Lives com professores abordam inteligência emocional

A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte promove diariamente lives de formação on-line voltadas para a saúde mental dos profissionais da Educação neste período de pandemia. As transmissões ao vivo pela internet são produzidas para os servidores do Paraná e, em quase cinco meses de curso, já alcançaram mais de 4 mil pessoas.

 

Nas últimas semanas, um dos temas levados aos professores foi inteligência emocional, com o professor de Educação Física Josemar Bandeira. Outra live recente, com o professor de Inglês Augusto Martins, abordou saúde mental.

 

PALESTRAS - Josemar conta que suas palestras via meetings têm o intuito de trabalhar a inteligência emocional e o perfil comportamental, e que, ao entender melhor esses pontos, a saúde mental do profissional acaba sendo beneficiada. “A inteligência emocional nos ensina como fazer uma gestão das emoções, e gestão das emoções tem tudo a ver com saúde mental”, explica o professor.

 

Saúde mental, acrescenta, é quando a pessoa está em equilíbrio e a crise é quando a pessoa perde esse equilíbrio. “Meu intuito com essas palestras é levar o profissional a entender suas emoções e conseguir coordená-las”, explica Josemar.

 

REALIDADE – A chefe de Núcleo Regional de Educação de Jacarezinho, Maria Molini, participou de várias destas lives e destaca que a palestra sobre saúde mental veio como uma injeção de ânimo para ela e sua equipe. “A palestra fortaleceu a minha gestão como chefe de núcleo e ajudou os diretores a enfrentarem os obstáculos com mais positividade”, explica.

 

Para ela, o momento atípico trouxe várias mudanças aos profissionais da Educação e ter um entendimento claro a respeito do perfil emocional e do equilíbrio mental foi essencial para se lidar com tantas adversidades. “O interessante das palestras é que tivemos também dicas de como buscar soluções para momentos de crises pessoais, o que, infelizmente, acontece a nós em longos períodos de isolamento”, conta a chefe.

 

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO - O professor Augusto Martins também é um dos responsáveis por promover lives para os servidores da área. A cada novo encontro on-line ele convida um profissional para agregar conhecimento aos participantes. “No último encontro, convidamos a professora doutora Luciana Maria Caetano para falar com nossa equipe a respeito do impacto do exercício docente na saúde do professor”, explica.

 

De acordo com Augusto, essas lives estão aos poucos preparando mentalmente o professor para a volta às aulas e para as novidades que cada profissional encontrará em sua área de atuação.

 

“Buscamos mostrar como nossos professores devem se preocupar com sua própria saúde. Abordamos também a questão das novas mudanças que em breve teremos na volta às aulas presenciais (que ainda não têm data marcada) e queremos prepará-los para isso. É um momento de grande reflexão para nossos profissionais, que só tem a agregar a todos eles”, explica. (Com AEN)

 

 

 

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Paraná é um dos primeiros Estados a adotar o Orçamento Criança

O Governo do Paraná comemora nesta segunda dia 24, o Dia Nacional da Infância como um dos primeiros Estados do Brasil a adotar o Orçamento Criança. O documento vai assegurar a aplicação de recursos estaduais na execução das políticas sociais públicas nas áreas de proteção e desenvolvimento da infância e adolescência, com a identificação dos programas, projetos e atividades que farão parte do planejamento orçamentário que deverá ser implementado até dezembro de 2022.

 

“A previsão dos recursos orçamentários financeiros na elaboração do PPA, LDO, LOA deverá responder, com absoluta prioridade, as demandas por programas, projetos e atividades que visam a efetivação plena dos direitos fundamentais das crianças e adolescentes”, afirmou o secretário da Justiça, Família e Trabalho, Mauro Rockenbach.

 

A implantação do Orçamento Criança garante a efetivação do exercício pleno dos direitos fundamentais das crianças e adolescentes no orçamento público estadual.

 

Outro motivo de orgulho e comemoração para o Estado é a Força-Tarefa Infância Segura, uma das primeiras ações na área da criança e do adolescente determinadas pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e que ganhou rapidamente adesão de outras secretarias e também de outras instituições.

 

A Força-Tarefa Infância Segura de Combate a Crimes Contra a Criança promove operações integradas ostensivas de fiscalização, conscientização e estímulo à denúncia 181; de combate ao trabalho infantil; encaminhamento de denúncias de exploração sexual; dentre outras ações.

 

Em apenas um ano e meio de funcionamento, promoveu seminários e capacitações organizadas com abrangência de mais de 200 municípios do Paraná e com mais de 2 mil profissionais capacitados.

 

“Temos que conscientizar a sociedade sobre a importância do combate a crimes contra a infância e adolescência, bem como da denúncia”, disse o delegado da Polícia Federal, chefe do Departamento de Justiça da Sejuf e coordenador da Força-Tarde, Felipe Hayashi. Segundo ele, esses crimes não podem ser tolerados e alguém tem informações ou suspeita de casos de abusos contra menores deve denunciar pelo 181. “Esse apoio é fundamental para que possamos diminuir essa barbárie”, afirmou.

 

PROTEÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA NA PANDEMIA - Como parte das ações emergenciais provocadas pela pandemia, o Governo do Paraná atuou para promover atenção integral à criança e adolescentes em vulnerabilidade social e pessoal

 

Um repasse de R$ 41,3 milhões, oriundos do Fundo da Infância e Adolescência (FIA), do Conselho Estadual dos Direitos da Criança (Cedca), foi destinado a ações, programas, segurança alimentar e manutenção de entidades que cuidam de crianças, adolescentes e portadores de deficiência.

 

Deste total, uma parte foi direcionada para a manutenção de até 15 mil postos de trabalho para adolescentes aprendizes de todo o Paraná durante a pandemia, incentivando as micro e pequenas empresas a manter as vagas já existentes e ampliar a contratação de jovens com idade entre 14 a 18 anos incompletos em situação de desemprego involuntário.

 

Para a área da saúde, foram destinados R$ 3 milhões diretamente ao Fundo Estadual da Saúde para uso da Secretaria de Estado da Saúde na abertura de leitos e UTIs pediátricas para o tratamento da Covid-19.

 

Um aporte de R$ 2,4 milhões foi utilizado na aquisição de 20 mil cestas básicas para prover a segurança alimentar emergencial de 10 mil crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, em especial as com deficiência, pelo período de dois meses.

 

Outros R$ 2,3 milhões foram utilizados na compra de cestas básicas destinadas a famílias de crianças e adolescentes quilombolas, indígenas e de comunidades tradicionais, em situação de vulnerabilidade pessoal e social, que vivem em lugares de difícil acesso e ainda, os povos indígenas.

 

Foram deliberados ainda no Cedca o repasse de R$ 10,6 milhões para ações emergenciais da pandemia, e outros R$ 3 milhões para chamamento público das organizações da sociedade civil que atendem crianças e adolescentes. “Este recurso pode ser utilizado para implementar medidas emergenciais no âmbito econômico e social”, explicou a presidente do Cedca e chefe do Departamento de Políticas para Criança e Adolescente da Sejuf, Ângela Mendonça.

 

Outra ação da Sejuf foi a impressão, distribuição e disponibilização por download, na página da Sejuf (www.justica.pr.gov.br), do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) atualizado, incluindo as alterações feitas na legislação nos últimos anos, com os avanços da lei e da jurisprudência. A edição especial é alusiva aos 30 anos do ECA, lançado em julho de 1990.

 

Uma parceria entre o Ministério da Cidadania e Secretaria da Justiça, Família e Trabalho levou o programa Criança Feliz para municípios paranaenses. O objetivo, segundo o médico Carlos Bostelmann, coordenador estadual do Programa Criança Feliz no Paraná, é promover o desenvolvimento integral das crianças de 0 a 6 anos, incentivando e orientando as famílias, por meio de visitas domiciliares periódicas. (Com AEN)

 

 

 

Portos do Paraná avançam em tecnologia e inovação com a pandemia

A necessidade de distanciamento social imposta pela pandemia da Covid-19 fez com que, em poucos dias, a gestão operacional dos Portos do Paraná fosse adaptada para ambientes digitais. Agora, a empresa pública que administra os portos de Paranaguá e Antonina se prepara para inovar em sistemas inteligentes.

 

“Tivemos que nos adaptar em pouco tempo. Fizemos isso sem parar um dia sequer. Entendemos que esse é o momento de buscar um ambiente mais tecnológico para que possamos ter mais confiabilidade, eficiência e qualidade em toda operação portuária”, afirma o diretor-presidente, Luiz Fernando Garcia.

 

Novos projetos de modernização já foram contratados. Neste mês, a Portos do Paraná firmou uma colaboração técnica inédita com a Fundación Valenciaport, um centro de pesquisa, inovação e formação do setor logístico portuário, com sede no porto de Valência, na Espanha, e atuação em portos da Europa, América Latina, Ásia e Oriente Médio.

 

“A proposta é única no Brasil e vai modernizar os portos paranaenses com estratégias que são referência nos mais importantes e eficientes portos do mundo. Será um dos marcos históricos em cooperação de trabalho internacional”, destaca Garcia.

 

DIGITAL – Os projetos desenvolvidos em conjunto com a Valenciaport vão estruturar o Port Community System, uma plataforma de troca de dados da comunidade portuária, e do Port Collaborative Decision Making (PortCDM), um novo modelo de gerenciamento das operações marítimas, em tempo real, entre todos os agentes envolvidos nas operações de chegada e saída de navios. Além disso, a parceria discute questões de segurança digital e tecnologia de proteção de dados.

 

Hoje, a Portos do Paraná conta com diferentes sistemas para a gestão das operações portuárias, fluxo de caminhões, estoques de cargas recebidas, entre outras atividades. “Esses sistemas fornecem as informações necessárias para a realização das reuniões online com agentes, operadores, terminais e exportadores”, explica o chefe da Divisão de Silos, Gilmar Francener.

 

Os principais sistemas são o AppaWeb e o Carga Online. O primeiro é uma solução integrada de controle de operações portuárias e faturamento. É o AppaWeb que permite a interação com operadores portuários, terminais, agentes, clientes, exportadores, importadores, despachantes e sistemas externos, como da Receita Federal.

 

Já o Carga Online é um sistema que trabalha integrado ao AppaWeb para gerir a logística de recebimento dos granéis de exportação (descarga e armazenagem), principalmente no controle da chegada dos caminhões e vagões, com cotas diárias de desembarque, de acordo com capacidade e performance dos terminais.

 

“O caminhão só desce para descarga quando tem navio nominado para receber o produto. O ciclo é ordenado e, além de evitar as filas, garante o giro e a qualidade dos produtos embarcados, que não ficam muito tempo em estoque”, explica Francener.

 

GESTÃO - Além dos sistemas, que são ajustados com frequência, as regras são claras e as reuniões são diárias e públicas, o que garante maior transparência e eficiência à logística.

 

Para o diretor da Associação de Terminais do Corredor de Exportações do Porto de Paranaguá, André Maragliano, a regulamentação do porto paranaense é um grande diferencial. “São regras inteligentes que beneficiam o terminal que tenha carga e premia a operação mais produtiva. Isso gera produtividade e todos ganham, com mais agilidade em toda a operação”, afirma.

 

Ele lembra que o Porto de Paranaguá é um porto público, onde nove terminais privados estão conectados e usam, de maneira compartilhada, os mesmos ativos, os mesmos berços, em sistema pool. “Utilizando esse sistema, com as regras de atracação, o Corredor de Exportação ganha em eficiência e redução de custo. Isso também é uma ideia inovadora, que bem aplicada tem gerado ganhos para toda a cadeia”, afirma. (Com AEN)

 

 

 

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Conhecimento em prática: alunos da Univel participam de aulas na Fazenda Escola

Um lugar para colocar em prática os conhecimentos adquiridos durante a graduação, a Fazenda Escola do Centro Universitário de Cascavel - Univel, possui uma estrutura voltada ao aprendizado, onde os acadêmicos do curso de Agronomia tem a oportunidade de cultivar plantações de milho, feijão, soja e também aprender sobre adubação, manejo integrado de pragas e projetos de soja que envolvem análises químicas.

 

Voltando às aulas práticas, os alunos tiveram a oportunidade de vivenciar diversas atividades das disciplinas de mecanização agrícola, fitopatologia, física do solo e introdução a agronomia. “As aulas práticas na Fazenda Escola estão sendo bem produtivas, tivemos as reposições das matérias, e foi bem tranquilo com o pessoal mantendo uma distância, todos de máscara. Essas aulas são importantes para nosso aprendizado, estávamos sentindo falta delas, até mesmo o diálogo com os professores é diferente, a compreensão é melhor”, conta o acadêmico do curso, Alan Ultzeiheimer.

 

Nas aulas, os acadêmicos puderam ver como funciona a regulagem de uma semeadeira e plantadeira para diferentes culturas, observar a sintomatologia e diagnose de doenças foliares para algumas culturas de inverno, realizar experimentos com diferentes culturas de cobertura de solo, implantar culturas de inverno, entre tantas outras atividades. “Nas aulas práticas o aluno pode vivenciar situações que ele vai passar na prática, no atendimento e na assistência técnica junto ao produtor. Foi o caso da disciplina de mecanização agrícola e de fitopatologia, que são voltadas ao perfil profissional, em que o aluno vai se deparar com a identificação de doenças no campo e também situações em que ele vai ter que fazer a regulagem das máquinas, seja para plantio ou para pulverização”, explica a Coordenadora do curso de Agronomia, Vanessa Batista Taques.

 

Sobre o curso

 

O curso de Agronomia da Univel é voltado para a formação prática e empreendedora das atividades agropecuárias, que tornam o engenheiro agrônomo apto para trabalhar nas diversas atividades do setor. Além disso, para que os alunos tenham maior conhecimento e entendimento das áreas estudadas, o curso de Agronomia conta com laboratórios modernos de química, física, microscopia, microbiologia, fitopatologia, instrumentos de topografia e georreferenciamento. O egresso do curso de Agronomia tem um vasto campo de trabalho e suas funções podem ser desenvolvidas em diferentes setores, como pesquisa e desenvolvimento, área comercial e prestação de serviços.

 

 

 

 

Por Assessoria

 

 

 

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Saúde faz nova recomendação sobre procedimentos cirúrgicos eletivos

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta sexta dia 21, uma resolução com novas recomendações sobre a realização de procedimentos cirúrgicos eletivos hospitalares no Paraná, devido à escassez de medicamentos anestésicos e relaxantes musculares, e revoga a Resolução Sesa nº 926/2020.

 

A nova orientação sugere que sejam suspensos apenas os procedimentos que demandem terapia intensiva no pós-operatório e/ou em pacientes sob anestesia geral, para contingenciamento de medicamentos que serão destinados ao tratamento daqueles infectados pela Covid-19. As recomendações não se aplicam a procedimentos de cardiologia, oncologia e nefrologia.

 

“Após uma análise no número de casos por data de confirmação de diagnóstico, verificamos que os números se mantém estáveis e com início de queda. Sendo assim, resolvemos liberar alguns procedimentos eletivos, contingenciando apenas em casos que demandem mais medicamentos”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

 

“O objetivo da revogação e da nova orientação é fortalecer os serviços de saúde e principalmente diminuir as filas de cirurgias eletivas que naturalmente se formaram em todo o País, em função da crise do vírus responsável pela Covid-19”, acrescentou o secretário.

 

MEDICAMENTOS – Medicamentos que auxiliem na intubação de pacientes, como anestésicos e relaxantes musculares, estão sendo contingenciados e enviados pelo Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) para compor os estoques dos 54 hospitais que fazem parte do plano estadual de atendimento exclusivo à pacientes com coronavírus.

 

“Já realizamos compras próprias de medicamentos, recebemos duas remessas do Ministério da Saúde, além de uma ação articulada no Rio de Janeiro para buscar estes insumos, e agora estamos programando mais uma compra. Todas essas ações são articuladas para garantir que todos os paranaenses que necessitem de intubação possam ser atendidos”, afirmou o secretário. (Com AEN)

 

 

 

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Vendas no varejo em agosto recuperam parte das perdas do ano

As vendas no comércio varejista paranaense cresceram na primeira quinzena de agosto na maior parte dos segmentos, recuperando parte das perdas registradas no ano. Os dados constam no boletim conjuntural elaborado pelas secretarias de Estado da Fazenda e do Planejamento e Projetos Estruturantes para medir os impactos da crise da Covid-19 sobre as contas públicas e a sociedade. O documento traz indicadores e dados coletados pela Receita Estadual e pelo Ipardes e foi publicado na sexta dia 21.

 

Pela primeira vez desde o início da pandemia o número de segmentos com altas nas vendas (agosto de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado) supera o de grupos em baixa. Venderam mais: áudio, vídeo e eletrodomésticos (49%); informática e telefonia (26%), material de construção e ferragens (22%), hipermercados e supermercados (12%), farmácias (10%), cama, mesa e banho (8%), cosméticos, perfumes e higiene pessoal (5%) e veículos novos (1%) – este último, aliás, registrou o primeiro respiro de vendas desde janeiro.

 

Por outro lado, os setores mais atingidos pela crise continuam registrando queda em agosto, embora em percentuais menores que nos meses anteriores. São eles: vestuário e acessórios (-15%), calçados (-23%) e restaurantes e lanchonetes (-42%). Nos dois primeiros casos, porém, os percentuais de queda são os mais baixos desde fevereiro – o que demonstra uma pequena reação.

 

No acumulado do ano, seis dos 11 segmentos avaliados ainda registram quedas: restaurantes e lanchonetes (-36%), calçados (-34%), vestuário e acessórios (-29%), veículos novos (-17%), cama, mesa e banho (-15%) e cosméticos, perfumes e higiene pessoal (-8%). Acumulam altas nas vendas segmentos de informática e telefonia (1%), material de construção e ferragens (3%), farmácias (6%), áudio, vídeo e eletrodomésticos (7%), e hipermercados e supermercados (10%) acumulam altas nas vendas.

 

PRODUTOS – No recorte de vendas totais por produto, que incluem as negociações de mercadorias entre empresas ao longo da cadeia produtiva e as exportações, 24 grupos tiveram altas nos primeiros 15 dias de agosto, enquanto apenas quatro registraram queda.

 

Os principais destaques no comparativo com o mesmo período de 2019 foram linha branca (74%), tratores (55%), notebooks (52%), cereais, farinhas, sementes e café (52%), frutas, verduras e raízes (46%) e telefones celulares (45%). Tiveram retração automóveis (-31%), vestuário (-21%), iluminação (-5%) e produtos de limpeza (-3%).

 

No acumulado do ano, as maiores altas foram no setor alimentício: cereais, farinhas, sementes, chás e café (35%), frutas, verduras e raízes (23%), carnes, peixes e frutos do mar (20%), produtos químicos (19%) e notebooks (14%). Por outro lado, as maiores baixas de 2020 concentram-se no vestuário (-28%), automóveis (-27%), caminhões e ônibus (-22%), tratores (-14%), motocicletas (-12%) e bebidas não alcoólicas (-5%).

 

TENDÊNCIA – O valor médio de emissão de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) nas primeiras semanas de agosto confirma a tendência de reequilíbrio econômico. Houve crescimento nos comércios atacadista e varejista e na indústria de alimentos – a exceção foi a indústria de transformação, com queda de 8 pontos percentuais em relação a julho. Comércio varejista e indústria de alimentos, inclusive, sustentam índices superiores aos de março (utilizados no estudo como base de comparação).

 

Na macrorregião Leste (do Centro-Sul ao Litoral, passando por Curitiba, Campos Gerais e Região Metropolitana), sobressaíram os resultados do comércio varejista e da indústria de alimentos, operando acima dos patamares observados antes da pandemia.

 

A macrorregião Noroeste (região de Maringá e Umuarama), registrou um forte recuo na indústria de transformação, em contraposição ao crescimento das atividades comerciais. O ramo varejista pela primeira vez passou a operar a níveis superiores aos de antes da pandemia.

 

E a macrorregião Norte (Londrina e região), num reflexo do Estado, também registrou alta em três das quatro atividades avaliadas. A indústria de alimentos é atualmente o segmento com índice mais elevado, suplantando o patamar de operação pré-pandêmico em 11,1%.

 

POUCAS EMPRESAS SEM ATIVIDADE – O número de empresas paranaenses em atividade teve pouca alteração em relação ao final de julho, muito próximo do observado no início de março, ou seja, é bastante reduzida a quantidade de estabelecimentos que estejam totalmente paralisados devido à pandemia.

 

No total do Estado, o percentual de empresas que emitiram ao menos um documento fiscal (NF-e ou NFC-e), o que as caracterizam como ativas no começo de agosto, chegou a 97%. Para efeitos de comparação, no final de março este índice havia despencado para 54%.

 

Em diversos municípios o índice de empresas em funcionamento voltou a 100%. Enquanto Curitiba registrou um percentual de 93%, Foz do Iguaçu segue com o mais baixo percentual de empresas ativas: 88%.

 

ARRECADAÇÃO EM QUEDA – Já o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que reflete as vendas do mês anterior, voltou a registrar queda após a reação de julho e ainda está longe de retomar os níveis pré-Covid. O montante arrecadado nas primeiras semanas do mês foi de R$ 2,22 bilhões - 3,7% menos do que no mesmo período de 2019. No acumulado de 2020, a queda na arrecadação do principal tributo do Estado chega a R$ 1,5 bilhão (-7,5%).

 

A baixa é puxada principalmente pelo setor de combustíveis, cuja participação representa 22% de todo o total do ICMS arrecadado no Paraná. Nestas primeiras semanas de agosto, o segmento registrou variação negativa de R$ 134 milhões (-21%). O setor automotivo também caiu em arrecadação (-15,6%).

 

Por outro lado, segmentos significativos na composição do tributo tiveram alta este mês: energia (1,5%), indústria (15,3%) e bebidas (6,5%).

 

PIB – Ainda segundo a análise do boletim conjuntural, as perspectivas para 2021 são de um Produto Interno Bruto (PIB) nacional 7% menor do que seria num cenário sem pandemia. Como a arrecadação de ICMS tem forte correlação com a atividade econômica, uma queda desta ordem pode retirar R$ 2,3 bilhões dos cofres públicos no próximo ano.

 

Distorções na ajuda federal aos estados prejudicaram o Paraná

 

O boletim desta semana mostra que o modelo do socorro federal aos estados para compensar as perdas de arrecadação com a pandemia de Covid-19 apresenta graves distorções que prejudicam algumas unidades da federação – entre elas, o Paraná. De acordo com o Estudo Técnico 24/2020, da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, até o momento o auxílio da União não foi suficiente para cobrir as perdas de ICMS.

 

Segundo o documento citado no boletim, a metodologia utilizada fez com que diversos estados recebessem valores muito superiores às suas perdas (o caso mais emblemático é o de Mato Grosso, que registrou uma perda de receita de apenas R$ 3,5 milhões e recebeu repasses de R$ 727,4 milhões – 205 vezes mais), enquanto os três estados do Sul e São Paulo receberam valores inferiores à perda de receita. No caso do Paraná, o prejuízo chega a R$ 26 milhões.

 

Para os autores do estudo, esse “excesso” de repasses para alguns estados representa um gasto novo da União e que não tem finalidade específica, com a destinação dos recursos ficando a critério dos governadores.

 

Por outro lado, alguns estados não cobriram sequer as perdas. “Não obstante o auxílio superar para o conjunto dos estados a queda de arrecadação do ICMS nos meses de abril a junho, na comparação estado a estado os valores dos repasses foram inferiores à perda de receita nos casos de São Paulo e dos três estados da Região Sul”, pontua o estudo técnico. (Com AEN)

 

 

 

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