O Paraná se destacou no 18º Congresso Brasileiro de Transplantes, que acontece em Florianópolis (SC) até sábado (30).
A metodologia de monitoramento do Sistema Estadual de Transplantes do Estado (SET), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foi reconhecida com o Selo de Destaque. Entre 264 trabalhos apresentados, apenas 18 receberam essa honraria.
A Central de Transplantes Paranaense demonstrou um dos processos utilizados nos últimos dois anos no Estado, e que faz parte do Plano Estadual de Saúde (2020-2023). Trata-se da ação integrada de monitoramento e adoção de metas junto às Organizações de Procura de Órgãos (OPO) – Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. Estas unidades trabalham na orientação e capacitação das equipes das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, distribuídas em 67 hospitais do Paraná.
Na prática, cada macrorregião de Saúde do Estado é monitorada de forma constante para verificar se o trabalho está sendo feito de forma adequada e o que pode ser aprimorado, com o objetivo de que não haja queda no volume de doações efetivas.
Segundo a coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes (SET), Juliana Ribeiro Giugni, esta é uma entre diversas estratégias que garantem ao Paraná a posição de líder nacional em número de doações efetivas de órgãos para transplantes em 2023. “O nosso trabalho é reconhecido em todo o Brasil. Nossa liderança no ranking nacional somente é possível pelo empenho e dedicação das nossas equipes, mas, sobretudo, do quanto os paranaenses são generosos na decisão de doar”, disse.
De acordo com o último relatório da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), publicado em 31 de agosto, foram registrados 243 doadores de janeiro a junho, o que garantiu primeira posição no ranking nacional, com a marca de 42,5 doadores por milhão de população (pmp), seguido por Santa Catarina, com 41,5 pmp, Rondônia, com 30,4 pmp, e Ceará, na marca das 27,5 pmp. A taxa de doações no Brasil ficou em 19 pmp.
CAMPANHA – Para intensificar a conscientização e incentivar a doação de órgãos, o Governo do Paraná lançou nesta semana uma campanha para marcar o Dia Nacional da Doação de Órgãos (27 de setembro). Acesse AQUI. O filho do apresentador Faustão, que passou por um transplante recentemente e virou porta-voz do assunto, ajudou a difundir a campanha.
CONGRESSO – Organizado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o evento reúne cerca de mil profissionais da área de todo o País. Além da premiação, o encontro também promove o debate sobre o tema com profissionais das Centrais Estaduais de Transplantes, Organizações de Procura de Órgãos, comissões intra-hospitalares de doação e equipes transplantadoras, em busca de melhorias, troca de experiências e a demonstração de casos exitosos.
Criada em 1986, a ABTO é uma instituição sem fins lucrativos que tem como objetivo principal estimular o desenvolvimento de todas as atividades relacionadas com transplantes de órgãos no Brasil, contribuindo para o estabelecimento de normas, além de criação e aperfeiçoamento de legislações relacionadas ao assunto. É responsável pela divulgação (a cada três meses) do relatório onde reúne todas as informações e dados de doação e transplantes de órgãos no País.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou nesta quinta-feira (28), em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, o último encontro para a apresentação das novas Cadernetas de Saúde da Pessoa Idosa, da Criança e da Gestante.
Este é o quarto evento realizado no Paraná, marcando a cobertura total das macrorregiões Leste, Norte, Oeste e Noroeste.
O evento “Paraná que Cuida – Criança, Gestante e Pessoa Idosa” teve o objetivo de orientar e reforçar a abordagem das diretrizes dos novos materiais. Os documentos, lançados no último dia 15, também foram apresentados em reuniões no município de Cascavel, Maringá e Londrina. A Sesa já providenciou a distribuição dos documentos, que devem ser preenchidos pelos profissionais de saúde dos 399 municípios.
“Encerramos nesta semana o ciclo de conversa olho no olho nos diretores, secretários, prefeitos e todos os profissionais envolvidos nessa grande missão que é a saúde. A Macrorregião Leste é a mais populosa e por isso é fundamental que essa informação chegue até a equipe que está na ponta”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
“A informação é muito importante na saúde, e ter acesso a ela é um direito de todo cidadão. Estamos cumprindo com o nosso compromisso de aproximar os serviços dos usuários do Sistema Único de Saúde”, acrescentou o secretário.
Atualizados, com mais orientações para as famílias, novos espaços para ajudar no diagnóstico de condições de saúde e com informações sobre as vacinas necessárias a serem administradas ao longo da vida, os documentos são uma importante ferramenta para o registro de informações, acompanhamento e desenvolvimento da saúde.
Os materiais foram elaborados pelas equipes de especialistas da Sesa e envolvem, além das questões de saúde, políticas sociais. "Essa conversa direta nas macrorregiões apresenta as inovações e pede que cada profissional cuide da entrega e do preenchimento adequado”, afirmou a diretora de Atenção e Vigilância e Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
MUDANÇAS – Entre as principais novidades da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa está o Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional (IVCF-20), que é um compilado de informações do paciente que possibilita avaliação detalhada para a identificação do idoso frágil, além de facilitar o entendimento entre as pessoas com mais de 60 anos e os cuidadores, familiares ou diferentes profissionais da rede.
A nova versão da Caderneta da Criança contempla a escala M-CHAT-R/F, instrumento que auxilia na identificação de sinais de risco para Transtorno do Espectro Autista (TEA) entre crianças de 16 a 30 meses. A Caderneta da Gestante apresenta diferenciais ligados à construção do plano de parto e valoriza a saúde da mulher.
PRESENÇAS – Participaram do evento o prefeito de Piraquara, Josimar Fróes; o secretário de Saúde do município, Raniere Geovane Marques Simões; a representante do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems) e secretária municipal de Saúde de Pinhais, Adriane da Silva Jorge Carvalho; além de gestores e profissionais de saúde dos municípios, consórcios e diretores e técnicos das Regionais de Saúde.
Por - AEN
O Paraná receberá R$ 1,2 milhão do governo federal para a implantação de espaços de lazer associados à ciência nos municípios de Foz do Iguaçu e Toledo, no Oeste do Estado, e Maringá, na região Noroeste.
Um dos projetos aprovados na chamada pública, no valor de R$ 299,9 mil, é da Universidade Estadual de Maringá (UEM) para a construção de uma praça de observação astronômica e um novo planetário no câmpus-sede da instituição.
Os recursos desse edital são oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e destinados ao programa Praças da Ciência, coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Ao todo, 14 estados e o Distrito Federal receberão subsídios desse programa, sendo o Paraná o quarto em valor e quantidade de projetos aprovados, atrás somente de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo, nessa ordem. O montante soma R$ 20 milhões.
Além da UEM, foram selecionados projetos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Toledo; do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e do Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (Itai), ambos em Foz do Iguaçu. O intuito é disponibilizar para a população espaços interativos de lazer e cultura, que explorem temas relacionados às diferentes áreas do conhecimento.
Denominada Praça do Céu, o novo espaço científico da UEM será construído entre o Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi) e a Estação Meteorológica. No local, será possível observar, com telescópios e a olho nu, planetas, estrelas e outros corpos celestes, como asteroides, meteoroides, cometas e satélites naturais. O novo planetário terá cúpula com sete metros de diâmetro, projeção digital e acomodação para até 80 pessoas. A estrutura do planetário atual tem cúpula de seis metros de diâmetro e projeção analógica.
O coordenador do projeto, professor Marcos Cesar Danhoni Neves, do Departamento de Física da UEM, destaca a importância das ações de popularização da ciência para a difusão do conhecimento.
“A divulgação científica torna o conhecimento acessível e compreensível, estimulando o interesse, a curiosidade e a reflexão dos públicos não especializados sobre os impactos da ciência na sociedade”, afirma Neves. “A divulgação científica influencia diretamente no desenvolvimento econômico e social, a partir da transferência de tecnologia nas mais diversas áreas, como saúde, meio ambiente, energia, alimentação e educação”.
O projeto arquitetônico dos novos espaços da UEM envolve mais R$ 400 mil, somando quase R$ 700 mil. Os recursos complementares estão em fase de liberação no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), instituição de incentivo à pesquisa, ligada ao MCTI. A expectativa é que as obras comecem no início de 2024, com previsão de um ano para conclusão dos serviços e inauguração em 2025.
RECURSOS PÚBLICOS – A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) apoia uma série de ações de divulgação científica em universidades públicas e privadas. O Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico é o principal instrumento para viabilizar o apoio em áreas estratégicas, como agricultura e agronegócios, biotecnologia e saúde, energias renováveis, cidades inteligentes e sociedade, educação e economia. Os projetos também se baseiam em transformação digital e desenvolvimento sustentável.
Em 2023, o orçamento do Fundo Paraná foi ampliado para R$ 411 milhões, o que representa um incremento de 325% em relação ao ano anterior, quando estavam previstos, inicialmente, R$ 96,7 milhões na Lei Orçamentária Anual (LOA). A dotação tem amparo no artigo 205 da Constituição Estadual, sendo constituída, anualmente, por 2%, no mínimo, da receita tributária do Estado.
Por -AEN
A XIV Conferência Estadual da Assistência Social começa na próxima terça-feira (03), em Cascavel, no Oeste do Estado. O evento contará mais de 600 pessoas e terá como tema principal a “Reconstrução do SUAS: O SUAS que Temos e o SUAS que Queremos”.
Até quinta (05), as atividades envolverão palestras, discussões em grupos e pequenos fóruns que debaterão cinco eixos principais – Financiamento, Controle Social, Articulação entre os Segmentos, Serviços, Programas e Projetos, Benefício e Transferência de Renda –, levando em consideração a realidade do Paraná e também da União.
Na programação também serão assinados dois documentos. Um deles estabelece o Piso Único da Assistência Social do Paraná – PAS e o outro confirma a destinação de R$ 8,2 milhões aos municípios por meio do Incentivo de Proteção Social Básica e Benefícios Eventuais.
Segundo o secretário estadual do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, a conferência é um espaço importante para o fortalecimento da política da assistência e também de comemoração dos avanços.
“Temos hoje o Paraná como referência na política da assistência social da Região Sul. Há poucos dias, participamos do encontro do Fórum dos Secretários Nacionais da Assistência e pudemos ver que o Paraná é o que mais investe na área. Isso nos enche de orgulho, mas, ao mesmo tempo, nos coloca uma missão de busca de melhoria constante. Com essas assinaturas estamos fortalecendo e modernizando a assistência social do nosso Estado”, explicou.
A palestra magna, que acontece na terça-feira, será da professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Lúcia Cortes da Costa. Graduada em Serviço Social pela UEPG, ela possui graduação em Direito pela Faculdade Educacional de Ponta Grossa, mestrado em Serviço Social pela PUC/SP, doutorado em Serviço Social pela PUC/SP e pós-doutorado na Universidad Autonoma de Barcelona.
Para a professora, a discussão sobre o tema é essencial para analisar o impacto da pandemia e traçar um plano para a retomada. “Importantíssima a realização desta conferência de forma presencial, depois de muito tempo isolados por causa da pandemia. É de extrema importância a retomada da discussão das políticas sociais e de vulnerabilidade da população paranaense, visto o tamanho do nosso Estado e suas especificidades”, ressaltou.
Também fará parte da programação a palestra da professora Luciana Pavowski Franco Silvestre, mestre e doutora em Ciências Sociais Aplicadas.
Ao final do evento, serão votadas as propostas para serem efetivadas no próximo período e eleitos os delegados que representarão o Paraná na Conferência Nacional da Assistência Social, que ocorrerá de 5 a 8 de dezembro, em Brasília.
“A nossa participação é muito importante. Somos um estado de referência na assistência social, em que estamos avançando na concretização das prioridades. Desta forma, acreditamos que as propostas serão muito bem definidas e representadas neste grande evento nacional”, ressaltou a presidente do Conselho Estadual da Assistência Social, Renata Mareziuzek.
Por - AEN
O Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, divulgou nesta sexta-feira (27) o Edital 002/2023 para o programa Compra Direta Paraná, que beneficia pequenos produtores e entidades sociais.
Para esta edição foram destinados R$ 60 milhões, provenientes do Fundo Estadual de Combate à Pobreza.
Serão adquiridos gêneros alimentícios da agricultura familiar destinados à rede socioassistencial, restaurantes populares, cozinhas comunitárias e hospitais filantrópicos, entre outros. Também serão atendidos Centros de Referência em Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas). Estes poderão disponibilizar os alimentos na forma de cestas básicas diretamente à população vulnerável.
“Faz parte da nossa missão como entidade pública dar apoio para que os produtores e processadores do alimento da agricultura familiar tenham condições de colocar seus produtos no mercado, e de outro lado garantir conforto às famílias que têm mais dificuldades”, afirmou o secretário Norberto Ortigara. “O Compra Direta é um movimento positivo, pois mantemos a economia pulsando nas pequenas propriedades rurais e damos atenção qualificada às pessoas mais vulneráveis”.
O limite é de até R$ 40 mil por agricultor ao ano e, no caso de produtores de arroz, R$ 80 mil/ano. A grande variedade da produção existente na agricultura familiar será contemplada com a compra de 64 gêneros, possibilitando o fornecimento e a substituição de itens em decorrência de problemas climáticos, logísticos ou de sazonalidade.
MAIS SAÚDE – As compras governamentais de alimentos fortalecem circuitos locais e regionais, além das redes de comercialização. Também valorizam a biodiversidade e a produção orgânica, incentivam hábitos alimentares saudáveis e estimulam o cooperativismo e o associativismo.
“Como resultado, há ampliação da geração da renda e fortalecimento do desenvolvimento local e regional, e, especialmente neste cenário de grande parcela da população em insegurança alimentar, ajuda a fortalecer a imunidade e a melhoria das condições de saúde”, disse a diretora do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan), Márcia Stolarski.
“Esta nova política pública implantada está associada a atitudes de valorização do bem-estar das pessoas, começando pelos cuidados com a qualidade de vida, por meio do acesso a alimentos saudáveis para a população mais vulnerável”, completou.
De acordo com a coordenadora estadual do Programa Compra Direta Paraná, Angelita Avi Pugliesi, a classificação neste ano continua a priorizar os agricultores locais, mas também reconhecerá as organizações que estão incluindo a produção de orgânicos. “Essa produção precisa crescer em todo o Estado, pois precisamos ampliar a quantidade de gêneros orgânicos na alimentação escolar”, frisou.
AGILIDADE – Desde 2020, com a colaboração do sistema informatizado desenvolvido pela Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar), o Desan utiliza a chamada pública eletrônica. Ela possibilita a operacionalização de uma única chamada para aquisição dos 64 itens e o atendimento a todas as entidades beneficiárias no mesmo processo.
Na plataforma é possível registrar todas as etapas do processo, que inclui cadastro dos agricultores, apresentação das propostas de fornecimento por associações e cooperativas da agricultura familiar, classificação das organizações, habilitação e controle da execução de cada um dos contratos.
O Compra Direta Paraná é exclusivo para as organizações que possuem Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP/CAF Jurídica) e que tenham mais de 50% dos agricultores familiares associados no Paraná. A contratação inicialmente será feita por 12 meses, podendo ser prorrogada por até cinco anos.
O preço de referência para a aquisição é o estabelecido pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, sem necessidade de disputa pelo menor valor. Para alimentos orgânicos haverá acréscimo de até 30%. A entrega dos produtos está prevista para ocorrer a partir de dezembro.
Por - AEN
A safra paranaense 22/23 deve alcançar volume recorde, chegando a pouco mais de 46,3 milhões de toneladas (a safra de 21/22 ficou com 34 milhões de toneladas). A estimativa (confira ) foi divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Departamento de Economia Rural (Deral).
Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a colheita do milho de segunda safra está encerrando no Paraná, faltando apenas 1% dos 2,3 milhões de hectares. A estimativa é que a produção somada da primeira e segunda safras 2022/23 supere os 17,9 milhões de toneladas, colocando-se entre as maiores do Estado.
“A segunda safra é excelente, apesar dos percalços climáticos”, afirma o analista do produto no Deral, Edmar Gervásio. “O mercado ficará bem abastecido”.
Segundo ele, é possível que o Paraná amplie um pouco o volume de exportação, que normalmente fica em torno de 2 milhões de toneladas, superando 3 milhões de toneladas.
Já os produtores de soja conseguiram avançar bastante o plantio em setembro, na próxima safra, alcançando 16% da área de 5,8 milhões de hectares. Até o final do mês deve ultrapassar 20%, volume bastante superior à média de 5% a 7% para setembro. A produção deve alcançar 21 milhões de toneladas. “A largada foi muito boa”, diz Gervásio.
Segundo ele, esse adiantamento no prazo pode ajudar também a antecipar o plantio do milho segunda safra, caso tenha o clima ideal. “É bom para o planejamento do produtor que teoricamente poderá se beneficiar de um clima mais propício para a semeadura do milho principalmente na região Oeste”, pondera.
CAFÉ E FEIJÃO – A colheita de café da safra 22/23 chegou a 95% da área de cerca de 26 mil hectares, faltando basicamente as regiões de Apucarana, Maringá e Ivaiporã para o término. A nova estimativa apresentada pelo Deral aponta ligeiro aumento na produção dos grãos, passando de 41,2 mil toneladas para 42,4 mil toneladas, com melhoria da produtividade sobretudo nas regiões de Jacarezinho e Maringá.
“Foram floradas tardias do ano passado que acabaram vingando e culminaram nessa colheita mais atrasada”, salienta o economista Paulo Sérgio Franzini, analista da cultura.
Segundo ele, a próxima safra já teve uma florada boa em setembro. No entanto, a temperatura alta verificada no mês pode comprometer o desenvolvimento. “Há uma dúvida muito grande se pode ou não comprometer o pegamento dessas flores, mas é provável que sim porque a temperatura foi muito alta”, afirma.
O feijão de primeira safra está com 45% da área de 111,2 mil hectares já semeada. Aproximadamente 94% da lavoura desenvolve-se de forma boa, com o restante em situação mediana. A estimativa de produção está em torno de 215,2 mil toneladas, enquanto a safra 22/23 fechou em 199 mil toneladas.
TRIGO – Comparativamente à previsão de agosto, o trigo perdeu cerca de 10% do potencial, baixando de 4,5 milhões de toneladas para 4,16 milhões, ainda assim recorde para a cultura no Estado. “Já pode ser caracterizado como perda, mas pode reduzir ainda mais”, afirma o agrônomo Carlos Hugo Godinho. Segundo ele, a principal razão é a brusone, uma doença da lavoura.
A colheita atinge cerca de 60% dos 1,4 milhão de hectares e as consequências da doença são observadas somente depois de retirada da terra. “Há má formação de grãos, o que reduz a produtividade em volume mais intenso do que o comum”, explica.
O brusone se beneficiou das altas temperaturas observadas no inverno. Ainda há preocupação com as lavouras a serem colhidas no Centro-Sul.
FRUTAS E HORTALIÇAS – A produção de laranja também sente as altas temperaturas, particularmente na região Noroeste. “Certamente a próxima safra pode ser comprometida devido a esse excesso de calor da semana passada”, diz o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, analista do setor no Deral. Outra preocupação para os citricultores é o greening, uma das principais doenças da cultura, que acomete muitos pomares paranaenses. “É um problema sério e a erradicação é necessária”, complementa. O Estado tem 21 mil hectares plantados com laranja.
O tomate de segunda safra (22/23) está com 96% da área de 1,6 mil hectares colhida, com previsão de render 93,9 mil toneladas. A batata tem 94% dos 11,1 mil hectares colhidos, com estimativa de 329,2 mil toneladas. A cebola está com a área de 2,7 mil hectares totalmente plantada, com rendimento estimado em 94,4 mil toneladas.
Da nova safra (23/24), o tomate tem 53% dos 2,4 mil hectares plantados, com projeção de 148,7 mil toneladas, enquanto a batata foi semeada em 81% dos 14,5 mil hectares, podendo render 454,5 mil toneladas. “Com expectativa de altas temperaturas e excesso de chuva no Sul, o melhor seria que ela não fosse contínua, mas bem distribuída”, destaca Andrade.
BOLETIM – Nesta quinta-feira foi divulgado também o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 22 a 28 de setembro. Além de detalhar as informações sobre a estimativa de safra, o documento traz dados sobre mandioca, flores, bovino de corte, frango e mel.
A colheita de mandioca da safra de 22/23 vem se desenvolvendo normalmente e estima-se que já atingiu cerca de 70% dos 136 mil hectares cultivados. O encerramento da colheita se estende até meados da segunda quinzena do mês de dezembro, período em que se inicia a entressafra. Neste período, a maioria dos empresários realiza a manutenção das indústrias de fécula e das farinheiras.
Em relação ao mel, o boletim reforça que o Paraná é o segundo maior produtor do Brasil, contribuindo com 14,2% da produção total do País, de acordo com os dados do IBGE. A produção nacional de mel atingiu 60.966 toneladas em 2022, representando um aumento de 9,5% em relação a 2021, quando totalizou 55.679 toneladas. O Valor Bruto da Produção nacional alcançou R$ 957,8 milhões, sendo que o Paraná contribuiu com R$ 138,8 milhões. Dois municípios paranaenses se destacam: Arapoti, no Norte Pioneiro, e Ortigueira, nos Campos Gerais.
Sobre a bovinocultura, o boletim aponta que em setembro o preço da arroba do boi gordo subiu, acumulando 13,6% de alta desde o início do mês. A expectativa para o curto prazo é de que as cotações continuem subindo, com os preços futuros (outubro/23) em R$ 237,55. No atacado paranaense, traseiro e o dianteiro também seguem subindo, atualmente comercializados a R$ 18,18 e R$ 12,24, respectivamente. A queda no número de animais terminados e o melhor escoamento da produção dos frigoríficos são apontados como os principais motivos.
Por - AEN








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