Fogos podem perturbar os pets; veja dicas que podem ajudar

Os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo são acompanhados de um som característico das torcidas: os fogos de artifício, especialmente com estampidos. Apesar da festa, esses sons de explosões perturbam os animais de estimação, que têm a audição mais sensível do que a nossa.

De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, ruídos acima de 60 decibéis, o equivalente a uma conversa em tom alto, já são suficientes para causar estresse físico e psicológico nos animais.

A fotógrafa Catarina Furtado sabe bem a preocupação que os fogos de artifício podem gerar em relação aos seus cães e gatos. Ela nem sai mais de casa quando há possibilidade de fogos. "E aí, ele estava querendo entrar em casa, então arranhava a porta e, nisso de arranhar a porta, ele feriu a pata. Quando eu cheguei, ele estava todo ensanguentado, porque estava tentando entrar em casa. Aí, a partir desse momento, eu decidi não sair mais, porque não ia deixar porque o bichinho no sofrimento, por um prazer meu de sair de casa."

Por causa de sons como fogos de artifício e trovoadas, há risco dos animais se acidentarem ou fugirem de casa ou até sofrerem infarto. "Não é você pegar, segurar o animal, abraçar, beijar o animal. Não, você dá o conforto pra ele, você dá um lugar para ele se sentir seguro. Esse lugar pode ser um quarto, pode ser debaixo da cama, pode ser dentro de um banheiro, pode ser uma caminha, lugares mais apertados, mas fechados."

De acordo com a médica-veterinária Kellen Oliveira, se não for possível evitar o som dos fogos, a recomendação é deixar o animal mais à vontade possível.

Mas a recomendação principal é já ter acostumado o bichinho com os ruídos, desde as primeiras semanas de vida. "Então, quando eles são acostumados a esse tipo de barulho nesta fase, que é das três semanas aos três meses de vida, eles têm uma tolerância maior a esses ruídos, em época de festas de final de ano, Copa do Mundo, então eles sofrem menos.

Outra dica é deixar para alimentar o animal próximo da hora dos jogos. Os brinquedos também poderão distraí-lo durante o barulho mais intensos dos fogos de artifício.

Em casos mais sensíveis, alguns cães chegam a ter convulsões. Antes que isso aconteça, o veterinário pode recomendar algo para acalmar o animal. 

A festa da seleção brasileira na Copa do Mundo só será completa se os animaizinhos estiverem seguros e bem cuidados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

Entenda o que são cuidados paliativos

É comum que a expressão “cuidados paliativos” seja entendida muitas vezes de forma errada, como uma sentença de morte, quando não há nada mais a ser feito.

Essas formas de se referir a essa assistência, tão importante em situações de doenças que ameaçam a continuidade da vida, reduzem a compreensão abrangente que o cuidado permite.

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil destacam que essa abordagem deveria estar presente desde o momento do diagnóstico de uma doença grave e que uma boa comunicação entre pacientes, médicos e familiares é o melhor caminho para a tomada de decisão nesses processos.

Renata Freitas, diretora do Hospital do Câncer IV, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), unidade especializada em cuidados paliativos, avalia que a própria língua portuguesa prejudica o entendimento. “A gente conhece como paliativo aquilo que não tem jeito. Por exemplo: ‘ele fez só um paliativo, depois vem alguém aqui e conserta’. É a nossa ideia do que significa esse termo, mas é uma expressão importada. No exterior, não existe essa conotação de que não há nada mais a fazer”, explica. 

Para Karen Holzbecher, que acompanha a mãe, Amalia, de 86 anos, não foi fácil receber o encaminhamento para os cuidados paliativos. “Meu coração estava super apertado, porque eu não queria tomar uma decisão e dizer: ‘eu quero que seja feito isso’”, lembrou. A conversa com os profissionais de saúde e com a família ajudaram a entender aquele momento. “Eu pedi a Deus para que iluminasse tudo, mas eu achei que foi a melhor solução. O médico foi muito querido. Ele falou para mim que ela poderia ficar na mesa de cirurgia, além de ter que usar fralda a vida toda.” 

Há dois anos, Amalia Holzbecher, diagnosticada em 2019 com câncer no reto, é acompanhada mensalmente pelo Inca na unidade responsável pelos cuidados paliativos. “Eu sempre incluo ela nas decisões, em todas. Eu acho que isso faz bem e é muito importante que a pessoa se sinta ouvida. A pessoa não morreu, entendeu?”, afirma Karen. Em uma rotina acompanhada pelas filhas, Amalia tem mobilidade com a ajuda de uma bengala. “Eu brinco. Ela diz: ‘eu queria uma água’. Eu falo: ‘vai lá na geladeira pegar’. Para locomover, né? Ela vai e faz. Quer dizer para o problema que tem, ela está maravilhosa”, relata. 

Conceito

Em 2002, a Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou a definição de cuidados paliativos a partir do conceito surgido em 1990. “Cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que visa à melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”, diz o texto da organização.

O geriatra Toshio Chiba, chefe do Serviço de Cuidados Paliativos do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), destaca que os cuidados paliativos se aplicam desde o diagnóstico, com decisões como a escolha do tratamento, de invasibilidade, sobre o que fazer quando a doença não for passível de tratamento curativo, entre outras. Ele acrescenta que esses cuidados, embora não estejam direcionados à cura, são capazes de conter a progressão da doença e também de permitir conforto e qualidade de vida ao paciente.

“Já existem dados de que quanto mais precocemente uma equipe de cuidado entrar na assistência ao paciente e à sua família dentro desse cenário, dessa linha de cuidado da doença, maior a possibilidade não só de aumentar a qualidade de vida do doente, como também de impacto na sobrevida”, explica a diretora do Inca. Ela lembra que o cuidado paliativo está diretamente relacionado à decisão compartilhada. “Eu não posso dizer para o outro o que é qualidade de vida para ele”.

Nesse sentido, um plano de cuidado busca identificar questões como: quais são os valores do paciente, quais as crenças dele, quais as condições objetivas dele. “Levando-se em consideração que, normalmente, as questões de cognição, de entendimento, acabam piorando com o agravamento da doença é importante que essas conversas sejam iniciadas logo no início do acompanhamento para que isso seja registrado em prontuário e aquilo fique anotado: quais são os desejos daquele paciente”, acrescenta Renata.

Chiba lembra que é preciso sensibilidade ao abordar essas questões. “Não precisa ser num evento só, pode ser algo processual ou em etapas, conhecendo a pessoa, conhecendo a família dessa pessoa para abordar de uma forma adequada e poder ajudar nas decisões. Não para atormentar, falando das duras realidades, e empurrar a decisão para a família ou para o próprio paciente”, alerta o especialista.

Lucas, que acompanha a mãe Alda Oliveira da Conceição, de 76 anos, também atendida no Inca, conta que a sensibilidade dos profissionais foi fundamental para a família. “Em momento algum eles usaram o termo ‘terminal’ ao se referir ao tratamento da minha mãe. Isso me deixou muito aliviado e ela se sentiu bem mais confortável para lidar com a situação”, afirma. A doença foi diagnosticada há 12 anos e, segundo o filho, vem progredindo, mas hoje a mãe “não se queixa de dores ou muitos incômodos”. Ela está há dois anos em cuidados paliativos e recebe “visitas semanais de profissionais diversos e dedicados”. 

Procedimentos

O médico do Icesp explica que alguns princípios ajudam a definir a conduta junto aos pacientes. “Respeito à autonomia, a gente busca fazer com que haja o mínimo de malefícios das intervenções, evitar tratamentos fúteis: ‘Ah, vamos fazer porque tem no mercado esse exame ou aquele procedimento’. Não. Vamos nos basear em evidência”, pondera.

Para Chiba, no entanto, não se trata de um cardápio de fast food a ser apresentado pelos profissionais para que a família decida. “[Trata-se] de escolher o recurso adequado para propiciar qualidade de vida ao paciente por meioi de uma comunicação bem adequada e decidir de forma proativa junto com os familiares”.

Ele reforça a importância de uma boa comunicação. “Não é empurrar para os familiares só porque é direito deles ou do paciente decidir. A gente precisa ter uma conversa suficientemente esclarecedora para tentar fazer o melhor e que seja adequada para aquela situação personalizada, não dá para colocar baseada em conduta médica”, diz.

O geriatra lamenta que essa abordagem ainda seja incipiente. “Todo mundo tem alguma história para contar, na UTI ou no pronto-socorro, em que a gente leva os familiares e não é ouvido, e vamos adotando as condutas do jeito que não era esperado ou compreendido. O processo de comunicação da doença, ou da fase aguda de uma doença que necessita dessas condutas, como pronto-atendimento, a UTI ou uma enfermaria, está, muitas vezes, desprovida dessa atenção, que chamamos de cuidados paliativos”.

Cuidado multidisciplinar

Renata reforça que os cuidados são feitos por equipe voltada para uma abordagem multidimensional. “Acreditando que não existem só os aspectos de sofrimento físico relacionados àquela doença, há toda uma dimensão psicológica, espiritual, social que vem junto com as dimensões físicas daquele sofrimento e que essa abordagem deve ser feita por uma equipe multiprofissional desde o diagnóstico".

De acordo com a médica, entre as pessoas envolvidas estão médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, farmacêutico, o pessoal de capelania, voluntários e o pessoal administrativo.

Diante das condições de cada serviço, ela ressalta que há uma equipe mínima. “Seria médico, enfermeiro, psicólogo e um assistente social, mas o ideal é que os serviços tenham acesso a esses diversos profissionais para que a atenção seja realmente integral”, reforça.

Segundo Renata, existem basicamente três formatos para os cuidados paliativos. “O integrado é quando o grupo de cuidado paliativo entra com a equipe que, dentro da oncologia, a gente chama de terapias modificadoras da doença, que são a intervenção cirúrgica, a radioterapia, a quimioterapia. A equipe que está fazendo tratamento da doença oncológica atua junto com a de cuidado paliativo desde o diagnóstico”.

Em relação ao formato da oferta precoce, a OMS orienta que ele seja oferecido até oito semanas do diagnóstico. “Você tem ali um período para dar ao paciente acesso à equipe de cuidado paliativo também”, esclarece.

Existe ainda a oferta baseada na necessidade assistencial, que considera o fato de que muitos dos serviços não vão ter equipe suficiente para cuidar das pessoas desde o início. Esses grupos, então, organizam indicadores a partir dos sintomas. Os doentes com alta demanda são encaminhados aos cuidados paliativos, e aqueles com poucos sintomas são tratados pela equipe generalista.

Atendimento no Inca

Os pacientes admitidos no Inca, no Rio de Janeiro, podem ser atendidos em três unidades de acordo com a topografia do tumor. “O HC3, por exemplo, é a unidade que cuida de pacientes com câncer de mama, o HC2 a unidade que cuida de vítimas de câncer ginecológico e o HC1, que fica na Praça da Cruz Vermelha, é o que contém mais clínicas, cabeça e pescoço, tórax e abdômen”, diz a diretora.

O paciente é tratado pela equipe de oncologia e também recebe suporte multiprofissional. Quando não são mais aplicáveis terapias modificadoras da doença, ele é encaminhado para o HC 4. “Não existe mais benefício de se manter aquela terapia, seja quimioterapia ou novos procedimentos cirúrgicos, então ele é encaminhado à equipe especializada em cuidado paliativo, que fica no Hospital do Câncer 4.”

Ao ser admitido no HC 4, é avaliada a funcionalidade do paciente, por exemplo se ele tem mobilidade, para decidir se irá ao hospital para consultas ambulatoriais ou se terá uma equipe de assistência domiciliar. “No momento em que, durante esse acompanhamento, ele tem algum agravamento da situação clínica ou algum sintoma mal controlado e a equipe perceba que não vai conseguir manejar isso pelas consultas do ambulatório ou pela própria consulta domiciliar é sugerido então que seja internado”, explica Renata.

Após os ajustes medicamentosos, o paciente retorna à assistência de origem, ambulatorial ou domiciliar. “É normal que um paciente inicie o acompanhamento no ambulatório e depois seja encaminhado à assistência domiciliar, conforme seu estado ao longo da doença”, acrescenta. A internação hospitalar também é um modelo assistencial para pacientes que estejam em fim de vida e que tenham manifestado esse desejo, ou por meio da demanda familiar. “A gente faz assistência domiciliar em fim de vida também no domicílio”, diz Renata.

 

 

 

 

 

por - Agência Brasil

Saiba como ajudar a criança a perder o medo de tomar vacina

Recentemente, o vídeo de um pai desconhecido tentando distrair uma criança antes que ela tome uma vacina ganhou a internet.

O rapaz faz carinhos na criança, brinca com seu rosto, dá beijinhos enquanto — sorrateiramente — a enfermeira aplica a agulhada nas perninhas da pequena. Para além do show de fofura, o vídeo também foi compartilhado por profissionais da enfermagem como um exemplo de bons procedimentos nesta visita às clínicas de imunização e salas de vacina — passo fundamental para a proteção da criança, mas um desafio grande para os pequenos.

Para ajudar famílias na hora de levar uma criança para receber as doses, a psiquiatra norte-americana Grace Farris transformou o medo do filho — em 2020, com 8 anos de idade — em uma história em quadrinho sobre como driblar seu medo de agulhas. Ela temia a aproximação das duas doses de imunizantes contra Covid-19 somados à também necessária vacina para o vírus influenza.

Entre as dicas que enumerou para acalmar o menino estavam as mesmas orientações que foram sugeridas por médicos ouvidos pelo EXTRA quando questionados sobre maneiras que facilitariam a vacinação dos pequenos. São elas: tentar distrair a criança, acalmá-la com conversas ou oferecer um desenho de sua preferência. Há, por exemplo, locais que vão além e incentivam os pais a dar um “abraço de urso” na criança, tudo em nome de criar um ambiente aconchegante. É natural, explicam os especialistas, temer levar as agulhadas, sobretudo para as crianças, que ainda não passaram por esse procedimento muitas vezes.

— Em primeiro lugar, o mais importante é a família controlar a própria ansiedade. Cada especialista te dirá uma abordagem, mas eu acho que o certo é chegar à clínica e pronto, sem ficar anunciando que vai — diz Claudio Len, médico pediatra da Clínica Len, em São Paulo. — É preciso dizer a criança que aquilo que ela está recebendo é uma proteção, um presente.

Reduza as expectativas

O pediatra acredita que antecipar para a criança que, por exemplo, “amanhã terá que tomar vacina”, pode causar uma ansiedade desnecessária. Ele também diz que ficar tentando medir a quantidade da dor, dizendo que será só uma picadinha tampouco fará sentido para os pequenos. É preciso, reafirma o médico, deixá-los viver a experiência com suas próprias impressões:

— É como tirar a habilitação ou passar no vestibular, etapas difíceis para chegar a coisas boas. É preciso ser verdadeiro, dizer que incomoda, mas que será para o bem da criança.

Agulha menos ameaçadora

Em geral, não há bala de prata para evitar que a criança se incomode, mas os laboratórios começam a se movimentar para apresentar algumas soluções, como explica Camila Vieira, coordenadora de enfermagem do Fleury Medicina e Saúde.

— Para os bebezinhos, propiciamos um ambiente em que a mãe faça a amamentação no momento da dose. É uma prática que acalma o bebê e deixa ele mais relaxado, assim como a mãe também fica mais tranquila. É praticamente uma analgesia — diz Camila, explicando o que a estratégia é diferente para crianças maiores, cuja amamentação não é mais uma opção:

— Estamos testando o uso de óculos de realidade virtual. É um apetrecho que a partir de cinco anos tem uma boa aderência, porque aí a criança entende o que está ocorrendo. As respostas dos meninos e meninas estão sendo positivas.

Há ainda o uso de um dispositivo vibratório acoplado a uma bolsa de água fria — o uso do apetrecho, afirma a enfermeira, ajuda a aplacar a dor física. Tudo, vale dizer, de maneira opcional. Em geral, a criança é estimulada a fazer algo que goste, levar um brinquedo de sua preferência ou cantar alguma música junto aos pais. Tudo em nome do conforto. Os médicos, contudo, reafirmam que trazer a criança para a conversa e deixá-la a par da importância da vacinação é uma medida absolutamente bem-vinda.

— Não pode mentir para a criança. A família é importantíssima nesse processo. É preciso explicar o que vai acontecer e que aquela medida é fundamental para a saúde. Ela tem que saber que aquilo é o melhor para ela. É um reforço positivo — diz Cláudia Lopes, pediatra infectologista e professora do curso de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa):

— Depois disso, é preciso acolher a criança e incentivá-la dizer que passar por isso a transforma em forte e poderosa.

O Centro de Controle de Emergências (CDC) dos EUA vai além e oferece um interessante guia para ajudar pessoas que tenham medo de agulhas — sejam elas crianças ou adultos. O órgão elenca como boas práticas oferecer cremes e sprays que levem à analgesia no local da dor, ou oferecer as vacinas mais dolorosas por último, quando há inoculação de mais de um antígeno por vez.

O CDC também diz que pode ser benéfico ter um amigo ou parente no momento da aplicação. Também é dito que mostrar vídeos com agulhas e seringas deve ser evitado, a não ser quando um profissional de saúde está manuseando esses itens justamente em alguma terapia para evitar o medo excessivo.

— Quando você consegue propiciar para a criança uma boa experiência, aumentam as chances que nas próximas vezes ela aceite melhor. Se a primeira aplicação é traumática o desafio é maior, justamente para tentar reverter esse medo — afirma Camila Vieira.

 

 

 

 

 

 

 

Por - Extra

7 dicas para comprar na Black Friday sem se endividar ou cair em armadilhas

A Black Friday, que este ano ocorre em 25 de novembro, é uma ótima oportunidade para aproveitar as promoções e os descontos que o comércio varejista oferece, mas também é uma época que precisa de cuidados para não se endividar, comprar sem necessidade ou cair em armadilhas.

Segundo o educador financeiro Thiago Martello, fundador da Martello EF, muitas pessoas estão devendo neste momento. "Cerca de 80% estão endividadas e 30% têm liquidado suas contas com atrasos e, consequentemente, com juros", diz.

Soma-se a esse cenário – que merece comedimento na hora de gastar – que mais de 700 reclamações foram registradas no PROCON-SP no ano passado, cujos principais motivos incluem atraso ou não entrega do produto, pedido cancelado, mudança de preço, maquiagem de desconto e indisponibilidade do produto ou serviço.

Por essa razão, listamos algumas dicas para te ajudar nas escolhas e evitar problemas futuros. Confira!

 

1. Antes de comprar

Uma das principais orientações do Procon é ponderar se a compra de determinado item, ainda que em valor promocional, cabe no bolso e não comprometerá o orçamento. “Não é porque algo tem desconto que precisamos comprar”, alerta o educador financeiro. Partindo desse pressuposto, é recomendável fazer uma varredura de ofertas, usando os buscadores que monitoram os preços e ajudam a comparar os valores, além de mandar alertas quando o preço do produto diminuir.

 

2. Atenção aos detalhes

Além de uma boa pesquisa e estar atento às letras miúdas, que dificultam o acesso a informações importantes, Thiago sugere ainda usar cupons de desconto, preferir lojas que deem benefícios – por exemplo, menores taxas na primeira compra e ao compartilhar com amigos o consumo de produtos.

 

3. Evite golpes

Como muitas compras são feitas pela internet durante a Black Friday, o Procon alerta que, ao comprar por essa via, o consumidor deve prestar atenção na idoneidade de sites e perfis de redes sociais, que podem ser falsos ou oferecerem ofertas enganosas. Os dados do fornecedor, portanto, devem ser checados antes de qualquer compra ou contratação com atitudes simples: observar se a empresa tem endereço físico, consultar o CNPJ no site da Receita Federal e verificar se foi criada muito recentemente. Outra dica é consultar a lista “Evite esses Sites” disponibilizada pelo órgão.

Outro ponto importante é a forma de procurar o fornecedor. A recomendação, neste caso, é não clicar em links enviados por e-mail, WhatsApp ou mensagens. Não esqueça: é o consumidor quem deve buscar a loja ou o vendedor por iniciativa própria, de preferência em páginas oficiais. Uma boa dica é comprar em estabelecimentos que já são de sua confiança.

 
Planejar os gastos na Black Friday de acordo com sua renda é importante para não comprar por impulso itens desnecessários — Foto: Freepik / CreativeCommons

Planejar os gastos na Black Friday de acordo com sua renda é importante para não comprar por impulso itens desnecessários — Foto: Freepik / CreativeCommons

 

4. Programe os gastos

Após a pesquisa prévia sobre os preços dos produtos desejados, já é possível ter uma ideia dos gastos para as compras de Black Friday e verificar se a conta fecha com o seu orçamento. Thiago explica que cerca de 80% dos produtos adquiridos são por impulso – ou seja, oito a cada dez itens podem ficar sem uso em algum canto –, então é preciso foco para não cair em tentações. Se resolver adquirir um produto, o educador financeiro aconselha evitar o parcelamento.

 

5. De olho no pagamento

No caso de pagamento de uma compra por boleto bancário, é preciso conferir todos os dados antes de finalizar – nome da empresa, data, valores, CNPJ, etc. Se a opção for via PIX, o destinatário do pagamento também deve ser conferido com muito cuidado.

 

 

6. Prazo de arrependimento

É direito previsto pelo Código de Defesa do Consumidor a devolução do item adquirido no prazo de sete dias da compra ou da entrega. Nesse caso, orienta o Procon, o consumidor não deve ser cobrado por nenhum valor e, de preferência, deve registrar o pedido de cancelamento por escrito.

 

7. Problemas com a compra

Dados históricos do Procon mostram que os maiores picos de reclamação são próximos ou durante a Black Friday. Ao se deparar com situações em que se sente lesado, o consumidor deve colocar a reclamação de maneira oficial, segundo Thiago. O primeiro passo é entrar em contato com a empresa para registrar a demanda. Caso não haja uma solução, o consumidor pode recorrer aos canais apropriados, como o próprio Procon, Reclame Aqui e agências reguladoras do setor em questão – por exemplo, a Anatel para serviços de telefonia.

 

 

 

 

 

 

Por - Casa e Jardim

O que mais consome energia na sua casa e como economizar

O aumento dos preços da energia elétrica em diversos países tem feito cada vez mais pessoas se perguntarem o que fazer para reduzir os gastos e conseguir pagar as contas no final do mês.

Existem coisas básicas como desligar a luz toda vez que você sai de um cômodo. Mas pouca gente pensa em onde colocar a geladeira ou qual o eletrodoméstico que mais consome energia em toda a residência.

Confira os principais pontos para economizar energia em casa.

 

 

Ar condicionado e chuveiro elétrico: vilões do consumo brasileiro

Nos países de clima frio, o consumo de energia é maior no inverno, devido à necessidade de aquecimento das casas.

Já no Brasil, o maior consumo de energia acontece no verão. E o motivo é um só: o ar condicionado, usado durante a temporada de calor pelas famílias.

 
Consumo residencial de energia no Brasil — Foto: BBC

Consumo residencial de energia no Brasil — Foto: BBC

 

Segundo a Enetec Consultoria em Engenharia Elétrica da UnB (Universidade de Brasília), como existem diversos tipos de ar-condicionado no mercado, o consumo mensal de energia do aparelho pode variar de 129 a 679 kWh (quilowatt-hora).

Um ar-condicionado tipo split de 12.000 BTUs de potência — um dos modelos mais comuns nas casas —, que fica ligado 8 horas por dia, durante os 30 dias de um mês, representa um consumo mensal médio de energia de 194 kWh, calcula a consultoria.

Para se ter uma ideia, isso é mais de duas vezes o consumo médio de um chuveiro elétrico ligado 30 minutos por dia — e o chuveiro é o segundo equipamento doméstico que mais pesa na conta de luz.

Consumo médio de energia dos equipamentos — Foto: BBC

Consumo médio de energia dos equipamentos — Foto: BBC

A empresa especializada em refrigeração Dufrio e a fabricante de aparelhos de ar-condicionado Consul dão dicas em seus sites de como economizar com o ar condicionado:

 

  • 23ºC é o ideal: Mantenha o termostato de seu aparelho sempre regulado. A temperatura indicada para a maioria dos ambientes fica na casa dos 23ºC.
  • Portas, janelas e cortinas fechadas: Deixe portas e janelas fechadas para manter o ar gelado no espaço e evite que o sol bata no ambiente a ser refrigerado.
  • Aparelho no alto: Os modelos, em sua maioria, devem ser instalados no alto do cômodo, pois assim podem resfriar o ambiente de maneira uniforme, sem consumir energia desnecessariamente.
  • Potência certa: Compre aparelhos com potência ideal para o tamanho do espaço, assim você evita gasto de energia e de dinheiro à toa.
  • Seja amigo da função sleep: Nada de dormir com o aparelho ligado a noite toda. Com a função sleep, o aparelho é programado para desligar depois de funcionar um tempo suficiente para resfriar o ambiente.
  • Para uso prolongado, modelo inverter: Avalie a quantidade de tempo que o aparelho ficará ligado. Se precisar usar o ar-condicionado durante quase o dia todo, um modelo inverter pode ser o mais indicado. Isso porque esse modelo tem um consumo mais baixo, por manter seu compressor ligado constantemente, sem permitir oscilação de temperatura.
  • Parte externa na sombra: A parte externa do aparelho de ar-condicionado deve sempre estar protegida do contato direto com o sol.
  • Aparelho sempre limpo: Mantenha os filtros de seu aparelho sempre limpos. Isso reduz o consumo de energia, aumenta a vida útil do aparelho, diminui ruídos e evita a proliferação de microrganismos.

 

 
Só de passar de 17ºC para 23ºC, a economia pode chegar a 50%, segundo a Dufrio — Foto: DIVULGAÇÃO DUFRIO via BBC

Só de passar de 17ºC para 23ºC, a economia pode chegar a 50%, segundo a Dufrio — Foto: DIVULGAÇÃO DUFRIO via BBC

Para o chuveiro elétrico, as dicas para economizar energia segundo a distribuidora de energia Enel e especialistas são as seguintes:

  • Coloque o chuveiro no modo verão
  • Reduza o tempo de banho
  • Feche o chuveiro para procedimentos mais demorados como fazer a barba, raspar as pernas com gilete ou hidratar os cabelos com máscara capilar
  • Nunca reutilize uma resistência queimada. Além de aumentar o consumo, isso coloca em risco sua segurança
  • Mantenha as saídas de água do chuveiro limpas

 

Coloque o chuveiro no modo verão e reduza o tempo de banho, recomenda a distribuidora Enel — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Coloque o chuveiro no modo verão e reduza o tempo de banho, recomenda a distribuidora Enel — Foto: GETTY IMAGES via BBC

 

Uso eficiente dos eletrodomésticos

Depois do ar condicionado e do chuveiro, é hora de olhar para os outros eletrodomésticos.

"É muito importante comprar eletrodomésticos com alto nível de eficiência energética", afirma Enrique García, da Organização de Consumidores e Usuários da Espanha, à BBC Mundo (serviços em espanhol da BBC).

No Brasil, a recomendação é dar preferência aos eletrodomésticos classificados como classe A pelo selo Procel do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). E fazer o melhor uso de cada um dos equipamentos é fundamental para economizar eletricidade em casa.

"Em termos de gasto de energia, um eletrodoméstico que consome muita energia é o refrigerador, porque ele fica 24 horas ligado na tomada. É um dos eletrodomésticos no qual temos que focar mais na eficiência energética", recomenda García.

Uma geladeira eficiente pode consumir até 40% menos energia — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Uma geladeira eficiente pode consumir até 40% menos energia — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Para que o refrigerador funcione de maneira ideal, é importante seguir estas recomendações:

  • Evite acúmulo de gelo.
  • Mantenha a parte traseira ventilada e sem poeira, deixando um espaço entre a geladeira e a parede para que o ar possa circular.
  • Instale a geladeira longe de fontes de calor, como o forno, e certifique-se de que não esteja exposto à luz solar direta.
  • Evite guardar alimentos quentes que aumentem a temperatura no interior do equipamento.
  • Guarde os alimentos com espaço suficiente entre eles para que o ar circule, facilitando o resfriamento.
  • Por fim, algo que pode parecer bobo, mas não é: abra a geladeira o mínimo possível para evitar a perda de frio para o ambiente.

 

Na máquina de lavar, a recomendação é optar sempre que possível pelos ciclos de lavagem mais curtos ou pelo modo econômico da máquina, que diminui o consumo de energia e água.

Acumular peças usadas no cesto de roupa, deixar as peças mais sujas de molho no balde ou tanque antes da lavagem e usar a quantidade recomendada pelos fabricantes de sabão e amaciante também são boas dicas para usar a máquina de lavar menos vezes.

A secadora, por sua vez, é um aparelho que consome muita energia. Embora ela facilite a vida de quem mora em apartamentos pequenos ou imóveis sem quintal ou área de serviço, seu uso deve ser evitado sempre que possível.

Quanto à máquina de lavar louça, que consome muita energia e é usada com um pouco mais de frequência por quem tem o aparelho, uma recomendação é reduzir o número de lavagens aproveitando toda a capacidade da lavadora e posicionando a louça de forma adequada para otimizar o espaço disponível.

"Com isso você pode cortar as lavagens pela metade", diz García.

'Se você tem um alimento que precisa de uma hora no forno e desliga dez minutos antes, consome 15% menos energia' — Foto: GETTY IMAGES via BBC

'Se você tem um alimento que precisa de uma hora no forno e desliga dez minutos antes, consome 15% menos energia' — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Recomenda-se desligar as placas elétricas do fogão por indução ou o forno elétrico ou a gás um pouco antes do tempo necessário para cozinhar.

"Aproveitar o calor residual desligando um pouco antes do tempo de uso e usar esse calor residual para terminar de cozinhar o alimento também ajuda a economizar. Se você tem um alimento que precisa de uma hora no forno e desliga dez minutos antes, consome 15% menos energia", explica o especialista.

Use panelas e frigideiras com o diâmetro certo para cada boca do fogão para evitar que o calor seja desperdiçado. Outro truque é tampar as panelas para aproveitar melhor o calor.

 

Evite o 'consumo fantasma'

Você é daqueles que desliga a televisão com o controle remoto? A luz vermelha brilhante te entrega.

Pouco a pouco, dia a dia, minuto a minuto, eletricidade está sendo desperdiçada.

Um simples gesto como desconectar o eletrodoméstico da tomada ou conectar o cabo a um filtro de linha com um botão liga/desliga pode levar a uma economia considerável de energia elétrica no final do ano.

Usar um filtro de linha pode ajudar a economizar até 10% — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Usar um filtro de linha pode ajudar a economizar até 10% — Foto: GETTY IMAGES via BBC

O mesmo acontece com computadores, impressoras, carregadores de celular, aparelhos de som, microondas e roteadores, entre muitos outros dispositivos permanentemente conectados à rede elétrica de nossas casas. E o que se chama de "falso desligamento".

Então, quando parar de usar um aparelho, desligue-o completamente, não deixe em modo de espera, pois, embora menos, ele continua consumindo.

Também deve-se ter em mente que quanto mais antiga a televisão, mais ela consome.

"[Desligar os aparelhos completamente] representa uma economia significativa. Estimamos que o consumo fantasma pode variar entre 7% e 10% do consumo anual de uma residência", afirma García.

 

Troque as lâmpadas

As lâmpadas tradicionais consomem uma quantidade excessiva de eletricidade, por isso precisam ser substituídas por outras mais eficientes.

Lâmpadas halógenas, fluorescentes compactas (CFLs) e luzes LED usam 25% a 80% menos eletricidade e duram de 3 a 25 vezes mais do que as lâmpadas incandescente tradicionais — cuja venda está proibida no Brasil desde 2016.

Embora as lâmpadas mais modernas sejam mais caras, elas geram economia a longo prazo.

 

A grande questão é: quanto se pode economizar?

Neste ponto, você pode estar se perguntando quanto pode economizar seguindo estas recomendações.

"Estimamos que com eficiência energética, ou seja, somando todas essas medidas, seja possível economizar até 30% da conta", diz o especialista.

 

 

 

 

 

 

Por - Época Negócios

feed-image
SICREDI 02