Militares são presos por suspeita de levar drogas em aviões da FAB

A Polícia Civil do Amazonas prendeu nesta quinta-feira (6) três militares da Força Aérea Brasileira por suspeita de envolvimento com o transporte de drogas em aviões da FAB. Dois civis suspeitos do crime também foram presos.

A Operação Queda no Céu foi deflagrada pela Delegacia Especializada de São Gabriel da Cachoeira, cidade que fica a mais de 850 quilômetros da capital, Manaus, e que faz fronteira com a Colômbia e a Venezuela. Historicamente, a região registra intensa atividade do narcotráfico.

Segundo informações da Polícia Civil, entre os presos está o responsável por financiar a compra e o transporte das drogas, que estariam sendo regularmente levadas de São Gabriel da Cachoeira até Manaus nos aviões da FAB.

As investigações tiveram origem em uma apreensão de cerca de 350 quilos de drogas ocorrida no ano passado, quando três militares haviam sido presos, incluindo um soldado do Exército.

A Agência Brasil pediu posicionamento da FAB. A Força Aérea disse que “acompanha o caso e corrobora com as investigações policiais em curso” e afirmou que o Comando da Aeronáutica “não compactua com condutas que não estão de acordo com os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão institucional”.

 

 

 

 

Por Agência Brasil

 

 

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Fies 2025: inscrições terminam nesta sexta-feira

As inscrições gratuitas para o processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), referente ao primeiro semestre de 2025, terminam às 23 horas e 59 minutos (no horário oficial de Brasília) desta sexta-feira (7).

O programa federal financia as mensalidades dos estudantes do ensino superior em instituições privadas de ensino superior.

No processo seletivo, 50% das vagas serão reservadas a estudantes com renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) em situação de ativos.

Neste ano, o Ministério da Educação (MEC) oferecerá, ao todo, mais de 112 mil vagas, em dois processos seletivos do Fies, sendo 67.301 vagas no primeiro semestre e 44.867, no segundo semestre. 

 

Inscrição

Os interessados devem se inscrever no o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, na parte do Fies e fazer o login com a conta do site ou aplicativo de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.

Na plataforma, devem ser preenchidos os dados pessoais e a escolaridade.

Para concorrer às vagas reservadas a pessoas pretas, pardas, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência (PCD), a opção deve ser marcada na autodeclaração do perfil étnico-racial.

Em seguida, o candidato deve escolher os três cursos desejados, por ordem de prioridade entre as opções escolhidas. Neste momento de indicação de cada um dos três cursos, devem ser selecionados o estado, município e a instituição de ensino escolhida.

Por último, o candidato preencherá seus dados financeiros e os da sua família. O MEC orienta que, ao confirmar a inscrição, o candidato deve salvar o comprovante de inscrição com a chave de segurança.

Os pré-selecionados que atenderem às regras do Fies Social, a contratação do financiamento será integral e o governo federal cobrirá até 100% dos encargos educacionais.

 

Condições

Para concorrer às vagas do Fies, é preciso ter prestado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em qualquer uma de suas edições a partir de 2010 até a mais recente.

Além disso, o candidato deve ter alcançado, no mínimo, 450 pontos na média aritmética das notas das cinco provas do exame, e a nota na prova de redação precisa ser superior a zero.

Os participantes do Enem na condição de treineiro não podem se inscrever no Fies. O treineiro faz o Enem somente para autoavaliação e as notas não podem ser usadas para se inscrever nos programas de acesso ao ensino superior, como o Sisu, o Prouni e o Fies.

Em relação à situação dos candidatos inscritos no CadÚnico, serão considerados os dados de 11 de janeiro de 2025, como data de corte.

 

Resultados

O processo seletivo do Fies terá chamada única e, posteriormente, a lista de espera. O resultado da pré-seleção na chamada única será divulgado em 18 de fevereiro.

Entre 19 e 21 de fevereiro, os estudantes pré-selecionados deverão acessar o Fies Seleção para complementar a inscrição para obter o financiamento público das mensalidades em faculdades privadas.

Os estudantes inscritos que ficarem fora da chamada regular irão automaticamente para lista de espera de eventuais vagas não preenchidas.

O período de convocação por meio da lista de espera será de 25 de fevereiro a 9 de abril. 

O edital nº 3/2025, publicado pelo Ministério da Educação, no Diário Oficial da União, em janeiro, traz as regras e o cronograma do processo seletivo.

 

 

 

 

Por Agência Brasil

 

 

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 Golpes do pix: pedidos de reembolso sobem 98%; bancos deverão incluir canal para queixas no app

O MED – Mecanismo Especial de Devolução, sistema para reaver dinheiro em caso de golpes e fraudes envolvendo o pix, foi 98% mais usado em 2024 por quem foi lesado ao fazer pagamentos ou transferências do que em 2023. Os dados do Banco Central (BC) mostram que um total de 4.955.518. de solicitações. Contudo, só 31% foram aceitas total ou parcialmente.

Ou seja, o estorno do golpe só foi considerado procedente em 1,536 milhões de ocorrências.

Em 2023, os usuários de pix registram 2,5 milhões de requisições e em 2022, 1,5 milhão. A solicitação de cancelamento pode ser registrada em até 80 dias após a transação. Para isso, até agora, é necessário ligar ou entrar em contato com o seu banco de origem, de onde saiu o dinheiro, pedindo para acionar o Mecanismo Especial de Devolução.

Para facilitar o processo de registro dos pedidos, o Banco Central publicou uma normativa que torna obrigatório o acesso ao MED dentro dos apps de bancos. A disponibilidade do ícone, botão ou texto com hiperlink que redirecione para o ambiente onde a queixa será registrada passa a valer em 1º de agosto de 2025.

A Normativa BCB 589, que trata dos Requisitos Mínimos para a Experiência do Usuário de Pix, incluiu a obrigatoriedade de disponibilizar no ambiente que o usuário acessa para usar o pix o caminho para clicar e ser direcionado para o canal de atendimento responsável por tratar da reclamação envolvendo o pagamento ou transferência.

"Deve ser disponibilizada, no ambiente pix, junto ao atalho para o canal de atendimento do participante, mensagem informativa ao usuário para que este possa registrar reclamação no site do Banco Central caso a ocorrência não seja resolvida pelo PSP [ Provedor de Serviços de Pagamento]", diz o texto.

 

Evolução da segurança no pix

A proposta de maior facilidade para uso do MED se alinha uma agenda que já está em curso, focada em melhorar o mecanismo. A expectativa é que até o final do ano, o sistema, criado para estornos em caso de fraudes, seja capaz de bloquear valores independente de quantas contas forem usadas na fraude.

Atualmente, quando alguém sofre um golpe de engenharia social envolvendo o pix, ou seja, quando os criminosos usam artimanhas para convencer pessoas a passarem voluntariamente seus dados para fazer pagamentos ou transferências, o BC consegue fazer o bloqueio apenas da primeira conta para a qual o valor foi transferido.

Com o chamado MED 2.0, a expectatia é de avanço no rastreio do dinheiro em mais camadas.

 

 

 

 

Por Valor Investe

 

 

Brasil começa o ano com oferta reduzida de trigo

O ano de 2025 começa com desafios para o mercado de trigo no Brasil. A disponibilidade do cereal no mercado interno se apresenta em nível reduzido, reflexo da menor produção no segundo semestre de 2024, aponta relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA - ESALQ USP) relativo ao mês de janeiro.

A produção de trigo no Brasil caiu 2,6% em comparação com o ano anterior, com a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de uma colheita de 7,89 milhões de toneladas em 2024. A queda foi influenciada pela redução na área cultivada, que encolheu 11,9%, para 3,06 milhões de hectares. No entanto, a produtividade aumentou 10,6%, atingindo 2,58 toneladas por hectare, compensando parcialmente a perda de área.

Com essa redução da oferta interna, o Brasil deverá continuar a depender das importações para suprir a demanda interna, que deve chegar a 11,9 milhões de toneladas. Mesmo considerando os estoques iniciais, a previsão é que o déficit interno fique em torno de 3,5 milhões de toneladas, o que mantêm o mercado aquecido e impulsiona as compras externas.

A Argentina, maior exportadora de trigo para o Brasil, pode aliviar a oferta externa, já que o governo argentino reduziu os impostos sobre exportações de 12% para 9,5% até 30 de junho de 2025. No entanto, a concorrência com outros países será mais acirrada diante do aumento das compras de trigo argentino pela China, movimento que não era observado desde os anos 1990, aponta o relatório.

No cenário global, a China deve se tornar a quarta maior importadora de trigo, com uma expectativa de 10,5 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). Além disso, a política de exportação dos Estados Unidos pode ser alterada com o governo Donald Trump, o que pode afetar as transações no mercado internacional.

 

Preços

No mercado mundial, a safra de trigo da Argentina deve registrar 18,6 milhões de toneladas, um aumento de 23% em relação ao ciclo 2023/24. No cenário global, o USDA projeta uma produção mundial de 793,2 milhões de toneladas para a safra 2024/25, com um leve aumento de 0,3% em relação ao ano anterior.

Contudo, alguns dos principais produtores, como a Rússia, União Europeia, Turquia e Ucrânia, devem enfrentar quedas na produção, de 10,9%, 10,2%, 9,5% e 0,4%, respectivamente. Isso pode resultar em uma oferta global mais restrita e maior pressão sobre os preços.

O consumo mundial também deve crescer, mas a uma taxa modesta de 0,5%, atingindo 801,9 milhões de toneladas. Com isso, os estoques finais de trigo devem cair 3,2%, ficando em 258,8 milhões de toneladas, o nível mais baixo desde a safra 2015/16. Esse cenário pode reduzir a relação de estoque e consumo mundial para 32,4%, impactando a dinâmica do mercado internacional. Além disso, as transações de trigo no comércio global devem ser as mais baixas desde a safra 2021/22, com um volume de 212,3 milhões de toneladas.

Os preços internacionais, portanto, devem continuar pressionados, com destaque para os maiores exportadores: Estados Unidos, Canadá, Austrália, Argentina e Cazaquistão. No entanto, as importações estarão mais distribuídas entre diversos países. Essa dinâmica pode influenciar os preços das farinhas no Brasil, que devem sofrer aumento, especialmente no primeiro trimestre de 2025, devido ao impacto das compras externas e da paridade de importação.

 

Rentabilidade para o produtor

Em contrapartida, a relação custo/benefício para o produtor tende a melhorar, pois os custos operacionais não subiram com a mesma intensidade dos preços do cereal, gerando uma rentabilidade maior para quem continuar apostando na cultura.

No Brasil, a rentabilidade do trigo variou conforme a região. Dados da equipe de custos agrícolas do Cepea revelam que, apesar dos custos mais elevados em algumas áreas, os preços de comercialização do cereal registraram aumentos significativos, entre 30% e 34%, em comparação com o ano anterior.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, o custo operacional aumentou 8,5% na cidade de Carazinho. Na cidade de Xanxerê (SC), a alta foi de 5,5%. Em outras regiões, como o Oeste do Paraná e Guarapuava (PR), os custos aumentaram em menor intensidade, respectivamente 2% e 0,7%. No entanto, o impacto no custo/benefício variou: em Xanxerê, por exemplo, a receita ainda ficou abaixo do custo, enquanto nas outras regiões, a receita líquida foi positiva, com taxa entre 15% e 25%.

A possibilidade de aumento da área com trigo no Brasil também está atrelada ao preço atrativo e à boa rentabilidade, mas a cultura enfrenta desafios climáticos, principalmente no Sul e Sudeste do país, que podem limitar os investimentos, aponta o Cepea.

No Cerrado, a área cultivada com trigo deve crescer a um ritmo superior ao do Sul e Sudeste, embora essa região ainda represente uma fatia pequena da oferta nacional. Os Estados da Bahia, Goiás e Minas Gerais têm ampliado a produção de trigo irrigado, tornando-se relevantes para a oferta interna.

 

 

 

 

Por Globo Rural

 

 

STF retoma julgamento sobre proibição de revista íntima em presídios

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira (6) o julgamento sobre a legalidade de revista íntima nos presídios para evitar a entrada de drogas, armas e celulares. O julgamento começou em 2016 e já foi suspenso por diversos pedidos de vista.

A Corte julga um recurso do Ministério Público para reverter a absolvição de uma mulher flagrada tentando entrar em um presídio de Porto Alegre com 96 gramas de maconha, que estavam enrolados em um preservativo e acondicionados na vagina.

Na primeira instância, ela foi condenada, mas a Defensoria Pública recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), que a absolveu, por entender que o procedimento de revista íntima foi ilegal.

Até o momento, a Corte registra placar de 6 votos a 4 para proibir as revistas vexatórias. No entanto, o julgamento, que começou na modalidade virtual, será iniciado novamente no plenário presencial da Corte após o ministro Alexandre de Moraes ter feito um pedido de destaque, em outubro do ano passado.

Em 2020, o relator do caso, ministro Edson Fachin, votou pela ilegalidade da busca íntima. Fachin entendeu que os funcionários das penitenciárias não podem fazer busca abusiva no corpo de amigos e parentes que vão visitar os presos por tratar-se de violação da intimidade.

O ministro sugeriu a adoção de procedimentos menos invasivos, como uso de scanners corporais, raquetes de raio-x ou revista corporal superficial, evitando que os visitantes sejam obrigados a tirar a roupa ou terem suas partes íntimas inspecionadas.

O entendimento foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Rosa Weber (atualmente aposentada).

Em seguida, Alexandre de Moraes abriu divergência e votou a favor da revista.

Moraes concordou que há um grande número de casos de revistas íntimas vexatórias. No entanto, o ministro entendeu que a revista íntima não pode ser sempre definida como degradante, de forma automática e sem análise caso a caso, sob pena de colocar em risco a segurança dos presídios.

O voto foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Nunes Marques e André Mendonça.

Após Cristiano Zanin também acompanhar o entendimento de Fachin, Moraes pediu destaque e interrompeu o julgamento. 

 

 

 

 

Por Agência Brasil

 

 

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Preço do café no varejo pode subir de 20% a 30% nos próximos dois meses

As indústrias de café devem repassar aumentos de 20% a 30% nos preços para o varejo nos próximos dois meses, para transferir parte da alta da matéria-prima sofrida a partir de novembro e que ainda não foi repassada. A avaliação é da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

Pavel Cardoso, presidente da Abic, observou que, em 2024, o preço da matéria-prima pago pela indústria subiu 116,7% em média, enquanto os preços da bebida ao consumidor aumentaram 37,4%. “Tivemos aumentos superiores a 180% até agora. A indústria absorve uma parte, mas parte ainda será repassada aos supermercadistas e, por consequência, aos consumidores”, afirmou Cardoso.

O executivo acrescentou que o preço do café girava em torno de R$ 800 a R$ 810 a saca no começo de 2024 e passou de R$ 2 mil até o fim do ano. “Imaginamos que ainda haverá repasse ao consumidor, mas essa decisão é de cada indústria. E naturalmente depende de como as cotações vão se comportar até maio, para saber se vai ser necessário o repasse ou não”, afirmou Cardoso.

Neste momento, o preço do café se aproxima do limite de US$ 4 por libra-peso, e a ansiedade em relação à colheita da produção brasileira ajuda a aumentar a tensão no mercado internacional, segundo Cardoso. “Os fundos estão aumentando as apostas no café. Mas o quanto vão apostar e a que nível esse preço pode chegar não sabemos”, disse Cardoso.

O presidente da Abic observou que a precisão para 2025 é de uma colheita menor de café no Brasil, com queda a produção do café arábica e aumento de conilon. Ainda assim, o executivo não vê risco de desabastecimento no mercado.

Ele acrescentou que o volume de exportação em 2024 foi maior devido ao aumento da demanda global mas também devido ao aumento das compras pelos países europeus, que buscaram formar estoques antes da entrada em vigor da EUDR, que acabou sendo postergada para dezembro de 2025.

Ainda segundo Pavel, após a colheita da safra atual e se o clima continuar favorável, é possível que a safra de 2026 seja maior. “Se nada der errado com o clima possivelmente poderemos ter uma safra recorde em 2026”, afirmou o executivo. Se a expectativa for mantida, pode haver melhora nos preços do café a partir de setembro.

 

 

 

 

Por Globo RUral

 

 

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