Agências do Trabalhador vão intermediar 2,5 mil vagas temporárias no final do ano

Com a proximidade da Black Friday e das festas de fim de ano, os setores de comércio, serviços e indústrias estão buscando trabalhadores para ajudar na demanda de fim de ano.

São as famosas vagas temporárias, comuns nessa época do ano. Segundo estimativa da Secretaria de Estado do Trabalho, Qualificação e Renda (SETR), somente nas Agências do Trabalhador deverão ser intermediadas 2,5 mil vagas em todo o Estado.

Uma sondagem feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR) aponta que 20,3% dos empresários paranaenses pretendem contratar trabalhadores temporários, enquanto que em 2023 esse índice era de 15%. Esse é o melhor resultado desde 2021, período que houve retomada das vendas com a melhoria do quadro da pandemia, quando o índice chegou a 37,5%.

O setor do turismo é o que mais deve contratar mão de obra temporária em 2024. Segundo a sondagem, 32,6% das empresas neste segmento estão dispostas a contratar no fim de ano. No comércio, esse número é de 22,9% e, nos serviços, 13,7%. Quando perguntados sobre a quantidade de pessoas a serem contratadas, 66,6% das empresas devem empregar até cinco funcionários; 25% apenas uma pessoa; 4,2% de seis a 10; e 4,2% acima de 10 pessoas.

A expectativa de quem busca essas vagas é de que, após o período de contrato temporário, o funcionário possa ser efetivado na empresa, sobretudo por haver uma espécie de renovação em alguns setores no início de cada ano. Cerca de 91,6% dos trabalhadores com contrato com prazo determinado podem ser efetivados no cargo, mostra o levantamento.

Para o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, as vagas temporárias no final do ano ajudam a movimentar a economia e, consequentemente, o mercado de trabalho para o próximo ano. “As oportunidades do comércio são sempre aguardadas e complementam o orçamento das famílias neste período. A indústria também tem sido uma grande surpresa, pois é preciso produzir o que será consumido. Por isso, muitas oportunidades surgem nesses setores, que também podem efetivar os funcionários temporários”, ressalta.

MUTIRÕES – A SETR promoveu, em outubro, um mutirão com mil vagas temporárias na Agência do Trabalhador de Curitiba para os setores de comércio, indústria e serviços. Cerca de 22 empresas participaram, entre elas Cacau Show, Condor, Pernambucanas, Lojas Americanas, Kopenhagen, Hering, Centauro, O Boticário e Barion.

Segundo o gerente da Agência de Curitiba, Rafael Santos, um segundo mutirão já está programado para o dia 19 de novembro. “No ano passado nós planejamos um e acabamos realizando dois mutirões, devido ao grande sucesso do primeiro. Agora, nesse ano, já planejamos dois, pegando tanto os temporários que começam em novembro, para quem já tem o foco na Black Friday, como também os contratos de 30 dias, em dezembro, com Natal e Ano Novo”, afirma. As regionais do Interior também contam com oportunidades nessa modalidade.

A grande maioria das vagas abertas nesta época do ano são para o comércio, principalmente em shoppings e lojas em geral. “Hoje já não existe um perfil específico para as vagas, mas geralmente as empresas procuram por pessoas acima de 18 anos, com ensino médio completo e, em grande parte delas, sem experiência. Claro que a pessoa ter experiência ou uma qualificação, principalmente no setor do comércio, ajuda a sair na frente”, acrescenta Santos.

Somente a Agência do Trabalhador Central de Curitiba faz, em média, de 400 a 500 atendimentos por dia, número impulsionado pelos mutirões todos os meses. A partir de outubro cresce a procura, por parte de quem deseja trabalhar, de vagas especificamente temporárias, indo ao encontro da demanda apresentada pelos setores produtivos.

Nos mutirões, por exemplo, o interessado pode se candidatar para mais de uma vaga, passando pelo processo seletivo da empresa que, muitas vezes, acontece no mesmo dia. É a oportunidade de sair de casa sem emprego e voltar com a vaga garantida.

A sondagem da Fecomércio e Sebrae também mostra as principais vagas a serem ocupadas pelos trabalhadores temporários. A maioria é para atendente geral (38,9%), seguida de vendedor (27,8%), auxiliar de cozinha (12,5%), construção civil e profissional especializado (11,1% cada), e auxiliar geral e serviços gerais (8,3% cada).

EMPRESAS – Na primeira edição do mutirão de vagas temporárias, a rede de supermercados Condor abriu 100 vagas, todas preenchidas. A expectativa é de que a empresa possa contratar ainda mais profissionais, destaca a head de RH da empresa, Charmoniks da Graça Heuer.

“Começamos com as temporárias no final de outubro e seguimos até dezembro, com vagas para operador de caixa e repositor, em razão do aumento da demanda devido às festividades. Os contratos são de 90 dias, mas dependendo do funcionário, ele já é efetivado em janeiro”, explica Charmoniks.

A empresa planeja participar do próximo mutirão, no dia 19. “A gente participa de todos. Os nossos funcionários são contratados via Agências do Trabalhador, que para nós é o melhor caminho. Temos mais 150 vagas para preencher, só de temporárias, em Curitiba e Região Metropolitana”, acrescenta.

Quem já conquistou uma vaga e irá passar o final de ano empregado é Mauricio Tavares dos Santos, 62 anos, que participou do mutirão no dia 30 e começou no trabalho nesta terça (5). Ele é paulista e mora em Curitiba há cinco anos. “Eu trabalhava por conta e sempre estava de olho buscando uma outra colocação. Quando apareceram as vagas na Agência do Trabalhador eu fui até lá, fiz algumas entrevistas até chegar ao Condor”, lembra.

“Na hora eles já me chamaram, falaram que tinha vaga para o meu perfil e já me encaminharam para o exame médico. Foi bem rápido, tranquilo, até me surpreendeu bastante”, ressalta Tavares. Segundo ele, a expectativa é passar esse período e, com o bom trabalho, continuar na empresa com carteira assinada. “Espero poder continuar depois desse período de 45 dias”.

CARTEIRA ASSINADA – E dá para terminar o ano com carteira assinada. As Agências do Trabalhador do Paraná e postos avançados começaram a primeira semana completa de novembro com a oferta de 19.766 vagas de emprego com carteira assinada no Estado. A maior parte é para alimentador de linha de produção, com 4.528 oportunidades. Na sequência, aparecem as de operador de caixa, com 1.015 vagas, vendedor de comércio varejista, com 748, e atendente de lojas e mercados, com 582.

 

 

 

 

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 Sem custódia de presos, Polícia Civil do Paraná aumenta em 463% número de operações

Em janeiro de 2019, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) detinha quase 12 mil presos sob sua custódia, o maior contingente do Brasil. A resolução dessa situação que causava distorções graves na estrutura da segurança pública era uma das principais demandas da sociedade naquele momento.

Com o tempo, a gestão que assumiu naquele mês intensificou a retirada dos presos das delegacias, chegando a 2024 com a situação totalmente equacionada, novos presídios entregues e o mais importante: policiais civis dedicados à sua função constitucional.

O principal resultado prático dessa ação é que o Paraná deixou a última posição no ranking nacional de solução de homicídios e alcançou a primeira posição em 2020, segundo pesquisa do Instituto Sou da Paz. A medida também permitiu que o número de operações contra o crime organizado aumentasse 144% já em 2019, indo de 94 em 2018 para 230 operações naquele ano. Na comparação com 2023, ano com 530 operações, o crescimento é ainda mais expressivo: 463%.

Com o fim da custódia de presos, os policiais civis passaram a se dedicar exclusivamente às atividades de polícia judiciária, especialmente às investigações e ações de repressão qualificada, o que aumentou os índices de solução de crimes complexos. A essa medida se somou outras iniciativas como contratação de novos policiais civis, reformulação da carreira e construção/reforma de novas delegacias.

“É um cenário antes e depois. No dia a dia vemos nossa instituição mais capacitada, moderna e com melhores condições de trabalho para nossos policiais civis, o que se reflete em um serviço de excelência prestado aos paranaenses”, destaca o delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach. "O governador Ratinho Junior transformou um problema histórico em uma oportunidade de modernização da nossa Polícia Civil. O Paraná hoje é referência nacional em investigação criminal, mesmo nos casos mais complexos, colocando um fim na impunidade".

Em 2018, antes do fim da custódia de presos pela PCPR, o Paraná apresentava o pior percentual de resolução de homicídios do Brasil, com 12%, segundo o relatório “Onde Mora a Impunidade”. No ano seguinte (2019), com a intensificação promovida pelo governo estadual, o percentual saltou para 49%, ultrapassando a média nacional de 35% de esclarecimento de homicídios, colocando o Estado na sétima posição. Em 2020, o percentual de crimes violentos letais elucidados aumentou para 78% e se manteve muito perto (76%) em 2021.

Esses indicadores foram classificados pela pesquisa como de alto desempenho, posicionando o Paraná no primeiro lugar do ranking nacional de resolução de homicídios, de forma consecutiva. No Rio Grande do Norte, que fecha o levantamento, o índice é de apenas 9%. A média nacional está em 35%.

Dados internos da PCPR mostram que a elucidação de homicídios segue crescendo, tendo atingido 84% em 2023. Os índices paranaenses superam consideravelmente a taxa de esclarecimento de homicídios de países como os Estados Unidos, que tem uma efetividade de 54%.

Isso também reflete em operações. As ações de repressão qualificada, focadas no combate ao crime organizado, necessitam de trabalho de inteligência e efetivo policial qualificado. Com o fim da custódia nas delegacias, delegados, agentes de polícia judiciária e papiloscopistas passaram a dedicar mais tempo a investigações de alta complexidade, executando ações de forma mais eficiente.

Os números de operações contra o crime organizado registraram aumento significativo com o direcionamento de recursos humanos, bem como a melhoria da estrutura, inclusive tecnológica, para as ações de polícia judiciária. A PCPR saiu da faixa de 90/100 operações qualificadas por ano para 530 ações em 2023 e até o fim de outubro deste ano a instituição já ultrapassou o total do ano passado, com 546 operações, marcando um crescimento de 480% em relação a 2018.

Os exemplos são semanais. Nesta semana, uma operação desmantelou uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro em Foz do Iguaçu. No total, foram bloqueados aproximadamente R$ 10 milhões em ativos, incluindo imóveis, veículos e valores em contas bancárias.

Na semana passada, a PCPR prendeu quatro pessoas durante uma operação de combate à exploração sexual infantojuvenil praticada virtualmente. A ação ocorreu simultaneamente em cinco municípios paranaenses: Curitiba e Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana da Capital; Guaratuba, no Litoral; Palmas, no Sul do Estado; e Nova Londrina, no Noroeste. Outra ação recente prendeu em flagrante três indivíduos envolvidos em um esquema de adulteração de farelo de soja.

POLÍCIA PENAL – O Governo do Estado intensificou a remoção de presos das carceragens em 2019, concluindo o processo em 2021 por meio de um decreto estadual, passando a plena gestão da totalidade das pessoas privadas de liberdade para a Polícia Penal, que também foi criada pelo governador Ratinho Junior. Ela assumiu as atividades de muralha, escolta e intervenção penitenciária, funções que anteriormente eram competências da Polícia Militar, e a gestão das carceragens, antes trabalho da Polícia Civil.

Para acomodar esse contingente de presos, houve reforço e melhorias na infraestrutura. Entre as obras estão a Penitenciária Estadual de Ribeirão do Pinhal, as Casas de Custódia de Umuarama e Laranjeiras do Sul, a ampliação da Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro – Unidade de Progressão (PIMP-UP), de Cascavel, e a ampliação da Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II). Apenas esses projetos somam 3.139 novas vagas.

 

 

 

 

 

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 Pesquisadores do Paraná usam Inteligência Artificial para combate da ferrugem da soja

O professor Marcelo Giovanetti Canteri, do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), é diretor do Centro de Inteligência Artificial no Agro (Ciagro), que reúne pesquisadores de várias instituições paranaenses focadas no desenvolvimento de tecnologias para o campo. 

Atualmente, ele coordena um projeto em parceria com o Departamento de Computação (CCE) da instituição para a aplicação de IA na agricultura, especificamente no monitoramento e combate à ferrugem da soja, dentro do Alerta Ferrugem.

A ferrugem da soja (ou asiática, seu continente de origem) é uma doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e que ataca as folhas da planta. É a principal doença da soja e já causou significativas perdas de safra no passado.

Além da UEL, IDR-PR, Adapar, UTFPR, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Faep e Fundação ABC também estão unidas para monitorar mais de 200 coletores espalhados pelas plantações de soja. É uma área que começa em Assis (SP), passa por Londrina e Campo Mourão, chega a Cascavel, e vai para Pato Branco e Guarapuava.

Os coletores são “armadilhas” montadas sobre as plantas que, com o vento, capturam o fungo. E se antes era preciso que o pesquisador fosse na armadilha in loco para ver o resultado e depois analisar com a ajuda de um microscópio, com a IA ele pode monitorar a presença (ou não) dos esporos sem sair do laboratório, pois a tecnologia permite identificar automaticamente os esporos coletados. O IDR-PR implantou a rede de armadilhas

De acordo com o professor, a ferrugem é uma praga em seu sentido pleno. "Mesmo com todas as medidas de combate, como o vazio sanitário anual, a pesquisa em torno do controle biológico e o desenvolvimento de espécies de soja mais resistentes, ela volta todo ano e exige a aplicação de fungicidas", diz. Em média, anualmente, é preciso usar os produtos em uma área de 40 milhões de hectares.

O coordenador estadual do projeto de Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, Edivan Possamai, destaca que o Paraná, por meio do IDR-PR, foi pioneiro na organização de uma rede de coletores de esporos da ferrugem-asiática, especialmente nos últimos oito anos. São, em média, 160 coletores anualmente instalados e auxiliando os agricultores na tomada de decisão. "Com este trabalho, é possível reduzir em 35% as aplicações de fungicidas, com menos custos para o produtor e menos impacto ambiental", afirma.

O projeto objetiva reduzir os custos para os produtores a partir do monitoramento mais eficaz, porque outros fatores também interferem e sobre eles é possível agir. Três aspectos devem ser levados em conta: a planta, o clima e o próprio fungo. O Ciagro está automatizando a observação dos três fatores, antecipando a chegada de dados e assegurando decisões mais rápidas.

Os testes de monitoramento da safra 2023/2024 analisaram dois dos três aspectos: o clima e o patógeno (fungo). Para a próxima safra (24/25), entra o monitoramento do plantio. O professor Marcelo observa que, com o tempo, o fungo vem aumentando sua resistência aos fungicidas, daí a necessidade premente de desenvolver tecnologia de combate à praga. Novos fungicidas também são criados, mas o uso da IA pode indicar o melhor momento para usá-los, e até se compensa fazê-lo ou o quanto, dependendo das características de cada região.

Os dados climáticos são um componente importante da pesquisa. Antes levavam até duas semanas para serem determinados, e agora ficam disponíveis em dois dias. Isso faz funcionar melhor, por exemplo, o alerta virtualmente emitido pelo Consórcio Antiferrugem da Embrapa, que disponibiliza informações sobre a dispersão da ferrugem em todo o País.

Cada região tem seus índices pluviométricos e de umidade e é observada singularmente. Pato Branco e Guarapuava, por exemplo, são conhecidas pelo clima úmido e plantio tardio. E o tempo do plantio também conta: se for feito no tarde, o fungo chega com a planta menos desenvolvida, aumentando o risco de prejuízo, ou seja, aumentando a necessidade de aplicação de fungicida, o que significa mais gastos.

Apesar de ser um projeto de pesquisa, há ações de extensão, uma vez que envolve diretamente produtores rurais. A Embrapa e o IDR atuam neste aspecto. Fora isso, o projeto tem sido disseminado através de publicações, participações em eventos científicos e redes sociais. Já foram publicados trabalhos em periódicos da área de Agronomia e apresentados em eventos da Computação. O Ciagro já promoveu dois workshops sobre o uso de IA na agricultura e o terceiro será no final de novembro.

EVENTO – Em 27 de novembro, a Adapar vai promover um fórum técnico para definição dos períodos de Vazio Sanitário e do calendário de semeadura da soja para o Paraná na safra 2025/26. Esta proposição e discussão com os setores produtivos visa estabelecer as datas a serem encaminhadas ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para que a análise seja realizada em harmonia com as demais Unidades de Federação.  

"Essas medidas legislativas são importantes para o Manejo da Ferrugem Asiática da Soja, pois, uma vez adotadas, são o princípio para a redução da pressão de inóculos da doença. Além disso, a janela de semeadura mais restrita pode proporcionar uma menor aplicação de fungicidas para o controle da ferrugem, que possibilita uma menor pressão nos ativos utilizados para o manejo da doença à campo", explica o chefe da divisão de Vigilância e Prevenção de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Araújo.

 

 

 

 

 

 

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 Novos prefeitos indicarão nomes para os comitês técnicos das Microrregiões de Água e Esgoto

Os prefeitos eleitos ou reeleitos no pleito de outubro de 2024 indicarão nomes para compor os Comitês Técnicos (CT) das três microrregiões de água e esgotamento sanitário do Paraná.

O assunto foi tratado em reuniões remotas da Secretaria de Microrregiões de Água e Esgotamento Sanitário (Maes), vinculada à Secretaria de Estado das Cidades (Secid), com os atuais integrantes dos comitês das microrregiões Centro Litoral, Centro Leste e Oeste.

As microrregiões foram criadas após a aprovação do Marco Legal do Saneamento e têm o objetivo apoiar os municípios de todos os portes, incluindo os menores, para que aconteça o mais rápido possível a regularização em relação à nova legislação. 

“Com essa reunião foi dado início ao processo de composição dos Comitês Técnicos que operarão a partir de 2025", disse a secretária geral das microrregiões, Márcia de Amorim. “Os comitês são o primeiro estágio para a discussão de propostas dentro de cada microrregião. As estruturas atuais permanecem até a eleição dos novos integrantes”.

O analista de Desenvolvimento Municipal, Geraldo Luiz Farias, do Paranacidade, órgão também vinculado à Secid, destacou que uma das primeiras missões dos prefeitos que assumem em janeiro é fazer as indicações municipais. “É importante que essas indicações sejam feitas tão logo aconteçam as suas posses. Os prefeitos reeleitos podem fazer essas indicações desde já. Antecipar esse procedimento ajudam a dar velocidade ao processo decisório nas microrregiões”, disse.

O objetivo principal dos encontros foi apresentar, discutir e aprovar as minutas do regimento interno do comitê técnico e do comitê participativo, do termo de posse e compromisso do comitê técnico, o cronograma de procedimentos para atualização do CT e do calendário de reuniões para 2025. As propostas foram aprovadas sem alterações. Para que entrem em vigor, no entanto, precisam de aprovação nas Assembleias Gerais de cada Colegiado Microrregional, previstas para fevereiro do ano que vem.

FUNDO – O repasse de recursos do Fundo Municipal de Saneamento Básico e Ambiental (FMSBA) para os municípios foi outro tema tratado. Márcia de Amorim, lembrou aos integrantes dos Comitês Técnicos que as prefeituras, para receberem os recursos, precisam apresentar a documentação necessária no prazo devido e colocou a estrutura da Maes à disposição para esclarecimentos.

“Para que os repasses aconteçam, os municípios precisam cumprir com todas as exigências até maio. É preciso que os integrantes dos Comitês Técnicos alertem os seus municípios de suas regiões para os prazos. Ao mesmo tempo, aqueles que precisarem de esclarecimentos podem entrar em contato e contar com o nosso apoio técnico”, afirmou.

O FMSBA é formado, principalmente, por transferências feitas pelas empresas concessionárias dos serviços de água e saneamento. Outras fontes possíveis de recursos são impostos e taxas municipais, doações e operações de crédito.

MEIO RURAL – Ainda durante a reunião, os integrantes dos comitês tomaram conhecimento da realização de estudos, em andamento, que visam a elaboração de proposta para levar água potável para consumo humano para o meio rural.

Participam das discussões técnicos da Maes, Paranacidade, Sanepar, Instituto Água e Terra e Agência Reguladora do Paraná, Agepar, Secretarias da Agricultura e do Abastecimento e da Saúde, da Fundação Nacional da Saúde, Funasa e da Associação Nacional de Serviços Municipais de Saneamento.

MAES – A Secretaria Geral das Microrregiões de Água e Esgotamento Sanitário é a responsável no Estado pela gestão do processo que levará ao cumprimento das metas definidas no Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020). O objetivo é garantir, até 2033, que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% aos serviços de coleta e tratamento de esgotos.

 

 

 

 

 

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 Diversão segura: saiba o que fazer para a trilha ou escalada não virar dor de cabeça

Encarar trilhas e escaladas vem se tornando uma atividade cada vez mais comum entre os paranaenses que buscam opções de lazer e exercícios físicos ao ar livre, em contato com a natureza.

Para que o passeio não se transforme em transtorno, no entanto, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) alerta que é preciso que os aventureiros estejam devidamente preparados para o desafio que escolheram - e para as muitas eventualidades que podem ocorrer nesse tipo de ambiente. Nessa semana, por exemplo, dois jovens ficaram mais de 40 horas perdidos na Serra do Mar em Campina Grande do Sul, precisando ser socorridos pelos CBMPR.

“Um bom planejamento ajuda a minimizar os riscos. Por isso, é indicado que antes de tudo a pessoa pesquise bem o local escolhido para conhecer. Que busque informações sobre o trajeto, o tipo e as dificuldades daquele terreno. Se possível, vale a pena conversar com quem já tenha percorrido aquele mesmo caminho”, explicou a chefe de comunicação do CBMPR, capitã Luisiana Guimarães Cavalca.

Para marinheiros de primeira viagem em passeios pela natureza, é aconselhável buscar informações sobre esse tipo de atividade com quem tem experiência ou até mesmo em sites especializados.

Outro ponto de atenção durante a preparação para o passeio é com as condições meteorológicas e o tempo de conclusão do percurso. Dependendo do local escolhido, como em regiões mais isoladas, com terreno mais íngreme ou com muita travessia de pequenos rios, a orientação é evitar o deslocamento em dias com previsão de chuva forte. Nesses casos, há riscos de deslizamento, e de aumento repentino de córregos, o que pode deixar o grupo ilhado, além da possibilidade de ocorrência de descargas elétricas.

Saber a distância a ser percorrida e a dificuldade do terreno são fundamentais para calcular o tempo necessário para a atividade. A orientação é ter tempo de sobra para finalizar a atividade antes de anoitecer, quando já se torna mais difícil encontrar os caminhos e aumentam os riscos de queda e de acidentes com animais peçonhentos.

O material a ser levado é o segundo ponto a ser considerado, ainda na fase de planejamento, e pode variar um pouco dependendo do local da trilha. É preciso estar com roupas e calçados adequados, que garantam conforto e mobilidade. O uso de chapéu ou boné é bastante recomendado, especialmente em áreas de mata menos densa, como proteção dos raios solares. Mesmo em dias quentes, não esqueça de uma peça de roupa para o frio, por precaução caso o tempo vire.

Na mochila, alguns itens são essenciais para um passeio seguro. Boa quantidade de comida - barras de cereais e água não podem faltar. Bateria extra para o celular, por meio de carregadores portáteis; lanternas, com pilhas extras também; apito de emergência; repelente; protetor solar; kit de primeiros socorros são outros equipamentos básicos. Fazer o download do mapa da região, para uso offline em aplicativos para o celular, é bastante aconselhável. Caso a ideia seja acampar na região, adicionam-se a isso as barracas e sacos de dormir.

EXECUÇÃO -  A etapa seguinte já é a da execução da aventura. O ideal é avisar de antemão para pelo menos três pessoas qual é a rota definida e a programação completa da atividade, para que as equipes de busca saibam onde procurar, caso algo saia errado.

“Sempre que passar por um local que tenha um livro de registro, coloque ali seu nome e o horário, confirmando que passou por aquele ponto. Isso ajuda muito caso seja necessário iniciar uma busca”, destacou a capitã Luisiana. “Manter-se nas trilhas demarcadas e sinalizadas, não entrando em locais desconhecidos ou de mata fechada, é outra questão de suma importância para um passeio sem sobressaltos”.

A dica é seguir sempre o caminho planejado. Outro aspecto importante, principalmente em terrenos mais elevados e escorregadios, é cuidar onde pisa e não se aproximar da beirada de barrancos ou precipícios. As quedas podem ocasionar lesões graves, inviabilizando a locomoção, ou até mesmo levar o grupo a se perder do trajeto original.

“Muita gente aproveita a beleza do cenário para fazer selfies, tirar fotos. O problema é que em alguns casos, essas pessoas acabam exagerando na empolgação, se colocando em perigo para conseguir registros mais radicais ou inusitados. A orientação é não se arriscar por likes. É possível fazer ótimas imagens sem colocar a vida em risco”, alertou a capitã.

É importante lembrar que não se deve fazer fogueiras, pois elas podem sair de controle e iniciar incêndios florestais.

ACIDENTES E IMPREVISTOS  Como nem sempre as coisas saem como planejado, é preciso também saber o que fazer em caso de acidentes ou imprevistos. Se for necessário, mantenha a calma e peça socorro pelo telefone de emergências do Corpo de Bombeiros (193).

Ao se perder, evite ficar andando sem direção. Além de não encontrar o caminho de volta, seguir em movimento pode dificultar que as equipes de busca localizem sua posição. Se possível, fique em lugar com acesso a água. Use o apito de emergência para informar sua localização.

MEIO-AMBIENTE – Durante trilhas e passeios em unidades de conservação, é preciso cuidar da própria segurança, mas sem esquecer também da preservação do meio-ambiente.

O Instituto Água e Terra (IAT) tem 10 dicas para aproveitar a jornada em comunhão com a natureza:

NÃO JOGUE LIXO NAS TRILHAS – O lixo deixado em lugares indevidos nos parques causa prejuízos enormes para o equilíbrio da natureza. Por isso, é essencial que os visitantes não joguem nenhum tipo de resíduo nas trilhas, carregando o material até um ponto de descarte adequado. Isso também vale para o lixo orgânico, já que a fauna silvestre pode se alimentar desses restos e ser contaminada com doenças.

NÃO USE DRONES – Muito importante: o uso de drones é proibido nas Unidades de Conservação, já que eles estressam muito os animais, principalmente as aves, que associam os dispositivos a predadores. A única exceção é para ações de fiscalização e monitoramento ambiental desenvolvidas com a autorização prévia do IAT.

CUIDADO COM INCÊNDIOS – Em áreas com muita vegetação, como as de parques estaduais, acender uma fogueira pode gerar um incêndio de grandes proporções. Neste período de pouca chuva no Estado, o perigo é ainda maior, então nada de fogueiras. E se os visitantes devem estar atentos para qualquer sinal de fogo, e acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 em caso de emergência.

NÃO ALIMENTE A FAUNA SILVESTRE – Ao avistar um animal silvestre, mantenha distância. Oferecer alimento ou água pode prejudicar os hábitos desses animais.

ACAMPE APENAS EM LOCAIS INDICADOS – Se for acampar em uma Unidade de Conservação, faça apenas em locais demarcados pela equipe dos parques, como nos espaços de camping dos Parques Pico Marumbi e Pico Paraná.

USE SOMENTE AS TRILHAS DEMARCADAS  Da mesma forma, use apenas as trilhas demarcadas pelo IAT ao passear nos parques estaduais. Além de prejudicar a vegetação, caminhar por trajetos não regulamentados ou abrir novas trilhas pode trazer um perigo desnecessário ao visitante.

NÃO LEVE SEU PET PARA OS PARQUES – Mesmo que seja vacinado, levar um cachorro ou um gato para uma Unidade de Conservação pode prejudicar a fauna silvestre, já que muitos desses animais podem ser caçados pelos pets.

LEVE UM SHIT TUBE  Em Unidades de Conservação localizadas em regiões montanhosas, com trilhas mais extensas, o ecossistema não consegue absorver completamente os dejetos que são frequentemente deixados por visitantes. Por isso, os aventureiros devem sempre levar um Shit Tube, um recipiente com cal usado para armazenar fezes até o retorno à base do parque, onde os resíduos podem ser descartados corretamente.

DEIXE A CAIXINHA DE SOM EM CASA  Qualquer tipo de barulho alto estressa os animais silvestres. Tente aproveitar a companhia da natureza em silêncio.

CADA LOCAL É DIFERENTE – Junto a essas orientações gerais, é válido ressaltar que cada Unidade de Conservação possui uma série de regulamentações próprias. Consultar as informações dos locais no site do IAT antes da visita é essencial para garantir que o passeio ocorra sem problemas.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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