Após 44 testemunhas, juíza encerra audiência do Caso Daniel

Com 44 testemunhas de defesa ouvidas em três dias, a juíza Luciani Regina Martins de Paula encerrou nesta quarta dia 03, a 2ª fase da audiência de instrução do Caso Daniel.

 

Na segunda dia 1º, havia a expectativa de que até 77 pessoas fossem ouvidas, mas testemunhas foram dispensadas ao longo dos dias e algumas não foram encontradas pela Justiça. Daniel Corrêa Freitas foi assassinado em outubro do ano passado e sete pessoas respondem a diferentes crimes em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

 

Segundo o assistente de acusação, Nilton Ribeiro, os depoimentos não acrescentaram nada ao processo. "São testemunhas que não disseram nada sobre o fato, sobre a morte. São pessoas que apenas tentam colocar uma fumaça no processo e tentar tirar o fato principal, que é a morte do jogador Daniel. Hoje perdemos um dia inteiro com discussões banais, sem seriedade e que, infelizmente, não levaram nada a lugar nenhum. É de se lamentar e esperar que, nas próximas, isso não aconteça", disse.

 

O advogado de defesa da família Brittes, Cláudio Dalledone, rebateu a fala do assistente de acusação e disse que os depoimentos demonstraram os excessos na investigação. Não vou nem comentar essa fala, já que ele usa termos que um profissional do direito nem sequer pode utilizar. É evidente que tivemos atos processuais dos mais relevantes, ouvindo testemunhas e encerrando mais uma etapa do caso. A defesa trabalhou em tudo isso para retirar os excessos, afirmou.

 

Entre os excessos que Dalledone cita para o júri, estariam o meio cruel, a ocultação de cadáver e a acusação de homicídio para Cristiana Brittes. Pelo que ouvimos, temos certeza de que ela não será pronunciada por homicídio, concluiu.

 

Na terça-feira, Dalledone chegou a bater boca com Ribeiro no Fórum de São José dos Pinhais, após matéria publicada pela Banda B. A crítica do advogado de defesa se deu após Ribeiro criticar o comportamento dos réus na sala de audiência. Ele definiu a declaração como fake news.

 

Próximas fases


Antes do interrogatório dos acusados, que é a próxima fase do processo, devem ser ouvidas outras duas testemunhas em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais. Fica também a expectativa para outra testemunha arrolada pela defesa da família Brittes que falaria sobre o comportamento de Daniel.

 

Para Ribeiro, a impressão deixada pela audiência é a de que a defesa tenta adiar ao máximo o júri popular de Edison Brittes e dos demais acusados. ?Respeito a defesa, mas só leva a crer que eles não tem outra saída. A tentativa é a de adiar o júri para adiar a condenação, lamento que isso tenha ocorrido, comentou. (Com Banda B)

 

 

 

 

 

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Homem morre durante troca de pneu em borracharia de Chopinzinho

Um jovem morreu vítima de acidente de trabalho na manhã desta quarta dia 03, em Chopinzinho, no sudoeste do Paraná. Se trata do jovem Adriano Posso, 25 anos, durante a troca de pneu de um caminhão numa borracharia localizada no centro da cidade.

 

Adriano Posso, 25 anos, chegou a ser socorrido pelo SAMU, porém não resistiu e morreu ao dar entrada no Instituto de Saúde São Rafael. O fato foi registrado pela Polícia Militar.

 

Esse e o segundo acidente registrado na borracharia. Há três anos, o proprietário, Renê do Amaral, sofreu um acidente muito semelhante.

 

 

 

 

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Paraná avalia novas tecnologias para reforçar ações de segurança

O governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve nesta terça dia 02, na 12ª edição da feira internacional de segurança LAAD Defence e Security, no Rio de Janeiro. A viagem teve como objetivo conhecer tecnologias que possam ser aplicadas no Paraná para reforçar e aprimorar o sistema segurança pública.

 

Segundo o governador, é importante avaliar as soluções propostas pela indústria da segurança pública para modernizar o modelo de policiamento preventivo e o trabalho das forças de segurança no combate à criminalidade. Ele destacou que o Paraná é um estado que faz fronteira com dois países e a vigilância na região também deve ser prioridade.

 

O governador conheceu modelos de helicópteros empregados em ações de polícia, urgência médica e de Defesa Civil, além de equipamentos para Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. O secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Luiz Felipe Carbonell, acompanhou a agenda.

 

Uma das tecnologias avaliadas foi a que permite o reconhecimento facial em tempo real. Programas similares já funcionam em alguns estados e outros países. Eles permitem o encaminhamento de imagens de câmeras de segurança para uma central, onde são cruzadas com o banco de dados da Polícia Civil e do Detran - os sistemas geralmente são capazes de fazer leitura de placas veiculares.

 

Ratinho Junior e o secretário de Segurança Pública visitaram ainda empresas especializadas no uso de drones para vigilância. Essas câmeras móveis são reconhecidas mundialmente pela eficiência no combate de crimes urbanos, uma vez que conseguem registrar grandes áreas com alta capacidade de resolução. As informações também são repassadas em tempo real para equipes nas ruas.

 

A visita ainda contemplou estandes de uniformes de ponta para todas as forças do Estado, além de novos equipamentos que podem ser utilizados em viaturas. O objetivo do governador é priorizar a segurança dos servidores envolvidos na área.

 

ESTADO-PILOTO - A visita de Ratinho Junior levou em consideração a necessidade de aprimorar o sistema estadual de segurança. Além disso, o Estado está envolvido em dois projetos-pilotos que estão sendo desenvolvidos em parceria com a União. O Paraná será o primeiro a receber um centro de integração para cuidar da segurança de fronteira e foi escolhido para participar do Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta.

 

O acordo do centro, firmado entre o governador e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, prevê ações estratégias para coibir crimes como tráfico de drogas e contrabando. O Paraná tem 450 quilômetros de fronteira seca e aquática com o Paraguai e a Argentina, além de fazer divisa com os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

 

O Paraná também foi escolhido pelo governo federal para participar do Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta, conduzido pela Secretaria Nacional da Segurança Pública. O projeto-piloto visa reduzir crimes por meio de ações integradas entre as esferas estadual, federal e municipal. A iniciativa vai ser implantada inicialmente no município de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, em junho deste ano.

 

PROJETOS - As ações de segurança do Governo também passam por um protocolo de cooperação com estados vizinhos (São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul) para ação policial nas divisas e combate ao crime organizado; criação de uma Cidade da Polícia para concentrar toda a inteligência e as bases de dados das polícias Civil e Militar; os projetos Falcão (fiscalização com drones) e Olho Vivo (integração dos sistemas de segurança federal, estadual e municipal); e desenvolvimento de novas tecnologias para aplicar no sistema penitenciário.

 

LAAD DEFENCE e SECURITY - O evento no Rio de Janeiro reúne mais de 450 empresas. O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, também participaram da feira nesta terça-feira. A expectativa dos organizadores é de reunir 200 delegações oficiais de 80 países até a próxima sexta dia 05. (Com AEN)

 

 


 

 

 

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Casos de dengue no Paraná mais que dobram neste ano; dez municípios estão em epidemia

Dados oficiais da Secretaria Estadual da Saúde confirmam o aumento de casos de dengue no Paraná – boletim divulgado nesta terça dia 02, apresenta 2.023 casos confirmados, contra 1.522 da semana passada. O aumento é de 501 casos confirmados. O número é mais que o dobro do último ano epidemiológico — 2017/2018 — quando foram 992 casos no Estado. O ano epidemiológico termina em julho.

 

Dos casos confirmados, 1.926 são autóctones, adquiridos no município de origem, e 97 são “importados", ou seja, as pessoas contraíram a dengue fora da cidade onde residem.

 

“O combate ao mosquito transmissor da dengue segue em todas as regiões. A SESA está ampliando a vigilância para a eliminação de focos e criadouros do Aedes aegypti. Estamos nos reunindo com prefeitos para a definição de estratégias diferenciadas para os municípios”, afirmou o secretário Beto Preto.

 

Além do fumacê, reuniões com moradores para orientações e mutirões de limpeza, as equipes da SESA estendem a busca em cisternas e fossas abandonadas.

 

As condições de infestação no Paraná atingem 82,45%, com ocorrências em 329 municípios. O Laboratório de Climatologia da Universidade Federal do Paraná informa que o período do outono ainda continua favorável à proliferação no mosquito.

 

Dez municípios estão em situação de epidemia: Lupionópolis, Francisco Alves, Uraí, Japurá, Itambé, Santa Mariana, Rancho Alegre, Cafeara, Moreira Sales e Santo Antônio do Paraíso. Em situação de alerta para a dengue estão as cidades de Abatiá, Alvorada do Sul, Anahí, Leópolis, Capanema, Andirá e Nova Londrina.

 

Monitoramento nacional – Municípos do Paraná concluíram levantamento sobre o índice de infestação do Aedes aegypti para o Ministério da Saúde. Os dados serão usados como base para novas estratégias. Segundo Ivana Belmonte, da Vigilância Ambiental da SESA, a pesquisa apresenta 78 municípios com índice maior que 4%, “o que significa que em cada 100 imóveis visitados 4 apresentaram focos ou criadouros do mosquito”.

 

Recomendações – A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido pela picada do Aedes aegypti, mosquito que se prolifera em depósitos de água parada e lixo acumulado.

 

O Aedes aegypti também é transmissor da chikungunya, com 343 notificações e 7 casos confirmados no estado, e da Zika, com 171 notificações e 2 casos confirmados. (Com Bem Paraná)

 

 

 

 

 

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Quadro Negro: Beto Richa, mulher e outros cinco viram réus por obstrução de investigação

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), a mulher dele, Fernanda Richa, e outros cinco viraram réus por obstrução de investigação de organização criminosa no âmbito da Operação Quadro Negro, nesta segunda dia 1º.

 

A denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) foi aceita pelo juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 9ª Vara Criminal de Curitiba. A operação apura desvios de mais de R$ 20 milhões de obras de escolas públicas do estado, entre 2012 e 2015.

 

A ex-primeira-dama e ex-secretária estadual também se tornou ré por organização criminosa. Beto e outros cinco já tiveram denúncia aceita pela Justiça sobre o mesmo crime e outros, na mesma operação.

 

"Verifico a existência da justa causa para exercício da ação penal, consubstanciada nos elementos indiciários e elementos de prova que instruem os autos e que representam lastro probatório da materialidade e de indícios suficientes de autoria dos delitos de obstrução de investigação de organização criminosa e organização criminosa atribuídos aos denunciados", diz o juiz na aceitação.

 

Veja quem são os réus e os crimes:


Beto Richa (ex-governador): obstrução de investigação de organização criminosa;
Fernanda Richa (ex-primeira-dama e ex-secretária estadual): organização criminosa e obstrução de investigação de organização criminosa;
Jorge Atherino (operador financeiro): obstrução de investigação de organização criminosa;
Sérgio Botto de Lacerda (ex-procurador): obstrução de investigação de organização criminosa;
João Gilberto Cominese Freire (empresário): obstrução de investigação de organização criminosa;
Rafael de Sarandy Wawryniuk (genro de Atherino): obstrução de investigação de organização criminosa;
Maurício Fanini (delator e ex-diretor da Secretaria de Educação): obstrução de investigação de organização criminosa.
O G1 tenta contato com as defesas dos réus. Beto e Atherino foram presos preventivamente em 19 de março, em desdobramento da Quadro Negro.

 

Beto Richa é apontado pelo MP-PR como chefe da organização criminosa que implantou um sistema de corrupção para conseguir propina por meio do favorecimento de empresas privadas contratadas pelo governo.


Conforme a denúncia aceita, depois de tomar ciência das investigações, o então governador procurou Fanini e determinou que ele eliminasse provas de comunicações e de encontros entre eles.

 

Os promotores alegam que, ao descobrir que havia um pedido de prisão contra o ex-diretor da secretaria, Beto solicitou que Lacerda - que informou Fanini sobre o pedido - o instruísse a se livrar de evidências do esquema de pagamentos indevidos.

 

O MP-PR aponta que Fernanda Richa agiu para evitar que Fanini revelasse fatos sobre o suposto esquema de corrupção, "atuando pessoalmente em encontros e por meio de mensagens de texto".

 

A denúncia também afirma que Atherino e Freire pagaram espécie de "ajuda de custo" ao ex-diretor da secretaria para que mantivesse os gastos ordinários e não comprometesse a organização criminosa.

 

Beto também é apontado como quem "comprou o silêncio" de Fanini. Segundo a promotoria, Wawryniuk era responsável por esses pagamentos feito a mando de Atherino.

 

Na aceitação da denúncia, a Justiça também determinou a quebra de sigilo telefônico de Fernanda Richa, Sérgio Lacerda e de João Freire. (Com G1)

 

 

 

 

 

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