Os resultados da Superterça, divulgados entre a noite de terça-feira (5) e a manhã desta quarta (6),deixaram o presidente Joe Biden (Partido Democrata) e o ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano) muito perto de confirmar as respectivas candidaturas à Presidência dos Estados Unidos nas eleições de novembro.
Ambos venceram a grande maioria das prévias dos seus partidos, segundo projeções da Associated Press —e já anteciparam a campanha trocando acusações (veja mais abaixo).
Nos Estados Unidos, os pré-candidatos de cada partido disputam primárias em cada estado e território do país, elegendo um certo número de delegados (representantes) em cada um deles. Quem tiver o maior número de delegados ao final do processo se torna o candidato do partido à Presidência.
A Superterça ganhou esse nome justamente pelo grande número de votação num mesmo dia.
Historicamente, o dia costuma ser decisivo tanto para o Partido Republicano quando para o Democrata —mas importa mais a sigla que está na oposição: desta vez, os republicanos.
Biden e Trump varreram os Estados Unidos de costa a costa e praticamente asseguraram a reedição da disputa de 2020, vencida pelo democrata. A confirmação se dará provavelmente nas próximas duas semanas, quando ambos alcançarão o número de delegados mínimo para as respectivas indicações.
Da parte do Partido Republicano, as chances de que Trump seja o candidato aumentaram ainda mais na manhã desta quarta, quando fontes da campanha da única rival do ex-presidente dos EUA na sigla, Nikki Haley, disseram a veículos de imprensa norte-americana que ela vai desistir da corrida eleitoral.
Até a última atualização desta reportagem, o placar atualizado, baseado em projeções da Associated Press, mostrava:
Partido Republicano
- Donald Trump: vitória em 14 dos 15 estados (Alabama, Alasca, Arkansas, Califórnia, Colorado, Maine, Massachusetts, Minnesota, Carolina do Norte, Oklahoma, Tennessee, Texas, Utah e Virgínia)
- Nikki Haley: vitória em um estado (Vermont)
Partido Democrata
- Joe Biden: vitória em 15 dos 16 estados (Alabama, Arkansas, Califórnia, Colorado, Maine, Massachusetts, Minnesota, Oklahoma, Tennessee, Texas, Utah, Virgínia, Vermont, Carolina do Norte e Iowa)
- Jason Palmer, um candidato nanico, venceu na Samoa Americana
Trump venceu outros estados que poderiam ter sido favoráveis a Haley, como Virgínia e Maine, que têm grande número de eleitores moderados, em tese mais simpáticos a ela.
A vitória de Trump nas primárias eleva a pressão para que Haley deixe a corrida presidencial. Ela se disse "honrada" por ter sido a primeira mulher republicana a ter vencido algum estado em primárias presidenciais. Aliados dela apontam que o fim de sua campanha pode estar próximo, segundo a Associated Press. Haley assistiu às primárias da Superterça perto da sua casa, na Carolina da Sul.
Já Biden não enfrentou adversários —as únicas oposições foram votos de protesto em Minnesota, de eleitores democratas insatisfeitos com o apoio de Biden a Israel na guerra com o Hamas em Gaza, e a vitória do nanico Jason Palmer na Samoa Americana.
No início desta quarta, Trump e Biden trocaram acusações. Em discurso em Mar-a-Lago, na Flórida, Trump chamou Biden de "pior presidente da história". Biden disse que uma eventual volta de Trump à Casa Branca seria um retrocesso.
Eleitora vota na Superterça, em Orange County, na Califórnia, nesta terça-feira (5) — Foto: David Swanson/Reuters
E agora: quando Biden e Trump serão confirmados?
Apesar das vitórias contundentes, nem Trump nem Biden terminam esta Superterça como indicados dos seus partidos. A expectativa é que Trump consiga a indicação dos 1.215 delegados nas primárias de 12 de março, já na semana que vem.
Com Biden, o número mágico de 1.968 indicados deve ser alcançado nas primárias de 19 de março.
Previsível
Os resultados das primárias antes da Superterça já apontavam um favoritismo fora da curva de Trump e de Biden, diferentemente de outras Superterças com disputas acirradas.
A votação da Superterça já foi decisiva, por exemplo, para o ex-presidente Barack Obama na disputa com Hillary Clinton em 2008 e para Donald Trump na corrida pré-eleitoral em 2016. Os dois acabaram vencendo as eleições nesses anos. Foi acirrada também em 2012, entre os republicanos, e em 2020, para os democratas.
O analista político Sam Logan, fundador da consultoria de Washington Southern Pulse, projetou ao g1 que a Superterça deste ano seria a menos importante das duas últimas décadas.
Por - G1
Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.695 da Mega-Sena, e o prêmio para o próximo sorteio, que acontece na próxima terça-feira (5), acumulou em R$ 205 milhões.
O sorteio sem vencedores do prêmio principal foi realizado na noite deste sábado (2), no Espaço da Sorte, em São Paulo. As dezenas sorteadas foram: 15-17-32-33-34-40.
De acordo com a Caixa, 249 apostas acertaram cinco dezenas e ganharam R$ 40.004, enquanto 15.891 apostas acertaram a quadra e ganharam R$ 895,48 cada.
As apostas para o próximo sorteio podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.
Por Agência Brasil
O sorteio deste sábado (02) da Mega-Sena está marcado para as 20h, e o prêmio acumulado no Concurso 2695 chega a R$ 185 milhões. Para ganhar, o apostador precisa acertar as seis dezenas premiadas.
No último concurso foram sorteados os números 07, 20, 22, 29, 41 e 58, mas nenhum apostador acertou as dezenas.
Apesar disso, 152 apostadores acertaram cinco números, o que rendeu um prêmio de R$ 45.680,09 por aposta. Os 10.083 jogadores que ganharam com quatro números receberam R$ 983,74 cada.
Para concorrer, é necessário pagar ao menos R$ 5, valor correspondente a uma aposta de seis números. As chances de vencer com essa aposta são de uma em mais de 50 milhões.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.
Por Agência Brasil
O concurso 2.692 da Mega-Sena pagará neste sábado (24) R$ 110 milhões aos apostadores que acertarem as seis dezenas a serem sorteadas.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa em todo o país ou pela internet.
O jogo simples - com seis dezenas marcadas - custa R$ 5. O sorteio será realizado no Espaço da Sorte, em São Paulo.
Por Agência Brasil
Você já ouviu falar do método de sono militar? Se não, aqui está a essência: ele é um antigo truque de sono que foi testado e comprovado pelo exército dos Estados Unidos, que dizem que os faz dormir em apenas dois minutos. Sim, você leu certo. Dois. Minutos!
Quase três quartos dos adultos no Reino Unido (71%) não dormem as sete a nove horas recomendadas por noite. Na verdade, um estudo recente da Nuffield Healthdescobriu que o adulto médio está dormindo menos de seis horas (5,91, para ser preciso) por noite, em média – um número que piora a cada ano. Não é de admirar que o método de sono militar tenha mantido seu status viral como uma maneira de acalmar a ansiedade e o estresse e abrir caminho para uma boa noite de sono. Mas será que realmente funciona? Explicamos tudo o que você precisa saber abaixo...
O que é o método de sono militar?
O método de sono militar é uma técnica centrada em fazer você dormir rapidamente. Alguns afirmam que pode até ajudá-lo a pegar no sono em apenas dois minutos. Foi criado especificamente para soldados no exército dos Estados Unidos e é projetado para funcionar mesmo em ambientes intensos – como um campo de batalha literal.
A técnica é explicada em um livro de 1981 chamado "Relax and Win: Championship Performance" e explica que o método foi desenvolvido por chefes do exército para abordar o problema de soldados ficarem muito cansados ou exaustos. As apostas nessa situação são obviamente muito altas. Então, é provável que, se o exército dos EUA pode usá-lo em ambientes de alto estresse, tenhamos uma boa chance de fazê-lo funcionar em nossas próprias casas.
Vale ressaltar, no entanto, que este método foi desenvolvido para situações de alto risco – e muitos especialistas em sono aconselhariam que a pressão não é útil quando você está tentando dormir. Portanto, relaxe, experimente e não seja muito duro consigo mesmo se não for uma solução instantânea (de dois minutos).
Como fazer o método de sono militar?
É semelhante a uma varredura corporal, onde você relaxa e desliga sistematicamente seu corpo da cabeça aos pés.
- Primeiro, relaxe o rosto. Comece com a testa, depois os olhos, as bochechas e a mandíbula, enquanto se concentra na sua respiração.
- Deixe os ombros o mais baixo possível. Certifique-se de liberar qualquer tensão e mantenha os braços soltos ao lado, incluindo suas mãos e dedos. Imagine uma sensação de calor viajando da sua cabeça até as pontas dos seus dedos. Desça um braço de cada vez, relaxando cada seção enquanto avança e mantendo sua respiração lenta e constante.
- Respire fundo e relaxe o peito. Inspire e expire lentamente, movendo-se para o seu estômago.
- Relaxe cada perna por vez. Imagine uma sensação de calor trabalhando em suas coxas, joelhos, pernas, pés e até os dedos dos pés.
- Limpe sua mente de qualquer estresse. Pense em um desses cenários: 1) Você está deitado em um caiaque em um lago calmo, com nada além de um céu azul claro acima de você. 2) Você está deitado em uma rede de veludo preto em um quarto completamente escuro.
- Repita essas palavras em sua mente. Se você se distrair (o que é natural), repita "não pense" em sua cabeça por 10 segundos.
Aparentemente, após seis semanas sólidas de prática, isso funcionará para 96% das pessoas que tentarem a técnica.
Como relaxar meu corpo quando estou tentando dormir?
Se você está tendo dificuldades com a parte de relaxamento da cabeça aos pés do método de sono militar, você pode se familiarizar com as técnicas de "varredura corporal" que são frequentemente usadas no yoga e na meditação. Isso envolve fazer uma varredura pelo seu corpo da cabeça aos pés, notando as sensações e enviando a consciência para os músculos para relaxá-los e suavizá-los.
Existem muitos exemplos no YouTube que você pode experimentar gratuitamente para ter uma ideia.
O método de sono militar realmente funciona?
É difícil provar com certeza, pois isso exigiria estudos que analisassem especificamente o método de sono militar, mas de forma anedótica, muitas pessoas atestaram sua eficácia. E depois de circular no TikTok, muitos o recomendam entusiasticamente.
Uma internauta disse no TikTok: "Sou filho de militar e me ensinaram isso. Também tive um veterano como professor de psicologia na faculdade que me ensinou isso. Definitivamente funciona", enquanto outra pessoa disse: "Meu médico me ensinou essa técnica com pequenas variações quando eu tinha insônia devido ao TEPT. Confie em mim, funciona 100% depois que você pegar o jeito."
Já no Twitter, revelou que pode ter curado suas quatro décadas de insônia. "Hmm, pode ser um pouco cedo para ficar animado, mas depois de 40 e poucos anos de insônia, dormi meio decentemente ontem à noite... Vou ficar impressionado (e um pouco irritado) se for tão simples assim. Método militar."
Ele continuou explicando: "Nunca tenho dificuldade para dormir, mas geralmente acordo nas primeiras horas e é aí que tenho dificuldade. Método militar. Começando do topo, relaxe todo o seu corpo lentamente e cuidadosamente, depois limpe sua mente por um tempo (esta é a parte difícil), depois pense em uma cena pacífica."
Ele concluiu: "Normalmente, nessa fase, eu ficaria virando de um lado para o outro por um bom tempo, mas essa técnica parou tudo isso e me permitiu voltar a dormir bastante rápido. Levei algumas semanas de prática, mas, batendo na madeira, parece estar ajudando."
Realmente leva apenas dois minutos?
É importante ser gentil e paciente consigo mesmo, pois os resultados variarão para muitas pessoas. Como o método requer semanas de prática para dominá-lo, pode levar algum tempo antes de você realmente estar sintonizado para relaxar sua mente e corpo para prepará-los para o sono.
Além disso, vale ressaltar que a maioria dos adultos com padrões de sono saudáveis geralmente levará cerca de 15 a 20 minutos para adormecer, de acordo com a Fundação do Sono. Se você estiver adormecendo regularmente em dois minutos, isso pode significar que você ainda não está dormindo o suficiente (o que combina bem com as origens militares do método, já que foi desenvolvido para aproveitar ao máximo o sono em situações extremas de alto estresse).
Vale a pena adotar as práticas básicas deste método e aplicá-lo à sua própria rotina, mas não coloque muita pressão no prazo.
Por que o método de sono militar é popular?
A privação de sono, ou sono insuficiente, é um problema para muitos de nós. Uma pesquisa em 2022 descobriu que 14% (um em sete) dos britânicos sobrevivem com menos de cinco horas de sono por noite, o que é considerado perigosamente baixo. E, além de afetar nossa concentração e humor, a falta de sono pode levar a problemas de saúde mental, problemas cardíacos, demência e diabetes, então faz sentido que estejamos interessados em métodos e técnicas que possam ajudar a melhorar a qualidade e a quantidade do nosso sono.
Truques de sono como o método de sono militar se tornaram populares online, já que muitos tentam melhorar seu sono - embora seja importante observar que, se o sono ruim for continuamente um problema para você, é sábio consultar seu médico.
Quando procurar seu médico para insônia
Alguns métodos de sono podem não funcionar para todos. De acordo com o NHS, você deve consultar seu médico se:
- Mudar seus hábitos de sono não funcionou;
- Você tem tido problemas para dormir por meses;
- Sua insônia está afetando sua vida diária de uma forma que torna difícil para você lidar.
Por - Glamour
Os comerciantes têm o direito de estabelecer normas que permitam ou proíbam o uso de equipamentos como notebooks e tablets em seus estabelecimentos. No entanto, é necessário que as restrições sejam comunicadas, de forma clara, antes de os clientes ocuparem mesas ou fazerem pedidos.
Ao comunicar previamente que o estabelecimento se destina exclusivamente à prestação de serviços alimentícios e não pode ser utilizado para finalidades distintas, o comerciante está em conformidade com sua obrigação, conforme estipulado no Código de Defesa do Consumidor, artigo 6, inciso III, que trata do direito à informação do consumidor.
A advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Carolina Vesentini, esclarece que o consumidor consciente da informação poderá escolher se permanece no estabelecimento ou se procura outro que atenda às suas necessidades.
“Caso a informação esteja nitidamente disponível para todos os consumidores que optarem por utilizar o estabelecimento, o consumidor estará consciente e, consequentemente, deverá aderir às normas estabelecidas pelo local, mantendo assim sua liberdade de escolha quanto a permanecer ou deixar o estabelecimento e procurar outro que atenda às suas necessidades.”
A discussão surge após viralizar, no início deste mês, nas redes sociais, a filmagem do dono de uma padaria em Barueri (SP), na Grande São Paulo, se irritar, ameaçar e tentar agredir com um pedaço de madeira um cliente que usava um notebook no local, onde consumia alguns alimentos do estabelecimento.
Estabelecimentos comerciais
Sobre o caso, em nota pública, a Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp) alertou para o que considera como uso inadequado de notebooks, de tablets ou de smartphones em ambientes gastronômicos. “Com o objetivo de evitar novos conflitos, a principal orientação da entidade é que as partes adotem bom senso na utilização dos equipamentos, bem como na aplicação de restrições por parte dos estabelecimentos.”
O diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto, afirma que, mesmo não tendo essa finalidade, bares, restaurantes, cafés e padarias, frequentemente, oferecem estrutura que comporta trabalho remoto, como acesso gratuito à internet, energia elétrica para carregar as baterias de eletrônicos, além de estacionamento e sanitários.
“A realização de longas reuniões online e a maior permanência nos ambientes gastronômicos, por força do trabalho remoto, estão indo além do consumo in loco e em alguns casos, têm gerado problemas, como o ocorrido há poucos dias em Barueri.”
“Muitos dos clientes querem transformar os locais em verdadeiros escritórios particulares. A prática acaba por reter as mesas por tempo excessivo, e, muitas das vezes, sem consumo equivalente. Trata-se de conduta que impede a rotatividade de outros consumidores que desejam se alimentar”, esclarece o diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto.
Caso não haja bom senso entre as partes, o diretor sugere que os estabelecimentos adotem restrições, como impedir o acesso de wi-fi, não permitir o carregamento de baterias ou até cobrar valores adicionais, majorar os preços do cardápio ou consumo mínimo pelo uso da estrutura para fins comerciais. “Para reuniões e ações relacionadas ao trabalho administrativo ou criativo, entendemos que os coworkings (espaço e recursos de escritório compartilhados), e os espaços públicos são os ambientes mais propícios.”
A advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Carolina Vesentini, considera que a questão, realmente, envolve princípios de boa-fé. “Não parece justo que um consumidor ocupe espaço significativo e utilize as instalações e energia do estabelecimento sem fazer consumo, especialmente considerando que o propósito do local é fornecer comida e não oferecer acesso à internet, havendo outros lugares mais adequados para isso”.
Em Brasília, a idealizadora e CEO (Chief Executive Officer) do Betina Cat Café, Mariana Eduarda Brod, entende que a cobrança de taxa pode ser uma saída. “Atualmente, com esse crescimento do home office, foi criado o coworking e você aluga o espaço, onde paga pela internet, por um espaço confortável para fazer reunião, para estudar e tudo mais. Claro que uma cafeteria tem o diferencial do ambiente. Mas, hoje, para mim, não faz sentido cobrar uma taxa.”
Relação com clientes
A reportagem da Agência Brasil entrevistou empresárias do ramo no Distrito Federal sobre o assunto. Alguns estabelecimentos até incentivam os consumidores a utilizar suas instalações como parte de uma estratégia de marketing, visando aumentar as oportunidades de consumo.
Como descreve a proprietária Sophie Café Bistrô, Fernanda Iglesias de Lima Xavier: “Nosso conceito é realmente ser esse local aconchegante, com atendimento diferenciado e estrutura para eventos, reuniões e coworking, em um espaço mais reservado, com estrutura projetada para tal”.
O Constantina Café e Quitutes também disponibiliza wi-fi aos clientes. A sócia do estabelecimento, Carolina Maia Moreira, propõe, durante a semana, um ambiente agradável para as pessoas que procuram lugares para trabalhar, seja online ou para fazer reuniões que necessitam de internet.
“Inclusive, disponibilizamos um cardápio especial chamado Coffee Office, com preço diferenciado, para o cliente aproveitar melhor seu tempo em nosso estabelecimento.” E mesmo diante de clientes que apenas usufruem dos benefícios, mas não consomem, Carolina Moreira enxerga uma oportunidade. “Só do cliente ir e conhecer nosso local, já achamos válido. pois pode ser uma futura visita!”
Entendimento semelhante ao da proprietária de duas unidades do Vert Café, Ligia Braga. Ela confirma que as pessoas que frequentam o estabelecimento para usar wi-fi e estudar, normalmente, consomem itens do cardápio e que a relação é vantajosa. “Para nós, é vantagem sim, até porque eles ocupam um horário mais ocioso, como às 14h, que ainda não é mais de almoço, nem de lanche da tarde”.
Porém, Lígia revela que há pessoas vão ao local, não consomem nada, apenas pedem a chamada água da casa, garantida pela lei distrital nº 1954 de 08/06/1998, que determina aos estabelecimentos gêneros alimentícios, hotéis e, mais recentemente, casas noturnas do Distrito Federal devem fornecer gratuitamente água potável a seus clientes e frequentadores.
Ainda assim, a empresária Lígia Braga aposta em vendas futuras. “Achamos que se essas pessoas vêm trabalhar, eventualmente, virão também consumir, jantar, lanchar, trarão a família. Este é um jeito deles conhecerem o café e trazerem mais público em outras vindas.”
A CEO do Betina Cat Café, Mariana Eduarda Brod, que mantém no espaço da cafeteria um projeto de adoção de felinos resgatados, acena com a possibilidade de os clientes pagarem para brincar com os bichanos. Ela comunica ao público que quer trabalhar ou estudar no local, com vista para os animais, que dispõe de internet rápida, oito tomadas e senha de wi-fi.
No entanto, a proprietária admite abertamente que precisa de faturamento médio diário para custear as despesas do estabelecimento.
“Tenho doze mesas para um espaço de 40 metros quadrados. Então, cada mesa tem que ter um giro a cada uma hora, uma hora e meia de, no mínimo, para que as contas fechem no fim do mês. Eu nunca tive nenhum cliente, por exemplo, que veio ao café, usou internet e energia elétrica e, no fim, não consumiu nada. Porém, há quem consuma menos. Esse pessoal acaba indo ao café mais no início da semana. Sexta, sábado e domingo são dias de mais movimento.”
Clientes
Muitos frequentadores de cafeterias gostam da possibilidade de expandir o local de trabalho para além das paredes da própria casa ou de um escritório tradicional.
A estudante de farmácia Aline Oliveira é uma desses consumidores. “Acho ótimo poder sair de casa, do meu ambiente para estudar. Faz toda a diferença ter um lugar para se conectar ao meu celular, sair com os amigos. Lá em casa, não usamos celular à mesa, mas quando saio com amigos acho que isso é impossível.”
Em viagem a trabalho, o profissional do ramo de vendas de Ribeirão Preto (SP), Antônio Oliveira, afirmou que acha conveniente trabalhar em cafés quando está fora de sua cidade. “Eles fornecem internet, a partir da consumação. Então, para mim é muito bom. O ambiente é diferente e bem aconchegante. Eu precisei, por exemplo, de internet e de um ponto de apoio para parar e resolver algumas coisas. Então, este café foi o lugar ideal que eu achei para isso.”
Outra cliente de uma loja de Brasília de integra uma cadeia multinacional de cafeterias, a bancária Amanda Mendes, disse à Agência Brasil que não costuma usar a internet do local e prefere consumir a franquia da própria rede móvel de dados. O que a influencia a buscar um ambiente de cafeteria é se sentir produtiva e mais estimulada a estudar. “Quando estou em casa, me distraio mais do que se eu estiver e, em um lugar assim, me concentro mais. Embora, eu tenha mais fluxo de gente, eu consigo me concentrar mais do que se eu estiver em casa sozinha.”
Ameaças
No que diz respeito a comportamentos agressivos de proprietários ou empregados, como a intenção de agredir o cliente, proferir ameaças ou realizar agressões físicas, por qualquer razão, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor informa que a situação transcende a relação padrão entre fornecedor e consumidor e deve ser tratada no âmbito criminal.
“Compreendemos que, se efetivamente ocorreram ameaças ou agressões, os responsáveis podem ser passíveis de responder criminalmente pelos delitos de ameaça ou lesão corporal”, afirmae a advogada Carolina Vesentini.
Por - Agência Brasil