O compartilhamento de dados e de sistemas de informática entre as esferas estadual e federal é fundamental para investigar possíveis desvios e irregularidades. A ideia foi reafirmada pelo controlador-geral do Paraná, Raul Siqueira, em visita à Controladoria-Geral da União (CGU), na quarta-feira (16).
A parceria, que já ocorria na gestão anterior, facilitará a auditoria nas áreas de recursos humanos e da previdência, prevista para o primeiro semestre. “Esse trabalho envolverá servidores da ativa e aposentados, tanto do governo estadual quanto do federal”, explicou.
Ele se reuniu com o ministro Vinícius Marques de Carvalho, controlador-geral da União, com Ricardo Wagner de Araújo, corregedor-geral da União, e o auditor federal Gustavo Roriz, entre outros profissionais da área de controle.
“Estamos unindo esforços para juntos trabalharmos pela integridade da administração pública estadual e federal”, completou o controlador-geral do Paraná.
O compartilhamento de informações permitiu, durante a pandemia, que se identificassem servidores que recebiam indevidamente auxílio emergencial, por exemplo. Agora, a auditoria vai se concentrar em pensões e benefícios irregulares, acúmulo de cargos ou de benefícios e outras incompatibilidades que eventualmente ocorram.
“Esta visita à CGU uniu esforços com a nova gestão e vai permitir continuar trabalho exitoso realizados até agora, com cruzamento de dados e compartilhamento de sistemas”, resumiu Siqueira.
Também participou do encontro a diretora-geral da CGE, Patrícia Valgrande Augusto.
Por - AEN
O Carnaval é um período de diversão e de folga, mas é também o momento de redobrar a atenção com crianças e adolescentes.
De acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, neste período os registros de crimes de violações de direitos em áreas como abusos e trabalho infantil registram alta de até 20%.
Para auxiliar os responsáveis com esses cuidados, o Governo do Paraná, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família, publica nas redes de sociais alerta e dicas para os paranaenses sobre a questão de abuso sexual e também de trabalho infantil, já que este segundo item, chega a registrar aumento de 38% no Carnaval. O mote do post é "Folia tem limite, proteja as crianças".
“É preciso ficar alerta. Muitas vezes, viajamos com familiares, amigos e conhecidos e acabamos relaxando nos cuidados por estarmos cercados de pessoas de confiança, porém, mais da metade de casos de abuso, ocorrem dentro de casa, por exemplo. Claro que não queremos que os pais desconfiem de tudo e de todos, mas nestes momentos de relaxamento, os cuidados devem ser intensos”, diz a coordenadora de Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família, Juliana Sabbag.
Ela também observa que as pessoas têm dúvidas do que caracteriza o trabalho infantil. “Tudo aquilo que uma criança faz em substituição a um adulto é trabalho infantil. No Carnaval, a maior incidência que temos é de crianças juntando recicláveis, fazendo jardim, trabalhando como diarista, atendendo nas praias e tantos outros”, explica.
No Brasil, o trabalho é proibido para menores de 16 anos, com exceção quando o adolescente é aprendiz, podendo neste caso, trabalhar a partir dos 14 anos de idade. Dos 16 aos 18 anos, jovens e adolescentes podem trabalhar se não estiverem expostos a insalubridade, trabalho noturno, ou qualquer atividade que possa prejudicar seu desempenho escolar.
Ao verificar alguma situação de violação de direitos, a população pode denunciar por meio do 181 disque denúncia e o site www.181.pr.gov.br e toda denúncia é anônima. As forças policiais também poder ser acionadas.
SINAIS DE ALERTA
Quando passam por situações de abuso, as crianças e adolescentes passam a presentar mudanças de comportamentos. É preciso ficar atentos a alguns sinais:
- Não querer ficar perto de alguém;
- Apresentar reações de medo;
- Ficar triste e distante dos familiares;
- Mudanças bruscas de comportamento: criança se torna mais agressiva ou quieta e triste;
- Regressão de comportamento: voltar a usar fraldas, fazer xixi na cama, crises de choro;
- Comportamento sexualizado, inadequado para a idade.
Por - AEN
O Paraná é o segundo maior produtor de soja no País, com previsão de colher 20,7 milhões de toneladas na atual safra. Isso representa 14% da produção nacional que, por sua vez, responde por quase 40% do que é produzido da oleaginosa no mundo.
A análise faz parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 10 a 16 de fevereiro. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
A expectativa para a atual safra é que sejam produzidos 383 milhões de toneladas de soja no mundo. Como principal produtor, o Brasil deve contribuir com 152,8 milhões de toneladas. Os Estados Unidos ocupam a segunda colocação, com 116 milhões de toneladas, seguidos da Argentina, com 40 milhões de toneladas. Os três países são responsáveis por mais de 80% da oleaginosa produzida no mundo.
Além de liderar a corrida produtiva, o Brasil é também o maior exportador. Para este ano, o volume do produto enviado ao exterior deve ultrapassar 90 milhões de toneladas.
A produção paranaense, projetada até agora em 20,7 milhões de toneladas, já começou a ser colhida. Nesta semana, houve um avanço nos trabalhos. Estima-se que aproximadamente 7% da área de 5,7 milhões de hectares já foi colhida, o que equivale a 287 mil hectares.
MILHO E SOJA – Na última semana, mais de 210 mil hectares de terras foram semeados com milho no Paraná. Isso representa 12% dos 2,6 milhões de hectares esperados. As condições de campo até agora são favoráveis, o que deve ajudar na evolução do plantio.
O boletim registra ainda que, prestes a completar um ano, a guerra na Ucrânia tem provocado grande volatilidade nos preços internacionais do trigo. Tanto a produção na região do conflito quanto os desdobramentos dos acordos de exportação de grãos devem continuar a impactar os preços em 2023.
FEIJÃO E HORTÍCOLAS – A colheita da primeira safra de feijão alcançou cerca de 86%. As condições climáticas estão favorecendo o trabalho e o produto obtido é de excelente qualidade, ainda que as lavouras implantadas no início da safra não tenham a produtividade desejada.
O documento produzido no Deral apresenta, ainda, análise sobre a movimentação financeira de cinco produtos nas Centrais de Abastecimento do Estado do Paraná (Ceasa/PR) durante 2022: cebola, laranja, manga, alho nacional e abacaxi. Juntos, representam 18,4% dos volumes comercializados e 16,6% do equivalente monetário naquele ano.
AVES E BOVINOCULTURA – Os primeiros resultados da pesquisa trimestral de abate de animais, realizada pelo IBGE, mostra que foram abatidas 1,56 bilhão de cabeças de frangos no Brasil no quarto trimestre de 2022, aumento de 2,1% em relação ao trimestre equivalente de 2021.
Sobre a bovinocultura de corte, o registro é de que, no Paraná, o valor médio de negociação da arroba está em torno de R$ 269,85, valor que tem mostrado estável, ainda que abaixo do registrado há um ano, quando a arroba estava cotada a R$ 313,00.
MEL E OVOS – Em 2022, as empresas nacionais exportaram 36.886 toneladas de mel in natura, com faturamento de US$ 137,9 milhões. O Paraná é o quarto colocado, com 4.466 toneladas e faturamento de US$ 16,7 milhões. As informações divulgadas no Agrostat Brasil, em relação à exportação do produto, são analisadas no Boletim de Conjuntura Agropecuária.
Os dados preliminares da Estatística da Produção Pecuária, do IBGE, apontam que a produção de ovos de galinha ultrapassou 1 bilhão de dúzias no quarto trimestre de 2022, um aumento de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por - AEN
Em um encontro com cerca de 2 mil diretores escolares de todo o Paraná em Foz do Iguaçu nesta quinta-feira (16), o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou um pacote de cerca de R$ 100 milhões em investimentos para a revitalização das escolas da rede estadual de ensino.
O montante faz parte do programa Escola Bonita, cujos recursos podem ser utilizados pelas gestões escolares para a execução de reformas ou aquisição de equipamentos e mobiliários.
O objetivo é garantir que os estudantes e os profissionais da Educação tenham espaços adequados e propícios à aprendizagem e ao convívio da comunidade escolar. Este é o terceiro lote de investimentos liberados pelo Governo do Estado no âmbito do programa. Em 2020, ocorreu o primeiro aporte, de R$ 19,2 milhões, valor que aumentou para R$ 25 milhões em 2022 e que, com o novo investimento anunciado agora, totaliza R$ 144,2 milhões para melhoria dos colégios.
“Estamos lançando a nova etapa do programa Escola Bonita, que terá um investimento próximo de R$ 100 milhões, para que todas as escolas possam fazer reformas, melhorar os seus refeitórios, quadras esportivas e ampliar as salas de aula conforme necessário. Isso deixa o ambiente escolar mais saudável e adequado para receber os nossos alunos e professores para mais um ano letivo”, informou o governador.
Ele também destacou a avanço da Educação no Paraná. “Assumimos o Estado como sétimo lugar no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e hoje o Paraná é reconhecido como a melhor educação do País. Isso é fruto do trabalho de união do Governo do Estado, professores, educadores, pedagogos, diretores e pais, que entenderam esse modelo ousado que estamos implementando na educação, preparando os filhos dos paranaenses para o futuro”, concluiu Ratinho Junior.
AUTONOMIA – Cada diretor pode definir como utilizar os recursos de acordo com as necessidades prioritárias específicas das unidades escolares que gerenciam. As intervenções incluem pinturas, reparos estruturais, melhorias nos espaços comuns, bibliotecas, laboratórios, quadras esportivas e pátios, além de serviços especializados de jardinagem e limpeza.
O investimento é feito pela Secretaria de Estado da Educação com recursos provenientes do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), órgão vinculado à pasta. O trabalho integrado do Governo do Estado conta ainda com a participação de equipes de engenharia da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) e da Paraná Edificações, responsáveis pela fiscalização das obras.
Marcela Maria de Campos é diretora do Colégio Estadual Érico Veríssimo, de Faxinal, que já recebeu verbas do programa anteriormente. Ela conta que utilizou os recursos para ampliar a cozinha da escola, o que permitiu que o colégio também se transformasse em uma unidade de ensino em tempo integral. “Com o dinheiro do Escola Bonita conseguimos ampliar a cozinha, que atualmente serve 786 almoços por dia. Quem está no chão da escola sabe a importância disso. As cozinheiras têm trabalhado com o maior capricho e os alunos estão gostando muito”, relatou.
Outra unidade contemplada foi a Escola Estadual José Sarmento Filho, em Iretama. Para o diretor, Vicente Moreira da Silva, o programa foi uma oportunidade de atender uma antiga demanda da comunidade escolar. “Era um sonho de algum tempo fazer uma reforma geral na quadra de esportes. Também fizemos reparos na pintura geral do colégio, entregando para os alunos um ambiente mais acolhedor”, contou.
Segundo o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, a meta do Escola Bonita é abranger toda a rede estadual de ensino. “Nesta nova etapa, o Escola Bonita vai ter uma capilaridade em que praticamente 100% das escolas que ainda não receberam obras serão reformadas. Foi um pedido que recebi dos diretores e que já tratamos com o governador para poder atender”, garantiu.
De acordo com o diretor-presidente da Fundepar, Marcelo Bueno, as unidades escolares necessitam de intervenções constantes devido às características da maior parte da rede estadual. “Essa verba é basicamente para serviços de engenharia, como reformas de parede, pisos e telhados, além de serviços hidráulicos e elétricos. As escolas paranaenses têm em média 50 anos, então elas precisam de reformas a cada três ou quatro anos e fazia muitos anos que não recebiam recursos para obras, o que gerou um desgaste maior pela falta de manutenção”, justificou.
OUTRAS INICIATIVAS – O Escola Bonita não é o único programa focado na melhoria da infraestrutura escolar da rede estadual em andamento. Em 2022, o Estado também repassou R$ 33,2 milhões do Fundo Rotativo para os colégios estaduais de maneira descentralizada. O dinheiro foi usado para a compra de materiais de expediente, de limpeza e pedagógicos e para pequenos reparos na infraestrutura.
Por meio do Instituto Fundepar, o Governo também está investindo outros R$ 100 milhões para a substituição das últimas 400 salas de aula de madeira existentes no Paraná, que serão substituídas por novas estruturas em alvenaria. A medida garante a melhoria do conforto térmico e acústico, além de mais segurança para estudantes, professores e outros funcionários escolares.
As novas salas são feitas em um sistema sustentável. A construção modular é considerada ecológica, uma vez que reduz o desperdício de material, economiza tempo de construção e proporciona espaços padronizados em relação a medidas e formatos. Nesse momento, há obras em andamento em sete escolas de Piraquara, Almirante Tamandaré, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Londrina, Apucarana e Rio Branco do Ivaí, cujos serviços deverão ser concluídos até o fim de abril.
PRESENÇAS – Também participaram do evento em Foz do Iguaçu o diretor-presidente da Fundepar, Marcelo Pimentel Bueno; secretário de Estado da Comunicação, Cleber Mata; a chefe do Núcleo Regional da Educação de Foz do Iguaçu, Silvana Garcia; o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro; e os deputados estaduais Hussein Bakri (líder do Governo) e Matheus Vermelho.
Por - AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou nesta quinta-feira (14) em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, a ampliação da educação em tempo integral na rede estadual do Paraná.
A partir deste ano letivo, 253 colégios paranaenses passaram a contar com o ensino integral no fundamental e médio, 86 instituições a mais do que no ano passado, o que representa uma expansão de 51% na rede. Com isso, 55 mil estudantes estão sendo atendidos na modalidade.
O anúncio foi feito durante o Seminário de Diretores Escolares, que reúne os dirigentes das 2,1 mil escolas da rede estadual. Na oportunidade, o governador também destacou o investimento de R$ 100 milhões para revitalização de colégios da rede estadual, dentro do programa Escola Bonita, e o pagamento de uma gratificação a diretores e diretores-auxiliares de toda a rede estadual, condicionada à manutenção da frequência escolar superior a 85% no ano.
“O Paraná foi reconhecido como a melhor educação pública do País. Isso é fruto de um grande trabalho que envolve não apenas o governo, mas toda a comunidade escolar, diretores, professores, equipe pedagógica, os pais e os alunos. Mas é também fruto de muito investimento e inovações”, afirmou Ratinho Junior.
Uma delas, ressaltou o governador, é a ampliação constante do modelo. “Quando assumimos o governo, o Paraná tinha pouco mais de 70 escolas em tempo integral, e hoje estamos iniciando o ano com mais de 250 nessa modalidade”, disse. “Junto à ampliação dos colégios cívico-militares, às três merendas por período e à melhoria da tecnologia em sala de aula, temos demonstrado o compromisso do Governo do Estado com a educação pública, valorizando o corpo técnico e todos os alunos”.
O secretário estadual da Educação, Roni Miranda, destacou como o avanço da modalidade na rede estadual beneficia a aprendizagem dos estudantes. “A educação em tempo integral traz o estudante para dentro da escola e também tem a ação social voltada à aprendizagem. Ela busca a formação por inteiro do indivíduo, em que o aluno tem aulas de projeto de vida, empreendedorismo e liderança, entre outras”, explicou.
EXPANSÃO – O número de escolas no modelo mais do que triplicou em quatro anos. Em 2019, o Paraná contava com 73 unidades atendendo em período integral. O avanço ocorreu mesmo após a pandemia, com a expansão sendo feita em ritmo acelerado desde a retomada das aulas. De 2021 para cá, o número de instituições cresceu 175%, passando de 92 unidades para as atuais 253.
Além da ampliação da modalidade, pela primeira vez estão sendo ofertados cursos técnicos para a educação em tempo integral. A educação profissional agora está presente em 33 desses colégios, com seis cursos: Administração, Agronegócio, Desenvolvimento de Sistemas, Formação de Docentes, Gastronomia e Marketing.
Do ano passado para cá, o número de municípios com essa modalidade também aumentou, passando de 103 para 154 cidades atendidas nos 32 Núcleos Regionais de Educação do Estado (NREs). Com a inovação, 106 colégios estarão inseridos no programa Paraná Integral, em que todos os alunos estudam em período integral, e outros 147 fazem parte do Integral +, que conta com algumas turmas dentro do modelo.
ENSINO INTEGRAL – Nessa modalidade, os estudantes passam nove horas por dia no colégio: são nove aulas diárias de 50 minutos, uma hora de almoço e dois intervalos de 15 minutos, um pela manhã e outro à tarde. Durante esse período, os alunos recebem cinco refeições.
Para Marcela de Campos, diretora do Colégio Estadual Érico Veríssimo, de Faxinal, no Vale do Ivaí, o ensino em tempo integral transforma a realidade dos estudantes. Ela conta a história de um aluno que chegou a a trocar de turno para poder estudar à noite e trabalhar durante o dia, mas que retornou tempos depois porque o salário que recebia acabava sendo menor que a economia da família com a alimentação, já que ele fazia todas as refeições no colégio.
“Esse aluno nos motivou porque ele avançou não só estando na escola, mas também evoluiu academicamente. Ele mudou sua vida e também os nossos olhares”, explicou Marcela. “Começamos no ano passado com algumas turmas, no Integral +, e agora todas estão inseridas na modalidade, pois passamos para o Paraná Integral. É um grande desafio, viramos a chave total, mas com mais investimentos e também com a verba do Escola Bonita, estamos prontos para avançar. A história de cada aluno nos motiva a cada dia seguir em frente”.
Ao todo, a carga horária da matriz curricular é de 45 horas-aula semanais, ou 1.500 ao longo do ano, quase o dobro do ensino fundamental regular (800) e 50% superior à do novo ensino médio (1.000). Além das disciplinas da Base Nacional Comum Curricular, os alunos do ensino fundamental têm aulas de robótica, educação financeira, redação e leitura, pensamento lógico, projeto de vida, entre outras.
Com o Novo Ensino Médio, que passou a valer no último ano letivo, o currículo é formado pela Formação Geral Básica, dividida em quatro áreas de conhecimento, e pelos Itinerários Formativos, em que o aluno escolhe uma área em que tenha mais interesse e aptidão. Na modalidade, as disciplinas também seguem a área escolhida pelos alunos.
Nas escolas do Paraná Integral, a jornada ampliada também é aplicada ao professor, que cumpre todas as 40 horas semanais na instituição. Na prática, os docentes contam com mais tempo para planejar as aulas e criar estratégias interdisciplinares.
MODELO – Em 2019, além de planejar a expansão, a Secretaria de Estado da Educação criou uma nova proposta pedagógica e gestão para o integral, adotando o modelo da Escola da Escolha, também utilizado em outras unidades federativas e que conta com parcerias de institutos da sociedade civil. O modelo funciona com o currículo integrado pelos componentes da Base Nacional Comum e uma parte de formação diversificada, oportunizando experiências contextualizadas ao estudante, considerando suas necessidades e interesses.
Dentro dessa proposta entram disciplinas como Estudo Orientado, Práticas Experimentais, Protagonismo e o Projeto de Vida, na qual o estudante reflete sobre os seus sonhos, suas ambições e aquilo que deseja para a sua vida. Desde o ano passado, este componente também está inserido no Novo Ensino Médio.
A ideia é permitir que os estudantes tenham mais protagonismo na escola, entendendo melhor as referências sobre valores e ideais e sobre onde querem chegar e quem pretendem ser. Além disso, o modelo tem criado uma comunidade escolar mais participativa, com alunos, professores, diretores e pais construindo uma relação de mais confiança.
PRESENÇAS – Também participaram do evento em Foz do Iguaçu o secretário de Estado da Comunicação, Cleber Mata; o diretor-presidente da Fundepar, Marcelo Pimentel Bueno; a chefe do núcleo regional da Educação de Foz do Iguaçu, Silvana Garcia; o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro; e os deputados estaduais Matheus Vermelho e Hussein Bakri (líder do Governo).
Por - AEN
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) escolheu o Paraná para sediar a Conferência Regional de Educação Superior na América Latina e no Caribe (Cres+5).
A ação foi articulada pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), em parceria com a Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp), com o apoio da Prefeitura de Curitiba. O evento está sinalizado para 25 a 27 de outubro deste ano, na Capital.
O encontro é resultado da 3ª Conferência Regional de Educação Superior, coordenada pelo Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (Iesalc), em 2018, em Córdoba, na Argentina.
Naquele ano foi aprovado um plano de ação para o decênio, com previsão de uma reunião de acompanhamento das atividades (Cres+5). O objetivo, agora, é avaliar os avanços e desafios da educação superior nos países que integram o bloco, considerando, inclusive, os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
A expectativa é reunir 2 mil lideranças universitárias, entre reitores, pró-reitores, diretores e outros gestores de instituições de ensino superior do Grupo de Países da América Latina e Caribe (Grulac), composto por 33 países-membros das Américas Central e do Sul, além de algumas ilhas das Índias Ocidentais.
O bloco representa 17% dos membros da ONU. Em março serão divulgados mais detalhes sobre o evento, incluindo os procedimentos para inscrição e participação na programação técnica.
Para o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, sediar essa conferência é uma oportunidade para consolidar a educação superior paranaense associada ao desenvolvimento sustentável. “O intuito é discutir ações de internacionalização e integração do sistema educacional latino-americano, reforçando o papel da ciência, pesquisa e inovação frente aos desafios sociais e econômicos, sem perder de vista os mecanismos de articulação institucional entre governos e demais agentes do ensino superior”, afirma.
O reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Miguel Sanches Neto, que preside a Apiesp e a rede de universidades da Zona de Integração do Centro Oeste da América do Sul (Zicosur), destaca o protagonismo paranaense em relação à educação superior.
“Pensar o ensino superior numa perspectiva internacional é uma forma de fortalecer as ações locais de nossas instituições de ensino superior. Como estado da Federação que mais investe em ensino superior, o Paraná tem um compromisso histórico com o conhecimento universitário que dinamizou todas as áreas de desenvolvimento do Estado”, enfatiza.
A conferência deve ocupar diferentes espaços da capital paranaense, como o Teatro Guaíra, a Biblioteca Pública do Paraná, a Capela Santa Maria, o prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o Cine Passeio, o Paço da Liberdade e o auditório Brasílio Itiberê da Secretaria de Estado da Cultura (Secc).
EVENTO – O encontro regional foi realizado pela primeira vez em Cuba, em 1996. Em 2008, em Cartagena das Índias, na Colômbia, a conferência priorizou a análise da realidade local e a discussão de mudanças estratégicas na educação superior dos países latino-americanos, adequando aos desafios do compromisso social, da pesquisa estratégica, da educação para todos e da integração regional.
As conferências regionais preparam o debate para a Conferência Mundial de Educação Superior (CMES), promovida a cada dez anos pela Unesco. A mais recente aconteceu em maio de 2022, em Barcelona.
Por - AEN