O feijão é tradição na mesa do brasileiro, mas o que pouca gente sabe é que ele pode ser um aliado na luta contra obesidade.
Uma pesquisa da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) revelou que cortar esse alimento da dieta, que é rico em proteínas, em minerais, como ferro, além de vitaminas e fibras, pode aumentar em 20% a chance de desenvolver obesidade, e, em 10%, a de excesso de peso.
Por outro lado, o estudo apontou que o consumo regular, em cinco ou mais dias da semana, apresentou fator de proteção de 14%, no desenvolvimento de excesso de peso, e de 15%, da obesidade.
A pesquisadora Fernanda Serra Granado, da Faculdade de Medicina da UFMG, explica a importância do feijão para uma dieta equilibrada.
"O uso não regular do feijão, ou mesmo o seu não consumo, foi associado com a obesidade porque o indivíduo, quando consome o feijão, ele consome junto outros alimentos saudáveis, como o arroz, alguns vegetais, uma salada e mesmo uma carne, compondo um prato nutricionalmente equilibrado para o ganho de peso e para a saúde", explica.
"Quando o indivíduo deixa de comer o feijão, muito provavelmente ele acaba fazendo escolhas alimentares mais inadequadas e não saudáveis, que apresentam elevada quantidade de calorias e, por vezes, poucos nutrientes, e por esse motivo, essa substituição acaba levando ao ganho de peso da população adulta."
A pesquisa apontou uma redução no consumo do feijão. A previsão é que em 2025 o brasileiro deixe de comer o alimento de forma regular e tradicional, passando a consumir entre um e quatro dias na semana.
A pesquisadora Fernanda Serra Granado detalha os motivos dessa redução. "Os motivos para a redução do consumo regular de feijão ao longo dos anos têm sido a sua substituição pelos alimentos industrializados, especialmente os ultraprocessados que, apesar de serem alimentos muito mais práticos, muito mais convenientes, diante da correria do nosso dia a dia, eles também apresentam uma elevada quantidade de caloria, eles não têm pouco ou quase nenhum valor nutritivo. Por isso, eles acabam contribuindo para o ganho de peso da população e uma piora da qualidade da dieta."
A pesquisa utilizou dados de mais de 500 mil adultos, entre os anos de 2009 e 2019, acompanhados pelo Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde.
Por - Agência Brasil
A Owkin, startup franco-americana especializada em inteligência artificial aplicada à saúde, está envolvida na criação de um biomarcador vocal que ajudará os médicos a identificar diversas patologias a partir da voz do paciente.
O foco inicial está na detecção de câncer, por ser uma moléstia que tende a desencadear outros males de diferentes naturezas, como depressão, esquizofrenia, distúrbio bipolar e até Alzheimer e Parkinson.
A iniciativa reúne 14 instituições de três países, sob a liderança da Universidade do Sul da Flórida, em Tampa (EUA).
Por - Época Negócios
Quem nunca reparou o corpo inchado após uma noitada? No verão, então, esse mal-estar aparece com mais frequência e não por acaso.
A GQ Brasil conversou com dois especialistas da área de saúde para entender como lidar com o inchaço em meio ao Carnaval, época que a folia toma conta e, para completar, o clima costuma ser quente e ensolarado.
O inchaço acometido pelas altas temperaturas e a bebida alcoólica nada mais é que retenção de líquido, é o que explica o médico vascular Dr. Gustavo Marcatto. O sintoma acomete tanto homens quanto mulheres, mas costuma ser mais frequente entre o público feminino e Marcatto explica: "Os hormônios femininos, como o estrógeno e a progesterona, fazem com que o organismo das mulheres retenha mais líquido", afirma. Mesmo assim, seja homem ou mulher, cis ou trans, é preciso se atentar ao inchaço durante a folia.
Então é normal inchar depois de beber?
O Dr. Marcatto diz que o consumo de álcool provoca uma desidratação no corpo, fazendo com que os tecidos se dilatem e contraiam, segundo ele, "para facilitar a perfusão dos órgãos". "Então é muito comum a pessoa beber e depois ela ficar inchada".
A nutricionista Patrícia Thomé Martins afirma que o processo inflamatório também interfere no aspecto da pele. O hábito de consumir comidas gordurosas junto com a bebida alcoólica também piora a digestão e aumentando a retenção hídrica, aponta Martins.
Bebidas com alto teor alcoólico, como os destilados, por exemplo, tendem a causar menos estrago nesse sentido. "Ingerimos volumes menores, enquanto as bebidas com grau alcoólico mais elevado, no caso da cerveja, tendem a ser ingeridas em volumes maiores", aponta o médico vascular. "Não existe bebida alcoólica melhor", reforça a nutricionista.
Por que retemos mais líquido no calor?
Tanto as alterações climáticas, de temperatura, como as alterações de pressão, podem provocar inchaço no corpo. Dr. Marcatto afirma que nos dias de calor, como no verão, o organismo acaba "se adaptando" a essas alterações de temperatura.
"É fisiológico e normal que nossos vasos se dilatem para ter maior troca de calor com o ambiente. O que não é normal é quando isso persiste no dia a dia e durante todas as horas do dia", alerta o médico, que aponta que o inchaço provocado pelo calor tende a melhorar durante à noite. "Se a pessoa já acorda inchada, é um sintoma que ela precisa prestar mais atenção."
A tendência do organismo humano, quando inchado, é que se concentre nas regiões com mais circulação terminal, como as mãos, pernas e pés.
Como eliminar o inchaço?
Se hidratar bastante é uma das respostas para sanar o problema do inchaço, isto é, quando ele não é um sintoma provocado por doenças vasculares e alergias – é importante buscar sempre uma avaliação médica.
"Para cada molécula de álcool que a gente ingere, nós precisamos de três a quatro de água para equilibrar. Tenho que beber mais água para estimular o meu retorno venoso e perder essa desidratação do álcool, retornar minha circulação para o normal", indica o médico.
Vale lembrar que além do inchaço, a desidratação do corpo provocada tanto pelo excesso de álcool no organismo e as altas temperaturas, é responsável por causar outros sintomas como a estafa (quando o corpo fica cansado e chega a perder a mobilidade).
Como lidar com o inchaço: anota aí!
Cuide da alimentação nos dias de folia e beba bastante água. Isso ajuda a diminuir os efeitos maléficos do álcool.
Para se livrar do inchaço nos dias seguintes à curtição: consuma frutas, legumes, verduras e carnes magras, além de chás, como cavalinha ou hibisco, que ajudam a eliminar o excesso de líquido.
Se movimente! Não fique parado (mesmo em pé) ou sentado. Andar estimula a circulação de retorno.
Por - GQ Brasil
Dor de cabeça, náuseas, boca seca, dor de estômago e tontura. Quem nunca enfrentou uma ressaca? Com o fim dos dias de folia de Carnaval, é bom ter alguns truques na manga para acordar bem e saudável, caso você tenha exagerado no álcool.
A nutricionista Nathália Guimarães, especialista em nutrição clínica integrativa e funcional, diz que a dica principal é apostar em bebidas ou alimentos ricos em frutose. “Eles ajudam a queimar o álcool mais rápido. Por isso, comer frutas e beber suco natural de fruta pode fazer você se sentir melhor. Além de, claro, beber muita água”.
Para diminuir a náusea causada pela ressaca prepare um suco de limão e complete com bastante gengibre ralado, recomenda. “O excesso de álcool elimina a quantidade necessária de potássio que necessitamos para o nosso organismo. Alimentos como banana e água de coco são chaves nessa hora”, destaca Nathália.
Por conta de alguns aminoácidos presentes no ovo, tais como a cisteína e taurina, esse alimento acaba também sendo um aliado na cura da ressaca. A taurina ajudará o fígado em sua função de metabolizar o excesso de álcool no organismo. E a cisteína é um dos aminoácidos principais responsável por “digerir” o acetaldeído produzido quando o corpo está tentando processar o excesso de álcool no organismo.
“Para os que não consomem ovos, outros alimentos com teores altos de cisteína são sementes de girassol, lentilha e aveia. Alimentos como o abacate ajudam pelo seu teor de glutationa, essencial para o processo de desintoxicação dos metabólitos tóxicos do álcool”, explica Nathália.
A nutricionista indica receitas para ter uma resposta aos efeitos da substância no corpo e explica o papel dos ingredientes na recuperação. Confira:
Vitamina para curar a ressaca:
Ingredientes:
1 banana média;
Meio avocado ou ¼ abacate médio (80g em média);
300ml de água de coco;
30g (2 colheres de sopa) de aveia em flocos finos;
Pitada de sal marinho ou rosa.
Bater tudo no liquidificador e tomar imediatamente.
Panqueca matinal
Ingredientes:
2 ovos, de preferência caipiras;
2 colheres de sobremesa de aveia em flocos finos (20g);
1 banana média amassada;
1 colher de chá de óleo de coco ou óleo de abacate;
1 colher de sobremesa de mel;
Pitada de sal marinho ou rosa.
Misturar os ovos, a aveia, a banana amassada e o sal. Untar a frigideira com o óleo de coco ou abacate. Despejar a massa toda para uma panqueca grande ou dividir a massa em dois para duas panquecas pequenas. Dourar ambos os lados. Após pronto colocar o mel por cima.
Entenda os ingredientes:
Água de coco
Isotônico natural, rico em eletrólitos como potássio que é depletado em nosso organismo quando consumimos grandes quantidades de álcool.
Gengibre
Combate a náusea causada pela ressaca.
Abacate
Rico em glutationa, detoxificante do acetaldeído.
Banana
Fonte de frutose que ajuda a queimar o álcool mais rapidamente e rica em potássio.
Aveia e ovo
Rico em cisteína, neutralizador do acetaldeído.
Mel
Rico em antioxidantes que pode ajudar a neutralizar os efeitos nocivos do álcool e ajudar a combater os sintomas da ressaca. Além disso, a frutose natural encontrada no mel ajuda a acelerar a queima do álcool deixado em seu sistema mais rapidamente.
Por - Marie Clare
A conversão de porções da floresta amazônica em áreas de agricultura itinerante e de pastagem para criação de gado reduz a diversidade de formigas, que por sua vez passam a predar mais insetos.
Esse processo, no entanto, ocorre de forma mais intensa no caso dos pastos. A conclusão é de um estudo realizado por um grupo de nove pesquisadores das universidades Federal de Lavras (UFLA) e Federal do Acre (UFAC), e estão em um artigo publicado na revista Insect Conservation and Diveristy, periódico científico referência internacional em entomologia, ramo da zoologia que estuda os insetos.
"Formigas são ótimas bioindicadoras de impactos ambientais. Bioindicadores são organismos que podem ser utilizados para avaliar a qualidade dos ambientes. Eles indicam como está a saúde dos ecossistemas. Isso se deve à alta sensibilidade das formigas frente as alterações nos ecossistemas e à grande diversidade de suas espécies. Só no Brasil, existem cerca de 1,5 mil [espécies]. Elas realizam importantes funções ecossistêmicas, como predação de insetos, dispersão de sementes, revolvimento do solo e defesa de plantas contra herbívoros", explica Icaro Wilker, pesquisador da UFLA, que liderou o estudo.
A agricultura itinerante também é conhecida como roçado ou corte-e-queima. Trata-se de uma prática comum em reservas extrativistas, unidades de conservação destinadas à proteção do meio ambiente e dos meios de vida de populações tradicionais que sobrevivem do extrativismo e, complementarmente, do cultivo de subsistência e da criação de animais de pequeno porte.
"Na agricultura itinerante, o ambiente natural é cortado e queimado. Durante 4 ou 5 anos, são cultivados diversos tipos de culturas, como arroz, feijão, mandioca e pimenta. Quando as áreas são enfim abandonadas, ocorre a regeneração da floresta secundária. Mas devido ao baixo ganho econômico com essas atividades, as áreas de agricultura itinerante, de onde tradicionalmente as populações locais produzem alimento, e as áreas de floresta, de onde originalmente retiravam seu sustento, vêm sendo transformadas em áreas de pastagens para criação de gado", explica Icaro.
Para realizar o estudo, foi feito um trabalho de campo na Reserva Extrativista Chico Mendes, criada em 1990, no Acre. A imersão ocorreu em 2019. Nesse mesmo ano, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram que o desmatamento ocorrido dentro da unidade de conservação havia crescido 203% na comparação com 2018.
Ao todo, 255 espécies de formigas foram observadas. Algumas se mostraram mais sensíveis à perda de vegetação nativa e só foram encontradas nas florestas, estando ausentes tanto em áreas de agricultura itinerante como em áreas de pastagem. "Na Floresta Amazônica, a maioria delas está adaptada para sobreviver em um ambiente com baixa incidência solar e mudanças mais amenas de temperatura e umidade. Quando a cobertura florestal é perdida, a incidência solar aumenta e a temperatura e umidade do local muda drasticamente. Há maior variação, ficando mais quente durante o dia e mais frio à noite. São filtros que afetam a sobrevivência de boa parte das espécies", disse Icaro.
O estudo revelou que as formigas remanescentes passam a predar outros insetos com mais frequência. Segundo os pesquisadores, isso ocorre provavelmente em resposta às mudanças na disponibilidade de recursos naturais - como diminuição das fontes de alimento e dos locais para construírem ninhos - e às alterações nas condições ambientais tais como temperatura e umidade.
Apesar de observarem que impactos do mesmo tipo ocorrem tanto pela prática de agricultura itinerante como nas áreas de pastagem, os pesquisadores observaram que a intensidade dos efeitos é bem distinta. Ao comparar os dois ambientes, eles apontam que os locais onde ocorrem o cultivo itinerante é mais heterogêneo e diversificado em recursos, o que lhe permite abrigar mais espécies de formigas. Nesse sentido, o estudo conclui que sua substituição por pastos traz prejuízos para a biodiversidade.
"O abandono das áreas de agricultura para formação de floresta secundária pode gerar um mosaico de áreas em diferentes estágios de regeneração, permitindo a coexistência de variados ecossistemas e auxiliando na conservação da biodiversidade da região. Já em relação às formigas, apesar da perda em espécies nesses ambientes, o aumento da predação de insetos pode favorecer os pequenos produtores, principalmente nesse sistema com baixo uso de produtos químicos", acrescenta Icaro.
Por - Agência Brasil
O concurso do Banco do Brasil segue com inscrições abertas para 153 vagas no Paraná. Os interessados podem se candidatar até o dia 24 de fevereiro.
As vagas são para escriturário e estão divididas entre escriturário tradicional (ou agente de comércio) e escriturário voltado para a área de TI (ou agente de tecnologia).
O cargo exige nível médio e tem remuneração inicial de R$ 3.622,23, além de auxílio-alimentação de R$ 1.014,42 e benefício da cesta alimentação no valor de R$ 799,38.
As inscrições e o edital podem ser conferidos no site da Fundação Cesgranrio (CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O EDITAL), a banca organizadora da prova. Para realizá-la, é preciso pagar uma taxa de R$ 50 pelo boleto ou por Pix.
As provas objetivas e de redação estão previstas para serem aplicadas em 23 de abril. No momento da inscrição, o candidato deverá escolher o local onde deseja realizar as etapas.