INSS começa a pagar benefícios antecipados nesta quinta

Os aposentados e pensionistas com cartão de final 4, 7 e 8 recebem nesta quinta-feira (6) os benefícios antecipados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de março. O dinheiro será pago junto com os benefícios destinados a cartões de final 3, que originalmente receberiam nesta quinta.

Na sexta-feira (7), o INSS pagará antecipadamente os benefícios de final 0. O dinheiro será depositado junto com os benefícios de final 5, inicialmente previstos para sexta.

Para conferir o final do benefício, basta olhar no cartão o número que vem antes do dígito verificador. No caso do benefício 999.999.993-9, o número que define o dia de pagamento é o 3, que vem antes do traço.

O pagamento foi antecipado por causa do carnaval de 2025, que neste ano caiu no início de março. Normalmente, o INSS pagar os benefícios relativos a um mês na última semana do mês corrente e na primeira semana do mês seguinte. No entanto, com os dias de feriado bancário no carnaval, o pagamento de fevereiro seria interrompido e só seria concluído na segunda semana de março.

A antecipação beneficiará 15,2 milhões de segurados. Segundo o Palácio do Planalto, a medida foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Prouni: convocados da 2ª chamada devem confirmar dados até dia 17

Os mais de 86 mil pré-selecionados na segunda chamada do Programa Universidade para Todos (Prouni), referente ao primeiro semestre de 2025, deverão apresentar os documentos que comprovem as informações prestadas no momento da inscrição até 17 de março. Os documentos devem entregues à instituição de educação superior.

O candidato pode consultar online o resultado da segunda chamada, publicada pelo Ministério da Educação (MEC), na última sexta-feira (28), no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior do ProUni. O acesso é por meio da conta do Gov.br.

O programa oferece bolsas integrais (100%) e parciais (50%) sobre o valor da mensalidade de cursos em instituições privadas de educação superior.

Em 2025, a política pública completa 20 anos de existência, com mais de 3,4 milhões de estudantes beneficiados entre 2005 e 2024.

Documentação

A instituição de ensino superior deve definir como é feita a entrega dos documentos: de forma presencial, diretamente na unidade, ou virtual/eletrônico. Não pode ser cobrada nenhuma taxa.

O candidato tem a responsabilidade de verificar, nas faculdades, os horários e o local de comparecimento para a verificação das informações.

A perda do prazo ou a não comprovação dos dados implicará, automaticamente, na reprovação do candidato.

Algumas instituições podem submeter os pré-selecionados a um processo seletivo próprio. Neste caso, o MEC determina que os critérios de aprovação não podem ser mais rigorosos do que os aplicados aos pré-selecionados nos processos seletivos regulares.

Edição de 2025

Nesta edição do programa, foram ofertadas 338.444 bolsas em 403 cursos de 1.031 instituições privadas por todo o país. Dessas bolsas, 203.539 são integrais e 134.905 parciais.

O programa recebeu quase 1,5 milhão de inscrições para o Prouni 2025/1. Na primeira chamada do processo seletivo, divulgada no início de fevereiro, 197.080 estudantes haviam sido pré-selecionados. 

Cronograma Prouni 2025/1

O candidato não contemplado nas duas chamadas do Prouni 2025 poderá participar da lista de espera do Prouni.

A manifestação de interesse em ingressar na fila deve ser feita nos dias 26 e 27 de março pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.   

Em 1º de abril, será disponibilizado o resultado da lista de espera no mesmo site.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

Trump cita Brasil ao anunciar a aplicação de novas tarifas durante discurso no Congresso dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou o Brasil como um dos países que, segundo ele, sempre “usaram tarifas contra os EUA”. A declaração ocorreu durante um discurso no Congresso americano na noite desta terça-feira (4).

Trump também citou União Europeia, Índia e Coreia do Sul, além de México e Canadá.

“Outros países usaram tarifas contra nós por décadas, e agora é a nossa vez de começar a usá-las contra eles. A União Europeia, China, Brasil e Índia, México e Canadá e diversas outras nações cobram tarifas tremendamente mais altas do que cobramos deles. É injusto”, afirmou.

“A Índia nos cobra tarifas maiores que 100%, a tarifa média da China sobre nossos produtos é o dobro do que cobramos deles e a tarifa média da Coreia do Sul é quatro vezes maior”, acrescentou.

No discurso, o presidente dos Estados Unidos declarou ainda que ‘todas as tarifas serão recíprocas’. Segundo ele, a medida vai ajudar na criação de novos empregos no país.

Nesta terça, as tarifas de 25% impostas pelo presidente dos Estados Unidos sobre o México e o Canadá entraram em vigor.

Além disso, Trump dobrou a tarifa sobre todas as importações chinesas de 10% para 20%. Essas taxas se somam às tarifas existentes sobre centenas de bilhões em produtos chineses.

Em janeiro, o presidente dos Estados Unidos anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México.

A medida chegou a ser suspensa por 30 dias, mas entrou em vigor ontem.]

 

 

 

 

 

 

Por - TV Cultura

Desmonte de agência meteorológica dos EUA expõe agricultura a maiores riscos mundo afora

Depois de anunciar a retirada dos Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris, em mais uma ação da sua pauta negacionista das mudanças climáticas no planeta, o presidente norte-americano Donald Trump demitiu centenas de funcionários da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês), a principal e mais respeitada agência de previsão meteorológica e climática do mundo.

Os cortes podem afetar — já no curto prazo — a emissão de alertas para eventos extremos nos Estados Unidos, como tornados e tempestades esperados para os próximos dias, alertaram jornais, parlamentares e cientistas norte-americanos.

Mas o potencial de dano é maior. Um possível desmonte da NOAA tem capacidade de prejudicar a acurácia da detecção dos fenômenos climáticos, como El Niño e La Niña, que alteram os regimes de chuvas e temperaturas nas regiões agrícolas do Brasil e de outros países, o que dificultará ainda mais o planejamento das safras e expõe produtores rurais a riscos ainda maiores.

 

Prejuízos para o mundo

A intervenção na agência é classificada como um “desastre” por especialistas brasileiros. Ex-presidente do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Miguel Ivan Lacerda disse que a NOAA exerce um papel fundamental para a meteorologia mundial como integradora e sintetizadora de dados enviados por diversos países. Demissões em massa e uma possível desestruturação da agência podem prejudicar a previsão meteorológica e climática do mundo inteiro, alertou, além de prejudicar a precisão e eficiência das informações.

“Uma das coisas mais perigosas é a acurácia de detecção de El Niño e La Niña”, disse. Segundo ele, todas as boias marítimas que medem a variação de temperatura no Oceano Pacífico são norte-americanas, controladas pela NOAA, que faz a distribuição dos dados para o resto do mundo. Se o fluxo for quebrado ou dificultado, as informações finais não terão a mesma precisão. “A previsão continua, mas, se houver um desmonte, ficará mais imprecisa e ineficiente”, afirmou.

“Fica cada vez mais uma previsão de aproximação, com menos acurácia na definição de quando terá secas grandes no Brasil, quando terá grandes chuvas, quando mudará o clima de El Niño para La Niña que influencia na agricultura”, acrescentou.

Organizações públicas têm acesso gratuito às informações da NOAA por meio de acordos internacionais. Empresas privadas que fazem previsões meteorológicas podem adquirir esses dados de estações meteorológicas, da rede de radares, de satélites e de medição de correntes e temperaturas marítimas. “Sem o setor público para fazer essa distribuição, logística e estruturação, o setor privado não consegue o dado primário”, apontou.

Para o ex-presidente do Inmet, a interferência na NOAA pode ser um caminho para a privatização da meteorologia. “Podem privatizar essa rede de estações e privatizar a meteorologia. É um caminho possível. Se há rede de satélites, radares, estações e boias privadas, o dado seria privado”, apontou.

O alerta sobre as demissões foi feito pela senadora democrata Maria Cantwel e repercutiu na imprensa americana nos últimos dias. Ela é membro do comitê do Congresso norte-americano que supervisiona a agência. Segundo a parlamentar, ao menos 880 pessoas foram demitidas. Os cortes fazem parte da agenda de Trump e Elon Musk, do Departamento de Eficiência Governamental, para tentar reduzir o tamanho da força de trabalho federal.

“As demissões colocam em risco nossa capacidade de prever e responder a eventos climáticos extremos, como furacões, incêndios florestais e inundações, colocando comunidades em perigo”, disse a senadora, em declaração publicada em seu site na última quinta-feira (27/2). Ela afirmou que os cortes na NOAA também ameaçam o comércio marítimo norte-americano e colocam em risco 1,7 milhão de empregos que dependem da pesca. A NOAA tem cerca de 12 mil funcionários.

Segundo a parlamentar, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, dá um apoio “muito morno” à NOAA. Recentemente, ele negou ao Congresso que haverá um “desmantelamento” da agência. As mudanças fazem parte do “Projeto 2025”, elaborado por uma entidade conservadora no ano passado e ao qual Trump negou vínculo direto a seu plano de governo. O documento trata a NOAA como “indústria de alarmes de mudança climática”.

A União de Cientistas Preocupados (UCS) entregou uma carta assinada por 2,5 mil especialistas ao Congresso e ao secretário Lutnick em que pede proteção à equipe, ao financiamento e à independência científica da NOAA.

“As demissões em massa de funcionários da NOAA hoje sinalizam uma nova realidade sombria (...) Estripar a NOAA é um movimento político projetado para suprimir a pesquisa da ciência climática às custas do fornecimento de informações críticas que ajudam a garantir a segurança das comunidades. Censurar a ciência não muda os fatos sobre a mudança climática”, disse Juan Declet-Barreto, cientista social sênior para vulnerabilidade climática no Programa Clima e Energia da UCS, em declaração publicada no site da entidade.

A revista norte-americana The Atlantic escreveu nos últimos dias que a previsão do tempo “está em apuros” e que as demissões na NOAA tornarão os relatórios meteorológicos “menos confiáveis”. Publicações do periódico afirmaram também que Trump “está sabotando a ciência climática”.

 

 

 

 

 

 

Por - Globo Rural

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