O Governo do Paraná, por meio da Superintendência Geral de Ação Solidária (SGAS), Defesa Civil e Secretaria de Desenvolvimento Social e Família (Sedef), já está distribuindo doações recolhidas durante a campanha Natal Solidário 2023 para organizações da sociedade civil (OSC) que atendam famílias em situação de vulnerabilidade.
A primeira-dama Luciana Saito Massa, o secretário Rogério Carboni e o coordenador da Defesa Civil, coronel Fernando Schunig, estiveram em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, nesta quinta-feira (14) para realizar a entrega de brinquedos em duas instituições: a Associação Menino Deus e a Associação de Apoio à Criança e Adolescente (Acrica), que juntas atendem centenas de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade.
A campanha recebeu milhares de brinquedos novos e usados, além de produtos de higiene pessoal, no período de 27 de outubro a 28 de novembro. Após a distribuição aos 399 municípios, a SGAS abriu um edital para contemplar também instituições que trabalham com crianças. Até o momento são 135 organizações da sociedade civil cadastradas. As instituições interessadas em receber até o Natal têm até dia 19 de dezembro para solicitar a doação.
“Destinar brinquedos para os 399 municípios e ainda conseguir atender a essas entidades é algo maravilhoso. É uma sensação única. Quero agradecer cada apoiador que acreditou no Natal Solidário. Esses brinquedos levam amor, carinho e principalmente esperança aos nossos pequenos e pequenas”, afirmou a primeira-dama Luciana Saito Massa.
“Esse é um Natal de cuidado, de garantia de direitos para essas crianças. O Natal é uma festa importante e a criançada ficou muito animada com os brinquedos”, complementou Carboni.
Beatriz Cordeiro, de apenas 11 anos, é prova viva dessa felicidade. Ela é atendida pela Acrica, que há mais de 30 anos atua no cuidado infantil. A instituição atende 163 jovens de 2 a 17 anos e todos receberam nesta quinta o seu presente de Natal antecipado.
“Foi um dia bem especial que vai me marcar bastante. Eu ganhei um ursinho de pelúcia e uma Barbie Sereia que eu adorei. E vou dividir com a minha irmã um pouco, estou muito feliz”, contou.
A diretora da Associação Menino Deus, Adriana Tenório, elogiou a ação do Governo junto às crianças. “O Natal Solidário consolida o que a gente já realiza e traz um novo gás, uma energia de que o nosso trabalho tem validade”, afirmou.
Por - AEN
A Copel GT vai investir mais de R$ 3 milhões na construção de uma planta-piloto para a produção de hidrogênio de baixo carbono oriundo de biomassa – resíduos orgânicos, dejetos, bagaço de cana, entre outros. O hidrogênio servirá como insumo para fabricar amônia e ureia usados em fertilizantes.
O projeto conta com recursos do Programa de P&D Aneel e parceria da Associação dos Pesquisadores da Região Norte do Brasil (Apreno). Ao longo dos próximos dois anos, o foco do trabalho será desenvolver tecnologia que promova a sustentabilidade do mercado do hidrogênio no Paraná. O lugar ideal para instalação da planta combinada para produção de hidrogênio, amônia e ureia está em estudo.
“Este é um modelo de negócios interessante, pois poderá aproximar diferentes ciclos: o aproveitamento da biomassa gerada em uma propriedade para produzir hidrogênio e a aplicação deste na fabricação de fertilizantes que servem como insumo ao agronegócio, tudo acontecendo na mesma localidade”, destaca o gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Copel GT, Leandro Foltran.
A estratégia de viabilizar a produção descentralizada de fertilizantes nitrogenados vai ao encontro da necessidade de reduzir a dependência brasileira de insumos importados apontada por especialistas. De acordo com o Plano Nacional de Fertilizantes do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em 2022, cerca de 85% dos fertilizantes consumidos no Brasil foram de origem estrangeira.
O gerente desse projeto de pesquisa na Copel, Fabio Sevscuec, destaca mais um diferencial dessa iniciativa. “Nosso objetivo é desenvolver equipamentos compactos e modulares que possam ser usados em pequenas e médias propriedades, permitindo essa produção distribuída do hidrogênio, amônia e ureia”, diz.
Por - AEN
A exportação do setor agropecuário paranaense atingiu 27,1 milhões de toneladas de janeiro a novembro de 2023, um aumento de 35,6% sobre os 20 milhões de toneladas enviadas ao Exterior no mesmo período do ano passado.
Em valores financeiros entraram no Paraná US$ 17,7 bilhões somente desse setor. O resultado é 12,6% superior aos US$ 15,7 bilhões de 2022.
Os números foram divulgados pelo Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha as exportações e importações do agronegócio brasileiro. No índice geral de exportações, envolvendo todos os produtos, o Paraná também já superou os indicadores de 2022.
O crescimento paranaense nesse segmento foi percentualmente bastante superior ao registrado no Brasil. Entre janeiro 2022 as exportações nacionais alcançaram US$ 147,6 bilhões na venda de 215,6 milhões de toneladas de produtos. Neste ano, até novembro, o volume subiu para 250,7 milhões de toneladas (16,3% a mais), enquanto os valores cresceram 3,6%, passando a US$ 153 bilhões.
“O ano de 2023 foi de recuperação do grande desastre de 2022, em razão da estiagem, quando o Paraná perdeu mais de R$ 31 bilhões na produção agrícola”, ponderou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Somente em grãos, a safra 22/23 chegou a mais de 45 milhões de toneladas. No final houve prejuízo pelo excesso de chuvas, mas ela recuperou o tamanho de produção do Paraná”.
PRODUTOS – Nos números divulgados pelo Agrostat chama a atenção o volume do complexo soja, que em 2022 exportou 8,9 milhões de toneladas e este ano, 14,7 milhões. Em recursos, saltou de US$ 5,5 bilhões para US$ 7,9 bilhões.
Os cereais também tiveram boa recuperação. De janeiro a novembro do ano passado saíram de 785,7 mil toneladas e este ano o Paraná já vendeu mais de 1,1 milhão de toneladas. Em volume de recursos quase dobrou, de US$ 2,3 bilhões para US$ 4,2 bilhões.
O setor de carnes teve acréscimo de US$ 14,7 milhões em 2023, fechando os 11 meses com pouco mais de US$ 3,9 bilhões. Em peso, subiu de 1,9 milhão de toneladas para 2,1 milhões.
Em volume de venda, o maior acréscimo foi em frango, que passou de 1,7 milhão de toneladas para 1,9 milhão. No entanto, a queda em arrecadação foi de 1,5% – de US$ 3,5 bilhões em 2022 para US$ 3,4 bilhões.
Em compensação, os pescados arrecadaram 32,7% a mais. De janeiro a novembro de 2022 foram US$ 12,8 milhões, enquanto este ano chegou a US$ 17,1 milhões. Em volume, subiu de 4,7 mil toneladas para 4,8 mil.
De carne suína o Paraná vendeu 153,6 mil toneladas, crescimento de 5,8% em relação às 145 mil toneladas anteriores. Entraram no Estado US$ 345,3 milhões, ou 12,4% a mais que os US$ 307 milhões de 2022.
A principal queda ocorreu no setor florestal. Enquanto foram vendidos 3,8 milhões de toneladas entre janeiro e dezembro de 2022, rendendo US$ 3,3 bilhões, este ano ficou em 3,1 milhões de toneladas para US$ 2,4 bilhões.
Por - AEN
A partir de janeiro de 2024 a vacina Covid-19 pediátrica será incorporada no Calendário Nacional de Vacinação. A decisão foi oficializada nesta quinta-feira (14) para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da
, do Ministério da Saúde.Segundo a pasta federal, a medida foi tomada com base em evidências científicas mundiais e dados epidemiológicos de casos e óbitos pela doença no País.
De acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), a vacina Pfizer passa a ser obrigatória para crianças entre 6 meses e 4 anos. O esquema vacinal será composto por três doses (D1, D2 e D3), sendo que entre a D1 e D2 a aplicação deve ocorrer com intervalo de quatro semanas, já entre a D2 e a D3 esse espaço deve ser de oito semanas.
“A Sesa irá seguir a determinação do Ministério da Saúde e partir do próximo mês todas as crianças acima dos 6 meses devem receber as doses do imunizante. É valido reforçar que as vacinas são as responsáveis por evitar os casos mais graves e óbitos, sendo assim, é muito importante que todas as crianças nessa faixa etária, público muito mais suscetível as formas mais graves da doença, sejam contempladas com a vacina em todo o Paraná”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
As doses para a vacinação deste público já se encontram disponíveis nas 1.850 salas de vacinas das Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 399 municípios do Paraná. Novas doses serão entregues pelo governo federal e disponibilizadas para as 22 Regionais de Saúde, e por sua vez, para os municípios.
COBERTURA – A recomendação desta vacina para crianças nesta faixa etária ocorre desde dezembro de 2022. Até esta quinta foram aplicadas 385.978 doses (entre D1, D2 e D3) em uma população estimada em 687.475 crianças no Paraná. A cobertura vacinal de 1ª dose para o público de 6 meses a 2 anos de idade é de 21,72% e para a população de 3 a 4 anos é de 41,12%, sendo que a meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 90%.
DADOS – De acordo com dados do Informe epidemiológico da Sesa, até novembro de 2023 o Paraná registrou 90.455 casos confirmados de Covid-19 em crianças de 0 a 4 anos, sendo que 67 foram a óbito em todo Estado.
Por - AEN
Mais uma empresa aderiu ao credenciamento da Lottopar para exploração das apostas esportivas no Paraná nesta quinta-feira (14).
A Concessionária de Loteria do Estado do Paraná Laguna Serviços e Tecnologia (Nossabet) é a quinta empresa cadastrada nessa operação no Estado. Ela poderá começar a operar após passar por todas as etapas de teste e integração com a Plataforma de Gestão e Meios de Pagamento.
A empresa também pagou uma outorga de R$ 5 milhões para a Lottopar. Esse recurso corresponde à licença de operação, prevista na regulamentação da exploração lotérica.
Até o momento, o Estado arrecadou R$ 25 milhões apenas com as outorgas. Os recursos serão utilizados em programas de habitação e segurança pública. Além do valor pré-fixado já pago, as cinco empresas que operarão as apostas esportivas no Paraná pagarão 5% de royalties e 1% de outorga variável em cima da receita bruta mensal com a comercialização das apostas, descontados os valores repassados como premiação aos apostadores no período.
O diretor-presidente da Lottopar, Daniel Romanowski, destacou que essa nova adesão ajuda a consolidar o segmento de apostas esportivas. “O Estado tem sido atrativo para as empresas de apostas esportivas pois oferece um modelo de regulamentação com segurança jurídica para o operador lotérico, com garantia de respeito às leis e à territorialidade. Dessa forma conseguimos trazer entretenimento para nossa população com segurança e ainda reverter parte dessa arrecadação para ações sociais”, ressaltou.
“Estamos muito felizes em obter a licença no Paraná, já que o mercado regulado é o futuro do País, uma vez que o brasileiro é um dos povos que mais fazem apostas no mundo”, afirmou a representante da Nossabet, Luciana Macorin de Azevedo.
O Paraná foi um dos pioneiros no processo de regulamentação das loterias estaduais. O Estado foi o primeiro a estabelecer regras próprias referentes às apostas esportivas, um dos primeiros a abrir credenciamento para esta modalidade lotérica e a credenciar laboratórios de teste e certificação para os jogos. As medidas foram tomadas para garantir a segurança e a confiança para os operadores e apostadores.
ALERTA – A Lottopar também alerta que o paranaense só deve utilizar os sites de apostas devidamente autorizados a operar no Estado, cuja lista completa de operadores autorizados pode ser consultada diretamente no site da autarquia. Essa página contém informações das empresas e links para seus sites.
Por - AEN
O mercado de bebidas do Paraná ganha a cada dia mais destaque internacional.
Os produtores locais vêm agregando valor às bebidas, sejam destiladas ou fermentadas, atraindo novos consumidores e curiosos. O trabalho conta com incentivo do Governo do Estado e também tem sido reconhecido em concursos fora do Brasil.
É o caso do Ivaí Gin, que além do zimbro – fruto essencial na produção da bebida – é destilado em um alambique de cobre com outras 18 especiarias, entre elas lavanda, alcaçuz, emburana e dois ingredientes que dão um toque paranaense: pinhão e nó de pinho de araucária. A referência ao Paraná também está na embalagem, com uma gravura em alto relevo do Rio Ivaí e uma araucária na tampa.
Além da versão pura (London Dry), a Destilaria Água da Glória, dona da marca no município de São João do Ivaí, no Noroeste, produz gin em mais cinco sabores: seriguela, abacaxi com maracujá, tangerina com gengibre, hibisco com lichia e framboesa com limão.
A ideia do fundador da destilaria, o inglês Dominic Chambers, que vem de uma família tradicional de produtores da bebida na Inglaterra, era produzir um gin genuinamente brasileiro e que representasse o Paraná. A destilaria tem capacidade para produzir 50 mil litros de gin por mês.
“Ele importou toda a tecnologia da Inglaterra para fazer um gin de alta qualidade aqui no Vale do Ivaí”, aponta o gerente de Relacionamento da marca, Igor Pereira. “O pinhão dá uma nota de nozes e prolonga o paladar do gin. Já o nó de pinho traz uma nota amadeirada à bebida”.
Com apenas um ano de produção, o Ivaí Gin já conquistou 15 medalhas de ouro em concursos internacionais. A mais recente, e também a mais importante até aqui, foi em maio, quando a marca paranaense deixou para trás gins renomados mundialmente e conquistou o duplo ouro no San Francisco World Spirits Competition.
O título no torneio nos Estados Unidos levou a Forbes, uma das revistas mais prestigiadas do mundo, a citar o Ivaí Gin entre os melhores do mundo. O duplo ouro na disputa em São Francisco veio com a versão London Dry, além da prata com o gin de seriguela e o bronze com os outros quatro sabores da marca.
“O grande diferencial do Ivaí Gin é a preocupação com a qualidade. E esses prêmios estão trazendo o olhar do mundo para São João do Ivaí, que é um município pequeno. O curioso é que pessoas que não gostavam de gin estão tendo uma nova experiência com a nossa bebida, estão mudando a percepção sobre o gin”, aponta Igor.
Além do San Francisco World Spirits Competition, outras conquistas do Ivaí Gin valem ser destacadas. Entre elas, o ouro no London Gin Of The Year 2022 e no London Spirits Competition 2023, ambos em Londres. “A Inglaterra é o berço do gin. Conquistar prêmios lá tem um peso muito grande para nós”, complementa o gerente.
SUSTENTABILIDADE – Além dos prêmios internacionais, a Destilaria Água da Glória também se destaca pela produção sustentável. A empresa é a única destilaria do Brasil a atuar com emissão negativa de carbono. Ou seja, não só neutraliza a emissão na produção, como adquire créditos de CO2 para compensar ainda mais a emissão.
Toda a energia elétrica usada vem de painéis solares. Já o resíduo da produção vira fertilizante para o pomar que produz frutas para a própria destilaria. Há coleta de água da chuva, além de reutilização da água. Todas as embalagens e garrafas são de materiais reciclados e a primeira fase da destilação, que normalmente é descartada por ter teor etílico muito alto, vira álcool de limpeza.
Com essas ações e mais a aquisição de créditos de carbono no mercado, a Ivaí Gin consegue retirar do meio ambiente 1,4 kg de carbono a cada garrafa de gin comercializada.

VINÍCOLA FRANCO ITALIANO – Outras bebidas paranaenses premiadas internacionalmente são os vinhos da Vinícola Franco Italiano, de Colombo. Em março, dois rótulos da propriedade da Região Metropolitana de Curitiba foram os únicos brasileiros a conquistar em Bordeuax, na França, a medalha de ouro no Vinalies Internationales, um dos concursos mais prestigiados do mundo, organizado pelo Ofício Internacional do Vinho (OIV).
Os rótulos premiados são dois tintos: o Censurato Cabernet Sauvignon safra 2018 e o Paradigma Rotto Cuvée Tannat safra 2012/2014.
“Nunca imaginei que a gente ia dar esse passo tão longe, de ter um vinho premiado internacionalmente. Isso é um orgulho fantástico”, comemora Dirceu Rausis, patriarca da vinícola.
O nome Censurato (Censurado, em italiano) vem das críticas que o vinho recebeu nas primeiras safras. Todos os especialistas que a Franco Italiano procurava à época desmereciam a bebida. Alguns até se negavam a prová-lo ao saber que o produto era de Colombo, tradicional berço do vinho colonial do Paraná. Até que um sommelier resolveu pôr o vinho em uma degustação às cegas junto com rótulos internacionais. E o vinho fino de Colombo recebeu elogios da maioria dos especialistas.
De família de origem francesa, Dirceu fundou em 1973 a Franco Italiano junto com a esposa, Ivone Ceccon, de família italiana. Por cerca de 30 anos, a vinícola se dedicou exclusivamente aos vinhos coloniais ou de mesa, como são conhecidos.
“A gente sempre foi acostumado a fazer vinho colonial, desde os tempos da minha mãe. Então no começo, quando meu filho sugeriu fazer vinho fino, até eu fiquei com o pé atrás. Ficava me perguntando como seria para vender, porque aqui todo mundo só toma vinho colonial. Mas deu tudo certo”, lembra Dirceu.
Ele diz que a primeira safra, de 2004, deu errado. “Tenho até hoje vinagre de uva cabernet sauvignon. Isso é produto raro!”, brinca. Por insistência do filho Fernando, seu Dirceu aceitou tentar outra vez. E a safra de 2005 já foi a primeira premiada no Brasil.
Além do parreiral de um hectare cultivado desde o fim do século 19 em Colombo, a vinícola passou a cultivar em parceria com produtores de outras regiões uvas de linhagens europeias para produção de vinhos finos. São cerca de 50 toneladas por ano de uvas vindas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia, além do Interior do Paraná.
No total, a Franco Italiano produz 22 rótulos de quatro bebidas diferentes, totalizando 100 mil litros por ano. São 12 vinhos finos, 5 coloniais, 4 espumantes, além de limoncello (licor de limão típico italiano).
“Os dois ouros no Vinalies Internationales são um reconhecimento internacional de qualidade, uma certificação de que nossos produtos encantaram jurados habituados a provar e a avaliar grandes vinhos do mundo todo”, aponta o sommelier da Franco Italiano, João Vinícius Trautmann. “Uma certificação dessa faz bastante diferença no reconhecimento também dos consumidores, que passam a se interessar mais pelos nossos produtos”.
Para o futuro, a Franco Italiano planeja mais prêmios. E não só com vinhos. “Um dos membros da família esteve um ano em Champagne, na França, de onde trouxe muito conhecimento. Todos nossos espumantes já receberam premiações nacionais. Sem dúvida, o próximo passo é o reconhecimento internacional também dos espumantes”, aponta.

BODEBROWN – Entre as cervejarias paranaenses, o destaque em premiações é a Bodebrown, no bairro Hauer, em Curitiba, que já conquistou cerca 170 prêmios. Aproximadamente 70 deles em concursos internacionais nos mais diferentes países, como Bélgica, Inglaterra, Canadá, Estados Unidos, Austrália Chile e Argentina, entre outros.
Referência e pioneira na produção de cervejas artesanais na capital paranaense, a empresa também é a primeira cervejaria-escola do Brasil. O que ajudou a fomentar o mercado na capital paranaense, hoje um dos grandes polos de cerveja artesanal do País.
Dos troféus que guarda em uma galeria na empresa, o CEO da Bodebrown, Samuel Cavalcanti, tem carinho especial por alguns. Entre eles, o prêmio Gary Sheppard de maior revelação no Australian International Beer Awards de 2012, na Austrália – torneio em que a cervejaria curitibana ganhou mais outras duas medalhas de bronze no ano seguinte.
“São só cerca de 20 troféus Gary Sheppard concedidos até hoje e um deles está aqui com a gente. Fomos o primeiro representante da América do Sul a conquistar esse título”, explica Samuel. “Esse prêmio foi um grande reconhecimento para a Bodebrown logo no início. Depois dele, vencemos várias outras competições em diversos países”, aponta.
O prêmio internacional mais recente que a Bodebrown levou foi em outubro, no Rio de Janeiro: o Mbeer Contest, premiação do festival Modial de La Bière que, além do Brasil, é disputado em etapas no Canadá e na França. Com a conquista de duas medalhas – a única de platina e uma das 13 de ouro em disputa –, a cervejaria soma agora 23 premiações no Mondial La Bière, torneio organizado desde 1994 que em 2014 passou a ter uma etapa no Brasil.
A cerveja premiada com a medalha platina no Rio de Janeiro foi a Saint Arnold 10, uma Belgian Dark Strong Ale envelhecida em barris de carvalho. A medalha de ouro, por sua vez, ficou com Lupulol Mosaic, uma Hazy Strong Pale Ale.
“O Mondial La Bière avalia cervejas com características inovadoras. Portanto, ter 23 medalhas nessa disputa é algo muito expressivo para uma cervejaria nova e pequena de Curitiba”, avalia Samuel. “Ter uma medalha La Bière, reconhecida pela escola canadense e franco-belga, é maravilhoso porque te coloca em destaque em um universo de cervejas que têm controle de qualidade e características específicas em uma avaliação que envolve diversos fatores técnicos”.
Segundo a gerente de Produção da Bodebrown, Gianna Surek, as disputas internacionais ajudam a não só divulgar o nome da cervejaria entre os consumidores, como também a elevar o ânimo da equipe que produz as bebidas. “Quando a gente conquistou a medalha de platina o pessoal ficou muito motivado. Em especial, o pessoal da linha de produção, que a cada concurso fica na expectativa”, explica.
Além dos prêmios, a Bodebrown também tem destaque no universo pop. A cervejaria curitibana criou em parceria com a banda inglesa de heavy metal Iron Maiden duas cervejas: a Trooper Brasil IPA e a Aces High – título que é um clássico da banda e que foi provada e aprovada pelo próprio vocalista Bruce Dickinson em visita à Bodebrown ano passado.
A cervejaria também fechou um acordo com o King Syndicate de Nova York (entidade que distribui cerca de 150 tiras e charges nos Estados Unidos) para lançar a primeira cerveja do personagem Popeye, a qual, como não poderia deixar de ser, terá espinafre na sua composição.
BENEFÍCIOS FISCAIS – O Paraná oferece alguns incentivos para produtores de vinho e microcervejeiros, o que ajuda a fomentar os dois segmentos. Para os microcervejeiros, foi estendido até 31 de dezembro de 2024 crédito presumido de 13% no valor do ICMS nas vendas de cervejas e chopes artesanais dentro do Estado, limitadas a 200 mil litros por mês. São consideradas microcervejarias aquelas que produzem até 5 milhões de litros por ano.
A cerveja precisa ter pelo menos 80% de malte em sua composição para se enquadrar no benefício. O abatimento no imposto se aplica também às vendas diretas que as microcervejarias fazem aos consumidores.
“O nosso desenvolvimento tem reconhecimento do Estado com a renovação do decreto em apoio às pequenas fábricas de cerveja, que passaram muitas dificuldades com a pandemia”, avalia Samuel Cavalcanti, CEO da Bodebrown. “Com esse incentivo, o Estado reconhece ser importante manter ativo esse ecossistema de geração de emprego. Afinal, quando se fala de cerveja artesanal não dá para se referir apenas à parte industrial, tem que se referir também ao turismo e à gastronomia”.
Já para os fabricantes de vinho, até 31 de dezembro de 2025 há a opção de crédito presumido do ICMS nas operações com vinhos feitos exclusivamente a partir de uvas cultivadas no Paraná. O crédito presumido, neste caso, pode ser até o valor total do imposto a pagar, dependendo do caso. O abatimento vale para vendas dentro ou fora do Estado. A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento também desenvolve o Revitis, que apoia financeiramente pequenos produtores de uvas.
Além disso, de forma mais geral, um incentivo que pode beneficiar também a cadeia de bebidas produzidas localmente é o diferimento no pagamento de ICMS com insumos agrícolas dentro do Estado do Paraná.
Por - AEN