Torcida do Santos invade ginásio e ameaça presidente do Conselho; Choque controla situação

Torcedores do Santos invadiram o ginásio do clube, na Vila Belmiro, durante votação na tarde deste sábado, para cobrar e ameaçar o presidente do Conselho Deliberativo, Celso Jatene. A situação ficou tensa e só foi controlada depois da entrada da Tropa de Choque no local. Jatene, por sua vez, saiu do ginásio pela arquibancada e esperou a situação se acalmar para retornar.

Membros de torcidas organizadas do clube, a maioria deles ligados à Torcida Jovem, entraram no ginásio forçando a passagem, em bando, em cima dos seguranças do local. Aos berros, um dos mais exaltados cobrou Jatene por dizer, em entrevista recente, que as bombas atiradas no gramado da Vila Belmiro seriam de autoria da organizada e contribuíram para o rebaixamento do clube.

Jatene, que já foi membro da Torcida Jovem, tentou argumentar, mas ouviu mais xingamentos e foi ameaçado com a seguinte declaração: "nós vamos te catar". Ele subiu, então, para as arquibancadas do estádio, em uma espécie de rota de fuga, até a situação se acalmar, acompanhado de seguranças.

A Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada, entrou no ginásio e, a partir de então, a situação foi controlada. O delegado da Polícia Civil, Rubens Maraza, conversou rapidamente com a imprensa e prometeu identificar todos os invasores do estádio. A votação acontece até às 17h.

O presidente do Conselho, por sua vez, bastante abatido, esperou a situação se acalmar e desceu novamente para o ginásio. A tendência é que ele vá para casa e não acompanhe a apuração para evitar maiores confusões. O presidente do clube, Andrés Rueda, não compareceu.

 

Confusão do lado de fora

Do lado de fora do estádio, também houve correria e confusão. Em ação conjunta, as Polícias Militar e Civil usaram tiros de borracha para conter os mais exaltados depois da situação já ter sido controlada do lado de dentro do estádio.

 

Carros da Polícias Civil do lado de fora do ginásio da Vila Belmiro — Foto: Yago Rudá
Carros da Polícias Civil do lado de fora do ginásio da Vila Belmiro — Foto: Yago Rudá

 

 

 

Por Globo Esporte

 

 

Haddad diz que governo não conseguirá executar todo o Orçamento de 2023 e espera Selic a 11,75%

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse neste sábado (9) que o governo não conseguirá executar todo o Orçamento de 2023. Entre as razões, segundo ele, está a falta de pessoal.

“Não devia estar dizendo isso, mas não vamos conseguir executar todo o Orçamento este ano. Ainda estamos fazendo concurso para contratar servidores”, disse ele em evento do PT, em Brasília.

Diante de uma militância insatisfeita com as medidas de austeridade fiscal, Haddad disse que sem essas políticas não seria possível “colocar o pobre no Orçamento”, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Haddad, um corte severo nos subsídios do Estado a setores específicos da economia é caminho obrigatório para garantir o cumprimento dessa promessa.

“Decidimos, junto com o presidente Lula, que vamos abrir a temporada de caça aos jabutis”, disse o ministro, em referência a apêndices incluído por parlamentares em projetos de lei.

“A cada votação no Congresso temos que ficar olhando para cada jabuti e quanto custará cada um”, disse ele, ao defender o veto presidencial em situações como esta.

De acordo com Haddad, a reforma tributária aprovada no Congresso e pendente de ajustes e sanção presidencial vai “acabar com a comida para os jabutis.

O ministro disse ainda esperar que o Congresso aprove, na próxima semana, medidas econômicas que serão fundamentais para a definição do Orçamento de 2024.

“A próxima semana é decisiva para 2024, para um Orçamento mais consistente”, disse Haddad.

 

Copom

O ministro apelou para a importância da continuidade da queda na taxa de juros e disse esperar que a Selic chegue a 11,75% na próxima reunião do Copom.

Também estimou que o Brasil encerrará 2023 com 2 milhões de novos empregos formais.

 

 

 

Por Valor Investe

 

 

Custo de produção de leite subiu 1,3% em novembro

O aumento dos preços dos grãos pressionou o custo de produção de leite em novembro, que subiu 1,3% em novembro, de acordo com o ICPLeite/Embrapa. Foi a terceira alta mensal seguida e a segunda maior variação do ano.

Os produtos que mais pressionaram os produtores de leite foram do grupo “concentrado”, com alta nos e preços de farelo de soja, farelo de milho, ração e polpa cítrica. Os produtos deste grupo subiram 3,9%.

O custo com qualidade do leite caiu 2,1%, e com sanidade e reprodução, 1,5%. Também houve queda nos custos com volumosos (-0,5%), energia e combustível (-0,2%) e mineirais (-0,2%). O custo com mão de obra ficou estável.

No acumulado do ano, de janeiro a novembro, o custo geral de produção do leite teve queda de 2,7%, puxado pela queda dos custos com alimentação das vacas. O custo dos minerais caiu 12,9% no acumulado, enquanto com volumosos a queda foi de 10,2% e com concentrados, de 10%.

Os demais itens subiram no ano, com destaque para a alta de 20% nos custos com energia e combustível.

 

 

 

Por Globo Rural

 

 

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O que é o sal-gema e por que sua extração gerou problemas em Maceió?

Parte dos moradores de Maceió vivem dias de tensão. Na última quarta-feira (29), a prefeitura da capital alagoana decretou situação de emergência diante do iminente colapso em uma das minas de sal-gema exploradas pela petroquímica Braskem no bairro do Mustange.

É mais um capítulo de uma história que se arrasta desde 2018, quando foram registrados afundamentos em cinco bairros. Estima-se que cerca de 60 mil residentes tiveram que se mudar do local e deixar para trás os seus imóveis.

O risco de colapso em uma das 35 minas de responsabilidade da Braskem vem sendo monitorado pela Defesa Civil de Maceió e foi detectado devido ao avanço no afundamento. A petroquímica confirma que pode ocorrer um grande desabamento da área, mas afirma que existe também a possibilidade de que o solo se acomode. Um eventual colapso geraria um tremor de terra e tem potencial para abrir uma cratera maior que o estádio do Maracanã. As consequências, no entanto, ainda são incertas. O governo federal também acompanha a situação.

Mas o que é o sal-gema? Diferente do sal que geralmente usamos na cozinha, que é obtido do mar, o sal-gema é encontrado em jazidas subterrâneas formadas há milhares de anos a partir da evaporação de porções do oceano. Por esta razão, o cloreto de sódio é acompanhado de uma variedade de minerais.

Designado também por halita, o sal-gema é comercializado para uso na cozinha. Muito comum nos supermercados, o sal extraído no Himalaia, que possui uma tonalidade rosa devido às características locais, é um sal-gema.

No entanto, o sal-gema é também uma matéria-prima versátil para a indústria química. É empregado, por exemplo, na produção de soda cáustica, ácido clorídrico, bicarbonato de sódio, sabão, detergente e pasta de dente, enfim, na fabricação de produtos de limpeza e de higiene e em produtos farmacêuticos.

Indústria

Inicialmente, a exploração em Maceió se voltou para a produção de dicloroetano, substância empregada na fabricação de PVC. Não por acaso, desde que inaugurou em 2012 uma unidade industrial na cidade de Marechal Deodoro, vizinha a Maceió, a Braskem se tornou a maior produtora de PVC do continente americano. Outras indústrias, como a de celulose e de vidro, também empregam o sal-gema em seus processos.

A exploração de sal-gema, como outros minerais, depende de licenciamento ambiental. A exploração é fiscalizada pela Agência Nacional de Mineração (ANM). No mercado internacional, o Brasil é um ator relevante. Segundo dados da ANM, foram 7 milhões de toneladas em 2002. O ranking do ano passado, no entanto, mostra que os três líderes mundiais têm produção muito mais robusta que todos os demais: China (64 milhões de toneladas), Índia (45 milhões) e Estados Unidos (42 milhões).

Em Maceió, a exploração das minas teve início em 1976 pela empresa Salgema Indústrias Químicas, que logo foi estatizada e mais tarde novamente privatizada. Em 1996, mudou de nome para Trikem e, em 2002, funde-se com outras empresas menores tornando-se finalmente Braskem, com controle majoritário do Grupo Novonor, antigo Grupo Odebrecht. A Petrobras também possui participação acionária na empresa, com 47% das ações, dividindo o controle acionário com a Novonor. Atualmente, a Braskem desenvolve atividades não apenas no Brasil, como também em outros países como Estados Unidos, México e Alemanha.

Escavação

A exploração em Maceió envolvia a escavação de poços até a camada de sal, que pode estar há mais de mil metros de profundidade. Então, injetava-se água para dissolver o sal-gema e formar uma salmoura. Em seguida, usando um sistema de pressão, a solução era trazida até a superfície. Ao fim da extração, esses poços precisam ser preenchidos com uma solução líquida para manter a estabilidade do solo.

O problema em Maceió ocorreu por vazamento dessa solução líquida, deixando buracos na camada de sal. Uma hipótese já levantada por pesquisadores é de que a ocorrência tenha relação com falhas geológicas na região. Consequentemente, a instabilidade no solo levou a um tremor de terra sentido em março de 2018. O evento causou os afundamentos nos cinco bairros: Pinheiro, Mustange, Bebedouro, Bom Parto e Farol.

Com novos tremores e o surgimento de rachaduras em casas e ruas, a Braskem anunciou o fim da exploração das minas em maio de 2019. A petroquímica diz que já foi pago R$ 3,7 bilhões em indenizações e auxílios financeiros para moradores e comerciantes desses bairros. Uma parcela dos atingidos busca reparação através de processos judiciais. O caso também é discutido em ações movidas pelo Ministério Público Federal (MPF).

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

Navio de guerra dos EUA é atacado no Mar Vermelho

Um navio de guerra americano e vários barcos comerciais foram atacados no Mar Vermelho, afirma o Pentágono. Os atos marcam uma escalada dos ataques marítimos no Oriente Médio após o início da guerra entre Israel e o Hamas.

“Estamos cientes dos relatórios sobre ataques ao USS Carney e a navios comerciais no Mar Vermelho e forneceremos informações assim que estiverem disponíveis”, diz o Pentágono em comunicado.

Mais cedo, os militares britânicos disseram que houve uma suspeita de ataque com drones e explosões no Mar Vermelho, mas não deram mais detalhes.

Rebeldes aliados do Irã no Iêmen, porém, têm lançado uma série de ataques a navios no Mar Vermelho. Na última segunda-feira, os houthis dispararam dois mísseis balísticos na direção de um destróier. A ação não causou dano ao navio.

Até então, esse era o incidente mais sério envolvendo um dos navios enviados pelos EUA para dissuadir o Irã e seus aliados de aderirem à guerra.

 

 

 

Por O Antagonista

 

 

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Venezuela consulta neste domingo eleitores sobre disputa com Guiana

Os venezuelanos serão consultados neste domingo (3) para opinar sobre a disputa territorial de seu país com a vizinha Guiana. O referendo popular fará cinco perguntas ao eleitor, envolvendo a questão sobre a região de Essequibo, que ocupa 75% dos 215 mil quilômetros quadrados do território guianês. A área é reivindicada pela Venezuela desde meados do século XIX. 

O governo da Venezuela investiu na campanha estimulando os eleitores a votar e a responder “sim” para todas as perguntas. 

A primeira delas é se a Venezuela deve rechaçar, “por todos os meios, conforme a lei”, a atual fronteira entre os dois países, já que o governo defende que o novo limite seja o rio Essequibo. 

A Guiana tem o controle efetivo dos 160 mil quadrados  de território a oeste do rio Essequibo, desde a demarcação da fronteira em 1905 - quando ainda era colônia britânica -, entre Venezuela e Reino Unido. 

 

Laudo Arbitral de Paris

A Venezuela não reconhece a atual fronteira porque, segundo a posição oficial do governo do país, foi definida de forma fraudulenta pelo Laudo Arbitral de Paris, em 1899, apesar de os venezuelanos terem aceitado a mediação do tribunal arbitral e o resultado do laudo por várias décadas. 

O eleitor venezuelano também está sendo questionado sobre se apoia que Essequibo se torne efetivamente um estado da Venezuela. Hoje, a área - também conhecida como Guiana Essequiba - aparece como “Zona en Reclamación”, ou seja, um território reivindicado nos mapas oficiais do país.  

Se disser “sim”, o eleitor também concordará em conceder cidadania venezuelana a todos que vivem atualmente em Essequibo. 

O referendo também questiona o eleitor sobre se está de acordo a se “opor, por todos os meios, de acordo com a lei, à pretensão da Guiana de dispor unilateralmente de um mar pendente de delimitação”.  

A costa da Guiana em questão inclui parte do campo de Stabroek, com reservas estimadas em cerca de 11 bilhões de barris de petróleo, região que atualmente é explorada em parceria com companhias como a norte-americana ExxonMobil e a chinesa CNOOC. 

A questão fronteiriça está sendo analisada, desde 2018, pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, por orientação do secretariado-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), mas a Venezuela não aceita a jurisdição do tribunal sobre o tema.

 

Acordo de Genebra

Para os venezuelanos, o único instrumento válido sobre a questão da fronteira é o Acordo de Genebra, de 1966, assinado meses antes da independência da Guiana, entre Venezuela e o antigo poder colonial. 

O texto prevê que os dois países busquem as alternativas pacíficas previstas pela Carta das Nações Unidas para resolver a controvérsia. 

E as outras duas perguntas são justamente sobre esses assuntos, ao questionar se os venezuelanos aceitam o Acordo de Genebra de 1966 como único instrumento capaz de resolver a controvérsia e se eles concordam com “a posição histórica da Venezuela de não reconhecer a jurisdição da Corte Internacional de Justiça” sobre a questão fronteiriça. 

A Guiana diz não ter dúvidas sobre a validade do Laudo Arbitral e da fronteira terrestre, que, segundo nota divulgada pelo governo guianês, "a Venezuela aceitou e reconheceu como sua fronteira internacional por mais de 60 anos".

O Brasil, que faz fronteira com o território contestado, deseja que os dois países encontrem uma solução diplomática e pacífica para a controvérsia, mas vê com preocupação a tensão entre a Venezuela e a Guiana. O Ministério da Defesa informou que reforçou as fronteiras com ambos [países], ampliando o número de militares na região.

 

 

 

Por Agência Brasil

 

 

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