Em Curitiba, fórum debate comercialização da agroindústria e prevenção da influenza aviária

Prefeitos, secretários municipais, técnicos e lideranças de Curitiba e Região Metropolitana reuniram-se em Curitiba nesta quinta-feira (22) para debater assuntos de interesse do agro, com o objetivo de promover a saúde animal das propriedades rurais e também estimular a comercialização de pequenas agroindústrias.

Organizado pelo Sistema Estadual de Agricultura (Seagri), o fórum, que aconteceu na sede da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), abordou dois assuntos como o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf/PR) e a prevenção da influenza aviária (H5N1).

Na abertura do evento, o vice-governador Darci Piana falou sobre a necessidade de os produtores rurais estarem atentos à ameaça da influenza aviária, tendo em vista a importância da cadeia produtiva para a economia do Estado. “Temos uma missão muito importante que é cuidar das nossas aves no Paraná”, disse.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que o Paraná é o maior produtor de carne de frango do Brasil, sendo responsável por 34% do volume nacional e 41% das exportações. “Estamos há muito tempo reforçando as ações e aperfeiçoando os mecanismos de vigilância, para proteger esse grande ativo”, afirmou.

A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves domésticas e silvestres, muitas vezes resultando em graves consequências para a saúde animal, para a economia e para o meio ambiente. O gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias, falou sobre as medidas de prevenção da doença. 

Os donos de aviários devem manter os cuidados com o fechamento de todas as frestas para evitar que qualquer outro animal, incluindo as aves silvestres, possa ter contato com as comerciais. Também é importante não deixar ninguém estranho à produção chegar perto das aves e que aqueles que precisam desse contato utilizem roupas e sapatos específicos para a atividade. As regras aplicam-se também a produtores de ovos.

A Adapar tem mapeado todo o protocolo de prevenção e de intervenção eficaz, caso seja detectado qualquer problema. Isso se deve muito ao georreferenciamento das propriedades rurais do Estado com conhecimento do número de animais e distâncias. Por isso a importância de todos os detentores de animais fazerem o cadastro na Adapar. A campanha se estende até 30 de junho.

SUSAF – No encontro, as lideranças também puderam conhecer o processo simplificado de adesão ao Susaf/PR. O Susaf é um programa destinado especialmente à agroindústria familiar e às de pequeno porte. Com o selo, a agroindústria que só comercializava no próprio município pode vender seus produtos em todo o território estadual. A exigência é de que ela esteja registrada no Sistema de Inspeção Municipal (SIM), que precisa seguir as orientações e legislações higiênico-sanitárias exigidas pelo Programa.

“Isso é muito importante para as pequenas produções terem a possibilidade de ganhar dinheiro, crescer, e quem sabe, se tornarem grandes indústrias”, disse Piana.

Ortigara reforçou que trata-se de uma oportunidade de negócios para a agroindústria familiar. “É uma forma de garantir que aqueles que tenham apenas a inspeção municipal, mediante processos transparentes e seguros, possam comercializar num mercado muito maior, com métodos adequados”, afirmou.

A gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, apresentou os procedimentos necessários para adesão ao Susaf/PR. Os estabelecimentos interessados obter o selo do Susaf/PR devem seguir os programas de autocontrole, como limpeza, desinfecção e higiene, hábitos higiênicos e saúde dos manipuladores. Além disso, são exigidos a manutenção das instalações e equipamentos, controle de potabilidade de água, seleção de matérias-primas, ingredientes e embalagens, controle de pragas e vetores e controle de temperatura.

Também devem contratar profissional habilitado para a industrialização e conservação dos produtos.

Os consumidores podem verificar no site da Adapar os municípios e consórcios cadastrados no Susaf/PR. Por meio dos links, a pessoa interessada será encaminhada ao site dos municípios, onde estão disponíveis as informações dos estabelecimentos e dos produtos indicados ao Susaf/PR.

"Os dois assuntos tratados aqui hoje são de alta relevância para e economia do nosso Estado, para proteger nossa avicultura comercial e, quanto ao Susaf, abrir a possibilidade de os municípios aderirem a um programa que simplifica e expande a comercialização", destacou o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.

TRABALHO EM CONJUNTO – O Sistema de Agricultura tem promovido Fóruns Regionais em todo o Estado e estabelecido parcerias para o desenvolvimento do estado.

O presidente da Fetaep, Marcos Brambilla, disse que agricultores e sindicatos rurais podem atuar em conjunto para divulgar os dois temas. “São assuntos de relevância e temos aqui profissionais de alto nível para contribuir”, afirmou.

A atuação em parceria também envolve o COMESP (Consórcio Metropolitano de Serviços do Paraná). Segundo o presidente da entidade, Gerson Colodel, o consórcio tem interesse em aderir ao Susaf/PR. “Dar as mãos é fundamental para que tenhamos condição de comercializar nossos produtos no estado, gerando mais emprego e renda para todos os municípios”, disse.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Estado capacita técnicos e profissionais de saúde para incentivar o Teste do Pezinho

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Divisão de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, em parceria com a Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe), realizou nesta quinta-feira (22) uma capacitação sobre a Triagem Biológica Neonatal, mais conhecida como Teste do Pezinho.

 A iniciativa faz parte das ações do Estado em alusão ao Dia Nacional do Teste do Pezinho, comemorado em 6 de junho.

O treinamento foi realizado na Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP) e teve o objetivo de aprimorar tecnicamente os profissionais que atuam em hospitais, maternidades e Unidades de Saúde responsáveis pela coleta de sangue para o teste.

Transmitido em tempo real para todo o Paraná, o encontro contou com a participação de cerca de 600 pessoas e abordou temas como o fluxo adequado de tratamento e as fases de investigação de cada doença.

O Teste do Pezinho é um exame feito nos primeiros dias de vida da criança, a partir de uma pequena quantidade de sangue coletado, e serve para o rastreamento de algumas doenças, além de auxiliar na prevenção de sequelas.

Atualmente, o Estado faz a testagem para doenças como a deficiência de biotinidase, fenilcetonúria, fibrose cística, hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita, hipotireoidismo congênito e toxoplasmose.

Está prevista, para os próximos meses, a ampliação para a trigem de outras doenças – galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos.

COBERTURA – Nos últimos dois anos foram realizados no Estado mais de 1,9 milhão de testes em 325.341 recém-nascidos, uma média de 13,5 mil exames por mês.

Existem 2.552 postos de coleta e, em 2022, 100% dos nascidos vivos passaram pela triagem. Neste período foram detectadas 216 crianças com uma das seis doenças que fazem parte do exame, que receberam tratamento no tempo oportuno.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Governo publica decreto que permite a criação de Conselhos Comunitários de Segurança Rural

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Segurança Pública, alterou nesta semana decretos antigos e implementou a possibilidade de criação dos Conselhos Comunitários de Segurança Rural (Consegs Rurais).

O ato está no decreto 2.556/2023 . A medida visa reconhecer a criação dos conselhos das regiões rurais do Paraná que tenham a intenção de ter ligação direta com a Secretaria.

Com esses conselhos, a comunidade rural poderá se mobilizar, junto com os órgãos de segurança, para solucionar problemas específicos das áreas, dando mais visibilidade às demandas regionais.

“Os Consegs Rurais deverão facilitar a política de participação para as comunidades mais afastadas. A criação dessas estruturas permitirá que as comunidades rurais possam se reunir, discutir, planejar, analisar e acompanhar as soluções dos problemas que refletem na segurança e na qualidade de vida local. Além disso, é uma forma de estreitar as relações entre comunidade e polícia”, destacou o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira.

A coordenação dos Conselhos Comunitários de Segurança analisou que os municípios do Paraná que possuem realidades e problemas distintos nas suas zonas urbanas e rurais. Isso tem motivado o desenvolvimento de políticas públicas voltadas ao atendimento específico dos problemas da comunidade rural, como delitos patrimoniais, furtos de gado e outros tipos de animais nos campos e fazendas, além do furto de maquinário agrícola.

Agora será possível uma mobilização maior da comunidade rural para solucionar esses problemas, melhorando estratégias de prevenção e as redes de comunicação.

O coordenador estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança, coronel Chehade Elias Geha, destacou que o objetivo é facilitar a organização da comunidade rural. “Normalmente os problemas de segurança se dão no âmbito local. Então essa é uma oportunidade da comunidade rural poder se organizar em torno de um Conseg. Eles vão poder tratar as questões que são típicas da sua comunidade para o Poder Público de uma maneira organizada”, disse.

PATRULHA RURAL – O Governo do Estado também desenvolve o Programa Patrulha Rural Comunitária, que visa a mobilização comunitária para atuação em coparticipação e coprodução com a Polícia Militar. Além disso, tem a missão de planejar e executar o patrulhamento e outras ações do policiamento ostensivo em conjunto com a operacionalização de recursos tecnológicos avançados a fim de prevenir e reprimir a incidência de furto/roubo a cooperativas e propriedades rurais. O programa conta com uma cartilha produzida em parceria com a Federação da Agricultura do Paraná (Faep).

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Nova tecnologia vai dar velocidade e ampliar eficiência dos cadastros de imóveis rurais

O Paraná começará a testar em agosto, nas 57 cidades que compõe as regionais de Paranavaí, Umuarama e União da Vitória do Instituto Água e Terra (IAT), uma nova ferramenta digital que vai diminuir a análise de uma propriedade rural de quatro horas para cerca de 10 minutos. 

Por meio do Módulo de Análise Dinamizada do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), desenvolvido pelo Sistema Florestal Brasileiro (SFB), a etapa de inspeção dos cadastros de imóveis rurais será feita integralmente de forma eletrônica, por meio de inteligência artificial, garantindo celeridade ao processo e impulsionando uma importante estratégia de combate ao desmatamento em todo o Estado.

A partir da aprovação do projeto-piloto, a intenção é implementar o mecanismo nas outras 18 regionais do IAT no Paraná. “Usaremos a tecnologia a nosso favor, ganhando tempo e liberando nossos profissionais para atender outras necessidades do instituto”, afirmou o diretor-presidente Everton Souza. 

Atualmente, após a inscrição do imóvel rural no Sicar, o cadastro precisa ser encaminhado para análise interna. O processo cruza as informações declaradas pelo proprietário com imagens de satélite e, caso seja identificado algum problema, é emitida uma notificação para que seja corrigida a irregularidade. É justamente essa fase do procedimento que será dinamizada, dispensando a verificação presencial de um técnico. “A ferramenta vai apontar, com o cruzamento das informações, possíveis irregularidades sem a necessidade do acompanhamento de um analista. Isso garantirá um dinamismo muito maior a toda a operação”, afirmou o técnico do IAT, Ayrton Torricillas Machado.

Além disso, de acordo com ele, responsável pelo departamento de emissão e controle do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o mecanismo vai ter impacto direto e agilizar também o processo de conclusão deste documento, o registro público eletrônico de âmbito nacional obrigatório para todos os imóveis rurais. 

O cadastro agrega informações ambientais das propriedades e posses rurais referentes às Áreas de Preservação Permanente (APP), de uso restrito, de Reserva Legal, de remanescentes de florestas e demais formas de vegetação nativa. Também integra informações de áreas consolidadas, compondo base de dados para controle, monitoramento e planejamento ambiental e econômico. O CAR, atualizado e regularizado, é essencial no combate ao desmatamento. Atualmente o banco de dados do IAT conta com 505 mil cadastros.
“O CAR age efetivamente como um documento da identidade da propriedade, o que é algo muito importante para a fiscalização remota dos locais. Por isso é ideal que os dados do sistema sejam atualizados sempre, inclusive no caso de venda das propriedades”, disse Souza.

VIGILÂNCIA – Os dados do cadastramento são usados em parceria com as imagens de satélite coletadas pela rede colaborativa MapBiomas, vinculada ao Observatório do Clima, para monitorar as ocorrências de desmatamento no Estado. Se for detectada alguma alteração na área da vegetação, o algoritmo da rede emite um alerta que depois é avaliado pela IAT e confrontado com as informações indicadas no CAR.

“O alerta age como uma denúncia, e caso o desmatamento seja comprovado, nós usamos o CAR para identificar o proprietário e notificá-lo com um auto de infração. Em uma área de vegetação mais robusta, o infrator é multado e a área se torna inutilizável até que a flora seja recuperada”, explicou a engenheira florestal do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do Instituto, Aline Canetti.

Apoio da tecnologia já teve um impacto positivo nos cuidados com o meio ambiente. De acordo com o MapBiomas, o Paraná reduziu o desmatamento em 42% entre 2021 e 2022. “É o reflexo de um trabalho bem sério que estamos desenvolvendo e reforça que nossas ações de monitoramento, fiscalização, repressão e educação ambiental, implementadas lá em 2019 pelo governador Ratinho Junior, estão surtindo os efeitos desejados”, afirmou o diretor-presidente do IAT.

CAR – Para efetuar o CAR no Estado, o proprietário deve acessar um aplicativo disponível no site do Sicar. Lá devem ser incluídas as informações pessoais, a documentação e características físicas da propriedade e o número de inscrição no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Após a adesão e análise dos dados por meio do CAR, o produtor rural terá todas as recomendações de como se adequar à legislação e poderá fazer a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). A proposta oferece um conjunto de ações voltadas a regularizar, recuperar ou compensar áreas de preservação permanente (APP), de reserva legal e de uso restrito localizadas nas propriedades rurais.

As ações devem ser propostas pelos donos do imóvel rural e não são obrigatórias. Porém, de acordo com o governo federal, podem render diversos benefícios aos proprietários, como acesso facilitado a crédito rural, manutenção de atividades econômicas realizadas no imóvel, como ecoturismo e turismo rural em áreas de APP (Áreas de Preservação Permanente), e até suspensão de multas ou sanções administrativas por tempo determinado. “O produtor rural que não tem a regularização ambiental não consegue crédito nas instituições financeiras.

Todos os bancos hoje pedem o CAR para a liberação do empréstimo”, afirmou Machado.

Para mais informações sobre o CAR é só acessar a página do IAT na internet ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

SICAR – O Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar) foi implementado no país por meio do Decreto n° 7.830/2012, com o propósito de integrar e gerenciar informações ambientais dos imóveis rurais de todo o País. No Paraná, o sistema é aplicado por meio do Instituto Água e Terra (IAT). 

COMO AJUDAR – A denúncia é a melhor forma de contribuir para minimizar cada vez mais os crimes contra a flora silvestre. O principal canal do Batalhão Ambiental é o Disque-Denúncia 181, o qual possibilita que seja feita uma análise e verificação in loco de todas as informações recebidas do cidadão. Quem pratica o desmatamento ilegal está sujeito a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente).

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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