O cineasta francês Jean-Luc Godard morreu nesta terça-feira (13) aos 91 anos. Segundo informou o jornal francês "Libération" e um representante legal da família do cineasta, Godard morreu por suicídio assistido na Suíça, onde o procedimento é legal desde a década de 1940.
Considerada controversa por envolver questões religiosas e éticas, a técnica do suicídio assistido ocorre quando uma equipe médica fornece medicamentos para o procedimento, mas é o próprio paciente que administra a dose fatal.
A técnica difere da eutanásia, que acontece quando a própria equipe médica administra uma dose. No Brasil, os dois métodos são proibidos. Na América Latina, somente a Colômbia permite tanto o suicídio assistido como a eutanásia.
Abaixo, entenda como são feitos os procedimentos.
1) O que é suicídio assistido?
O suicídio assistido é o ato de deliberadamente ajudar uma outra pessoa a se matar, assim define o serviço de saúde britânico, o NHS.
"Se um familiar de uma pessoa com doença terminal obteve sedativos fortes, sabendo que a pessoa pretendia usá-los para se matar, o parente pode ser considerado como auxiliar do suicídio", diz o NHS.
No Reino Unido, assim como no Brasil, tanto o suicídio assistido como a eutanásia são considerados ilegais. Por aqui, o Código Penal define como crime, com pena de 6 meses a 2 anos de prisão, "induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça".
Em outros países, como na Colômbia, Suíça, Holanda, Luxemburgo, Canadá, Austrália, Espanha, Alemanha e alguns estados norte-americanos (como Oregon, Vermont, Washington, Califórnia e Montana), a diferença é que o suicídio assistido, quando feito sob supervisão de uma equipe médica e acompanhado de uma avaliação caso a caso, é considerado legal, em certas circunstâncias (entenda mais no item 4).
Ou seja, nesses casos, o médico fornece os medicamentos para o procedimento, mas o paciente o administra.
A legislação suíça, por exemplo, permite o suicídio assistido desde que não seja por "motivos egoístas".
"Um exemplo seria incitar deliberadamente uma pessoa a cometer suicídio para se livrar de ter que pagar apoio financeiro para essa pessoa", cita a associação suíça Dignitas, que oferece suicídio assistido no país.
No país, segundo a "Swissinfo", suicídios assistidos representam cerca de 1,5% das 67.000 mortes registradas em média a cada ano.
Em maio deste ano, a Corte Constitucional da Colômbia descriminalizou o suicídio assistido, tornando o 1° país da América Latina a aceitar a prática para quem esteja sofrendo com doenças sérias ou incuráveis.
2) Qual a diferença entre suicídio assistido e eutanásia?
Na Holanda, diferentemente da Suíça, tanto a eutanásia como o suicídio assistido por médicos são práticas consideradas legais.
A diferença entre as duas técnicas é que na eutanásia é a própria equipe médica que administra uma dose fatal de um medicamento no paciente.
"Os pedidos de eutanásia muitas vezes vêm de pacientes que passam por um sofrimento insuportável sem perspectiva de melhora. Seu pedido deve ser feito com seriedade e plena convicção", afirma o governo da Holanda.
Em ambos os casos, porém, os médicos devem cumprir alguns requisitos legais e cada procedimento de eutanásia e suicídio assistido deve ser relatado a comitês regionais que devem julgar se a equipe médica tomou os devidos cuidados ao analisar o histórico do paciente.
Além disso, no país, os menores de 12 anos podem solicitar a eutanásia, mas o procedimento deve ser feito somente se os pais autorizarem (até eles completarem 16 anos).
3) Quais países autorizam os procedimentos?
Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Canada e Colômbia permitem tanto a eutanásia como o suicídio assistido.
Na Suíça somente o suicídio assistido é permitido, mas não é necessário que um médico preste assistência para o procedimento. Apesar disso, como mencionado antes, a conduta da pessoa que presta assistência não deve ser motivada por egoísmo.
Já na Bélgica, o suicídio assistido por médico é tratado como uma forma de eutanásia.
4) Em que casos é possível fazer os procedimentos?
Alguns países estipulam uma série de condições para a autorização dos procedimentos.
A lei belga sobre a eutanásia, por exemplo, define que um paciente deve estar legalmente consciente no momento da decisão, seu pedido deve ser feito de forma voluntária, bem ponderado e repetido. Além disso, não deve ser resultado de uma "pressão externa".
Fora isso, o médico que realizar o procedimento não estará cometendo um crime somente se a doença do paciente causar um sofrimento físico ou mental constante e insuportável, resultante de "uma doença grave e incurável causada por doença ou acidente".
As regras do Canadá também são semelhantes. No país, que chama legalmente o procedimento de "assistência médica na morte", além de ter mais que 18 anos, o paciente precisa ter uma condição "médica grave e irremediável".
Já na Colômbia, tanto o suicídio assistido como a eutanásia são autorizados com supervisão médica para quem esteja sofrendo com doenças sérias ou incuráveis. Em janeiro deste ano, porém, depois de uma decisão judicial, um homem de 60 anos se tornou a primeira pessoa sem doença terminal a morrer por eutanásia na Colômbia.
A Suíça é o país que tem as regras mais permissivas: a legislação local não estipula um limite de idade nem condições médicas para a realização do suicídio assistido (apesar de não permitir que um médico administre a dose letal). Além disso, a Suíça é um dos poucos países onde os estrangeiros podem realizar o procedimento.
Apesar disso, a Dignitas, a associação suíça que oferece o procedimento para estrangeiros, exige evidências médicas, como relatórios médicos, e ressalta que o processo até a realização do suicídio assistido pode levar três meses ou mais.
Por - G1
As casas onde moram famílias com crianças precisam passar por algumas adaptações para diminuir o risco de acidentes.
O banheiro, onde desde o piso molhado até os itens armazenados no armário podem ser perigosos para os pequenos, pede atenção especial. A seguir, listamos seis dicas para deixar esse ambiente mais seguro para as crianças. Confira:
1. Atenção ao tipo de piso
A escolha de uma textura adequada para o piso do banheiro é fundamental para deixar o cômodo mais seguro para todos, não só para os pequenos. “O ideal é que seja usado piso com acabamento natural ou acetinado dentro do box e em todo o ambiente. Nunca polido, que é superescorregadio”, orienta a arquiteta Isabela Castello, do escritório Keeping Arquitetura.
Durante o banho, ainda é possível acrescentar alguns acessórios ao piso do box. “Para evitar acidentes com queda, podem ser usados grandes superfícies ou tapetes antiderrapantes. Sugiro usar algo que reúna segurança, praticidade e beleza, complementando sua decoração e dando mais tranquilidade para o seu dia a dia”, aconselha Renata Dutra, arquiteta do escritório Milkshake.co.
2. Cuidados com a banheira
Quem tem banheira em casa precisa tomar algumas precauções para deixá-la mais segura para os pequenos. O primeiro ponto é o acesso ao banheiro, que deve ser dificultado de alguma forma. “Mantenha a porta fechada ou instale um portãozinho que impeça a criança de entrar no banheiro sozinha e encher a banheira”, instrui Renata.
Para auxiliar a criança a entrar e sair do banho, vale incluir um apoio ao lado da banheira, como uma escada. Também é necessário observar as quinas de nichos e prateleiras que ficam no entorno da banheira. Caso tenham as chamadas bordas vivas, que são retas, é recomendável colocar protetores de quina.
Além de adaptar o espaço, lembre-se de encher a banheira apenas com o volume de água suficiente para o banho, verificar a temperatura da água e nunca deixar a criança sozinha. Ao final, secar as poças de água que se formam na banheira diminui o risco de escorregões.
3. Adaptações no vaso sanitário
O vaso sanitário também pode ser adaptado para evitar acidentes durante o uso. “Existem duas opções: o modelo de vaso sanitário infantil e as cadeiras adaptadas, que você encaixa no próprio vaso e que se adequam ao tamanho da criança”, explica Isabela. Outro cuidado importante é usar uma trava na tampa do vaso sanitário para vedá-lo.
4. Observe o acesso à pia
Caso seja necessário um banco ou escadinha para que a criança alcance a altura da pia, as arquitetas apontam algumas alternativas para oferecer mais segurança. A primeira é integrar os degraus ao próprio armário que fica abaixo da bancada. A outra é escolher um banco robusto, de modo que a peça não tombe nem se mova com facilidade.
5. Atenção aos armários e gavetas
Em casas com crianças, não se deve armazenar remédios, produtos de higiene e de limpeza, principalmente com embalagens ou líquidos coloridos, em armários baixos e gavetas que ficam ao alcance das crianças. Objetos cortantes e pontiagudos, como alicates, tesouras, lâminas de barbear e pinças também devem ser guardados nos locais mais altos. “Indico deixar nas gavetas inferiores papel higiênico, toalhas e algodão. No máximo, o que pode acontecer é uma bagunça, mas nunca um acidente”, comenta a profissional do Keeping Arquitetura.
6. Cuidados com a parte elétrica e acessórios
Para dificultar o acesso dos pequenos, as tomadas precisam ficar a uma altura de 1,20 m, no mínimo. Assim como no restante da casa, usar protetores de tomada minimiza o risco de choques.
Alguns acessórios utilizados no banheiro também merecem atenção, para prevenir acidentes. “Nunca tenha um espelho que seja facilmente removido ou manuseado pelas crianças e evite objetos quebráveis na altura dos pequenos”, lembra Renata. O porta papel higiênico, por exemplo, também precisa ser bem pensado, porque alguns modelos são pontudos e podem machucar em caso de quedas.
Por - Casa Vogue
Mas quase um ano depois do anúncio, o "universo virtual" da empresa não está disponível no Brasil e outros serviços estão longe de fazer parte da rotina dos usuários no país.
Ainda é preciso um esforço para apresentar o metaverso para internautas. A palavra é desconhecida para metade dos consumidores brasileiros, segundo uma pesquisa da consultoria Accenture.
Ao mesmo tempo, o interesse pelo metaverso em pesquisas na internet está menor. Dados do Google indicam que as buscas pela palavra tiveram pico em dezembro de 2021 e entraram em queda durante 2022.
De olho no assunto, esta reportagem apresenta:
- o que é metaverso
- alguns dos "universos virtuais" mais conhecidos
- o visual de plataformas que exploram o metaverso
- experiências brasileiras em ambientes imersivos
Para chamar a atenção dos usuários, o metaverso precisa de melhorias. É o que avalia Carlos Affonso Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS-Rio) e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
"Eu costumo dizer que o metaverso já chegou, mas não está pronto. Ele já chegou no sentido de que todo mundo fala sobre o tema, mas a versão que se imagina do metaverso não existe", afirma.
Ele destaca que uma versão mais avançada do metaverso depende de capacidade de processamento gráfico, renderização de espaços físicos para o mundo virtual e outros avanços que levarão algum tempo para ficarem prontos.
"O que a gente tem hoje é uma discussão preparatória que só é possível porque a internet está há tanto tempo conosco. Então, de certa maneira, a gente consegue antever o que pode ser esse futuro com o metaverso, mas certamente o metaverso que está na cabeça de todo mundo, ainda não existe hoje", complementa.
O que é metaverso?
O termo "metaverso" surgiu no livro de ficção científica "Snow Crash", escrito por Neal Stephenson e publicado em 1992. O autor descreveu a palavra como um "universo gerado informaticamente que o computador desenha sobre os seus óculos e bombeia para dentro de seus fones de ouvido".
Edição de Snow Crash, escrito por Neal Stephenson e publicado originalmente em 1992 — Foto: Raaz/Flickr
A definição lembra o funcionamento de óculos de realidade virtual, mas há várias interpretações.
"Não existe um certo consenso sobre o conceito do que seria metaverso", explica Souza.
Segundo ele, é possível entender o termo como um novo período da internet em que atividades que eram feitas no mundo real ganham versões virtuais – é o caso do ensino à distância, do avanço do streaming de filmes e do uso de bancos digitais, por exemplo.
Por outro lado, ele afirma, o conceito também pode representar a recriação de espaços físicos em ambientes virtuais para tornar a interação na internet mais parecida com o contato presencial.
Horizon Workrooms, ambiente em realidade virtual desenvolvido pela Oculus, empresa da Meta — Foto: Divulgação
"A gente pode mapear a discussão de metaverso como um sucessor natural de uma fase que a gente se encontra hoje no desenvolvimento da internet", resume o professor.
Nas duas interpretações, a palavra é usada para definir a aproximação do mundo virtual com o mundo real. Esse é um processo que acontece aos poucos, como ocorreu com a fase de popularização de smartphones, por exemplo.
O metaverso pode ser entendido como um mundo interligado parecido com a web, segundo Luciana Nedel, professora do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
"A web não tem dono e o metaverso será uma coisa assim, que não tem dono e é uma construção coletiva por onde a gente pode navegar", analisa.
Como 'entrar' no metaverso?
Essa é uma das principais dúvidas de pessoas no Brasil que buscam sobre metaverso no Google, mas não há uma resposta direta para ela. Isso porque o metaverso não é uma plataforma, nem um lugar específico na internet.
Se a ideia é acessar plataformas que se relacionam com o conceito em diferentes níveis, há algumas opções à disposição. Elas podem ser usadas no computador ou no celular e, em alguns casos, o dispositivo precisa de mais capacidade para rodar os gráficos.
O Horizon Worlds, da Meta, só está disponível em sete países – e o Brasil não é um deles. O serviço funciona no Oculus VR, dispositivo da empresa que não é vendido oficialmente no país. Há unidades importadas do aparelho na internet por mais de R$ 3.000.
"Naturalmente, ainda é caro para a população em geral", diz Luciana. "Tem outras opções de baixo custo, como os óculos de papelão do Google, que se usa bastante na educação. Mas, realmente, a qualidade é menor".
Google Cardboard: óculos de papelão são alternativas baratas aos dispositivos de realidade virtual — Foto: Divulgação/Google
O que será do metaverso do Facebook? — Foto: Wagner Magalhaes / g1
Como é o visual das plataformas?
De modo geral, as empresas que exploram o metaverso não buscam reproduzir fielmente o mundo real e têm um visual bastante colorido. Em alguns casos, a aparência dos serviços é alvo de críticas.
É o caso do Horizon Worlds, que virou piada entre alguns usuários quando o chefão da Meta, Mark Zuckerberg, divulgou uma foto da plataforma. A repercussão negativa levou o executivo a explicar que o serviço ganhará melhorias nos gráficos em breve.
"Os gráficos no Horizon são capazes de muito mais — mesmo nos óculos de realidade virtual — e o Horizon está melhorando muito rapidamente", disse Zuckerberg em uma segunda postagem com uma imagem com gráficos mais realistas.
Há serviços que propõem imersão, mas não têm um visual 3D. A Epic Metaversos, por exemplo, tem uma plataforma que recria escritórios de empresas e os apresenta com uma visão de cima, em 2D. A ideia é promover uma integração entre funcionários em tempos de trabalho remoto.
"O metaverso não necessariamente tem que ser exatamente como o Mark Zuckerberg está colocando, que é um metaverso 3D com óculos de realidade virtual", diz Luiz Guilherme, fundador da Epic Metaversos.
"Está provado durante os dois anos da pandemia que as ferramentas tipo Zoom, Google Meet e Microsoft Teams são de teleconferência, porém, não são ferramentas de convivência social, de cultura, de treinamento. Não funcionaram para isso", opina.
Epic Metaversos criou versão virtual do Central Perk, cafeteria da série 'Friends' — Foto: Divulgação/Epic Metaversos
O que já existe?
Após a mudança de nome do Facebook para Meta, surgiram várias iniciativas que tentam explorar o potencial do metaverso.
No Brasil, a Justiça do Trabalho de Mato Grosso recriou seu espaço físico em um sistema imersivo que pode ser acessado no computador ou em óculos de realidade virtual. A plataforma tem caráter experimental e ainda não é usada para realizar audiências.
Justiça do Trabalho em Mato Grosso inaugura ambiente totalmente digital
Outra experiência é a de um hospital em São Paulo que fez uma simulação de neurocirurgia com a orientação de uma personagem virtual que podia ser vista com óculos de realidade aumentada. A ideia é que o avatar seja usado no futuro para ensinar alunos sobre procedimentos médicos.
Há ainda as cidades virtuais que permitem alugar terrenos em suas plataformas. Uma delas é a Xepa World, que pretende oferecer seus espaços para empresas. O ambiente ainda tem poucos espaços ocupados – por enquanto, os destaques são duas galerias virtuais de arte.
"Os artistas nos levaram a entender que esse espaço novo funciona como um novo suporte para as artes. Através dele, é possível contar as mesmas histórias que a gente contava antes, mas de uma forma nova", diz Jonas Davanço, cofundador da Xepa Gallery, startup que criou a cidade virtual.
Xepa World é plataforma com cidade virtual com foco em arte e entretenimento — Foto: Divulgação/Xepa World
Outra plataforma brasileira que aposta no metaverso é o jogo de celular PK XD, com foco no público infantil. Os jogadores criam seus personagens e podem conquistar bens como roupas, carros e casas virtuais por meio de atividades realizadas com outras pessoas.
"É um mundo em que as crianças estão interagindo socialmente umas com as outras e vivendo experiências", explica Charles Barros, fundador da produtora de games Afterverse.
Jogo PK XD tem mundo virtual em que usuários podem realizar atividades em conjunto para conquistar itens — Foto: Divulgação/PK XD
O executivo acredita que o fato de o jogo estar disponível para smartphone (e não para óculos de realidade virtual) ajuda a democratizar a ideia de universo virtual.
"As redes sociais se alastraram muito fortemente não só por causa do conceito, mas porque você precisava de muito pouco na barreira de entrada. Em qualquer computador ou celular que navega na internet, você consegue entrar nas redes sociais e os metaversos não são diferentes", afirma.
O que pode ser feito?
O metaverso também pode ser útil em alguns segmentos do comércio eletrônico, diz Luciana Nedel, professora da UFRGS. Ela avalia que o conceito tem o potencial de ser explorado em compras virtuais de supermercados, por exemplo.
"Tem um jeito da compra do supermercado que é: eu tenho a lista, mas tem aquilo que eu compro por impulso. Então, estou olhando as coisas nas prateleiras e me lembrando de coisas que eu não botei na lista. Talvez para fazer compras no supermercado o metaverso seja ótimo", afirma.
Para entender se uma plataforma está explorando o metaverso, é possível compará-la com outras formas de interação na internet, explica o professor Carlos Affonso Souza, do ITS-Rio e da UERJ.
"Em que medida essa relação [virtual] parece replicar a sensação de estar presente? Porque, se ela parecer uma chamada de áudio do WhatsApp ou uma videoconferência no Zoom, não dá para dizer que isso é metaverso".
Por - G1
Muitos pets com câncer vêm a óbito devido a um diagnóstico tardio. Pensando nisso, foi criada a campanha Setembro Lilás, que conscientiza os tutores sobre o combate e a prevenção da doença em animais.
O câncer pode estar relacionado a questões hereditárias, hormonais, faixa etária — pets idosos têm maior propensão à doença — e até fatores ambientais/externos. Hábitos alimentares inadequados, obesidade, falta de exercícios físicos e exposição excessiva ao sol sem proteção também contribuem para o desenvolvimento da enfermidade, como afirma Gisele Starosky, médica-veterinária de uma farmácia de manipulação veterinária.
Os diagnósticos mais frequentes em cães e gatos são de tumores de mama, no sistema reprodutor — ovário e útero em fêmeas e nos testículos em machos — e as neoplasias cutâneas, muito comuns tanto em cachorros, quanto em felinos, segundo a especialista. “Tumores de baço e fígado também são comumente encontrados, além de linfomas, um dos principais tipos de tumores que ocorrem em gatos.”
O câncer de pele também é comum em cães, provocado pela alta e constante incidência solar na derme, como afirma a médica-veterinária Sálua Carolina Cataneo.
Como identificar?
O diagnóstico deve ser feito por um médico-veterinário quanto antes, por isso, é importante levar o pet periodicamente às consultas de rotina. Mas existem alguns sinais que podem sinalizar a doença, conforme explica Valeska Rodrigues, professora do curso de Medicina Veterinária da UNIFRAN: “emagrecimento progressivo, aumento de volume abdominal e dificuldade de locomoção”.
Apatia, diarreia, vômitos, febre constante e ferimentos cutâneos ou de mucosas não cicatrizados também são sintomas dessa condição.
O animal pode apresentar ainda apenas perda significativa de peso, antes que sinais mais graves apareçam. Como os indicativos podem variar, a avaliação de um especialista é essencial, segundo Gisele.
Prevenção
No caso das cadelas, castrá-las antes do terceiro cio diminui as chances de desenvolvimento de tumores mamários. E, nos machos, o procedimento também minimiza os riscos de problemas de próstata e evita o câncer no testículo.
Para prevenir a condição na pele, deve-se evitar os passeios em horários de maior incidência de raios solares e passar regularmente o protetor solar veterinário no pet, de acordo com Valeska.
“O consumo a longo prazo de suplementos antioxidantes pode reduzir a incidência de neoplasias ou auxiliar como tratamento complementar em casos onde a doença já está instalada, melhorando a resposta dos pacientes contra os efeitos colaterais da quimioterapia”, conta Gisele.
Manter uma dieta balanceada é imprescindível para garantir longevidade e bem-estar para os animais.
Tratamentos
Existem diversas modalidades terapêuticas, como: eletroquimioterapia, crioterapia, cirurgia ― nos casos em que é possível fazer a retirada do câncer ―, quimioterapia, radioterapia e, mais recentemente, o uso de medicamentos.
O médico-veterinário poderá traçar o tratamento adequado para cada caso, por isso, o acompanhamento profissional é fundamental.
Por - Casa e Jardim
O processo de limpar a entrada do carregador do celular pode ser decisivo quando existem dificuldades para carregar o smartphone. São inúmeras as possibilidades de obstrução na entrada do aparelho – seja ele no padrão Lightning ou USB-C.
A verdade é que as entradas do conector de carga estão sujeitas a acumular sujeira e fiapos ao ter contato com poeira, umidade e até mesmo nossas roupas.
Para realizar a higienização da entrada do carregador do celular é preciso ter alguns itens em mãos, como uma agulha de crochê fina ou um palito de dente, além de algodão e álcool isopropílico. E atenção: não use produtos de limpeza abrasivos, água ou sabão para realizar o procedimento abaixo, pois eles podem danificar o seu smartphone.
Antes de começar é preciso desligar o celular
Antes de começar a limpeza é preciso ter certeza que o problema do celular é sujeira. Isso porque outras situações podem impedir o dispositivo de concluir ou iniciar um carregamento, como oxidação, conector quebrado e até mesmo componentes em curto. Para inspecionar o aparelho, primeiro desligue o iPhone ou celular Android antes de começar a mexer nele.
No caso dos telefones Android, em geral basta pressionar o botão de ligar/desligar por alguns segundos e a opção para desligar o aparelho aparecerá. Em modelos da Samsung, por exemplo, o botão da lateral acaba sendo usado para acionar a assistente virtual, por isso, precisa ser pressionado ao mesmo tempo que o botão do volume. No iPhone, o comando pode ser dado pressionando o botão de ligar/desligar com o botão de abaixar o volume.
iPhone X com entrada USB-C — Foto: Reprodução/eBay
Como limpar a entrada do carregador de forma simples
Com o celular desligado, utilize uma lanterna e dê uma olhadinha na porta de carregamento para ver se há alguma obstrução causada por uma camada de acúmulo com aspecto pegajoso ao redor das bordas.
Para uma limpeza simples e rotineira, use um pano de microfibra ou uma escova de dentes de cerdas macias apenas para espanar a poeira da entrada. Não utilize detergente, água ou tecidos que soltam fiapos pois eles podem ficar presos dentro da entrada do conector de carregamento e, dessa forma, piorar a situação de sujeira ao invés de resolver o problema.
Como limpar a entrada do carregador do celular — Foto: Reprodução/Katarina Bandeira
Como limpar a porta de carregamento de forma moderada
Se ainda não estiver convencido da limpeza e quiser checar mais profundamente a quantidade de resíduos dentro do conector de carga, pegue o palito de dente ou o a agulha de crochê fina e passe delicadamente dentro da porta para ver se sai algum tipo de sujeira. Se a quantidade de resíduos não for muito grande, duas passadas leves deverão ser suficientes para limpar a poeira e retirar os fiapos. Também é provável que uma camada de gordura possa ser removida das paredes durante o processo.
Para usuários de iPhone, o cuidado tem que ser um pouco maior, porque a porta Lightning pode sair danificada se a raspagem for feita com muita força. Nesse caso, uma fina camada de algodão, presa no palito, ou cotonete seco, podem ajudar a amaciar o contato das duas superfícies.
Como limpar a entrada do carregador do celular — Foto: Reprodução/Katarina Bandeira
Como fazer a limpeza completa da porta de recarga
Caso a quantidade de sujeira seja maior que o esperado, o usuário poderá fazer uma limpeza mais aprofundada na entrada do conector de carga usando álcool isopropílico. Em sites de assistências técnicas é indicado que o usuário embebe um cotonete em um recipiente com o álcool – indicado por conter apenas 1% de água em sua composição – e passe delicadamente na entrada do conector. Isso fará com que o algodão absorva a sujeira, uma vez que o produto ajuda a amolecer a crosta. Aguarde ao menos meia hora antes de ligar o celular ao carregador.
É importante atentar que em nenhum momento o celular deverá ser submerso na solução ou ter contato com outros produtos de limpeza, que podem danificar as suas partes internas de forma irreversível.
Apesar de não ter um direcionamento específico para a limpeza da porta do iPhone, na página de suporte da Apple é possível conferir informações de higienização da entrada Lightning presente no estojo do AirPods. A fabricante aconselha o usuário a remover resíduos do conector com uma escova limpa, seca e de cerdas macias ou até mesmo um pano de microfibra, que não solta fiapos. Também não é indicado que qualquer líquido entre nas portas de carregamento.
Por - TechTudo
Deepfake é uma tecnologia que usa inteligência artificial (IA) para produzir vídeos falsos e realistas, por meio de montagens e alterações de rostos e vozes das pessoas.
A prática ficou famosa por simular vídeos pornográficos de celebridades, como a cantora Taylor Swift e a atriz Gal Gadot, e alterar discursos de políticos, como os ex-presidentes dos Estados Unidos Donald Trump e Barack Obama. Considerado um nível mais avançado de fake news, o deepfake é um recurso muito utilizado a serviço da desinformação e para atacar vítimas, como no caso de distribuição de pornô de vingança na Internet.
O método para criar deepfakes é relativamente simples e barato: qualquer um com acesso a softwares baseados em bibliotecas de código aberto voltados ao aprendizado de máquina e um bom processador gráfico pode criar um vídeo falso convincente. É possível fazê-lo até mesmo com a ajuda de aplicativos para celular. No entanto, apesar de ser bastante realista, a técnica não é perfeita e deixa algumas pistas de manipulação, que podem ser identificadas por olhares mais atentos. A seguir, o TechTudo lista 10 dicas para identificar deepfakes e, assim, evitar a disseminação de fake news na web.
Lista reúne dicas para identificar deepfakes; confira — Foto: Pedro Vital/TechTudo
1. Preste atenção ao rosto
Uma das formas mais eficientes de identificar vídeos falsos é observar o rosto da pessoa. Desconfie de expressões que pareçam pouco naturais ou de posicionamentos faciais inconsistentes. Por exemplo, se o rosto estiver virado para um lado e o nariz para o outro, ou se o nariz e o queixo estiverem desalinhados, o vídeo pode ter sofrido manipulações.
Exemplo de um deepfake com o empresário Elon Musk — Foto: Reprodução/Discover Magazine
A textura da pele também é outro aspecto que merece atenção. Observe principalmente as bochechas e a testa. Uma dica é recorrer a uma foto real da pessoa e comparar algumas características com o rosto exibido no vídeo, como se a pele é lisa ou se tem rugas. Além disso, veja se o envelhecimento da pele, no geral, acompanha outras marcas do tempo no cabelo e nos olhos, já que é comum que as montagens falsas sejam contraditórias em certos aspectos.
2. Preste atenção ao movimento dos olhos
Vídeos em que a pessoa não pisca, pisca com grandes intervalos ou até mesmo pisca em excesso podem ser deepfakes. Isso porque, geralmente, os olhos de uma pessoa seguem a outra com quem está falando, e é difícil replicar esse comportamento de uma forma que pareça natural. Outra dica importante é prestar atenção às sobrancelhas, para checar se elas acompanham o movimento dos olhos e a expressão facial. Se elas permanecerem muito paradas, desconfie.
Exemplo de edição em aplicativo Deepfake — Foto: Reprodução/Júlio César Gonsalves
3. Preste atenção à boca
Outra maneira de identificar deepfakes é prestando atenção à boca de quem fala, já que em muitos casos a montagem é feita para que a pessoa fale algo que nunca disse. Para fazer isso, os criadores pegam imagens do alvo falando, trocam o áudio e manipulam a aparência da boca para fazer com que os movimentos correspondam ao que está sendo dito.
Vídeo com discurso de Barack Obama parece real, mas as palavras são do diretor Jordan Peele — Foto: BuzzFeed/Reprodução
Logo, confira se o tamanho e cor dos lábios combinam com as outras partes do rosto da pessoa em questão. Certifique-se também de que o áudio e o movimento da boca da pessoa estão sincronizados. Em deepfakes, é comum que os movimentos tenham alguma inconsistência ou delay. Caso desconfie de um vídeo, especialmente se for de um político discursando, vale procurar pelo assunto em agências de checagem. Existem diversos portais jornalísticos que verificam se uma imagem ou vídeo foram manipulados, esclarecendo quais conteúdos são fake e quais são verdadeiros.
4. Observe as emoções
Vídeos com pessoas que não demonstram emoções o suficiente e parecem robóticas demais podem ser deepfakes. Para evitar cair em uma armadilha virtual como essa, certifique-se de que o indivíduo realmente está com uma expressão facial que condiz com o que ele está falando. Veja se a pessoa parece determinada e consciente de suas falas, com emoções bem definidas. Caso o locutor pareça neutro demais diante do que está falando, o vídeo pode ser falso e manipulado. De modo geral, avalie se os movimentos fazem sentido com o que está sendo dito.
Deepfake: vídeos com pessoas com poucas emoções são fortes indícios de montagem — Foto: Pedro Vital/TechTudo
5. Preste atenção aos movimentos e postura do corpo
Como a tecnologia deepfake tende a se concentrar mais no rosto do que no restante do corpo, analisar movimentos e postura pode ser uma das formas mais eficientes de identificar vídeos falsos. Se a pessoa apresentar uma postura desajeitada ou movimentos corporais estranhos, o vídeo pode não ser verdadeiro. Um forte sinal de manipulação é quando a forma do corpo de alguém não parece natural, ou quando o posicionamento da cabeça e do corpo está inconsistente.
Uma das falhas do deepfake é apresentar inconsistência entre os movimentos do corpo e rosto — Foto: Reprodução/CTRL Shift Face
Por isso, se há distorções quando a pessoa vira a cabeça de um lado para o outro, ou movimenta-a de cima para baixo, por exemplo, há grandes chances de o vídeo ser deepfake. Confira também se os movimentos são bruscos demais e desconexos — se eles não fazem sentido com o resto do conteúdo, suspeite da veracidade do vídeo.
6. Observe se os cabelos e os dentes parecem reais
Outro modo de identificar deepfakes é analisando cabelos e dentes. As tecnologias de inteligência artificial têm dificuldade para simular o comportamento natural dos fios de cabelo. Por isso, eles geralmente aparecem rígidos demais nos vídeos falsos. Se você perceber que os fios nunca mudam de posição, não têm frizz, são lisos demais quando deveriam ser mais crespos, ou não parecem reais, há chances de o conteúdo ser deepfake. Vale ainda observar os dentes. Os algoritmos também podem apresentar dificuldades para gerar dentes individuais, com contornos bem definidos.
Deepfake insere rosto de Nicolas Cage em Lois Lane no filme Super-Homem — Foto: Reprodução/YouTube (Usersub)
7. Procure por inconsistências na cor do vídeo
Como os deepfakes se concentram mais no rosto da pessoa em detrimento de outros aspectos do corpo, uma forma de identificá-los é procurando por desníveis entre o tom de pele da face e do corpo. Verifique também se existem inconsistências na iluminação, nas sombras e nos reflexos do vídeo, pois esses são sinais de que o vídeo passou por manipulações. Outro ponto de atenção é a nitidez da imagem: vídeos pouco nítidos e com muito desfoque podem ser deepfakes.
Coloração de um vídeo é fator importante para identificar deepfakes — Foto: Reprodução/YouTube
8. Verifique se há ruídos ou inconsistências no áudio
Analisar ruídos ou outras falhas no áudio pode ajudar a desmascarar deepfakes. Na maioria das vezes, os manipuladores de vídeos falsos focam mais no visual do que no som, deixando algumas pistas da montagem. Entre elas, é possível destacar vozes robóticas, má sincronização labial, barulho de fundo e pronúncia estranha de algumas palavras. Há ainda os casos em que simplesmente não existe áudio no vídeo.
Uma das maneiras de checar essas falhas é assistir aos vídeos em velocidade reduzida, para que seja possível analisar e ampliar as imagens. Assim, além de perceber se as imagens não parecem naturais quando estão desaceleradas, também há como aumentar o zoom nos lábios para checar se o indivíduo realmente está falando aquilo, ou se existe uma sincronização labial suspeita.
9. Observe o perfil da pessoa
Apesar de ser boa para reproduzir imagens frontais, a tecnologia deepfake tem dificuldade para replicar a técnica nas laterais da face. Por isso, uma forma de descobrir se o conteúdo é verdadeiro ou não é observando o perfil da pessoa. Essa dica torna-se ainda mais válida para vídeos ao vivo, como entrevistas de emprego online.
Deepfakes costumam focar mais no frontal das imagens do que nos perfis — Foto: Reprodução/Instagram
Os softwares usados para criar deepfakes detectam pontos de referência no rosto de uma pessoa para criar um novo. Quando o indivíduo está com a face virada para o lado, os algoritmos conseguem detectar apenas metade dos pontos de referência, o que torna o procedimento mais difícil. Vale ressaltar que outra forma de identificar um deepfake ao vivo é pedir ao participante para acenar com as mãos na frente do rosto. Isso pode revelar problemas de qualidade com a sobreposição das faces.
10. Faça busca reversa
Se tiver dúvidas em relação à veracidade de um vídeo ou de parte dele, faça uma busca reversa no Google. O processo ajuda a encontrar a versão original de uma imagem (neste caso, do frame do vídeo deepfake) ou contexto adicional sobre sua publicação. Para isso, o primeiro passo é fazer uma captura de tela estática da imagem em questão. Em seguida, é possível enviá-la para o Google Imagens, TinEye, Yandex ou Bing Imagens, para investigar o histórico online do vídeo.
Busca reversa pode ajudar a identificar vídeos falsos — Foto: Arkan Perdana/Unsplash
Ao visualizar os resultados fornecidos pelo Google ou pela ferramenta usada para fazer a busca, é possível encontrar tanto outros lugares que postaram o vídeo em questão — portais de notícias confiáveis, por exemplo — quanto a versão original do clipe, antes de este ser alterado. Assim, fica mais fácil contrastar versões manipuladas e descobrir a veracidade da imagem.
Por - TechTudo