Quatro em cada 10 empresas apontam os crimes cibernéticos como a principal preocupação pelo quarto ano seguido.
Houve aumento da percepção da emergência em relação a esse tema que agora aparece como prioridade para 36% dos empresários. Há 10 anos, esse tipo de risco chamava a atenção de apenas 12% das companhias na maioria dos países. Os dados fazem parte de pesquisa feita pelo grupo Allianz de seguros com 3.778 gestores de risco em 106 países. A pesquisa, nomeada Allianz Risk Barometer (Barômetro de Riscos da Allianz), está em sua 14ª edição.

O estudo ouviu gestores de empresas pequenas, médias e grandes, classificadas de acordo com o orçamento anual de cada uma. Cerca de 40% das respostas chegaram de empresas consideradas grandes, com balanços acima de 500 milhões de dólares; 30% vieram das médias, com balanços entre 100 e 500 milhões de dólares; e o restante das pequenas empresas, com produção abaixo de 100 milhões de dólares ao ano.
Os crimes cibernéticos, além de ocupar a maior preocupação na média global (38%), também lideram entre as empresas brasileiras. Colômbia, Filipinas, Marrocos e África do Sul também assistiram à emergência desse tema para seu empresariado, com ineditismo. Os pesquisadores atribuem essa mudança aos rápidos avanços das tecnologias de inteligência artificial. As empresas que destacaram o tema, em geral, têm boa parte de seus serviços operando virtualmente, como as do ramo financeiro, de telecomunicações, de mídia, de tecnologia e ligadas a serviços jurídicos. Indústrias do ramo de aviação, químico e de entretenimento também destacaram o tema.
Em segundo lugar, os gestores apontam a preocupação com a interrupção de negócios, com 31% das citações neste ano e em 2024. Esse risco está relacionado a eventos que podem impactar cadeias de suprimento e comércio global. O tema tem aparecido entre as duas primeiras escolhas dos entrevistados durante a última década de pesquisas, o que reflete eventos como a pandemia de 2020 e as diversas guerras que ocorreram, e foi a principal causa de alarde na região do litoral Pacífico da Ásia, inclusive para a China.
Nas Américas, empresários do México, com forte fluxo portuário, também elegeram o tema como sensível, seguido de perto pelas catástrofes naturais. A interrupção de negócios afeta principalmente as áreas de energia, transportes, fábricas (pesadas e de montagem), alimentação e o setor hoteleiro. Para os pesquisadores, o temor é motivado principalmente pelos prazos muito curtos e forte competição entre empresas, além da necessidade de respostas rápidas e integradas em nível global.
O terceiro fator de risco, com prioridade para 31% dos entrevistados nesta edição ante 26% na pesquisa anterior, são as catástrofes naturais, como inundações, grandes incêndios e eventos correlatos, mas não tão distantes da quinta posição, onde estão as mudanças climáticas, com 19% das citações em 2025 e 18% no ano passado.
"No que diz respeito às categorias de risco de mudanças climáticas e catástrofes naturais, essas categorias também estão claramente interligadas. A categoria de catástrofes naturais refere-se, em grande parte, ao impacto de curto prazo causado por danos/interrupções de eventos como tempestades, inundações, incêndios florestais, secas etc. Já a categoria de mudanças climáticas adota uma abordagem mais de longo prazo, cobrindo fatores como riscos de transição, implementação de estratégias de descarbonização, o grande volume de novas regulamentações, o aumento das obrigações de conformidade, a incerteza política e problemas com a transparência dos dados, entre outros", explicou o gerente de Pesquisas de Risco na América Latina da Allianz, Pablo Cabrera.
Na quarta posição está a insegurança jurídica e legislativa, prioridade para 25% dos pesquisados, ante 19% na edição anterior. Ela envolve mudanças em regras nacionais e internacionais e reflete a eleição norte-americana, pois a pesquisa foi colhida justamente nos meses de outubro e novembro, coincidindo com o pleito, no qual o republicano Donald Trump se sagrou vitorioso em 6 de novembro.
Riscos parecidos ocupam as posições de 7 a 9, com o que o grupo Allianz colocou como riscos ligados ao desenvolvimento macroeconômico, como inflação e impacto de políticas econômicas, prioridade para 15% dos ouvidos este ano ante 19% em 2024, desenvolvimento e políticas de mercado (14% em 2025 e 13% em 2024) e riscos políticos, como greves, golpes de estado, guerras, e afins (14% nos dois anos).
Fechando o top 10 global estão o risco a explosões e fogo, com 17% (19% em 2024), e o risco que representam novas tecnologias, com 10% das citações (9% em 2024).
"Muitos dos principais riscos em nosso Barômetro de Riscos estão interligados. Por exemplo, a interrupção dos negócios é, obviamente, uma consequência de muitos outros eventos, como desastres naturais, ataques cibernéticos ou interrupções, insolvência ou riscos políticos, como conflitos ou agitação civil. No entanto, os respondentes da pesquisa sempre identificaram a interrupção dos negócios como uma categoria de risco independente desde a primeira pesquisa, realizada há 14 anos", esclarece Cabrera.
"Os riscos identificados no Allianz Risk Barometer representam aqueles que as empresas e profissionais de gerenciamento de riscos e seguros percebem como mais significativos de forma ampla. Em muitos casos, esses riscos impulsionam o desenvolvimento de estratégias de mitigação por meio de diversas ferramentas de transferência e prevenção. Embora nem todos os riscos identificados sejam seguráveis, existem ferramentas e ações de mitigação disponíveis para todos eles", afirmou Cabrera.
"As seguradoras e resseguradoras ajustam e aprimoram continuamente seus produtos para atender a essas expectativas e necessidades. No entanto, o tempo necessário para o desenvolvimento de novos produtos pode, às vezes, ser mais longo do que o esperado, já que isso envolve a coleta de dados objetivos, avaliação de impactos e cálculo de probabilidades — tarefas complexas que exigem esforço e precisão significativos", completou.
Por- Agência Brasil
Em audiência pública em Brasília (DF), nesta quarta-feira (22), pesquisadores e membros de organizações da sociedade civil manifestaram contrariedade às novas políticas da empresa Meta, que alteraram as formas de moderação e que até permitem a publicação de conteúdos preconceituosos. Representantes das plataformas digitais foram convidados, mas não compareceram. A companhia controla as redes Facebook, Instagram e Whatsapp. 

Na audiência pública, realizada pela Advocacia-Geral da União (AGU), os pesquisadores chamaram atenção para o fato que essas políticas aumentam as dificuldades de grupos já vulnerabilizados. A professora Rose Marie Santini, diretora do laboratório de estudos de internet da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirmou que as decisões da empresa de remodelar programas de checagem de fatos e relaxar os trabalhos de moderação sobre a formação de discursos de ódio representam ameaça à sociedade.
Para ela, uma mudança muito significativa anunciada pelo presidente da Meta, Mark Zuckerberg, foi sobre as alterações dos algoritmos, ao decidir quais vozes serão divulgadas e silenciadas. “Esses algoritmos, programados pela curadoria e moderação de conteúdo, operam sem nenhuma transparência sobre a realidade e sobre seus critérios. Não sabemos quais conteúdos são efetivamente moderados”, ponderou.
A professora afirma que a divulgação dos critérios de moderação demonstrou “graves inconsistências”. “Essa opacidade mina a confiança pública na real preocupação da empresa com a liberdade de expressão. Afinal, a liberdade só é efetiva quando acompanhada de transparência”, argumentou.
Para a pesquisadora, esse tipo de moderação permite que se dê liberdade somente às pessoas escolhidas pela empresa. “O discurso das empresas induz a um entendimento de que a censura só poderia vir do Estado. Contudo, na realidade atual, as plataformas digitais se constituem como a principal estrutura de censura dos usuários na internet”.
Ela entende que essas grandes plataformas detêm mais informações sobre seus usuários do que qualquer Estado tem de seus cidadãos. “(As empresas) Usam dados das pessoas, inclusive os sensíveis, para distribuir anúncios personalizados, independente se são legítimos ou não, se contêm crimes de qualquer ordem ou se colocam os usuários em risco”.
Conteúdos sexistas
A professora de direito Beatriz Kira, da Universidade de Sussex, no Reino Unido, avaliou que a prioridade e o engajamento dos algoritmos das plataformas contribuem para a disseminação de conteúdos sexistas e misóginos que não conseguiriam o mesmo impacto não fosse pela internet. “Tecnologias emergentes com inteligência artificial generativa geraram esse cenário, facilitando novas formas de violência”.
Ela cita a divulgação de conteúdos íntimos, como deep nudes, que evidenciam o uso estratégico da necrologia para reforçar a violência de gênero no âmbito político. “Nesse contexto, mudanças recentes nas políticas de discurso de ódio e a reivindicação do sistema de automatização de organização de conteúdo são profundamente preocupantes. Essas mudanças evidenciam a necessidade urgente de um papel mais ativo do Estado na regulação das plataformas digitais”.
Atenção às crianças
O diretor de políticas e direitos das crianças do Instituto Alana, Pedro Hartung, ressaltou que a moderação de conteúdo por parte das plataformas para a proteção de crianças e prevenção de violências não é só uma necessidade, mas também um dever constitucional. “No caso das crianças, já temos a legislação para basear ações de responsabilização objetiva por conduta própria ou ação por omissão das plataformas”, defendeu.
Hartung contextualizou que 93% de crianças e adolescentes usam a internet no Brasil, 71%, o WhatsApp, além de uma expressiva participação no Instagram e TikTok. “Essa é uma internet que não é uma praça pública, mas sim um shopping, que busca por uma economia da atenção, a exploração comercial das crianças”, explicou.
Ele exemplificou que, como parte desse conteúdo prejudicial, houve no Brasil os ataques nas escolas principalmente no ano de 2023. Ele cita que uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) conseguiu avaliar a influência do mundo on-line na radicalização desses adolescentes. “É importantíssimo, para a gente, olhar para a moderação de conduta nas plataformas”.
Outro tema que preocupa em relação à infância, segundo Hartung, é o impacto significativo das publicidades e também do crescimento do trabalho infantil artístico nas redes. “É importante ressaltar que a culpa não pode ser colocada exclusivamente em cima das famílias, mas em empresas”.
Violência contra homossexuais
O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos, Victor De Wolf, também participou da audiência pública, manifestou que a política de monitoramento da Meta já era equivocada e intolerante. “A gente já vê graves crimes de ódio acontecendo, violações, calúnias e golpes. A nossa comunidade não é incomum”.
No texto da Meta, que aponta uma nova política de moderação, há textualmente a informação que haveria permissão para relacionar doença mental a questões de gênero ou orientação sexual.
“Ainda somos um país que mais persegue a comunidade LGBT, e principalmente travestis e transexuais no mundo. Nós ainda somos o país com mais assassina em qualquer relação de direitos”, contextualizou. Para ele, é necessário que a justiça faça o papel de responsabilizar redes que violem os direitos dos cidadãos. “A anarquia digital proposta por esse grupo de empresários, na verdade, nada mais é do que uma ditadura”, disse.
Por - Agência Brasil
O Relatório sobre o futuro dos empregos (edição de 2025), publicado pelo Fórum Econômico Mundial, avalia que as tendências da tecnologia, economia, demografia e a transição verde “devem gerar 170 milhões de novos empregos até 2030”, mas também devem eliminar 92 milhões de outras ocupações em todo o planeta.

A melhor parte do saldo de 78 milhões - os trabalhos de maior remuneração, menos extenuantes e com mais proteção social - vai ficar com os países que proporcionarem mais qualificação contínua à força de trabalho e mais geração de riqueza à economia.
Desta forma, a diferença de oportunidades em cada economia poderá ser decisiva para indicar se o país vai gerar mais empregos para desenvolvedores de aplicativos, o que exige conhecimento atualizado em tecnologia informacional, ou mais postos de trabalho como camponeses ou motoristas de serviços de entrega, atividades que produzem menos valor para a economia.
Ou seja, para participar da chamada “revolução da requalificação”, um fenômeno da segunda quadra século 21, países como o Brasil precisam ainda resolver um problema central do século 20, se não do século 19: a alta desigualdade socioeconômica.
Passos para trás
“Infelizmente ainda há essas questões bastante importantes que não podemos negligenciar quando a gente está falando de futuro do trabalho. Pensamos nos robôs, no homem interagindo com as máquinas, mas ainda temos que dar alguns passos para trás no sentido de olhar para essas pessoas que não têm acesso ao mínimo, ao básico e que também vão estar ali disputando vagas e oportunidades de trabalho no futuro”, analisa a consultora Thais Requito, especialista em futuro do trabalho.
“Seria importante pensarmos em subsídios e políticas públicas que favorecessem o acesso à educação para as pessoas menos privilegiadas e que vão precisar de alguma forma ser absorvidas no mercado de trabalho nos próximos anos”, pondera a consultora, que trabalha na divulgação do relatório do Fórum Econômico Mundial.
“Precisamos olhar para essas pessoas menos favorecidas e que justamente ocupam os postos de trabalho que são facilmente substituíveis pela tecnologia. Precisamos estar com o olhar atento para pensar em políticas públicas que absorvam essa mão de obra. Internacionalmente, se discute muito a ideia da renda básica universal como forma de garantir subsistência e uma vida minimamente digna para as pessoas que não vão conseguir ter uma ocupação”, acrescenta Thais Requito.
Entraves
O cenário descrito no relatório e analisado pela consultora pode ser agravado com as “tensões geopolíticas” presentes, como conflitos armados e a ascensão da extrema direita nos Estados Unidos. “Isso tem a ver com os países fechando um pouco as suas fronteiras e ocorrência de mudanças econômicas, com as nações ficando mais focadas em si em detrimento das relações internacionais.”
Habilidades humanas
A especialista ainda destaca que além do contexto geopolítico, é preciso considerar as mudanças demográficas em marcha que vão resultar em maior permanência no mercado de trabalho ao longo dos anos por causa do envelhecimento da população, fenômeno que já acarreta a necessidade de mais pessoas trabalhando como cuidadores.
Para Thais Requito, em um “mundo extremamente complexo em que as coisas vão se transformando numa velocidade muito grande, e o conhecimento vai se tornando obsoleto”, as carreiras vão deixar de ser “tão lineares como conhecemos no passado.”
As transformações em curso têm como um dos motores a substituição das pessoas por máquinas em diferentes atividades, mas há habilidades humanas que, calibradas com qualificação permanente, continuarão necessárias no mundo do trabalho, antevê a especialista.
“Imagine que você tem autoconsciência, capacidade de autorregulação. Você consegue escutar, tem empatia, se relaciona bem, consegue influenciar as pessoas. Tem um pensamento crítico e analítico, e é curioso. Essas habilidades vão seguir com você independente do que acontecer com o mundo. Então, se amanhã tiver que trabalhar numa padaria ou trabalhar como engenheiro ou virar um marceneiro, independente de para onde você for levado pelas mudanças do mundo, essas habilidades vão provavelmente garantir que você continue prosperando na sua carreira onde estiver.”
O documento sobre o futuro do emprego no planeta é baseado em estudos de 55 economias, inclusive a brasileira. O texto de cerca de 300 páginas está disponível na internet.
Por - Agência Brasil
O período de pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 2025 tem sido alvo de criminosos que aplicam golpes por meio de mensagens SMS.
A empresa de segurança Kaspersky identificou pelo menos 15 domínios diferentes utilizados para direcionar as vítimas a sites falsos que simulam consultas legítimas sobre veículos.
Os golpistas enviam mensagens oferecendo descontos de até 45% no IPVA, informando que o destinatário foi selecionado para um programa do governo.
Ao clicar no link, a vítima é levada a um site que exibe dados do veículo, criando uma falsa sensação de segurança.
Em seguida, o site solicita o CPF da pessoa, alegando que é necessário para a quitação da dívida, mas na verdade visa coletar informações pessoais para futuros golpes.
O pagamento é solicitado via QR Code do Pix, dificultando o rastreamento das transações.
O IPVA é uma obrigação anual que deve ser paga pelos motoristas ao estado onde o veículo está registrado, e quem não efetuar o pagamento pode enfrentar multas.
No entanto, a isenção é possível em casos específicos, como para pessoas com deficiência, dependendo das regras estaduais.
Para evitar cair em golpes ao pagar o IPVA, especialistas recomendam desconfiar de ofertas vantajosas, verificar a autenticidade dos links antes de clicar e não fornecer informações pessoais em sites desconhecidos.
Além disso, é importante manter software antivírus atualizado e estar ciente das táticas de phishing, educando-se sobre como reconhecê-las.
Por InfoMoney
Para quem não gosta das altas temperaturas do verão, a contagem regressiva para o outono já começou. Em 2025, a estação que representa a transição do calor e da umidade para o frio e o tempo seco do inverno inicia às 6h02 (de Brasília) do dia 20 de março e permanece em ação até 20 de junho, às 23h42 (de Brasília).
Uma das curiosidades do período é o equinócio, fenômeno que marca a chegada do outono e ocorre quando os raios solares incidem diretamente na Linha do Equador.
Neste caso, os dois hemisférios, tanto o Norte como o Sul, recebem a mesma quantidade de luz, fazendo que o dia e a noite tenham igual duração.
Duração das estações
Verão: 21/12/2024 até 20/3/2025
Outono: 20/3/2025 até 20/6/2025
Como é o outono no Brasil?
Diferente do verão e do inverno, estações com os aspectos bem definidos em relação ao clima, como o calor e o frio, respectivamente, o outono é conhecido pela diminuição gradativa das temperaturas e da umidade do ar e o aumento da incidência de ventos.
“Podemos afirmar que, por ser uma estação de transição entre o período quente e o período frio, não tem características muito bem determinadas, pois é realmente uma transição. E nesse período temos o clima se adaptando e mudando também”, explica o meteorologista Willians Bini.
O especialista destaca que o mesmo acontece na primavera, estação marcada pela passagem do frio do inverno para o calor do verão.
O outono nas cinco regiões
Sul
Assim como acontece no verão, as chuvas seguem regulares no Rio Grande do Sul durante o outono, mas começam a reduzir em Santa Catarina e também no Paraná. Outro detalhe é a chegada de massas de ar intensas e a possibilidade de geada nos três Estados. “Assumindo que estamos em um ano de La Niña, onde a atmosfera passa a não ser tão quente, a entrada de sistemas continentais é frequente”, diz Bini.
Sudeste
São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo apresentam redução da precipitação a partir do mês de abril e também das temperaturas. E, da mesma forma que o Sul pode ser atingido por massas de ar frio, o Sudeste vira alvo, principalmente, depois da segunda metade do outono.
Centro-Oeste
Na principal região produtora do país, a característica marcante é a redução das chuvas, o que impacta na segunda safra e nas culturas de inverno. O Mato Grosso do Sul, pela proximidade com o Sul e o Sudeste, pode ser atingido pelo frio extremo durante a estação, o que dificilmente ocorre no Mato Grosso e em Goiás. “Eventualmente, uma condição de friagem pode pegar o Centro-Oeste, mas a ponto de trazer prejuízo na agricultura é mais difícil”.
Norte
O afastamento da Zona de Convergência Intertropical contribui para a redução das chuvas durante o outono, enquanto as temperaturas não variam muito em razão da presença da região Norte em uma área equatorial do Continente Americano.
Nordeste
Sem a Zona de Convergência Intertropical, a região, em geral, também terá redução das chuvas, mas como o Nordeste é extenso, com mais de 1,5 milhão de quilômetros quadrados, a área litorânea deve registrar mais episódios de precipitação por causa da umidade do Oceano Atlântico, diferente do sertão e do agreste, localizados no interior. A temperatura não sofre muito impacto, com exceção do centro-sul da Bahia, que pode ser atingida pelo frio que avança do Sul em direção ao Sudeste e parte do Centro-Oeste.
A influência do La Niña no outono
Com o fim do El Niño em junho de 2024, a expectativa dos meteorologistas era pelo retorno do La Niña ainda durante o inverno, o que não aconteceu. O mesmo se repetiu na primavera, mas o fenômeno foi confirmado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla inglês) apenas em 9 de janeiro de 2025.
O atraso deve interferir no tempo de duração e também na intensidade do La Niña sobre o clima do mundo. De acordo com o órgão americano, as chances de ele permanecer entre fevereiro e abril são de 59% e sobem para 60% no período de março até maio.
“Sabemos que será curto e fraco, mas, mesmo assim, ainda pode trazer algum impacto no outono. O que seria isso? Uma condição de menos chuva no Sul e, por outro lado, mais favorável no Norte do Brasil e em parte do Nordeste”, finaliza Willians Bini.
No Sudeste e no Centro-Oeste não são esperadas grandes alterações pela presença do fenômeno conhecido pelo resfriamento das águas do Pacífico Equatorial. A exceção é a chegada de massas de ar frio antes do esperado.
Por Globo Rural
A gigante da tecnologia Meta – que controla as redes Facebook, Instagram e Whatsapp – respondeu na noite dessa segunda-feira (13) a questionamentos da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre as mudanças nas políticas de moderação da companhia, entre elas, o fim do programa de checagem de fatos, que indicava quando informações falsas circulavam nas redes. 

Em nota, a AGU informou que convocou uma reunião técnica para esta terça-feira (14) sob a coordenação da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia, vinculada à AGU, para discutir as ações e medidas em relação às alterações anunciadas pela big tech estadunidense.
“Somente após essa análise, a AGU, em conjunto com os demais órgãos, se pronunciará sobre os próximos passos em relação ao assunto e tornará público o teor da manifestação”, informou a AGU.
Devem participar da reunião representantes dos ministérios dos Direitos Humanos e Cidadania, da Justiça e Segurança Pública e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).
Na semana passada, a Meta anunciou série de mudanças e o alinhamento da política da empresa à agenda de governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que defende a desregulamentação do ambiente digital e é contrário à política de checagem de fatos. Em seguida, a Meta liberou a possibilidade de ofensas preconceituosas nas plataformas.
Desde 2016, a Meta oferecia no Facebook e no Instagram um serviço de checagem de fatos, realizado por jornalistas e especialistas em cerca de 115 países, que apurava se informações que circulavam nas redes eram verdadeiras ou falsas e oferecia a contextualização aos usuários.
Com o fim da checagem de fatos, a Meta passou a adotar a política de “notas da comunidade”. Com isso, apenas usuários previamente cadastrados é que podem contestar alguma informação que circula nas plataformas.
Especialistas em direito e ambiente digitais alertam que a mudança favorece a livre circulação de fake news – que são notícias fraudulentas - e também incentiva o discurso de ódio contra grupos minoritários como mulheres, imigrantes e homossexuais.
Documento da Coalizão Direitos na Rede – que reúne mais de 50 entidades ligadas ao tema – afirma que a Meta ataca os esforços democráticos de nações em proteger as populações contra os danos provocados pelas big techs. “Com isso, prioriza, mais uma vez, os interesses estadunidenses e os lucros de sua corporação em detrimento da construção de ambientes digitais que prezam pela segurança de seus consumidores”, diz o documento.
O ministro da AGU, Jorge Messias, tem defendido ações do governo brasileiro que garantam o cumprimento da legislação do país frente às mudanças na Meta. “As pessoas acabam não conseguindo distinguir o que é verdade do que é mentira. Isso acaba impactando no país, na nação, nas pessoas e na economia. Estamos falando de soberania nacional”, enfatizou.
Por - Agência Brasil





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