Paraná recebe treinamento para sequenciamento de genoma de chikungunya

O Estado do Paraná, com o apoio da Organização Panamericana de Saúde (Opas), e em parceria com a Fiocruz de Minas Gerais e a Fundação Ezequiel Dias (Funed), deu início nesta segunda-feira (24) ao treinamento em sequenciamento genômico do vírus chikungunya.

A atividade, que acontece no Laboratório Central do Estado (Lacen), se estenderá até o dia 28, quando o trabalho de sequenciamento já estará concluído.

“O Lacen é reconhecido nacionalmente por seu padrão de qualidade e, com este apoio, iremos avançar ainda mais no combate à chikungunya no Paraná. O Governo do Estado tem promovido uma luta implacável contra a expansão das arboviroses e este é mais um passo nesta linha”, comentou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Para a capacitação, estão sendo analisadas amostras de pacientes com febre chikungunya que foram coletadas nas macrorregiões Oeste e Norte do Estado durante o ano de 2023. Com a conclusão da pesquisa, será possível mapear e conhecer de maneira mais profunda a origem e evolução da doença.

“Esta estratégia é fundamental para mapearmos as origens do vírus e, nesse sentido, compreender melhor o seu comportamento. Com a conclusão do treinamento, não teremos somente maior dimensão da doença como também teremos profissionais com maior capacitação para monitorá-la”, destacou a diretora do Lacen, Irina Nastassja Riediger.

Os novos dados contribuirão, ainda, para complementar as informações geradas pela rede de unidades sentinelas no Estado, dedicadas a realizar o monitoramento e a precisar a circulação de arboviroses. Hoje, o Paraná conta com 60 unidades deste tipo, distribuídas pelas 22 Regionais de Saúde, sendo a rede mais robusta em toda a União.

A rede sentinela é uma estratégia que permite uma avaliação mais precisa da atuação das arboviroses em todas as regiões do Paraná. Estas unidades são responsáveis pela coleta de material para análise laboratorial em pessoas que buscam atendimento de saúde e que apresentem sintomas que possam sugerir uma infecção de chikungunya.

DADOS – De acordo com o último informe epidemiológico publicado pelo Estado, na semana passada o Paraná somava 1.395 notificações de chikungunya, além de 187 casos confirmados da doença, sendo 49 importados e 116 autóctones.

 

 

 

 

 

 

 

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 Mortes caem 29% nas rodovias estaduais no feriado de Tiradentes, aponta Polícia Militar

O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) reforçou o policiamento nas rodovias estaduais e registrou redução de 29% no número de mortes causadas por acidentes de trânsito durante o feriado de Tiradentes, na comparação com o ano de 2022.

A operação foi iniciada à zero hora de quinta-feira (20) e encerrada na manhã desta segunda (24).

No ano passado, no mesmo período, foram registrados 50 acidentes, com sete mortes e 46 feridos. Em 2023, houve 42 acidentes (-16%), com cinco mortes (-29%) e 43 feridos (-7%).

Durante a Operação Tiradentes, o BPRv contou também com cães farejadores, possibilitando a fiscalização rápida nos veículos para a localização de drogas e armas. Ao todo, foram apreendidos 103 quilos de drogas ao longo da operação.

“As ações aconteceram com o objetivo de intensificar a fiscalização nas rodovias estaduais e isso possibilitou a redução nos acidentes, mortes e feridos. Além disso, registramos a expressiva apreensão de mais de 100 quilos de drogas que eram transportadas pelas rodovias ao longo do feriado, o que também contribuiu para maior segurança aos usuários das rodovias”, destacou o tenente Sidinei Hudach, do BPRv.

Em relação à embriaguez ao volante, as notificações aos motoristas cresceram 12%, passando de 17 para 19. Já em ambos os anos, uma pessoa foi presa por dirigir sob efeito do álcool.

No total, 5.381 motoristas foram flagrados em excesso de velocidade nas rodovias estaduais do Paraná. Além disso, foram 1.384 autos de infração de trânsito por diferentes irregularidades como, por exemplo, dirigir sem cinto de segurança, ultrapassagem em local proibido e uso incorreto da cadeirinha para crianças.

 

 

 

 

 

 

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 Copel entrega 94 toneladas de alimentos a instituições de educação e assistência social

Voluntários da Copel realizam a entrega de 4,7 mil cestas básicas a 22 instituições educacionais e de assistência social cadastradas em chamada pública permanente destinada a essas entidades. A doação é resultado da campanha Fatura Solidária, desenvolvida ao longo da pandemia.

A empresa convidou seus clientes a aderirem à fatura digital, enviada por e-mail, e ao débito automático. Em troca, até o final de 2022 a empresa depositou em um fundo o valor de R$ 2,00 a cada conversão da conta de luz em papel para a digital e de R$ 3,00 a cada cadastro de débito em conta.

Estes recursos garantiram, durante a pandemia, a compra de respiradores e ventiladores para o atendimento de pacientes de Covid-19 na rede pública de saúde.

“Agora, a ideia é que esta doação de alimentos ajude a combater os efeitos que a pandemia trouxe sobre a economia das famílias assistidas por nossas instituições parceiras, fortalecendo a saúde do corpo e dando mais tranquilidade quanto à manutenção de suas atividades. E isso foi possível graças ao engajamento dos nossos clientes”, explica o superintendente de Gestão, Diego Augusto Correa.

Nesta etapa, foram investidos R$ 481 mil na compra de aproximadamente 94 toneladas de alimentos, entregues para instituições em todas as regiões do Estado. Os produtos poderão ser utilizados pela própria instituição para atendimento a seus públicos, ou entregues para uso direto pelas famílias atendidas, em Campo Mourão, Capitão Leônidas Marques, Cascavel, Curitiba, Lobato, Londrina, Maringá, Medianeira, Pinhais, Ponta Grossa e Umuarama.

Em Londrina, o Instituto Londrinense de Educação para Crianças Excepcionais (Ilece) foi uma das instituições contempladas. De acordo com a diretora pedagógica, Sara Cristina Daccache Livoratti, o alimento doado será de grande importância para auxiliar as famílias de baixa renda atendidas pela instituição.

“Neste pós-pandemia observamos pessoas que ainda não conseguiram retomar suas vidas da maneira como precisam. Ainda que recebam benefício de prestação continuada, não é suficiente para se manter com as questões de alimentação e saúde. Estas doações são muito bem-vindas”, avalia.

Outra instituição beneficiada foi a ONG Viver, que dá acolhimento, amparo e apoio a pacientes de câncer infantil e suas famílias em Londrina. A coordenadora de projetos Poliana Nadim considera a doação impactante.

“Muitas vezes, começamos o mês sem saber como conseguir doações para o próximo período, porque dependemos exclusivamente de contribuições da comunidade, pedidas pelo telemarketing e que nos chegam através do Nota Paraná. Esta doação nos ajuda a manter o apoio a esse público que está passando por um período tão difícil”, relata.

 

 

 

 

 

 

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 Começam nesta segunda-feira as inscrições para exames da EJA do ensino médio

Abrem nesta segunda-feira (24) as inscrições para os exames EJA (Educação de Jovens e Adultos) para certificação de disciplinas e áreas do conhecimento do ensino médio.

Os interessados devem ir até o dia 3 de maio a uma instituição pública de ensino que oferte EJA levando documento oficial com foto (veja AQUI a lista de instituições em cada município).

Para se inscrever para os exames do ensino médio é preciso ter idade a partir de 18 anos. As provas são em formato online (no computador) e serão feitas presencialmente, entre 6 e 22 de junho, nos laboratórios de informática das instituições que ofertam esta modalidade. Confira no portal da Secretaria de Estado da Educação os conteúdos cobrados nos exames e o edital completo.

ENSINO FUNDAMENTAL II – As inscrições para os exames EJA referentes a disciplinas e áreas do conhecimento do ensino fundamental II (6º ao 9º ano) acontecerão entre 18 e 28 de setembro, e as provas serão aplicadas em novembro. Para se inscrever para os exames do ensino fundamental II é necessário ter idade a partir de 15 anos.

 

 

 

 

 

 

 

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 Pesquisadoras do Paraná vão liderar projeto nacional de autocoleta de HPV

Nos laboratórios e salas de aula da Universidade Estadual de Maringá (UEM) está em concepção um projeto que vai atingir as cinco regiões brasileiras e pretende ampliar o número de mulheres que fazem exames para identificar o câncer de colo de útero.

Coordenada pela professora Márcia Consolaro, a ação terá a participação de outras quatro universidades e instituições públicas brasileiras para promover a autocoleta para HPV – o vírus que causa a doença – em mulheres que não aderem ao exame papanicolau. O trabalho da UEM é mais um exemplo da série Paraná, o Brasil que dá Certo, produzida pela Agência Estadual de Notícias.

Chamado de “Autocoleta e teste de HPV em mulheres não rastreadas para o câncer cervical: estudo multicêntrico de viabilidade no Brasil”, o projeto aguarda apenas a liberação de recursos do Ministério da Saúde para iniciar o trabalho com mulheres de Maringá, Ouro Preto (MG), Natal (RN), Goiânia (GO) e Manaus (AM), dentro da área de atuação das instituições.

Além da UEM, também participam as universidades federais de Ouro Preto (UFOP), no Sudeste; do Rio Grande do Norte (UFRN), no Nordeste; de Goiás (UFG), no Centro-Oeste; e a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (Cecon), no Norte.

O projeto será feito por mulheres e para mulheres. Com exceção de um bolsista, toda a equipe da UEM liderada por Márcia é feminina, assim como a coordenação das demais instituições. Um dos pilares é a formação de agentes comunitárias de saúde, todas mulheres, que farão a busca ativa daquelas que não procuram as unidades de saúde para fazer o preventivo.

“A ideia é ter estratégias que foquem não no exame, mas sim naquela mulher que não adere ao que é oferecido como modalidade nacional. Temos que fazer dessa mulher uma agente da própria saúde, e é isso que a autocoleta oferece. Isso pode gerar benefícios como uma cultura de prevenção em várias outras áreas da saúde”, explica Márcia.

Ela é farmacêutica-bioquímica formada pela UEM e professora da instituição há 27 anos, lecionando atualmente nos cursos de graduação de Farmácia e Biomedicina e no programa de pós-graduação de Biociência e Fisiopatologia.

Uma das bolsistas do projeto é a biomédica Maria Vitória de Souza, que destaca a importância de fazer com que o trabalho de pesquisa universitária chegue a essas mulheres. “Com ele, conseguimos levar a ciência para além do muro da universidade. Como mulher e pesquisadora, é muito gratificante participar de um projeto que pode fazer com que outras mulheres não cheguem a um estágio avançado de câncer”, afirma.

EXPANSÃO – A iniciativa é uma expansão de outro projeto comandado por Márcia entre 2014 e 2016 em Maringá, fruto de uma parceria internacional entre a UEM, a Universidade do Alabama em Birminghan e a Faculdade de Medicina Albert Einstein (Albert Einstein College of Medicine), ambos dos Estados Unidos. A pesquisa também contou com a participação do Ministério da Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde de Maringá e da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Além disso, outro estudo do grupo, relacionado a infecções de HPV em mulheres HIV positivo, foi financiado pelo Instituto Nacional de Saúde estadunidense, o National Institutes of Health.

O edital da Universidade do Alabama selecionou 19 projetos na época, sendo que o único voltado ao câncer de colo de útero foi o da universidade paranaense. A estratégia focou em pacientes que não são alcançadas pelas abordagens tradicionais para prevenção do câncer de colo uterino.

O motivo deste foco é que existem várias barreiras que impedem a adesão ao papanicolau, seja porque a mulher não sente necessidade, não tem sintomas, por falta de comunicação ou recomendação médica, ou mesmo por questões morais, por ela se sentir constrangida ou não ter autorização do marido.

A autocoleta quebra esses obstáculos porque pode ser feita pela própria mulher em sua casa, de maneira parecida com os autoexames de Covid-19 que são vendidos em farmácias. É utilizado um teste molecular, que detecta o DNA do vírus e tem mais eficácia que o papanicolau, que analisa as células coletadas.

“A autocoleta não tem barreira religiosa, não precisa ficar horas na fila da unidade de saúde. É uma estratégia focada na mulher”, explica Márcia.

Para chegar até essas pacientes, os pesquisadores fizeram treinamentos com agentes comunitárias de três unidades de saúde de Maringá, para elas entenderem o que era o câncer de colo uterino e como seria feita a abordagem às mulheres que nunca fizeram ou estavam há quatro anos ou mais sem fazer o papanicolau. As agentes, por sua vez, faziam uma busca ativa das pacientes, indo até suas casas para conversar e oferecer o exame.

A ideia do estudo era avaliar se a autocoleta era viável, ou seja, se as mulheres iriam aderir à iniciativa. Para isso, cada unidade de saúde que participou do projeto teve uma abordagem. Na UBS Quebec, era feito o agendamento do papanicolau, na UBS Alvorada a autocoleta e na UBS Pinheiros as mulheres poderiam escolher qual teste preferiam fazer.

Foram selecionadas 483 mulheres com idade entre 25 e 64 anos, conforme prevê as diretrizes do Ministério da Saúde para rastreio do câncer de colo de útero.

“As agentes iam até as casas e já ofereciam os testes. Já na primeira visita, 100% das 161 mulheres do grupo de autocoleta aceitaram e fizeram o teste em casa, enquanto pouco mais de 80% do grupo do papanicolau aceitaram fazer o exame. No grupo de livre escolha, 99% preferiram a autocoleta”, conta a professora.

PROJETO MULTICÊNTRICO – Com o resultado da primeira pesquisa, o projeto multicêntrico será realizado em duas unidades de saúde por cidade, com a oferta da autocoleta e do papanicolau, sem a opção de livre escolha. A ideia é avaliar se nas outras regiões a aceitabilidade das mulheres pela autocoleta também será alta.

“Conseguimos excelentes resultados com o primeiro projeto, com as mulheres aceitando muito bem a autocoleta. É isso que queremos replicar nessa experiência nacional”, destaca Vania Sela da Silva, professora de Citologia Clínica da UEM e co-coordenadora do projeto.

“É muito gratificante, enquanto pesquisadora, contribuir com esses resultados. Esperamos que nas outras regiões do Brasil eles se confirmem e que a aceitabilidade e a eficácia da autocoleta sejam grandes”, afirma.

Os mesmos critérios anteriores de faixa etária, busca ativa de pacientes e treinamento das agentes comunitárias de saúde serão utilizados na pesquisa nacional. “Não vamos apenas detectar a presença do vírus, mas avaliar qual seria o melhor modelo para atender as mulheres HPV positivo, fazer estudos de custo-efetividade de cada exame. Será um estudo bastante completo”, salienta Márcia.

Segundo ela, a proposta do Ministério da Saúde é replicar o modelo em todo o País a partir do resultado desse estudo. “Não queremos substituir o papanicolau no Brasil. A nossa proposta é atingir aquelas mulheres que o sistema identifica como as que não aderem ao preventivo, para quem a autocoleta seria importante”, explica.

No mês passado, a pasta lançou uma nova estratégia para o controle e eliminação do câncer de colo do útero. Além do foco na redução de casos e na prevenção, como a vacinação, a iniciativa também prevê a inclusão do teste molecular para detecção do HPV no Sistema Único de Saúde (SUS).

Com a experiência de quase 30 anos atuando na área, Márcia Consolaro foi uma das responsáveis pela elaboração de parte do projeto-piloto, que será desenvolvido em Recife, com a perspectiva de ser expandido para o estado de Pernambuco e depois para todo o Brasil.

“O Paraná tem uma participação fundamental neste projeto a partir do desenvolvimento dos testes moleculares, de mudar a forma de testagem, à semelhança do que está sendo preconizado pela Organização Mundial da Saúde”, afirma a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

“Nós falamos da eliminação do câncer de colo de útero como problema de saúde pública, porque é uma doença prevenível. Estamos integrando várias áreas que estão desenvolvendo esse método no País em um grande esforço para evitar a morte prematura de mulheres. Por isso, reforço a importância do sistema de ciência e tecnologia do Paraná nesse processo”, destaca a ministra.

DOENÇA – Da família dos Papilomavírus Humano (HPV), cerca de 40 são genitais, mas nem todos causam doenças. São os chamados HPV de alto risco, ou do tipo oncológico, os que merecem atenção e são responsáveis por pelo menos 5% de todos os cânceres mundiais

Praticamente todos os casos de câncer cervical, como também é conhecido o câncer de colo de útero, são causados pelo vírus, assim como 84% dos cânceres de ânus, 70% dos de vagina, 40% dos de vulva e 19% dos de orofaringe (que se desenvolve na parte da garganta que fica logo atrás da boca).

O de colo uterino é o quarto tipo de câncer feminino mais prevalente no mundo, com 604 mil novos casos e 342 mil mortes estimadas em 2020.

No Brasil, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a terceira causa de morte de mulheres por câncer. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), foram 16.590 novos casos em 2020, com 6.627 mortes por causa da doença.

Os exames preventivos podem detectar os estágios pré-cancerosos, pois a doença pode levar até 15 anos para se manifestar após a infecção com HPV. “É por isso que se faz a prevenção, não é para detectar o câncer já instalado, mas esses estágios iniciais, que se tratados curam 100% a mulher. Ele é um câncer prevenível”, afirma Márcia. “Um terço das mulheres que são diagnosticadas acabam morrendo, porque há um problema de saúde pública para chegar até elas. É isso que queremos reverter”.

SÉRIE “Paraná, o Brasil que dá certo” é uma série de reportagens da Agência Estadual de Notícias. São apresentadas iniciativas da administração pública estadual que são referência para o Brasil em suas áreas.

 

 

 

 

 

 

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