e produtos alimentícios, além dos demais setores investigados pelo órgão.
O resultado foi puxado pelo crescimento nas vendas de eletrodomésticos (15,7%), veículos, motocicletas, partes e peças (14,6%), móveis e eletrodomésticos (13,8%) e material de construção (12,4%). Na sequência aparecem móveis (11,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,7%), hipermercados e supermercados (7,7%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e fumo (7,1%).
No recorte específico de veículos, motocicletas, partes e peças (14,6%), o Paraná ocupa a 5ª posição no ranking nacional, atrás de Goiás (27,4%), Distrito Federal (26,6%), Pernambuco (26,3%) e Santa Catarina (16%). A média nacional ficou em 13,4%.
Já no volume de venda de materiais de construção (12,4%), o Paraná ficou em segundo lugar entre os 12 estados que participam da pesquisa, no período de janeiro a maio de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. Bahia aparece em primeiro, com 21,5%. Rio Grande do Sul (-1,5%) e Santa Catarina (-3,8%) registraram queda e ficaram abaixo da média nacional (1,6%).
BRASIL — Em nível nacional, há alta acumulada de 5,6% entre janeiro e maio de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior. Já na comparação entre maio e abril, as vendas cresceram 1,2%, enquanto que nos últimos 12 meses, em relação aos 12 meses anteriores, a alta acumulada é de 3,4%.
Os dados completos da Pesquisa Mensal do Comércio podem ser consultados no sistema Sidra, do IBGE.
Por - AEN
O Governo do Paraná vai inaugurar neste mês de julho em Foz do Iguaçu, no Oeste, e Londrina, no Norte do Estado, a Biofábrica Wolbachia, uma das principais estratégias e uma nova tecnologia no combate à dengue e outras arboviroses.
A biofábrica contará com a parceria do Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto WMP (Wolrd Mosquito Program) e das prefeituras das duas cidades.
As unidades com laboratórios e profissionais treinados desenvolverão as etapas finais do “Método Wolbachia”, com a eclosão de ovos do Aedes aegypti. Foz do Iguaçu e Londrina estão entre os seis municípios selecionados de todo o Brasil nessa nova fase. Uberlândia (Minas Gerais), Presidente Prudente (São Paulo), Natal (Rio Grande do Norte) e Joinville (Santa Catarina) também participam do projeto.
O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam no inseto, evitando a transmissão das doenças. Estes mosquitos, chamados de Wolbitos, não são geneticamente modificados e não transmitem outras doenças.
Para a seleção foram considerados municípios com mais de 100 mil habitantes que são responsáveis pela maior parte dos casos de arboviroses urbanas, o clima da região, o número de casos prováveis de dengue nos últimos 10 anos, a incidência de dengue nos últimos cinco anos e a presença de aeroporto.
“As tratativas para este projeto estão sendo realizadas desde 2019 e intensificadas no ano passado. Agora estamos mais perto dessa realidade, com a implantação desse programa moderno, estratégico, que poderá auxiliar o Paraná no combate ao Aedes”, disse o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
FOZ DO IGUAÇU – Em fase de finalização, a biofábrica de Foz do Iguaçu tem aproximadamente 166 metros quadrados e está situada no bairro Vila Boa Esperança. Está prevista a liberação dos mosquitos durante cinco meses, totalizando 26.156.800 wolbitos (1.307.840 por semana). Os bairros contemplados para ação são: Caic, Campos do Iguaçu, Cidade Nova, Jardim América, Jardim São Paulo 1, Jardim São Paulo 2, Lagoa Dourada, Morumbi 1, Morumbi 3, Ouro Verde, Portal da Foz, Porto Belo, Profilurb 1, Profilurb 2, São João, Sol de Maio, Três Lagoas, Vila C Nova, Vila C Velha.
LONDRINA – A unidade de Londrina, também em etapa final de construção, tem cerca de 225 metros quadrados e fica no bairro Jardim São Francisco. A previsão é que sejam liberados 58.087.000 mosquitos (2.904.350 por semana), em todos os bairros da Região Norte e Sul: União da Vitória, Califórnia e PIND; Região Leste - Califórnia, Vila Fraternidade, Antares, Ernani Moura Lima, Abussaf, Lindóia e Ideal; Região Oeste- Jardim Bandeirantes, Leonor e Olímpico; Região central- Vila Brasil, Vila Recreio, Vila Nova, Shangri-lá e Vila Casoni.
MÉTODO WOLBACHIA – A Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em cerca de 50% dos insetos da natureza, mas que não está no Aedes aegypti. Quando presente nestes mosquitos, ela impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do inseto, contribuindo para redução destas doenças.
Uma vez que os mosquitos com Wolbachia são liberados no ambiente, eles se reproduzem com mosquitos de campo e ajudam a criar uma nova geração com Wolbachia. Com o tempo, a porcentagem de insetos que carregam a Wolbachia aumenta, até que permaneça alta, sem a necessidade de novas liberações.
O Método Wolbachia é uma medida complementar. A população deve manter todas as ações para o controle da dengue, zika e chikungunya.
PROGRAMA – O World Mosquito Program é uma iniciativa internacional sem fins lucrativos que trabalha para proteger a comunidade global das doenças transmitidas por mosquitos. No Brasil, o Wolbachia é conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz, com financiamento do Ministério da Saúde, em parceria com os governos locais.
Esse método foi desenvolvido na Austrália e, atualmente, está presente em mais de 20 cidades de 14 países. Além disso, os dados de monitoramento revelam que os Wolbitos estão se estabelecendo em níveis muito positivos nos territórios. Na Austrália, houve redução de 96% nos casos de dengue.
Por - AEN























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