Paraná envia mais de 1,3 milhão de unidades de medicamentos ao Rio Grande do Sul

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) enviou nesta quarta-feira (17) cerca de 1,3 milhão de unidades de medicamento ao Rio Grande do Sul.

Com apoio do Ministério da Saúde (MS) e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o objetivo da ação é fortalecer a estrutura de assistência do estado gaúcho, dando continuidade às medidas de auxílio.

“Continuamos engajados e unindo forças para auxiliar na reconstrução do Rio Grande do Sul. Esses medicamentos, que são considerados os mais necessários neste momento, serão disponibilizados para toda a população gaúcha. Estamos solidários e não mediremos esforços para suprir a demanda de insumos na região”, disse o secretário da Saúde, Cesar Neves.

Além dos medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), que fazem parte do elenco do Estado, a Sesa também reuniu junto aos municípios medicamentos que fazem parte do Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF). São analgésicos, antibióticos, antitérmicos, anti-hipertensivos, entre outros.

“O Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) coordenou a ação de coleta dos remédios através das regionais de Saúde, aplicando inicialmente um formulário contendo os medicamentos solicitados pela Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, onde foi possível o município informar o tipo do medicamento e a quantidade disponível para doação”, explicou a coordenadora da Assistência Farmacêutica do Paraná, Deise Pontarolli.

APOIO – Em maio a Sesa disponibilizou, via Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), por meio das aeronaves da Casa Militar, o envio de 300 bolsas de sangue e seis de plaquetas concentradas para reforçar o sistema público de saúde daquele Estado.

Além disso, foram encaminhados insumos e medicamentos adquiridos pelo governo gaúcho de farmacêuticas paranaenses, caixas de nutrição parenteral (NTP) e mantimentos arrecadados pela Congregação Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo.

 

 

 

 

 

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 Nova espécie de abelha é descoberta por professora da Unicentro

Uma nova espécie de abelha foi descoberta pelo Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro).

A professora Maria Luisa Tunes Buschini descobriu a espécie no Parque Municipal das Araucárias, em Guarapuava. Após seis anos de pesquisa, a identificação representa um avanço na compreensão da fauna local.

Do gênero Mourecotelles, a abelha identificada é solitária, assim como 85% das espécies. A professora Buschini explica que estas abelhas são únicas na produção de uma substância impermeável semelhante ao celofane. “São chamadas de abelhas celofane pois são da subfamília Colletinae e as únicas entre as abelhas na produção desta substância que reveste as células dos ninhos onde elas depositam pólen e néctar”, conta a professora Maria Luisa .

A captura foi realizada através de ninhos-armadilha. Após isso, foi realizado um processo de identificação da espécie com a ajuda de taxonomistas especialistas em abelhas, que a identificaram como uma nova espécie. “Para identificar esta abelha como sendo do gênero Mourecotelles, eles usaram chaves de identificação, e para descrever a espécie, analisaram a terminália dos machos, que são os segmentos posteriores do abdômen que formam a genitália”, relata a professora.

A descoberta não se limita apenas à identificação da espécie. “Nesta pesquisa também foram investigados os grãos de pólen presentes nos ninhos dessas abelhas, sendo encontrados pólens de nove famílias botânicas diferentes, mas a preferência maior foi por aqueles das famílias Fabaceae, que são leguminosas com ervilha, grão de bico, alfalfa, amendoim, e Polygalaceae, que são plantas herbáceas”, afirma a docente.

NOVAS PESQUISAS - Com a conclusão deste estudo, a professora já está planejando novas pesquisas no Parque das Araucárias, como investigar o efeito de borda do parque, que é uma alteração na estrutura, composição ou quantidade de espécies na parte marginal de um fragmento vegetal. “Em outra pesquisa que fizemos também neste parque, coletando abelhas em uma plantinha do gênero Solanum, identificamos 31 espécies de abelhas nativas. Iniciaremos agora um estudo a respeito do efeito de borda do parque sobre as espécies de vespas, abelhas e seus inimigos naturais”, afirma Maria Luisa.

O objetivo destas novas pesquisas é compreender quais espécies estão mais adaptadas ao interior da mata e quais preferem a área de transição entre a mata e áreas alteradas. Com base nos resultados, a professora espera propor políticas públicas eficazes para a preservação e conservação destas espécies. “Diante dos resultados encontrados nesses novos estudos, pretendemos incentivar políticas públicas assertivas para a preservação e conservação destas espécies através de um manejo menos impactante deste importante fragmento que é o Parque Natural Municipal das Araucárias”, conclui a professora.

 

 

 

 

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 Batalhão de Polícia Ambiental orienta como proceder entrega voluntária de animais silvestres

Nesta semana, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) da Polícia Militar do Paraná (PMPR) divulgou para a população orientações importantes sobre como proceder para a entrega voluntária de animais silvestres. De acordo com a Lei 9.605/98 e o Decreto n. 6.514/08, ter um animal silvestre em casa sem licença é considerado crime. 

Para manter qualquer animal silvestre em cativeiro é necessário comprovar a origem legal do animal, seja através de uma autorização de um órgão ambiental ou uma nota fiscal de um estabelecimento licenciado. Quem possui um animal silvestre sem licença ou tenha recebido um de presente pode devolvê-lo sem incorrer em penalidades. A devolução voluntária não acarreta punição e é a maneira recomendada de lidar com a situação, uma vez que animais sem origem legal ou licença não podem ser regularizados.

O Batalhão de Polícia Ambiental orienta a população a não soltar esses animais na natureza, pois eles não estão preparados para sobreviver sozinhos e precisam passar por um processo de readaptação. Em caso de dúvidas, é recomendado entrar em contato com órgãos ambientais como o Instituto Água e Terra (IAT/PR) ou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Após a entrega voluntária ao IAT, os animais serão avaliados por uma equipe técnica. Dependendo das condições do animal, ele poderá ser encaminhado para soltura ou para empreendimentos de fauna licenciados pelo IAT, como criadouros conservacionistas, criadouros científicos, mantenedores de fauna, entre outros. É importante destacar que, após a entrega voluntária, não é possível acompanhar o destino do animal, mas o bem-estar dele é sempre priorizado.

Para o Comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, tenente-coronel Sérgio Eduardo Nascimento Plácido, a retirada de animais da natureza e o tráfico de animais silvestres, além de serem condutas tipificadas como crime, são algumas das principais causas de extinção de espécies no planeta. "É importante que a comunidade não colabore com o agravamento desse problema, pois o lugar dos animais silvestres é na natureza", acrescentou o comandante.

DENÚNCIAS - Para denunciar crimes ambientais no Paraná, além dos canais disponibilizados pelos demais órgãos de fiscalização e controle, a população pode utilizar o número de emergência 190, o Disque Denúncias 181 e o Aplicativo 190 PR, disponível para download nas plataformas digitais.

Para mais informações sobre a entrega voluntária de animais silvestres, a população paranaense pode consultar o site do IAT.

 

 

 

 

 

 

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 Em expansão, raça de gado paranaense Purunã terá projeto de aprimoramento

Os atributos do gado de corte Purunã vêm ganhando o reconhecimento e atraindo cada vez mais criadores de diversas regiões do País. A raça, genuinamente paranaense, foi desenvolvida por pesquisadores do antigo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), atual IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater), e foi oficialmente reconhecida há apenas oito anos.

O pecuarista Marcos Ottoni Almeida, por exemplo, conheceu a raça em um dia de campo realizado em Ponta Grossa (Centro-Sul do Paraná) e adquiriu um touro Purunã no final de 2022 para iniciar cruzamentos na propriedade que mantém em Guaratinguetá, São Paulo. “Fiquei impressionado com os animais”, conta.

As primeiras 33 crias resultantes do touro estão agora em fase de desmame. “Estou muito contente com o reprodutor e com os bezerros, que vem demonstrando um desenvolvimento muito rápido”, relata.

Atual presidente da Associação dos Criadores de Purunã (ACP), Erlon Pilati, que introduziu a raça no Mato Grosso e tem propriedade no município de Sapezal, também destaca o desenvolvimento acelerado dos animais. “Um bezerro com sangue Purunã alcança a desmama com 20% a 25% mais peso que uma cria de rebanho convencional, é mais dinheiro no bolso do pecuarista com o mesmo custo de produção”, contabiliza.

Precocidade (os animais atingem antes a idade para reprodução e abate), adaptabilidade e rusticidade em diferentes regiões do Brasil, habilidade materna e carne macia e suculenta são outras características dos animais Purunã elencadas por Pilati.

O presidente da ACP informa que a entidade está promovendo um amplo recadastramento dos animais Purunã, puros ou cruzados, para uma detalhada avaliação genética. “É um pente-fino para saber exatamente a dimensão e qualidade do rebanho; um projeto de identificação genética que nos permitirá ganhar 10 anos de evolução em apenas dois anos", relata.

A estratégia foi discutida recentemente com o diretor-presidente do IDR-Paraná, Richard Golba. “A identificação genética vai assegurar mais assertividade na realização de cruzamentos para transmissão aos descendentes de determinadas características desejáveis dos genitores”, aponta.

Atualmente, a ACP conta com 32 associados espalhados por diferentes estados do Brasil. Embora o Paraná ainda concentre cerca de 40% dos exemplares da raça, há rebanhos de Purunã nos dstados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Tocantins e Rondônia. São aproximadamente 12 mil animais registrados no território nacional, um crescimento contínuo e sólido.

PESQUISA – Purunã é a primeira raça de bovino para corte desenvolvida no Paraná e a única criada por um centro estadual de pesquisa no Brasil. “É uma conquista que orgulha os paranaenses, uma contribuição significativa para a cadeia produtiva de carne no Brasil que ressalta a importância do aparato estadual de ciência e tecnologia voltado à agropecuária”, afirma Golba.

Foi oficialmente reconhecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 2016, que também credenciou a Associação de Criadores de Purunã para fazer o controle genealógico, procedimento que atesta a origem dos animais, seus ascendentes e descendentes, e sua conformidade com os padrões zootécnicos da raça.

No jargão técnico, trata-se de um bovino composto, pois obtido do cruzamento entre diferentes raças — Charolês, Aberdeen Angus, Caracu e Canchim. Até ser finalizado e reconhecido pelo Mapa, foram quase quatro décadas de cruzamentos e seleções controladas para agregar ao Purunã os melhores atributos de cada estirpe utilizada na sua formação.

Caracu e Canchim transmitiram rusticidade, tolerância ao calor e resistência aos carrapatos. Charolês contribuiu com o rápido ganho de peso, carcaça de grande rendimento e elevado porcentual de carnes nobres, enquanto o Angus deu precocidade, tamanho adulto moderado e temperamento dócil, além de alta qualidade do marmoreio na carne.

Destaca-se ainda a habilidade materna e boa produção de leite das vacas Purunã, características importantes para o manejo dos rebanhos herdadas de Caracu e Angus. 

PURUNÃ – O nome presta uma homenagem à Serra do Purunã, que separa o Primeiro do Segundo Planalto do Paraná e está situada não muito longe da Estação de Pesquisa Fazenda-Modelo, localizada em Ponta Grossa, local onde foram realizados todos os estudos, cruzamentos e seleções dos rebanhos que resultaram na nova raça.

 

 

 

 

 

 

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