OMS: uma em cada seis pessoas no mundo é afetada pela solidão

Relatório da Comissão sobre Conexão Social da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que uma em cada seis pessoas no mundo é afetada pela solidão, com impactos significativos na saúde e no bem-estar. A solidão está associada a cerca de 100 mortes a cada hora - mais de 871 mil mortes todos os anos – diz a pesquisa.

A OMS define conexão social como maneiras pelas quais as pessoas se relacionam e interagem entre si. Já a solidão é descrita como sentimento doloroso que surge da lacuna entre as conexões sociais desejadas e as reais, enquanto o isolamento social se refere à falta objetiva de conexões sociais suficientes e, neste caso, em nada se relaciona à prática preventiva recomendada durante a pandemia da covid-19.

“Nesta era em que as possibilidades de conexão são infinitas, cada vez mais pessoas se sentem isoladas e solitárias”, diz o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Além do impacto que causam em indivíduos, famílias e comunidades, se não forem enfrentados, a solidão e o isolamento social continuarão a custar bilhões à sociedade em termos de saúde, educação e emprego”, acrescenta.

Mais solitários

De acordo com o relatório, a solidão afeta, sobretudo, jovens e pessoas que vivem em países de baixa e média renda. Entre 17% e 21% dos jovens de 13 a 29 anos relataram se sentir solitários, com as taxas mais altas entre adolescentes. O índice chega a 24% entre pessoas de países de baixa renda - mais que o dobro da taxa registrada em países de alta renda (11%).

Embora os dados sobre isolamento social sejam mais limitados, a estimativa é que a condição afete uma em cada três pessoas idosas e um em cada quatro adolescentes. Grupos com pessoas com deficiência, refugiados, LGBTQ+ [lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexo, assexuais e o +] indígenas e minorias étnicas podem enfrentar discriminação e outras barreiras que também dificultam a conexão social.

Causas

A solidão e o isolamento social, segundo a OMS, têm múltiplas causas, incluindo saúde precária, baixa renda, baixa escolaridade, viver só, políticas públicas ausentes ou ineficazes e infraestrutura comunitária inadequadas, além da influência de tecnologias digitais. O relatório alerta, por exemplo, para a necessidade de vigilância quanto aos efeitos do tempo excessivo de tela ou de interações online negativas sobre a saúde mental e o bem-estar dos jovens.

Impactos

O documento destaca, também, que a conexão social pode proteger a saúde ao longo da vida, reduzindo inflamações, diminuindo o risco de problemas graves de saúde, promovendo saúde mental e prevenindo a morte precoce, além de contribuir para tornar as comunidades mais saudáveis, seguras e prósperas.

Ao mesmo tempo, a solidão e o isolamento social aumentam o risco de acidente vascular cerebral (AVC), doenças cardíacas, diabetes, declínio cognitivo e morte prematura e também afetam a saúde mental – pessoas solitárias têm o dobro de probabilidade de desenvolver depressão.

“A solidão também pode levar à ansiedade e a pensamentos de automutilação ou suicídio”, ressaltou a OMS.

Os impactos se estendem ainda à aprendizagem e ao emprego. Adolescentes que se sentem solitários têm 22% mais chances de obter notas ou qualificações mais baixas, enquanto adultos solitários podem ter mais dificuldade para encontrar ou manter um emprego e ganhar menos ao longo do tempo.

“Em nível comunitário, a solidão prejudica a coesão social e custa bilhões em perda de produtividade e atenção à saúde. Comunidades com fortes laços sociais tendem a ser mais seguras, saudáveis ​​e resilientes, inclusive em resposta a desastres”, acrescenta a OMS.

Soluções

O relatório descreve uma espécie de roteiro para ações globais com foco em cinco áreas: política, pesquisa, intervenções, medição aprimorada (incluindo o desenvolvimento de um índice de conexão social global) e engajamento público para mudar normas sociais e reforçar um movimento mundial de conexão social.

“Soluções para reduzir a solidão e o isolamento social existem em vários níveis – nacional, comunitário e individual – e variam desde a conscientização e a mudança de políticas nacionais até o fortalecimento da infraestrutura social (por exemplo, parques, bibliotecas, cafés) e o fornecimento de intervenções psicológicas”, destacou a OMS.

“A maioria das pessoas sabe como é se sentir sozinha. E cada pessoa pode fazer a diferença com ações simples e cotidianas — como entrar em contato com um amigo necessitado, deixar o celular de lado para estar totalmente presente na conversa, cumprimentar um vizinho, participar de um grupo local ou se voluntariar. Se o problema for mais sério, é importante descobrir apoio e serviços disponíveis para pessoas que se sentem sozinhas”, concluiu.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Ao menos 11,4 milhões de brasileiros já usaram cocaína ou crack

Levantamento divulgado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estimou que cerca de 11,4 milhões de brasileiros, considerando os maiores de 14 anos, já usaram cocaína ou crack alguma vez na vida, o que representa 6,60% da população. A proporção de 2,20% relatou ter feito uso recente - últimos 12 meses - das substâncias, o que equivale a cerca de 3,8 milhões de pessoas.

O resultado é do terceiro Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad III), realizado com financiamento da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A coleta dos dados ocorreu em 2023, com 16.608 participantes de 300 municípios do país e não inclui pessoas em situação de rua.

Na comparação com o levantamento anterior (LENAD II), realizado em 2012, os pesquisadores indicam que houve um aumento estatisticamente significativo na prevalência de pessoas que já usaram cocaína ou crack ao longo da vida. Isso porque, na ocasião, esse percentual era de 4,43%. Também com base em 2012, 2,00% das pessoas relataram o uso das substâncias ao longo do ano anterior, o que indicaria estabilidade.

“A estabilidade do consumo recente, combinada ao aumento observado nas estimativas de uso ao longo da vida, sugere a possibilidade de um crescimento histórico na experimentação da substância, sem que isso tenha se traduzido, necessariamente, em um aumento proporcional nos padrões de uso continuado”, diz trecho do estudo.

As prevalências de uso ao longo da vida e no último ano são mais elevadas entre pessoas do sexo masculino e no grupo de 25 a 49 anos. Em relação à cor, amarela e indígena tiveram maiores proporções. Do ponto de vista conjugal, os maiores índices são observados entre pessoas divorciadas ou separadas.

Considerando escolaridade e renda, os índices mais altos de consumo estão entre pessoas com menor escolaridade e entre aquelas com renda mensal domiciliar de até dois salários mínimos. A parcela que declara ter usado alguma vez na vida alcançou 12,77% entre a população sem nenhum estudo, 8% entre aqueles que não chegaram até o ensino médio, e uso recente de 1,88% e 3%, respectivamente.

“O uso atual de cocaína e crack no Brasil não parece ter piorado nos últimos 10 anos. A discrepância entre o aumento do consumo na vida e estabilização do consumo recente indica que variações no contingente de usuários podem ter ocorrido durante o longo período entre as duas edições do estudo sem que tenham sido detectadas”, divulgou, em nota, a Unifesp.

Os pesquisadores alertam, no entanto, que é preciso cuidado para análise de tendências. Um dos motivos é que o intervalo de 11 anos entre os levantamentos é suficientemente longo para que flutuações importantes - elevações ou quedas  - tenham ocorrido sem serem captadas pelas medições disponíveis.

Segundo nota da instituição, “qualquer comparação entre 2012 e 2023 deve ser interpretada como a descrição de diferenças pontuais entre dois momentos distintos, sem que seja possível inferir com segurança se tais variações correspondem a um crescimento, declínio ou estabilização contínuos”. A Unifesp alertou, no entanto, que “o uso permanece elevado entre populações vulneráveis, com perfis marcados por desigualdade social, exclusão e baixa escolaridade”.

Além disso, pela primeira vez, o estudo incorporou um módulo sobre percepção comunitária do tráfico de drogas. “Cerca de metade da população brasileira [43,8%] afirma perceber o tráfico como frequente (soma das respostas “acontece muito” e “acontece”) em seu bairro, com destaque para as regiões Sudeste [51,6%] e Norte [47,5%], e para os grandes centros urbanos”, informou a Unifesp.

Cocaína

Considerando apenas o recorte de uso da cocaína, o estudo estimou o consumo ao longo da vida por cerca de 9,3 milhões de brasileiros, o que representa 5,38% da população. No Lenad II, em 2012, 3,88% dos brasileiros relataram ter usado cocaína alguma vez na vida. Para os pesquisadores, o resultado representa variação estatisticamente significativa na proporção.

Em relação ao uso de cocaína no último ano, tendo como referência 2023, o percentual ficou em 1,78%, o que corresponde a pouco mais de 3 milhões de pessoas. Em 2012, 1,77% das pessoas tinham usado a substância ao longo do ano anterior.

De acordo com a publicação, esse resultado pode refletir diferentes fenômenos como “maior dispersão histórica do consumo ao longo da década, sem aumento na taxa de continuidade, ou ainda o abandono da substância por parte de indivíduos que experimentaram no passado”.

Entre os usuários de cocaína, aqueles que consumiram no último ano, quase metade (43,6%) relatou uso frequente, definido como consumo diário ou mais de duas vezes por semana. O estudo aponta que esse é um padrão associado a maior risco de complicações agudas e problemas relacionados ao uso.

O levantamento estimou que a prevalência de dependência de cocaína - transtorno aditivo - na população é de 0,72%, o que representa aproximadamente 1,19 milhão de brasileiros com 14 anos ou mais. Com base apenas entre os usuários com consumo no último ano, essa prevalência de dependência é de 74,8%.

Crack

O levantamento estimou que 1,39% da população brasileira maior de 14 anos relatou ter usado crack pelo menos uma vez na vida, o que representa cerca de 2,32 milhões de pessoas. O uso no último ano foi relatado por 0,5%, ou seja, cerca de 829 mil pessoas.

De acordo com os pesquisadores, as estimativas de 2023 são próximas às observadas em 2012, o que sugere estabilidade. Em 2012, a proporção de pessoas que relataram uso de crack foi de 1,44% para uso em algum momento da vida e de 0,64% para uso no último ano.

Em relação à dependência, o estudo aponta que a amostra de indivíduos que declararam uso de crack nos últimos 12 meses não foi numericamente suficiente para permitir “a estimativa precisa e estatisticamente robusta da prevalência de Transtorno por Uso de Substâncias (TUS) associado exclusivamente a essa substância”.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Brasileiras estão tendo menos filhos e adiam maternidade, diz Censo

As brasileiras estão tendo menos filhos e adiando a maternidade. É o que apontam os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a pesquisa, são consideradas mulheres de 15 a 49 anos. 

A média de filhos por mulher em idade reprodutiva no Brasil, chamada de taxa de fecundidade total, caiu para 1,55 em 2022. De acordo com o IBGE, a taxa de fecundidade das brasileiras vem decrescendo desde a década de 1960. Em 1960, por exemplo, era de 6,28 filhos por mulher. Essa média caiu para 5,76 em 1970, para 4,35 em 1980, para 2,89 em 1991 e para 2,38 em 2000. Em 2010, a taxa era de 1,90 filhos por mulher. 

Taxa de fecundidade - Censo 2022 - IBGE
Taxa de fecundidade - Censo 2022 - IBGE - Arte/EBC

Desde 2010, a taxa de fecundidade brasileira está abaixo da chamada taxa de reposição populacional, ou seja, da média de filhos por mulher necessária para manter a população estável, que é de 2,1.  

“A componente de fecundidade é muito importante para analisar a evolução demográfica de uma população. O ritmo de crescimento, as transformações na pirâmide etária e o envelhecimento populacional estão diretamente relacionados ao número de nascimentos”, explica a pesquisadora do IBGE Marla Barroso. 

Segundo ela, a transição da fecundidade no Brasil foi iniciada na década de 60 nas unidades da federação economicamente mais desenvolvidas da região Sudeste, em grupos com maior nível educacional e nas áreas urbanas. “Nas décadas seguintes, foi se alastrando por todo o Brasil”, explica. 

Regiões 

Na Região Sudeste, a taxa de fecundidade saiu de 6,34 filhos por mulher em 1960, passou para 4,56 em 1970, caiu para 3,45 em 1980, atingiu o nível de reposição populacional em 2000 (2,1 filhos por mulher). Em 2022, ficou em 1,41, o menor do país. “Para as outras regiões do Brasil, a queda se intensificou a partir ali da década de 70”, explica Marla. 

Na Região Sul, que tinha a menor taxa de fecundidade em 1960 (5,89 filhos por mulher), a principal queda ocorreu de 1970 (5,42) para 1991 (2,51). Em 2022, a taxa ficou em 1,50, também abaixo da média nacional. 

No Centro-Oeste, que tinha taxa de 6,74 em 1960, a tendência de queda foi semelhante à da região Sul, ao apresentar o principal recuo de 1970 (6,42) para 1991 (2,69). Em 2022, a taxa era de 1,64. 

As regiões Norte e Nordeste também apresentaram quedas consideráveis de 1970 para 1991. Mas, em 1980, ainda tinham taxas de fecundidade acima de 6 filhos por mulher. No Norte, a taxa passou de 8,56 em 1960 para 8,15 em 1970 e para 6,45 em 1980. Em 2010, aproximou-se  da taxa de reposição ao atingir 2,47. Em 2022, ficou em 1,89, a mais alta do país. 

O Nordeste foi a única região a apresentar alta de 1960 (7,39 filhos por mulher) para 1970 (7,53). Em 1980, a taxa começou a recuar, passando para 6,13. Em 2000, o indicador se aproximou da taxa de reposição, ao ficar em 2,69. Em 2022, ficou em 1,60, abaixo do Centro-Oeste. 

Entre os estados, Roraima é o único com taxa acima da reposição populacional: 2,19 filhos por mulher. Na sequência aparecem Amazonas (2,08) e  Acre (1,90). Entre aqueles com menores taxas, destacam-se o Rio de Janeiro (1,35), Distrito Federal (1,38) e São Paulo (1,39). 

Maternidade mais tarde 

A pesquisa não apenas observou a continuidade da queda da taxa de fecundidade, como também revela que as mulheres estão tendo filhos com idades mais avançadas. A idade média da fecundidade no Brasil passou de 26,3 anos em 2000 para 28,1 em 2022. A tendência foi observada em todas as regiões.  

Em 2022, o Norte apresentou a menor idade (27 anos), enquanto o Sudeste e o Sul mostram as maiores (28,7 anos). Entre as unidades da federação, a idade média de fecundidade mais alta foi a do Distrito Federal (29,3 anos) e a mais baixa, do Pará (26,8 anos). 

 

Idade média de fecundidade - Censo Demográfico 2022 - IBGE
Idade média de fecundidade - Censo Demográfico 2022 - IBGE - Arte/EBC

Sem filhos 

O levantamento aponta ainda que cresce o grupo daquelas que chegam ao fim da idade reprodutiva sem filhos.  O percentual de mulheres com 50 a 59 anos que não tiveram filhos nascidos vivos, segue em alta. Em 2000 era 10%, passou para 11,8% em 2010 e apresentou um aumento ainda mais expressivo em 2022, chegando a 16,1%. No Norte, o percentual passou de 6,1% para 13,9%. No Sudeste, subiu de 11% para 18%. 

Entre as unidades da federação, o Rio de Janeiro tinha, em 2022, o maior percentual (21%) de mulheres sem filhos e Tocantins, o menor (11,8%). 

Religião e raça

De acordo com os dados do Censo, entre as religiões, as evangélicas são as que apresentam maior taxa de fecundidade – 1,74 filhos por mulher, acima da média nacional. Os menores índices foram encontrados entre as mulheres espíritas (1,01) e as seguidoras da umbanda e candomblé (1,25). As mulheres de outras religiosidades (1,39), sem religião (1,47) e as católicas (1,49) tiveram taxas abaixo da média nacional. 

Segundo o pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi, não é possível, apenas com base nos dados do Censo 2022, afirmar os motivos que levam a essas diferenças das taxas de fecundidade entre as seguidoras das religiões. 

“Para entender o efeito de uma religião sobre a fecundidade, ou seja, se uma doutrina poderia levar a uma certa propensão a ter filhos ou não, teria que isolar todos os outros fatores, como renda, o local onde as pessoas moram, a atividade profissional e tudo mais”. 

Em relação ao recorte racial, as mulheres amarelas (de origem asiática) têm menor taxa de fecundidade (1,2 filhos por mulher), seguidas pelas brancas (1,4). As pretas e pardas têm taxas acima da média nacional: 1,6 e 1,7, respectivamente. As indígenas ainda estão acima da taxa de reposição, com 2,8 filhos por mulher.  

A idade média da fecundidade subiu entre todos os grupos, sendo de 29 anos para as brancas, 27,8 entre as pretas e 27,6 entre as pardas.   

Escolaridade 

O Censo 2022 mostrou que o aumento da escolarização tem relação com a queda da taxa de fecundidade. Segundo os dados da pesquisa, as mulheres sem instrução ou com ensino fundamental incompleto têm, em média, 2,01 filhos, enquanto aquelas com ensino superior apresentam uma taxa de 1,19. 

As demais faixas de escolaridade apresentam as seguintes taxas: ensino fundamental completou ou médio incompleto, com 1,89 filhos por mulher, e ensino médio completo ou superior incompleto com taxa de 1,42. 

“A mulher com mais escolaridade, com mais informação, sabe melhor onde procurar métodos contraceptivos, se assim quiser. Ela vai saber fazer suas escolhas de uma forma melhor”, explica a gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Izabel Marri. 

Em 2022, a idade média de fecundidade das mulheres sem instrução ou com ensino fundamental incompleto foi de 26,7 anos. Já a idade média para aquelas com nível superior completo foi de 30,7 anos. 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Supertelescópio divulga imagens do universo com resolução recorde

Um vídeo composto por mais de 1 mil imagens que mostram cerca de 10 milhões de galáxias.

Outro, mostra mais de 2 mil asteroides no Sistema Solar, onde está o planeta Terra, nunca antes vistos. Os vídeos revelam algumas das primeiras imagens do maior supertelescópio digital do mundo, que foram divulgadas nesta segunda-feira (23). Os registros foram captados pela equipe do projeto internacional Legacy Survey of Space and Time (LSST), instalado no Observatório Vera Rubin, no Chile.

Os primeiros registros mostram imagens da região de M49, no aglomerado de Virgem, localizado a cerca de 50 milhões de anos-luz da Terra, e da dupla de nebulosas Trífida e Lagoa, na galáxia onde está localizada a Terra.

O supertelescópio possui a maior câmera digital do mundo, uma gigante de 3,2 gigapixels, que pesa três toneladas e tem o tamanho de um carro de passeio, com oito metros de diâmetro.

O LSST é um megaprojeto astronômico liderado pelos Estados Unidos que vai tirar milhões de fotos de alta definição do céu. O projeto começou a ser idealizado na década de 1990, mas apenas em 2015 a construção do observatório começou de fato.

As imagens divulgadas nesta segunda são uma prévia do trabalho que será feito ao longo dos próximos dez anos. O Observatório Vera Rubin vai mapear todo o céu do Hemisfério Sul com uma precisão sem precedentes.

“É uma mudança de paradigma no jeito que a gente faz a ciência, e não só do ponto de vista da astronomia, mas da física e até da ciência de computação, porque nós vamos ter esse desafio de processar essa enorme quantidade de dados que vai ficar disponível para nós nesse período. É como se estivesse digitalizando o céu. É isso que nós vamos fazer”, explica o diretor do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA), Luiz Nicolaci.

A quantidade de dados coletados pelo Observatório Rubin somente no primeiro ano de funcionamento será maior do que a coletada por todos os outros observatórios ópticos juntos.

Segundo Nicolaci, para se ter ideia, o último levantamento que foi feito também com o objetivo de estudar a energia escura contava com 400 milhões de objetos. “Agora nós vamos ter 40 bilhões de objetos”.

Objetos são estrelas, planetas, asteroides, entre outros. Os dados poderão ajudar cientistas a desvendar desde a natureza da matéria escura até os mistérios da origem do universo.

Participação brasileira

O Brasil faz parte do grupo de países que sediam centros com acesso direto aos dados produzidos pelo projeto. O LIneA, criado em 2006, é o responsável pela instalação, no país, do Centro Independente de Acesso a Dados (IDAC, na sigla em inglês), estrutura responsável por processar, analisar e distribuir dados do supertelescópio. São ao todo dez centros distribuídos entre América, Ásia, Europa e Oceania.

Pelo acordo firmado com os Departamento de Energia (DOE) dos Estados Unidos, o LIneA se comprometeu a operar uma estrutura capaz de: armazenar pelo menos 5 petabytes de dados; manter um banco de dados com capacidade de 500 terabytes para uso simultâneo de 50 usuários; e desenvolver softwares de alta performance para análise científica em tempo real. Em troca, 120 pesquisadores brasileiros poderão acessar os dados e estudá-los.

“O papel do Brasil é que a quantidade de dados é tão grande que vai ser impossível você distribuir esses dados para os pesquisadores individuais ou mesmo para os institutos em que esses pesquisadores trabalham. Então, todo o trabalho vai ser feito acessando esses dados em centros de acesso”, diz Nicolaci.

O LIneA está envolvido no projeto desde 2006. Recentemente, recebeu R$ 7 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Agora, de acordo com o diretor, busca recursos para o pagamento da equipe, são R$ 5 milhões por ano para pagar um pessoal extremamente especializado.

“Nós estamos indo uma profundidade cinco vezes maior do que o que já foi feito e além disso nós estamos observando objetos 15 vezes mais fracos. Então, a densidade de objetos que você observa é incomparável com qualquer coisa que a gente tinha obtido na Terra anteriormente. É realmente uma mudança de patamar da quantidade de dados e informações que a gente vai ter”, ressalta.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

Final da NBA - Thunder x Pacers

Mais uma vez, as duas melhores equipes da NBA vão à quadra neste domingo (22). Agora, no último jogo da fantástica série de NBA Finals, o Indiana Pacers visita novamente o Oklahoma City Thunder no Paycom Center, para o crucial e decisivo jogo 7 da série de Finais da NBA 2025.

Donos da melhor campanha da temporada regular e fazendo excelente pós-temporada, o Thunder chegou com favoritismo, mas viu a alta expectativa cair por terra logo no primeiro jogo. Em contrapartida, no jogo 2, OKC correspondeu a fé da sua torcida e deu um verdadeiro show, empatando a série contra os Pacers.

Ainda assim, Indiana retomou o comando da série com virada surpreendente no jogo 3, mas Oklahoma devolveu o favor com uma remontada nos minutos finais do jogo 4. Por fim, seguindo o bom momento, o Thunder finalmente virou a série no jogo 5 e agora, busca a conquista do troféu. No entanto, em nova reviravolta deste grande duelo, os Pacers empataram tudo em casa, nos levando finalmente, ao derradeiro jogo 7!

 

Pacers x Thunder: confronto direto

Levando-se em consideração a época em que o Oklahoma City Thunder era o Seattle Supersonics, a franquia enfrentou o Indiana Pacers um total de 101 vezes, todas em temporada regular. Ao todo, OKC venceu 55 vezes, enquanto Indiana triunfou em 46 partidas.

Além disso, durante a última campanha, o Thunder levou a melhor nos dois confrontos diretos que teve contra os Pacers, vencendo por 120 a 114 em Indianápolis e por 122 a 111 em Oklahoma City. Como citado já também, atualmente, nesta que é a primeira série de playoffs entre as equipes, que estão empatadas em 3 a 3 neste fantástico confronto.

 

Desfalques de Thunder x Pacers

A princípio, o Indiana Pacers deve ter o pivô Isaiah Jackson entre os desfalques, uma vez que o atleta ainda está fora de ação com lesão no tendão de Aquiles. Além disso, Jarace Walker também está fora até o fim das finais, por uma contusão no tornozelo.

A grande estrela de Indy, Tyrese Haliburton, apesar de mostrar desconforto muscular, deve ir para o sacrifício neste potencial jogo 7. Assim como na sexta partida, o jogador deve ter sua participação confirmada apenas horas antes da partida.

Em contrapartida, pelo Thunder, apenas Nikola Topic, que se recupera de lesão no joelho, segue fora.

 

Prováveis escalações

Dessa forma, o Oklahoma City Thunder, sem problemas, mantém seu quinteto titular de sucesso, formado por Shai Gilgeous-AlexanderLuguentz DortJalen WilliamsChet Holmgren e Isaiah Hartenstein.

Por fim, os Pacers iniciam com os titulares Tyrese HaliburtonAndrew NembhardAaron NesmithPascal Siakam e Myles Turner.

 

 

 

 

 

Por The Playoffs

 

 

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Escondido em bunker, líder supremo do Irã teme ser assassinado e já aponta sucessores

Com medo de ser assassinado, o líder supremo do Irã agora se comunica principalmente com seus comandantes por meio de um assessor de confiança. O aiatolá Ali Khamenei suspendeu as comunicações eletrônicas para dificultar sua localização, afirmaram três autoridades iranianas familiarizadas com os planos de guerra emergenciais dele.

Resguardado em um bunker, o líder supremo escolheu uma série de substitutos em sua cadeia de comando militar, caso outros de seus tenentes sejam mortos.

Em um movimento notável, acrescentaram as autoridades, Khamenei chegou a nomear três clérigos seniores como candidatos à sua sucessão, caso ele também seja morto — talvez a ilustração mais reveladora do momento crítico que ele e seu governo de três décadas enfrentam.

Khamenei tomou uma série extraordinária de medidas para preservar a República Islâmica desde que Israel lançou uma série de ataques surpresa em 13 de junho.

Embora tenham ocorrido há apenas uma semana, os ataques israelenses são a maior ofensiva militar ao Irã desde a guerra com o Iraque na década de 1980, e o efeito sobre a capital do país, Teerã, tem sido particularmente violento. Em apenas alguns dias, os ataques israelenses foram mais intensos e causaram mais danos do que Saddam Hussein em toda a sua guerra de oito anos contra o país.

O Irã parecia ter superado o choque inicial, reorganizando-se o suficiente para lançar contra-ataques diários contra Israel, atingindo um hospital, a refinaria de petróleo de Haifa, edifícios religiosos e residências.

Mas então os Estados Unidos também entraram na guerra. O presidente americano, Donald Trump, anunciou no final do sábado que os militares americanos haviam bombardeado três instalações nucleares do Irã, incluindo a central subterrânea de enriquecimento de urânio em Fordow, ampliando significativamente o conflito.

— Nosso objetivo era destruir a capacidade de enriquecimento nuclear do Irã e pôr fim à ameaça nuclear representada pelo Estado número 1 do mundo em patrocínio do terrorismo — disse Trump em um discurso à nação na Casa Branca, na noite de sábado.

 

 

 

 

 

Por InfoMoney

 

 

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